quinta-feira, 31 de março de 2016

A BABILÔNIA DE HOJE.



NABUCODONOSOR NO SECULO XXI? 54.

Naquele tempo, do rei Nabucodonosor, em Babilônia, que escravizou os judeus e depois deste veio o Império Romano e dominou toda a Judéia, estamos vivendo hoje.  Depois que crucificaram Jesus, veio a perseguição aos cristãos e muitos tombaram mortos por anunciar o único Senhor, Jesus Cristo; com essa cruel perseguição, os cristãos chamavam Roma de Babilônia, pois os soldados perseguiam-lhes e os faziam de mártires. Pedro em sua carta chama Roma de Babilônia; também João ao escrever o Apocalipse ele diz: “A que está (a igreja) em Babilônia, vos saúdo.” E relata: A “Babilônia, a Grande, a mãe das prostitutas e das abominações da terra”.  
Vamos trazer a Babilônia para os dias de hoje. Quem é hoje a Babilônia moderna? A primeira é: Brasília cheia de gente escrupulosa, maldosa, corrupta, perversa, que muitos perderam a moral, a ética e a honradez e roubam do povo e os escravizam. A segunda é a grande metrópole, São Paulo. E a terceira é Rio de Janeiro; que além dos corruptos, a violência toma conta amedrontando as famílias que ficam presas em suas próprias residências. Eis aí viva a perversa e prostituta Babilônia de hoje e ressuscitou o rei Nabucodonosor! E seus asseclas se espalharam pelo Brasil afora com a mesma sagacidade e roubalheira. Santo Agostinho escreveu um livro com o título de Cidade de Deus. Neste livro ele fala a cidade de Deus e a cidade dos homens. Na cidade de Deus moram as pessoas que seguem o Cristo, são os cristãos, os justos longe de perder a moral cristã. E na cidade dos homens, - o mundo babilônico - moram os que se afastaram de Deus e abraçaram o mundo das trevas, sem a luz da ética e da moral. Brasília está cheia desses homens e mulheres que não querem viver na cidade de Deus. Há duas cidades: a celestial e a cidade de Babilônia, símbolo da maldade e da corrupção vergonhosa. Não vivemos mais quem nos representam; tudo virou a falta de pudor e têm vergonha de serem honestos, como bem escreveu Ruy Barbosa! Nós vivemos no faz de conta que existe a moral. Babilônia, símbolo do mal, espalhou-se com seu domínio de corrupção em todo Brasil. E sem saber governar invade o nosso País o tráfico de droga, a prostituição virou normal; bebedeiras, farras, imoralidade, assaltantes, assassinatos, bala perdida a matar gente inocente! E assim a linguagem desse poder babilônico é a mesma linguagem da Torre de Babel. Nenhum entende o outro e cada qual com a sua priori e tudo vira babel! Está presente lá no Congresso, cá na casa do Planalto, junto dela está o judiciário que não falam a mesma linguagem interpretando na mesma Lei Constitucional e cada um interpreta de seu modo e o povo que é leigo sofre as conseqüências e o arrocho da dura inflação. Tudo virou Babilônia a política do Brasil virou mesmo a falta de credibilidade e falta de soberania. Perdeu aqui e lá fora.
Agora, cantam para nos alegrar! Aí, então, o povo se alegra no carnaval e tudo se esquece e até as dores das chagas se acalmam! Vem, para se esquecer de outras tantas dores, que por falta de vergonha na cara, a organizam das Olimpíades. O povo por falta de cultura se alegra e sonha em participar sem observar a consequência futura que irá acontecer, como na Copa do Mundo que levamos de sete a zero. É como diz o dito popular: “Tira-se as coleiras, mas as cachorradas são as mesmas”. Quem irá salvar o nosso Brasil das mãos de Nabucodonosor!? Eu ainda tenho esperança confiando na Justiça e o que diz a Constituição Brasileira. O povo brasileiro precisa de heróis que possa livrar o Brasil dessa corrupção tão vergonhosa e cada um dos que praticaram afirmam serem inocentes...  Levem todos para a Papuda!
O nosso real que era tão forte, como diz o samba: “Eu sou o tostão, que antigamente pagava café sentado, pagava bonde e comprava pão”. E o Real que era forte e se igualava com o dólar, desvalorizou-se e cada dia fica mais fraco.

quinta-feira, 17 de março de 2016

UM PREGO NO MEU SAPATO.



