terça-feira, 12 de novembro de 2013

7ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.

7ª PARTE DA CONDENAÇÃAO DE JESUS.
trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse: “Eis o homem!” Quando os pontífices e os guardas o ouviram, gritaram: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Falou-lhes Pilatos: “Tomai-o vós e crucificai-o, pois eu não acho nele culpa nenhuma.” Responderam-lhe os judeus: “Nós temos uma lei, e segundo essa lei ele deve morrer, porque se declarou filho de Deus.” [Jo 18, 38-40]. [Jo 19, 1-7]. Morrer só porque disse ser filho de Deus? Isso é crime? Crime para eles foi Jesus entrar nos privilégios de Deus, curar em dia de sábado, violar a lei de Moisés, o dente por dente, olho por olho; pronunciar um discurso pesado contra o Templo e contra os religiosos; e expulsou os cambistas e disse-lhes “A casa do meu Pai é de oração, e vós fizestes covis de ladrões!” E essa acusação chamando-os de ladrões, sepulcros caiados, víboras venenosas, hipócritas e ressuscitou a Lázaro, fez vários milagres em dia de sábado, sacudiu com a cúpula religiosa toda. Aí sim. Eis o porquê da condenação que fizeram contra Jesus.
Será que os evangelistas conheciam a lei romana? Sabiam que existiam muitas leis? Como por exemplo: Fultigácio, a flagelácio e a verberácio? Sabiam, também, que existiam três tipos de condenação? O patíbulum era uma estaca vertical, que fincava no chão [lá no Gólgota] a qual Jesus não carregou e sim, somente a horizontal atravessada [Essa é a cruz] sobre os ombros. O patíbulum já estava fincada à espera do suplício de Jesus para o crucificar. Havia três suplícios: A primeira era a impalácio: uma trave de ponta aguda que colocavam no anus do condenado e empurravam até sair na cabeça, no cérebro. [Morte instantânea]. A segunda era a cruz, onde o condenado levava às costas. Como Jesus sofreu muito na flagelação e tinha derramado muito sangue, ele levou somente a trave horizontal. [Nós conhecemos como cruz]. A terceira: Havia, também, uma impalácio, que era uma cruz em forma da letra “T”; a travessa colocava na ponta da estaca patíbulum, que já estava em pé e a crux ou cruz verticalmente sobre a ponta dela. Na estaca patíbulum suspenderam Jesus pregado na trave vertical. Jesus foi crucificado mesmo na cruz tradicional que nós conhecemos. Havia uma cruz que tinha uma tábua onde o condenado punha os pés sobre ela e pregavam cada pé na dita tábua. Mas, conforme o relato histórico de Santa Helena, que pesquisava as relíquias da paixão, acabou descobrindo a cruz de Jesus, no século IV, com os três pregos e não quatro. Prova que Jesus foi crucificado com um pé sobre o outro e o pregaram. Esta cruz que foi pregado Jesus, encontra-se, na Igreja de Santa Cruz de Jerusalém em Roma próximo a São João de Latrão.
Lucas relata no seu evangelho que Jesus apareceu aos discípulos, após a ressurreição, e mostrou as mãos com as chagas dos sinais dos pregos e dos pés; e ao lado o sinal da espada que o soldado feriu e saiu sangue e água. [soro]. Os bandidos foram amarrados e não pregados, pois, não morreram
[continuar na próxima página].

sábado, 9 de novembro de 2013

6ª DO JULGAMENTO DE JESUS.



6ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.
Jesus. No momento da sentença de Pilatos a Jesus, talvez Barrabás não
estivesse sido personagem da anistia pelos judeus.” Como o evangelho foi escrito nos anos noventa e não nos anos vinte da pregação de Jesus e nem foi ao vivo nem tampouco gravado, o evangelista encaixou esse relato em forma de colorido como uma pastoral catequética aos cristãos.”  Mas na realidade Jesus foi condenado à morte de cruz por Pilatos sem essa dramatização toda como narra João, [e os evangelhos sinóticos], no seu evangelho. É mais uma narração histórica [uma catequese] com uma alta teologia no sentido histórico da vida dos cristãos sendo arrastados aos tribunais romanos para serem condenados por afirmarem que Jesus é o Senhor e o único rei.
 Pilatos lhe disse: “Então, tu és rei?” Respondeu Jesus: “Tu o dizes: eu sou rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Disse-lhe Pilatos: “Que é a verdade?... [Jo 18, 37-38]. João colocou esse diálogo de Jesus com Pilatos fazendo uma dramatização, mas na realidade, esse diálogo era os cristãos que afirmavam. [Como foi explicado acima]. João faz teologia para formar os cristãos na missão de cada um e não para informar. Veja bem: “Pilatos poderia perguntar a Jesus o que é verdade? Pilatos estudou filosofia para fazer essa pergunta a Jesus?” E Pilatos estava interessado em saber o que era verdade? É outro ponto difícil de entender quem não estudou teologia e nem o conhecimento da hermenêutica da questão dessa pergunta feita por Pilatos a Jesus: “O que é a verdade?” É mais uma zombaria do que Pilatos filosofar perante Jesus.
O meu reino não é desse mundo. Todos nós cristãos sabemos que não somos desse mundo e nem o mundo nos pertence, mas o reino do céu; para isso nascemos; para isso vivemos para dar testemunho da verdade do evangelho.
Os judeus responderam a Pilatos: “Não nos permite matar ninguém”. (!...). à morte de cruz. Mas lapidar, sim; foi o caso do diácono Estêvão que foi lapidado pelos judeus. Chicotadas nas sinagogas sempre havia por parte dos judeus. Foi o caso de Paulo, que, na segunda epístola aos coríntios [11, 24-25] ele relata: “Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites menos um.” Três vezes fui flagelado com varas. [Verberácio] “Uma vez apedrejado.”
Pilatos mandou flagelar a Jesus. Os soldados teceram de espinhos uma coroa e puseram-lha sobre a cabeça e cobriram-no com um manto de púrpura. Aproximavam-se dele e diziam: “Salve, rei dos judeus!” E davam-lhe bofetadas.
Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: “Eis que vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele nenhum motivo de acusação.” [Pilatos saia do palácio e ia sentar-se no trono que era ao ar livre]. Apareceu, então, Jesus