MEU DEDÃO DO PÉ DIREITO.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.

Dia desse eu passei por um caminho bem largo e longo, parecia-me que nunca tinha passado por aquele caminho. Não havia pedra nenhuma, não a vi, era um caminho bom para caminhar nele. Não vi ninguém, nem indo e nem vindo, mas eu caminhava sobre ele de pés descalços e me sentia feliz em pisar naquele caminho. Mas eu não observei que no meio daquele caminho havia um prego enferrujado. Tinha uma ponta aguda e alguém o colocou ali de propósito para me prejudicar, pois sabia que eu iria passar ali. O meu dedão do pé direito pisou firme sobre a ponta aguda daquele prego cheio da ferrugem. Senti uma enorme dor atroz, meus olhos encheram de lágrimas; curvei como um bodoque e a minha mão agarrou-o para o puxar e arrancar do meu dedão do pé direito.  O meu estômago revoltou, o meu coração acelerou, os meus dentes cerraram-se e a minha cara enrugou e fiz uma enorme careta como um tigre voraz, que quer pegar a sua presa. Todo o meu corpo sentiu, desde o dedão do pé ao cume da minha cabeça.
Assim é um escândalo, uma enorme corrupção num país. Todos os membros sociais numa sociedade sentem e revoltam. Imediatamente procura a justa justiça, para arrancar de vez os pregos enferrujados que ficaram no dedão do pé de cada um da comunidade que busca a paz, a solidariedade, a ética e a moral. Que direi aos que não comungam com essa dor que sinto desse prego enferrujado que enfiou no meu dedão do pé? Qual o médico que não irá me atender como paciente, a fim de me aplicar uma vacina contra tétano? Eu ainda irei esperar na fila sete dias para que o médico me atenda? “O mal de sete dias” poderá levar-me para que eu vista o terno de madeira! Ou, então ir-me para a capital dos pés juntos levando comigo o meu dedão do pé direito que não curaram! Pior do que se eu “vestisse um terno de vidro”! Não poderá acontecer isso! Mas está acontecendo por esse País afora!  E o que posso fazer para que o meu dedão do meu pé direito possa voltar o que era antes tão sadio que era, antes de o prego enferrujado plantar nele?
Ontem o povo gritou a grita mais alto para retirar do dedão do pé direito um prego enferrujado cheio da ferrugem da corrupção! Mar, ó mar, feche as portas, dessa ferrugem, que assola o País, pois estou a vomitar sangue de um verso, não, de uma poesia épica, qual a de Camões! Somente por causa de um prego enferrujado que fincou em meu dedão do meu pé direito! Não, não foi no meu dedão do meu pé direito! Foi no dedão dos pés direitos do povo que busca os seus direitos de uma plena justiça que deva atuar com equidade aplicando a Lei que é maior de que todos os corruptos desse “Gigante pela própria natureza”! O povo brasileiro sente que, até o momento, não foi retirado o prego enferrujado no dedão do seu pé direito e no meu também! Será que não irão retirar esse prego enferrujado do dedão do meu pé direito! Eu tenho direito de gritar por S.O.S!
Ó Dr, tire os pregos enferrujados do povo brasileiro que clama por justiça! Arre prego das chagas feridas na cruz da tormenta! Tem que punir quem foi que colocou aquele prego enferrujado, naquele caminho, para furar dedão do meu pé direito!  Prego enferrujado não serve para nada, só serve para furar o dedão do meu pé direito.  

quarta-feira, 16 de março de 2016

FORÇA TELEPÁTICA.





TEMOS UMA RIQUEZA IMENSA E NÃO SABEMOS USÁ-LA.
CRÔNICA por de Honorato Ribeiro dos Santos.

Quem conhece a história de Géssica, que nasceu sem os braços? Pois ela conseguiu formar-se em psicologia, dirigir automóvel, voar de avião e faz coisas impressionantes que quem possui dois braços não é capaz de realizar e executar o que a Géssica faz. Em Januária-MG, eu vi um homem aleijado das mãos e pintava retrato de 3X4 a cor e passava batom nos lábios da foto feminina e ficava perfeita. Ele engraxava sapatos, comia, bebia com os pés. Conheci também Mário Figueroa, um peruano, que não tinha os pés e nem as mãos. Ele só tinha um toco de braços e as coxas. Formou-se em advocacia. Guiava automóvel, atirava com uma carabina na cabeça de um boneco, enfiava linha em agulha mais rápido do que quem tem as mãos. Há no mundo muitas pessoas que nascem deficientes de pernas e braços, mas se tornam heróis realizando coisas incríveis perante nossos olhos que nos fazem tantas admirações.
Nessa semana passada, eu assisti, através do canal Rede Globo de televisão, à um cientista afirmar que ele é capaz de fazer transplante de cabeça. Mas outros cientistas afirmaram que ele não conseguirá realizar. Mas, quando, anos atrás, um cientista afirmou que ele faria transplante de coração, os cientistas discordaram. Entretanto, hoje já é realidade realizar transplante de coração. Por isso, eu acredito que esse cientista irá ter sucesso e o mundo, mais uma vez, com uma nova tecnologia, vai aplaudir com alegria o sonho deste cientista a realizar transplante de cabeça. Não duvido.
Mas um amigo meu me disse: Mas se ele colocar a cabeça de outra pessoa e realizar o transplante, não será mais aquela pessoa e sim a que doou a cabeça. Eu lhe disse: Não, amigo. Será sempre a mesma pessoa, pois o “eu” que sou, serei sempre “eu”, mesmo depois da morte. É que nós somos pessoas psicossomáticas; e não somos inseparáveis. Não é tirando a minha cabeça e por outra de alguém que eu deixarei de ser “eu” mesmo, pois eu sou insubstituível. Aliás, cada pessoa é insubstituível.
Dom José Nicomendes Grossi conversando comigo certa vez, disse-me que tinha lido um livro científico que o escritor afirmava que o ser humano chegará um dia a não mais precisar do seu corpo, mas somente da cabeça. (Tínhamos rabo e perdemos). Também, afirmava o escritor desse livro, que a humanidade ao perder os membros e só ficar a cabeça, também não irá precisar de veículo para si transportar para onde quiser, nem mesmo avião, pois, o que temos mais precioso, que é o cérebro, ninguém usou nem um terço da capacidade que tem: e está parado dois terços sem ser usado por ninguém em nossa cabeça. Outros estudiosos afirmam que, quando o coração para, o cérebro é o último a parar. O nosso cérebro é capaz de saber o que aconteceu séculos atrás e séculos à frente com a força telepática que temos e não sabemos usá-la.
Vou contar um caso verídico de um casal, cujo casal me contou. O marido foi a Salvador submeter a uma operação de úlcera e era já de idade avançada. Operou com sucesso. Mas a sua esposa estava dormindo e sonhou um sonho real, que o seu marido havia chegado e entrando na casa disse: “Sinha, já cheguei!” (Sic). Ela assustou, levantou, olhou as horas, e o dia e anotou no caderno. Como percebeu que ela tinha sonhado, deitou-se e agarrou no sono tranquilamente. Quando o marido chegou, ela lhe perguntou: “Pedro, o que aconteceu com você à noite tal, hora tal, que você chegou aqui, entrou e me disse: “Sinha, já cheguei”. (Sic). Ele respondeu: “Eu é que lhe pergunto”, pois você me disse: “Pedro, já cheguei e eu assustei”. Ela lhe disse: Não pode ser verdade! Pois é verdade, Sinha. Eu anotei a noite, a hora e o dia; e pegou a caderneta e mostrou para a esposa. A esposa pegou a caderneta de anotação dela e mostrou para ele e estavam as duas notações as mesmas coisas, sem tirar uma vírgula! Coincidência! Jamais. Telepatia. Somos seres cheios de energias e não sabemos usá-las. O nosso cérebro é o maior computador que Deus nos deu. Temos uma placa mãe cheia de milhares de informações boas e ruins. E essa placa mãe nunca enferrujará e não há borracha para apagá-la ou deletá-la. Afirmo que o ser humano, mesmo com esta moderna tecnologia que temos hoje, não chega a ser a maior tecnologia que não sabemos usar: o cérebro que está a dormitar placidamente a espera de um grande sábio cientista saber usá-lo. Mas, Francisco de Assis e vários santos souberam usá-lo que nós chamamos de milagre. Milagre é uma coisa que está além da metafísica, além da ciência saber explicar. Por não saber explicar afirma: Foi milagre, mesmo não acreditando nessa palavra dos religiosos. Não confunda milagre com prodígio ou coisa que a própria ciência possa resolver. Ela está em outra dimensão bem fora da nossa razão. E que direi senão afirmar que é a potência incomensurável que ganhamos de presente e não sabemos usá-lo: o cérebro. Por isso o livro da sabedoria que se chama Bíblia diz que somos semelhança e imagem de Deus e o Salmo afirma que somos deuses.

quinta-feira, 10 de março de 2016

FILOSOFIA DE VIDA.