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

5ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.



5ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.

mais uma zombaria do que mesmo coroa de espinhos.” Na Palestina não havia esse tipo de planta espinhenta. Também os evangelhos não relatam que Jesus foi crucificado com a coroa de espinho como a gente ver nas imagens esculpidas por artistas. Isso foi imaginação dos artistas que esculpiu a imagem de Jesus como vemos hoje e com uma frauda em volta dele. Jesus foi despido por completo pregado na cruz sem a coroa de espinho e sem frauda em volto dele.
Sobre o relato da negação de Pedro, todos negaram ao Mestre fugindo deixando-o sozinho. [Personificado em Pedro]. São relatos teológicos.
“Salve o rei”. Jesus é rei teologicamente e não historicamente; porque ele nunca teve palácio, trono, nunca se vestiu pomposamente como rei e nunca usou coroa de majestade, e jamais ele teve súditos como os reis desse mundo. Ele teve discípulos e apóstolos, pois, ele é rei do Reino dos céus.
João relata que Pilatos saiu sete vezes. [Sete é o símbolo da realeza]. Saía da luz [estava perto de Jesus] para as trevas [a multidão que estava condenando o inocente] e ouvia os gritos do povo pedindo a condenação. Pilatos saia da luz, porque estava perto de Jesus e o achava inocente. Saia para as trevas ao encontro da multidão, que gritava. Ele ficou acuado pelos judeus, confuso e com medo de perder o poder político como governador e alienou-se às trevas e, por isso, resolveu condenar o inocente, Jesus, pressionado pela multidão.
O grito do povo pedindo que soltasse Barrabás e condenasse a Jesus, o inocente, o evangelista, teologicamente, está mostrando o mundo de tantas injustiças. [O grito do povo pedindo a condenação de Jesus, simboliza o mundo injusto que nós vivemos]. O mundo das trevas não aceita os ensinamentos da Boa Nova e nem a justiça. O mundo abortou o amor.
Agora iremos explicar a historicidade de Barrabás. Quem é essa personagem por nome de Barrabás? Não se sabe; os evangelhos é que relatam essa personagem. Ninguém sabe que personagem era ele. Na verdade, ele se chamava Jesus Barrabás. [Usou-se o pré-nome de Barrabás para não confundir com Jesus de Nazaré]. O nome Barrabás é derivado de “abba”, que significa filho do pai. Houve uma descoberta recentemente dum códice manuscrito minúsculo escrito em grego, que Barrabás se chamava Jesus Barrabás. Disse-lhe Pilatos: “É costumo entre vós que eu vos solte um preso, na Páscoa”. Ao afirmar Pilatos que era costume de soltar um preso pela páscoa é mais um conto popular do que mesmo um relato histórico ou teológico, pois, não há prova nenhuma desse relato: “é costume de soltar um preso pela páscoa.” E sendo Pilatos um pagão não iria entrar na cultura religiosa dos judeus: “a páscoa.” Não sabemos se era costume do Estado ou de Pilatos soltar

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

4ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.





4ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.