O QUE É VERDADE?
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.

O governador romano, Pôncio Pilatos, perguntou ao Homem da verdade: “O que é verdade?” Mas ele se calou. Por que Ele se calou? Por que Ele não explicou o que é verdade para aquele governador romano? E o que é, então, para o mundo essa palavra filosófica tão complicada que se chama verdade? Todos buscam com dialética mostrar o sentido exato da palavra verdade, quando se faz  doutorado em filosofia. Mas todos que discutem no parlamento num debate político, no aparte, estudaram filosofia para usar dialética? Os parlamentares, das duas casas legislativas, sabem o que é verdade? Os dos poderes executivos estudaram e cursaram doutorado em filosofia? Se não estudaram não saberão a linguagem da dialética para afirmarem que estão com a verdade.
Há uma grande dicotomia, uma grande dissensão dentro da religião cristã, digo, do cristianismo: cada um tem a sua priori e segue caminhos diversos a afirmar aquilo que o Homem que se chama Verdade calou-se perante aquele juiz que o condenou a morte mais bárbara. Hoje, existem cristianismos, catolicismos (os carismáticos pentecostais) tudo é pluralismo, pois, cada um quer apresentar a sua tese como verdade absoluta sem a dialética. Mas ela é única, ela é a Lei e os profetas. Tudo é Novo e o Velho morreu, pois antes não conheciam a exegese da palavra: Verdade. Ela é a única Sabedoria que criou o universo. E o Homem da Verdade disse: “Antes, que tudo fosse criado, Eu sou”.
Há um debate acirrado, no Congresso, mas sem usarem a dialética, sobre o que é família. O Homem que se calou e não explicou o que é verdade, se encarnou e se fez humano para prestigiar e valorizas a família: “Adão, Eva e sua prole”; José, Maria, Jesus. Não há outra maneira, outro vocábulo para substituir essa pedra fundamental: família. Família é aquela que dá prole, que constrói a sociedade, a cidadania, o cidadão, a cidadã. Ninguém jamais poderá destruir o sentido profundo e moral da palavra família. É querer dizer que hoje tudo é moderno, e a história dos patriarcas é mito, é tabu. A história do pai, mãe que forma a família e dar prole é tabu? A história do cristianismo é tabu? Para muitos parlamentares, é. Tem que esquecer dos tempos da Idade Média, diz o senador, porque o modernismo chegou? É coisa do passado, caro parlamentar? Responda-me: Você nasceu de uma mulher e de um pai biológico, mas a sua alma espiritual, não. Negar essa verdade é negar a sua própria existência nascido de uma família. Essa família que você afirmou moderna e deva ser aprovada nas duas casas, dá prole? O que é, então família moderna? Não é a mesma da criação ou da Idade Média? Ao ser entrevistado por vários jornalistas, esse parlamentar negou a verdade e não soube usar a dialética e ficou do lado da verdadeira cara do que é um parlamentar, do que é o político brasileiro. Uns buscam entender buscando a verdade, outros fogem da verdade e protegem os que são déspotas a transformarem em deuses quem perdeu a moral, o pudor de ser representante político. São intocáveis, segundo os seus interesses de permanecerem impunes os que violaram a lei da moral!? Tem vergonha de ser honesto!? Mas a verdade virá e o nosso Brasil, com a “Lei Dos Mãos Limpas”, serão varridos da história mais negra que já houve neste País. Acredito num Brasil de ética e moral e confio piamente na justiça brasileira.
O que é a verdade, caro leitor? Se você, caro leitor, não souber o que é verdade, aja como Pilatos: “O que é verdade?” Mas, se você conhece o Homem que se calou e não respondeu àquele que o condenou, saberá o que é verdade fazendo uma boa tese da dialética, caso estudou filosofia ou queira estudá-la. Não tenho preconceito, mas uso e amo a verdade que se chama JESUS CRISTO.

terça-feira, 8 de março de 2016

UMA POESIA E UM VIOLÃO.