Ele sabia que iriam descobrir a América Latina? Ele sabia que iria haver uma moderna tecnologia e progresso como o de hoje? Segundo: não se poderá igualar-se o mundo do primeiro século com o do século XXI, ao ler o que foi escrito há dois mil anos atrás como se estivéssemos lendo o jornal do Estado de São Paulo. Aqui estamos diante de duas culturas completamente diferentes: a dos evangelistas, primeiro século, e o que lemos hoje com cultura diferente à daquele tempo e língua diferente. Portanto, devemos ter muito cuidado ao interpretar relatos históricos e teológicos dos evangelhos. Ele escreveu para formar e não para informar. Não é um noticiário cronometrado e nem a biografia de Jesus. São relatos genuinamente teológico-etiológicos, os quais contêm nos evangelhos. Depois Jesus falava aramaico e não sabia falar grego e nem latim. Tudo foi passado para o grego e deste para a vulgata; desta para as demais línguas. Está vendo como é difícil entender as páginas difíceis da Bíblia? Ademais Jesus nunca escreveu nada. Os teólogos e exegéticos só sabem um décimo sobre Jesus.
Com essa dramatização que João relata da paixão, Jesus entrou na História e o cristianismo se estendeu a todo canto do mundo. Não se pode ler a Bíblia, os evangelhos anulando a historicidade de cada escritor, bem como ausentar-se da cultura da época e a historicidade do cristianismo. Ignorar-se da história dos mártires dos cristãos do primeiro séculos até o começo do século IV, pelo poder romano, não poderá acontecer uma coisa desta. Antes o cristianismo era clandestino e perseguido. Depois do século IV, houve a não perseguição aos cristãos a partir do rei Constantino; acabou-se a clandestinidade e a perseguição aos cristãos pelo poder romano.
Havia três tipos de castigo romano: “A fustigácio, a verberácio e a flagelácio.” A flagelácio [flagelação] era com chicotadas. Essa havia dois tipos: a simples e a bárbara, esta havia na ponta do chicote pedaços de ossos com pontas agudas de animais ou de metais, para rasgar a carne do condenado. Jesus foi flagelado assim barbaramente. Só que o evangelista João colocou essa flagelação no meio da sentença para dramatizar, pois, somente depois de ter feito a sentença de morte ao condenado é que o poder romano, no caso Pilatos, mandara flagelar a Jesus. A verbácio era o suplício com varas. A fustigácio era chicotada, mas sem colocar nada nas pontas do chicote. “A coroação de espinho é mais uma zombaria do que mesmo coroa de espinhos.” Na Palestina não havia esse tipo de planta espinhenta. Também os evangelhos não relatam que Jesus foi crucificado com a coroa de espinho como a gente ver nas imagens esculpidas por artistas. Isso foi imaginação dos artistas que esculpiu a imagem de Jesus como vemos hoje e com uma frauda em volta dele. Jesus foi despido por completo pregado na

terça-feira, 5 de novembro de 2013

3ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.





3ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.
Não se esqueça que o evangelho de João foi escrito nos anos noventa a cem e tudo já havia acontecido com Jesus. Jesus já havia morrido a mais de cinquenta anos, quando João escreveu o seu evangelho. João baseou-se no testemunho das comunidades que de boca em boca anunciavam o evangelho. Muitos das testemunhas que conviveram com Jesus já haviam morrido. E esse anúncio do evangelho durou mais de sessenta anos sem que fosse escrito. Anunciaram de boca em boca sem ser escrito por muitos anos. Todo o diálogo narrado entre Jesus e Pilatos já estava acontecendo com os cristãos perante as autoridades romanas. É o que aparece entre Pilatos e Jesus. João coloca esse diálogo do julgamento de Jesus com Pilatos na boca de ambos como uma pastoral-catequética aos cristãos. [Na realidade não houve essa dramatização toda de Pilatos com Jesus]. Houve realmente algumas palavras acusatórias de Pilatos para Jesus no julgamento e, depois mandou flagelar, e, em seguida deu a sentença de morte de cruz. [Jesus permaneceu calado perante Pilatos]. O relato que se ler como está escrito é mais uma dramatização que o evangelista João faz como ponto eficaz na economia da fé e na vida dos cristãos. É um relato teológico fora de uma cronologia. Com os cristãos, realmente, houve esse diálogo perante as autoridades romanas, pois, eles não negaram a fé e deram testemunho, afirmando que Jesus era rei, que ele era o Senhor, o Messias, o Deus dos cristãos o Salvador do mundo e não César rei romano. Esse diálogo, como já falamos, aconteceu realmente com os cristãos, quando iam arrastados aos tribunais perante o rei Deocleciano, um dos carrascos, que queria acabar de vez com o cristianismo. Depois surgiu Nero, outro carrasco que na arena mandou matar vários cristãos comidos pelos leões.
Dentro do palácio do rei houve muitos súditos, funcionários do rei, que se tornaram cristãos. Os reis tinham súditos; os cristãos eram discípulos de Jesus e não aceitavam ser súditos do rei. Isso feria o poder romano a não aceitar esse tipo de doutrina a atitude dos cristãos. Todos teriam de ser súditos do rei, o que os cristãos não concordavam e por isso foram condenados, muitos deles à morte pela crucificação, pela espada, e pela flagelação. Aqui está explicado exegeticamente e teologicamente o diálogo de Pilatos com Jesus, que não se pode ser fundamentalista, pois, o evangelista escreveu teologia e não jornalismo ou notícia histórica de manchete. Ademais nenhum evangelista estava lá e com um gravador gravando tudo o que Jesus falava e ensinava, nos anos vinte, do anúncio do evangelho e na sentença de morte a Ele. Tudo foi escrito anos depois, a partir dos anos setenta a noventa juntamente com as comunidades.
Há uma coisa muito problemática aos leitores dos evangelhos da seguinte maneira: Primeiro lugar: “não sabemos o que imaginava o evangelista ao escrever o evangelho, pois, era uma cultura e costume diferente de hoje. Por exemplo:

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O JULGAMENTO DE JESUS.



                 O JULGAMENTO DE JESUS.
                  Honorato Ribeiro dos Santos.

Conforme estudo dos exegéticos afirmam que Jesus morreu nos anos trinta, no dia sete de abril. O julgamento de Jesus perante Pôncio Pilatos, que o evangelista João narra, é um difícil relato teológico. Porém, como história é um relato popular. No século vinte, houve um estudo aprofundado dessa narração da Paixão, morte e ressurreição pelos exegéticos e teólogos é que temos hoje com mais clareza, por causa do avanço e o progresso da teologia, e cristologia, hoje, está mais explícito, mais transparente do que cem anos atrás. A teologia de hoje é bem diferente da de cem anos atrás, pois ciência e teologia não poderão ser antagônicas. Hoje, graças a esses estudos avançados dos teólogos exegéticos não há mais controversas entre um e outro.
No século XIX, muitos afirmavam que Jesus era um “Mito”. [Uma figura hipotética]. Hoje, os teólogos juntos à ciência antropológica e física não há mais essa polêmica dos que afirmavam que Jesus era um “Mito.” No século XX, com profundo estudo da cristologia e a teologia chegou-nos a afirmação verossímil que Jesus não é um mito, mas um “Místico”, o Deus encarnado em Jesus Cristo.
Aqui iremos explicar teologicamente o julgamento da paixão de Jesus perante Pôncio Pilatos, baseado no evangelho de João.
Jesus diante de Pilatos: “Então a coorte, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o ataram.” [Jo 18, 12]. Aqui, narra como foi a prisão de Jesus pelos religiosos. [Anás e Caifás]. Que significa a palavra coorte? Significa um pelotão de duzentos soldados a seiscentos do exército romano. Mas não seria um exagero enorme de tantos soldados para prender um homem pacífico, bondoso, que sempre pregou a paz, o amor e a caridade!? Como podemos entender essa teologia de João? Parece-nos que ele usou, aqui, nesse relato breve, uma hipérbole. “Da casa de Caifás conduziram Jesus ao pretório. Era de manhã cedo”. Mas os judeus não entraram no pretório, para não se contaminarem e poderem comer a páscoa. [Pretório era a residência oficial do prefeito romano, onde ele julgava e dava a sentença de morte de cruz ao acusado]. Era lei judaica que proibia aos judeus a não entrar no pretório para não se contaminar com a imundície pagã.
Saiu, por isso, Pilatos para ter com eles, e perguntou: “Que acusação trazeis contra este homem?” Responderam-lhe: “Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti.” Disse, então, Pilatos: “Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei.” Responderam os judeus: “Não nos é permitido matar ninguém”. Assim se cumpriu a palavra com a qual Jesus indicou de que gênero de morte havia de morrer. [Jo 18, 28-32].

2ª PÁGINA DO JULGAMENTO DE JESUS.



2ª PÁGINA DO JULGAMENTO DE JESUS.

Agora, iremos explicar teologicamente o diálogo de Pilatos com Jesus e Pilatos com os judeus. Os romanos tiraram o poder dos judeus a condenar à morte de cruz e pela espada. Os judeus só podiam condenar à morte de alguém por blasfêmias com lapidação, enforcamento e sufocação. Como Jesus não cometeu nenhuma blasfêmia eles levaram a Pilatos para dar a sentença capital pela morte de cruz. Jesus não poderia morrer tombado, isto é, apedrejado e tombado morto no chão. Quando diz: “Assim se cumpriu a palavra...” Que palavra é essa? Existe uma passagem no livro do Deuteronômio que diz: “... pois aquele que é pendurado num madeiro é um objeto de maldição divina”. [Deut 21, 23]. Por isso os judeus levaram Jesus para ser crucificado como maldito e malfeitor. Sem querer eles fizeram Jesus subir ao Calvário, suspenso numa cruz. [Quando me suspender, saberão quem sou]. Subir ressuscitado; subir ao céu na ascensão. Eis a Glória de Deus. Aquele que eles consideravam maldito e malfeitor foi imolado como cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, isto é, da humanidade como cordeiro pascal. [Eis a verdadeira páscoa]. Justamente era essa a verdadeira páscoa condenando Jesus à morte de cruz; e se transformou no holocausto verdadeiro como o cordeiro imolado para a expiação de todos nós pecadores. Naquela mesma hora, que Jesus estava sendo imolado, como cordeiro de Deus, na cruz, os judeus estavam abatendo o cordeiro como holocausto para expiação dos pecados. [João Batista, ao ver Jesus passar disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”]. “Aqui houve a verdadeira páscoa: “do chão à cruz; da cruz à ressurreição; da ressurreição à ascensão.”
O relato do evangelho de João é teológico o diálogo de Jesus com Pilatos, pois, Jesus falava aramaico e Pilatos falava latim. Não havia intérprete naquela época. E como o relato afirma literalmente esse diálogo? O diálogo é relato popular e histórico. João vai além da história; [metafísica] ele sai da história da paixão e faz teologia. O relato é verdadeiro em si tratando de teologia e historicidade dos mártires cristãos, que sofriam grandes perseguições e eram arrastados e levados perante as autoridades romanas. Nisso há a narração histórica, mas ascendente teológico-etiológico todo diálogo entre Jesus e Pilatos. Com esse relato teológico João faz uma dramatização nesse diálogo e coloca na boca de Jesus e de Pilatos. Toda fala de Jesus e de Pilatos foram os cristãos que disseram perante as autoridades, afirmando que Jesus era o senhor rei e salvador do mundo. O único senhor e rei e eles eram seus discípulos e não súditos do rei romano. O diálogo é teológico e não histórico como se ler ao pé da letra. O relato histórico dos cristãos perante as autoridades romanas, João encaixa tudo na Paixão de Jesus. [Alta teologia]. Mas na realidade, João faz toda uma dramatização. Mas como narração teológica é verdadeira essa dramatização e cristológica.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

22 CURSO DE TEOLOGIA.





[22º CURSO DE TEOLOGIA].