UMA VALSA E UMA POESIA.
Crônica de Honorato Ribeiro.

Alguém me apresentou uma pessoa que trabalhou bastante em teatro. Era um verdadeiro ator. Mas o mais notável dele era a arte de recitar lindas poesias de cor, várias e de vários poetas. Eram poesias e poemas longos.
Noite de lua clara, céu estrelado e todos dormindo, luzes apagadas, somente a claridade da lua e das estrelas a brilharem no céu. Podia ver bem nitidamente a abóbada celestial; o “Caminho de São Tiago”, a nossa linda galáxia, a Via Láctea um verdadeiro tapete celestial de estrelas de todos os tamanhos a piscar sem parar os olhos luzentes da criação do criador. Eu peguei o meu violão e saí com ele. De frente à porta da rua de quem gostava de ouvir seresta, acomodei-me sentado na calçada e solei a valsa Abismo de Rosa, e ele, parecia que estava num palco e o salão cheio de espectadores, pois ele começou a recitar e abria os braços, olhava para a lua, erguia as mãos para o céu, e, com fundo musical, eu dedilhava a valsa suavemente. Caminhamos de rua em rua, de praça em praça e ele não esgotava de recitar poesias, as mais belas poesias de amor em versos madrigais; enquanto eu passei a solar outra valsa e mais bonita: Se ela perguntar por mim, de Euvaldo Goveia e Jair Amorim, arranjo para violão, do Rei da América Latina: Dilermando Reis, e eu o imitava. Ouvimos o cantar dos galos na calada da madrugada, pois o relógio marcava 3h da manhã e nós fomos dormir.
Ao amanhecer, saí para a padaria comprar pão para o café da manhã e já encontrava os comentários do povo a perguntar-me quem era aquele recitador daquelas poesias! Foi a manchete do dia e toda a cidade comentava a seresta de um solo de violão e um recitador de poesia. Ele era mineiro de Januária, nunca esqueci dele.
Mas irei contar a proeza, a eloquência, de outro recitador de poesia. Meu grande amigo o Dr Daniel Azevedo, grande advogado. Quando ele chegava de Brasília à nossa querida terra, à margem esquerda do Velho Chico, Daniel Azevedo ia logo à minha residência, à noite, e dizia-me: “Zé de Patrício, cadê seu violão”? Eu já sabia o que ele queria. Pegava o meu violão e saíamos para ruas e praças e ele recitando poesias de Castro Alves: “Navio Negreiro” e eu solava: “Uma valsa e dois amores” de Dilermando Reis. Ele acabava de recitar Navio Negreiro e me dizia: Sola Abismo de Rosa que eu vou recitar: Voz da África de Castro Alves. E as horas iam passando, e a lua ia se escondendo atrás da serra e o céu lindo e as estrelas a chorar lágrimas a derramar gotas qual garoa sobre o chão; e a brisa fria chegava e nós dois alegremente fazendo sonata de poesia pelas ruas da pequena cidade de Carinhanha. Há muitos anos não o vejo, não veio aqui mais para ele recitar as poesias de Castro Alves para mim. Grande recitador, o Dr Daniel Azevedo e grande advogado. Tudo passa rápido e a gente não observa o tempo passar. Mas as lembranças não morrem na minha mente e nem apagam as minhas perspectivas de imagens e do som de sua voz que vibrava como um boêmio apaixonado ou talvez fosse um menestrel louco de amor pela sua bela amada! Que vida bela tivemos!

domingo, 6 de março de 2016

A MISERICÓRDIA.



O PAI DO FILHO REBELDE.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.

Para mim é uma das estórias criadas por Jesus a mais bela e a mais completa vivência do cristianismo. Ela é uma verdadeira pedagogia para o ser humano se adentrar e refletir o que significa a vida ou como deva viver. O que é viver sem si conhecer primeiro a amar a Deus? Quem sou eu, de onde vim, para onde vou? O homem, o único animal, que sabe que um dia irá morrer e enterrado numa terra fria para os germes consumirem. Ainda há um grande mistério para o homem saber, que seja ele o mais culto: Que dia vai morrer, onde vai morrer e de que vai morrer. Só sabe que vai morrer e não leva nada daqui, senão as suas loucuras e talvez as suas belas obras de caridade, de amor e perdão. Mas essa linda estória se transformou numa verdadeira História da Humanidade. Ela é minha, sua, de todos sem exceção. A maioria conhece essa história de um pai bondoso, compreensivo, misericordioso para com o filho rebelde. Não digo que ele seja rebelde, digo que essa personagem é a personificação de todos os jovens de ontem, de hoje e do porvir. Não há idade de ser uma personificação, não. Sobretudo nesse mundo materialista, consumista e sexo-alista e dominado pelo vício das drogas e da carne. Os pré-conceitos são vividos desde o útero da mãe; se se for educado num pré-conceito do pai dessa história, será revivido e acolhido na casa paternal com festa.
Quem é esse jovem esbanjador da herança desse pai tão rico? Há, entretanto, várias diversidades e alternativas no mundo de hoje. Uns recebem do pai a herança da inteligência e se diplomam em faculdade e tornam-se eloquentes oradores, parlamentares e depois se corrompem, perdendo a moral, que o pai lhe deu gratuitamente, pois este pai é um pai gratuito. Outros, em outras áreas são assassinos natos de si e da sociedade. Outros negam a riqueza da natureza, não agradecem o ar que respiram, a água que mata as suas sedes, a saúde, etc. Sabe o que a história quer nos dizer? Que todo ser humano é esbanjador, e só reconhece a riqueza esbanjada do Pai, quando está numa situação qual Jó: perde tudo, entra em depressão, acaba o poder e a riqueza. Aí volta à casa do pai a pedir-lhe perdão; se caso tenha um coração aberto para pedir-lhe perdão! Pródigos, somos todos carregados do veneno do pecado mortal. Sim, porque somos como o outro irmão arrogante, materialista, prepotente e só sabe valorizar o que é material, mas o amor, o perdão, a vida espiritual, jamais! O ódio ao irmão esbanjador ele se enche de inveja e vai reclamar o pai. Quantas vezes nós reclamamos desse pai, porque outrem tem saúde, riqueza, oportunidade, vive numa mordomia e cheio de fama e fás e nós excluídos, pobres sem eira e sem beira! Nunca se alegra e se contenta com o que tem. E o pai convida para participar do grande banquete de seu Reino. Será que ele aceitou alegremente participar daquela festa que o pai ofereceu ao irmão rebelde? A história não afirma, só há o convite e a explicação do amor e o perdão. Eis o ponto eficaz dessa história real e perfeita: “O amor e o perdão”. Quem vive o amor e o perdão conhece a si mesmo, sabe amar e perdoar, pois eu não posso orar a Deus se não conheço a mim mesmo. Quem sou? Sou pródigo ou não? Pródigo é o que reconhece os seus erros e pede perdão, se converte a cai nos braços desse Pai misericordioso que o chamamos de Deus. Como a nossa mãe já nos gerou pecadores, somos todos pródigos e Deus é o Pai misericordioso que nos ama, mesmo sendo esbanjadores de sua imensa riqueza gratuita. “Se me perguntarem quem é este Pai misericordioso, não sei responder; mas se não me perguntarem, eu sei que é Ele”. Para mim, esse jovem rebelde está bem perto de cada um de nós, e as manchetes anunciam toda hora, aqui, e no mundo cibernético. Há, entretanto, os fãs dos esbanjadores e outros contras, mas não deixam um e outro de serem esbanjadores do Pai misericordioso.
Pilatos perante o Deus encarnado perguntou-lhe: O que é verdade? Este homem que se tornou o dono, o autor dessa História, ficou calado. E você, caro leitor, sabe o que é verdade? Você estudou filosofia, teologia para saber o que é verdade? Quem é superior a Lei? O Juiz aplica a lei sobre o infrator, e nisso, ele age como deus não sendo Deus. A lei se torna justa e misericordiosa buscando a verdade e destruindo a mentira e o poder esbanjador. Somos pródigos arrependidos, quando voltamos a não ser mais esbanjadores e reconhecermos os erros que cometemos perante a justiça. O justo não precisa de Lei; os injustos detestam a lei e a quem aplica com retidão, é forte como Sansão, o juiz do povo hebreu. Esta é a força de Sansão: Juiz forte e decisivo para julgar com retidão.

quinta-feira, 3 de março de 2016

A EDUCAÇÃO DO LAR




O SEQUESTRO DE UM CÃO.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.
(Baseado num livro: “O sequestro de um cão).