No evangelho de Mateus Jesus faz uma fortíssima crítica aos fariseus e letrados. Diz o texto: “Os escribas e fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés. Cadeira de Moisés, isto é, os ensinamentos da lei mosaica. Agora não há mais cátedra de Moisés, pois foi destruída por Jesus nos trazendo a Boa Nova. Ele agora é o novo Moisés com o novo ensinamento do “amai uns aos outros como eu vos amei.” Jesus aconselha os apóstolos dizendo-lhes: Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem”. [Mt. 23, 1-3]. Jesus está nos instruindo para ouvir a palavra e por em prática, mesmo sendo ensinado por alguém que não viva. Há muitos que pregam a palavra de Deus e não vivem o que ensinam. Jesus chama esse tipo de pregadores de “hipócrita”. “Fazem todas as ações para serem vistos pelos homens, por isso trazem largas faixas nos seus mantos. Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas.” [Mt. 23, 5-6]. Essa crítica não é somente para os judeus, escribas e fariseus, e religiosos, mas também é para os representantes do clero também: “Papa, cardeais, bispos, arcebispos, padres”, usam as mesmas franjas da monarquia romana. Esse tipo de vestes clericais foi criticado pela “Reforma”. Há, também, muitos pregadores de hoje que busca status sociais [como diz o padre Zezinho: “padres cantores que cantam músicas de louvor, mas não há mensagem evangélica como catequese e ensinamentos de valores ensinados e deixados por Jesus”], a se transformarem em ídolos e gostam de serem aplaudidos pelos homens. [Ao envés de pregadores são artistas aparecendo nas TVs e capas de revistas famosas]. Jesus nunca se exibiu procurando status, pelo contrário; quando realizava um milagre ele pedia para não dizer a ninguém.
Mateus é o evangelho da justiça. Para ele só Deus é pai, Jesus é o único Senhor e Mestre; e todos os cristãos são irmãos. Nesse discurso de Jesus ele faz uma forte censura contra os escribas e fariseus: “Ai de vós escribas e fariseus, porque fechais o Reino de Deus para os homens; [Quantos escândalos hoje dos representantes de igrejas!] Sois hipócritas porque fazem longas orações nas casas das viúvas e exploram delas; vocês são cegos guias de cegos, pois, dão mais valores ao ouro e a prata do que as coisas sagradas: o altar e o templo. Jesus curou muitos cegos e até de nascença, mas esse tipo de cura de muitos cegos que se assemelham como os escribas e fariseus é difícil  Jesus curá-los. São pessoas fechadas no seu egoísmo. Hoje as igrejas estão cheias desses tipos de fariseus e escribas, que exploram o povo com dízimos altíssimos e ficam ricos às custas de um povo simples e ignorantes. Atraem muitos adeptos com promessas falsas de fazerem milagres patológicos e curas psicológicas com auto-sugestões. “Percorreis mares e terras para fazer um prosélito”. [Aqui existe uma figura de exagero que se chama hipérbole]. É claro e impossível alguém andar mares e toda terra atrás de um adepto de sua religião. São muitos este tipo de gente que sai de porta em porta e cidades e cidades atrás de um adepto à sua igreja. [Prosélito é o indivíduo que abraça uma doutrina]. “Filtrais um mosquito e engolis um camelo.” Os judeus tinha o costume de colocar um pano na boca da vasilha para filtrar o vinho. Aqui entra uma figura que se chama hipérbole: Engolis um camelo, isto é, praticam coisas absurdas ofendendo a Deus, entretanto, a limpeza interior eles não têm preocupação. Há muita gente que se diz cristã e gastam enorme dinheiro em salão de beleza, mas o interior é como um sepulcro caiado e dentro a podridão de defunto. [Essa crítica também é para esses vaidosos, vaidosas]. Nesse discurso Jesus profetiza a escatologia de Jerusalém. De fato aconteceu nos anos setenta. Tudo foi arrasado e destruído. Acabou o clero, fariseus, escribas e saduceus e o Templo e os holocausto. É bom que se leia esse discurso de Jesus. [Mt 23, 1-38]. É claro que Mateus escreveu esse relato nos anos 85, e não nos anos 20 da pregação de Jesus. Jesus faz sete acusações pesadíssimas aos escribas e fariseus. Sete é o símbolo da plenitude. Jesus chamou-os de raça de víboras. [Víbora é serpente venenosa e figura do pecado]. João Batista também os chamou. “Vede, eu vos envio profetas, sábios, doutores”. “Matareis e crucificareis uns e açoitareis outros, nas vossas sinagogas”. Bem, agora iremos fazer uma exegese dessa perícope. Primeiro os judeus não tinham poderes de crucificar ninguém, pois esse poder era somente dos romanos. Açoites nas sinagogas sempre os judeus faziam aos desobedientes à lei mosaica. “Para que caia sobre vós todo o sangue de Abel, o justo, [Abel não era judeu], até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias. A quem matastes entre o templo e o altar. ”Em verdade vos digo: todos esses crimes pesam sobre essa raça.” [Mt 23, 33-36]. Quem é esse Zacarias? Zacarias filho de Baraquias não foi assassinado no altar. O outro Zacarias que escreveu um dos livros do Antigo Testamento, também não foi assassinado. Que Zacarias é esse que Mateus relata? Mateus faz teologia e etiologia; não está preocupado com quem é ou não Zacarias. O que ele relata aconteceu e pagaram um preço altíssimo. Talvez seja Zacarias filho do sacerdote Jojada, é o mais provável, que o livro das Crônicas fala que o rei Joás mandou matá-lo. [IICr 24, 20-22]. Veja como é difícil a interpretação dos relatos bíblicos. Se não fizer ou não souber fazer exegese não irá entender nada, pois, Mateus faz um midraxe um colorido tirado do livro II Crônicas e bota na boca de Jesus. O redator desta perícope pôs o nome errado, colocando Zacarias filho de Baraquias ao envés de filho de Jojada que foi morto apedrejado a mando do rei Joás. Leia os livros: [II crônicas 24, 20-22]; [Gênesis 4, 8]; [Is 8, 1-2]; [Lc 11, 51]; [Mt 23, 33-36].  “Todos esses crimes pesam sobre essa raça”. Que raça Mateus está falando? A dos judeus? Nem todos os judeus foram culpados da morte de Jesus e nem a dos cristãos. Quem condenou a Jesus a morte de cruz foram os religiosos do alto clero. A lei romana era quem dava a sentença de morte de cruz, os judeus, não. Aqui nessa perícope que diz: “Vede, eu vos envio profetas, sábios, doutores.” Mateus está falando de quem irá enviar? Explicando esse relato temos a resposta: Esse “Eu” é a “sabedoria”. Mateus está afirmando que a sabedoria é Jesus. Aqui ele faz uma verdadeira catequese aos cristãos convertidos. Certamente Mateus escreveu o que havia já acontecido a destruição de Jerusalém.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

POESIA AO DIA DOS PROFESSORES.

POESIA AO DIA DOS PROFESSORES

Parabéns ao dia dos professores (as)., Parabéns a todos os mestres de ensino. Para eles eu faço uma ingênua poesia:

Professor, me ensine a ler,
pois sou pobre do sertão
não conheço o A B C.
mas eu voto na eleição.
e escolho sem saber.
confirmo com o dedo no botão.

Professor, eu tenho olhos,
Mas sou cego na leitura,
Professor, as vistas é curta
Nas ponho alguém na prefeitura
Mas o dinheiro alguém furta,
Pois é minha e sua caricatura.

Professor, pra que o saber?
você estudou, tanto tanto!
pra ganhar como um gari!?
Pra que derramar tanto pranto
Se dos tronos não quer lhe ouvir!
Melhor sê camelô de vender santo.

Ganha mais que o professor
aqui nesse País tão rico e colossal!
onde o professor não tem valor
melhor fritar ovos pondo o avental
num hotel cinco estrela no exterior.
ou ser pescado lá no pantanal.

Mesmo assim, professor, parabenizo
mesmo não sabendo ler dou-lhe valor
Minha mãe sempre me orientava:
"Que um professor é pai, mãe e avô,
é mais do que um deputado, prefeito,
e todos os cientistas que ele ensinou".

O mundo, professor, foi sempre assim:
Veja a história do grande Mestre e Senhor
 Que nos ensinou os valores de vida plena,
mas o mataram como homem violador
do sábado e da lei moisaca: mas vão pagar na geena.
Todos que não souberam lhe dar valor.

Parabéns, professor! professora!
Um forte abraço com o ósculo do Cristo Mestre e Senhor.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

ESTÃO ADULTERANDO O CRISTIANISMO.






ESTÃO ADULTERANDO O CRISTIANISMO.