Um grande empresário criava um cão alemão de estimação. Quando ele chegava da labuta de sua empresa, ia logo abraçar a seu cão. E assim era a sua praxe; ao chegar e ao sair teria de ir fazer carinho a seu cão. Certo dia a sua filha, que já tinha 18 anos de idade, filha única, disse-lhe:
-Pai, eu preciso falar com você.
-Depois conversaremos, minha filha, estou bastante apressado, pois há muita questão para eu resolver.
Deu às costas para filha e se dirigiu ao cão; beijou-o, deu carinho, e se afastou. Entrou no carro e seguiu para a fábrica. Chegou para o almoço. Tirou a gravata, o paletó e sentou-se à mesa com a família para o almoço. Acabou de almoçar, deitou um pouco e se levantou. Colocou a gravata, o paletó e ia saindo, quando a filha lhe disse:
-Pai, eu preciso muito falar com você...
-Depois, minha filha. E se dirigiu ao canil para acarinhar o seu cachorro. Partiu, entrou no carro e seguiu para a empresa e a filha, com os olhos chios de lágrimas, ficou em pé decepcionada com seu pai por nunca ele ter tempo para conversar com ela. E assim passavam-se os dias, semanas e meses, mas o pai nunca parou para ouvir a sua filha.
Certo dia, quando o empresário chegou à sua residência e deu por falta do cão e virou uma fera. Ninguém em casa soube do sumiço do cão. Ele mandou imprimir panfletes com a foto do seu cão distribuiu. Nele dizia: “Sequestro de um cão, raça alemã, o dono pagará dez mil reais quem o achar.” No panflete colocou o número do telefone, endereço da rua e o nome do dono do cão. Colou nas rádios e TVs e espalhou muita gente a procura do cão, pois era um bom dinheiro a receber pela captura do animal.
Domingo de missa era sempre cheia de fiéis para assistirem à santa missa, mas, naquele domingo do sequestro do cão, foram à santa missa os idosos. Ao fazer a homilia, o padre zangou-se e disse aos fiéis: Trocaram Jesus por um cão?! Por dez mil reais!? Que cristãos são estes, que o dinheiro é mais importante do que a comunhão com Cristo?!
O empresário já não dormia, pois ninguém encontrou seu cão amado. Resolveu contratar um investigador famoso. Contratou e ficou esperando e com grande confiança que o investigador acharia seu cão.
Belo dia o telefone tocou. Era o investigador.
-Achou o meu cão?
-Precisamos nos encontrar, naquele restaurante e almoçar. Lá conversaremos sobre o seu cão. Desligou e saiu em direção ao restaurante. Quando chegou ao restaurante, o empresário já estava sentou à mesa. O investigador sentou-se à mesa e chamou o garson e pediu-lhe que colocasse cinco pratos para o almoço. E disse para o empresário: Temos três visitas para almoçar conosco. Naquele momento, entraram a sua filha e o namorado e sentaram à mesa. O garson começou a servi-los. O empresário nervoso e confuso pergunto para o investigador:
-Há quatro, aqui, almoçando, mas o outro convidado não apareceu! Quem é ele?
-Está bem perto de nós sentado à mesa...
-Como? Não estou vendo o outro? Está brincando comigo!?
-Não, prepara que eu lhe apresentarei ao senhor.
-Pois, não!
-A sua filha várias vezes quis conversar com o senhor, mas a sua resposta era que não tinha tempo, mas para o seu cão, tinha, não é verdade?
-Aonde o senhor quer chegar?!
-É que o senhor, empresário, é o vovô que está aqui na barriga de sua filha. E este jovem é o pai da criança. Quem sequestrou seu cão, foi sua filha, por ciúme e talvez ficasse revoltada, pois o senhor amava mais seu cão de que sua única filha.
E você, caro leitor foi bem educado e amado por seus pais? Direi, recebeu bom pré-conceito deles? Pré-conceito com hífen é a boa educação e formação que recebemos em casa, na escola, na educação religiosa. Mas há muita gente, e é a maioria, que recebe um pré-conceito ruim, péssimo e se transformou em piores bandidos, sem moral, sem ética, sem caráter e sem pudor; e “tem vergonha de ser honesto”. Se gostou de ler a minha crônica, dê-me um abraço.