Jesus nasceu de uma pobre mulher doméstica para ensinar os homens a viver como ele viveu. Escolheu pessoas simples para serem seus discípulos. Veio corrigir o seu povo com uma nova doutrina de Amor. Aboliu o dente por dente e ensinou a amar e perdoar. Por causa desses valores ensinados por ele é que os seus o rejeitaram. Ele abriu o maior leque universal: A Boa Nova, a “Rerum Novarum”, para o mundo inteiro aprender amar. Por causa dessa abertura, acusaram-no como malfeitor e o condenaram à morte de cruz. 
Agora, faço-lhes uma pergunta: Se Jesus vivesse somente a fazer milagres, contando parábolas, ensinando a orar, cantar salmos, louvores apologéticos, não mexesse com a cúpula religiosa e dos escribas e fariseus chamando-os de hipócritas, sepulcros caiados ele teria sido condenado à morte mais bárbara que foi a de cruz? Se ele não violasse a lei do sábado, dando prioridade mais ao ser humano de que o sábado, não violasse a lei de Moisés, o divórcio, ele teria sido pregado na cruz? Se ele não estivesse dado  tanto valor aos pobres chamando-lhes de bem-aventurados; e aos que fossem perseguidos, caluniados e mortos por causa do evangelho, ele seria condenado como fora? Bem, eu acredito que não. Mas ele foi morto não porque foi decretado ou destino marcado, como muitos pensam, que ele teria que morrer assim como morreu. Não. Condenaram à morte de cruz como um bandido, porque mexeu com muita gente da alta cúpula religiosa, o clero e dos que viviam da economia do Templo. Jesus predisse a destruição do templo, quando descobriu a grande corrupção do clero religioso. Ele acusou o alto clero que transformou a casa de Deus, o Templo, em covil de ladrões. Fez um forte discurso [eis o chicote] contra quem vivia da economia do Templo. Aí foi a gota dágua. E aconteceu tudo que Ele dissera, nos anos setenta. Tudo foi destruído; e até hoje não reconstruíram o Templo. Você sabia quantos empregados havia no Templo? Milhares de pessoas viviam da renda do Templo, e os soldados romanos viviam pela renda dele, o grande tesouro dos judeus e religiosos? Era o grande banco econômico. Agora, analise o porquê da condenação de Jesus à morte de cruz, se você estudou cristologia e historicidade do cristianismo. Para você analisar é preciso ter a visão cristológica e hermenêutica, senão vai ler ao pé da letra e dizer que tudo o que está brevemente relatado nos evangelhos foi Jesus que falou, pois estou lendo aqui. Mas os evangelistas não escreveram a biografia de Jesus e nem escreveram jornalismo e história da vida de Jesus. Os relatos são breves e foram escritos para formar e não para informar. Ninguém escreveu ao vivo com um gravador a relatar com precisão o que Jesus ensinou. Segundo os exegéticos e teólogos só conhecemos um décimo da vida de Jesus. Nove décimos são mistérios. Daí a dificuldade de o cristão entender o que está escrito nos evangelhos. O pior é que 90% leem como se estivessem lendo uma notícia jornalística.
Os evangelhos surgiram a partir dos anos setenta; quem conviveu com Jesus já havia morrido inclusive os apóstolos. 90% dos cristãos não têm uma formação teológica e nem catequética. Não receberam uma catequese de adulto; apenas seguem a tradição e o ritualismo. Aí está o grande perigo de adulterar o cristianismo por ler ao pé da letra e afirmar que foi desse jeito que Jesus ensinou. Nada foi ao vivo e nem gravaram nada do que Jesus ensinou e nem podia, pois gravador, celular, câmaras de gravar imagem e som não havia naquela época. Por isso, não poderá afirmar que tudo que está escrito foi Jesus quem falou. Nada foi escrito na língua de Jesus, mas na língua grega e nenhum evangelho foi escrito na terra de Jesus.
Bem, agora, vou relatar com cuidado, o que me parece lógico, porque estão adulterando o cristianismo. Jesus jamais ensinou a ninguém orar, cantar, louvar, chorar emocionado indo às igrejas gritar o seu nome: “Jesus, Jesus, cuide de minha dor, do meu problema econômico, financeiro; eu te amo, Jesus, venha logo e me cure! É isso que a gente vê de quem se diz cristão. Cura do corpo biológico, e a alma espiritual, não. Muitos assumem a ser guias de cristãos para lhes garantir um emprego e ficar rico, o que Jesus nunca ensinou e nem viveu. Esse tipo de oração é carnal sem o espírito ligado à conversão e a perfeição do que fomos chamados. A oração deva ser com invocação do Espírito Santo e não oração patológica que se transforma em fetichismo, longe de agradar a Jesus. Veja como viveu São Francisco de Assis, irmã Dulce e muitos santos. Um grande exemplo bíblico é a vida de São Paulo apóstolo. Leia os Atos dos Apóstolos e veja como viveram os cristãos, como foi a morte do diácono Estêvão, de João Batista, que teve a coragem de dizer para o rei Herodes, que ele tinha cometido um grande pecado possuindo a sua própria cunhada, esposa de seu irmão Filipe, como sua esposa, deixando a sua própria esposa rainha. Aí está o protesto contra o divórcio. Mas os cristãos, hoje e sempre, largam por brincadeira a sua esposa e se divorcia. Outros saem de sua igreja e vão para outra, porque ela condena o divórcio. Abandonam a fé e a obediência da igreja e se casa outra vez na nova igreja onde se fez prosélito. Mas foi essa uma das causas da condenação de Jesus. “Quem Deus uniu não separe o homem”. “Ai de vós que sois ricos”. Escolha: ou Deus ou o dinheiro”.
Muitos se dizem cristãos, mas não veem o Jesus faminto, o Jesus com sede, o Jesus despido, o Jesus sem moradia, o Jesus enfermo e no cárcere. O fanatismo cresce dia a dia e enchendo as igrejas de falsos cristãos a orar como papagaio sem fazer sequer uma avaliação do que significa ser cristão ou agradar a Deus. Veja o que disse Santo Agostinho: “Noverim me, noverim te. Significa: “Se eu me conhecesse, conhecer-te-ia”. Aí está a solução de quem quer ser cristão. Primeiro conhecer a si mesmo, para depois conhecer o Cristo e os valores que ele deixou para ser perfeito como o foi. Pelo que vejo estão transformando Jesus num médico e assistencialista em lugar dos médicos; e a igreja a se transformar em hospital ao invés de fiéis fá-los-ás em enfermos e pacientes. Isso é deveras atitude de um cristão? Onde está o profetismo? Muitas crianças morrem de fome por dia no Brasil e os cristãos enchendo as igrejas para orar, louvar e cantar como se essa ação agradasse a Deus. As letras das músicas, tanto de um lado como de outro, são letras apologéticas sem sentido nenhum de doutrinar ou de catequizar aquele que ouve a mudar-se de vida. É preciso uma mudança radical e parece-nos que o papa Francisco vai começar da raiz. Ele já deu o exemplo. Não é na igreja que se encontra com o Cristo, mas nas periferias em busca dos excluídos e marginalizados. Foi isso a vida de Jesus, sempre ao lado dos mais pobres e excluídos; dos ébrios, prostitutas sem valor nenhum no meio social, político e religioso. Para o judaísmo, toda pessoa que tivesse defeito físico: aleijado, cego, coxo, leproso, lunático era tido como excomungado, excluído do meio social e religioso. A mulher não tinha valor nenhum nem os pobres e as crianças. Jesus mostrou que o sábado não era mais importante de que essas pessoas excluídas. Primeiro encontro de Jesus com a samaritana quebrou toda estrutura religiosa e social daquele tempo; sua ressurreição ele apareceu primeiro a Maria Madalena.
Os apóstolos seguindo a tradição e costumes afastaram as crianças de Jesus. Ele os repreendeu dizendo-lhes: “Deixai as criancinhas virem a mim, porque delas é o Reino dos céus”. Será que os cristãos entendem o que significa essas palavras de Jesus para com as crianças? As crianças estão bem cuidadas, pensadas pelos cristãos? Não. Eles dão mais valor indo à igreja, cantar, louvar e falar o nome de Jesus milhares de vezes sem sentido doutrinário nenhum do que ser o bom samaritano. Quantas crianças vivem drogadas e abandonadas sem nenhum valor de ser gente; sem nenhuma assistência; outras se jogam à prostituição para não morrer de fome e exploradas pelos que possuem dinheiro, o seu deus. Mas passam ao lado do  estendido à beira da estrada e não o assiste como o samaritano e enchem a igreja ouvindo emocionadas as letras de músicas que louvam o nome de Jesus com coros apologéticos onde a nave da igreja fica repleta dos que não assumem como cristão. Ir à igreja é salutar ação, mas ao sair precisa a ação natural e sobrenatural. Tem que ser e agir como o bom samaritano.
Jesus contou duas parábolas que é a sua biografia e a do cristão: “A parábola do samaritano e a do filho pródigo.” A primeira mostra que a caridade está em primeiro lugar: cuidar dos enfermos e dos excluídos. A segunda mostra que Deus é pai misericordioso que preocupa muito com os filhos pródigos. Quem quer ser cristão deva preocupar-se com os necessitados e excluídos. Ser servidor e nunca ser servido. Esses são as verdadeiras igrejas de Cristo. “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. Pedro está representando a humanidade nos valores sagrados de ser cada um a Igreja de Cristo. Igreja, templo do Espírito Santo e não igreja de pedra feita pelas mãos dos homens. Quando Paulo fala às igrejas de Coríntios, Gálatas, Efésios etc, fala às comunidades e não construções de pedra. Igreja é uma palavra grega que significa: chamado para fora. Aí está porque o papa fala para os padres saírem da sacristia e irem ao encontro do povo nas periferias levar o Cristo ressuscitado e ensinando os valores deixados por Ele. E todos os cristãos deverão viver solidários como irmãos em Cristo. Que as homilias não sejam dogmáticas, mas de um profetismo que incomodam os que andam nas trevas.
Terão de assumir a vida de cristão. Enxergando Jesus naquelas pessoas excluídas e famintas. Cristão que se cala perante os políticos corruptos e dos violadores da ética e da moral a cambalear nas cátedras dos poderes políticos, não poderá ser chamado de cristão e nem assumir o presbiterato. Que cristão é esse que o culto é mais importante de que cuidar dos necessitados como o samaritano?
São muitos os excluídos de todas as classes sociais. Finalizando quero deixar bem claro que o cristão se completa na igreja vivendo em comunhão fazendo parte das celebrações eucarísticas sem deixar de ser um bom samaritano. Viver a vida em ação, em obras; praticar a vida natural e a sobre natural. Ser cristão anunciando a Boa nova, transformando o mundo em Reino dos céus.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

20º CURSO DE TEOLOGIA.




[20º CURSO DE TEOLOGIA]


Somente Lucas narra que o anjo Gabriel anunciou a Maria que ela iria ficar grávida e dá à luz o Messias. [Lc 1, 26-36]. Mas, quando ele escreveu o seu evangelho, depois dos anos oitenta, Jesus já havia morrido há mais de 40 anos. Como é que ele narra que o anjo Gabriel saudou a Maria afirmando-lhe que ela, pelo poder do Altíssimo, ficaria grávida de Jesus, se Lucas não estava lá para ver esse diálogo do anjo Gabriel com Maria? Será que ele conheceu Maria? Creio que não, como também não conheceu a Jesus. E como iremos entender essa narração lucana? Fazendo-se uma exegese para entender a teologia de Lucas temos de entender Historicidade e Cristologia. Lucas, nesse relato, retirou do livro de Daniel e colocou na boca do anjo Gabriel toda narração do anúncio do anjo a Maria. [Dn 9, 21-23.]. [Is 7, 13-17; 9, 1]. Ele faz um paralelismo dos livros de Daniel e de Isaias e encaixa na vida de encarnação de Jesus no seio de Maria. Somente Lucas é que narra o anjo Gabriel se apresentando a Maria com a saudação de ave “cheia de graça”.... Os outros evangelistas não narram essa passagem do anjo Gabriel com Maria. [É bom que leia nos livros mencionados para melhor esclarecimento]. Entretanto Maria ficou grávida de Jesus pelo poder do Espírito Santo. Com esse paralelismo o relato de Lucas não nega a historicidade de Maria de ter dado à luz o filho de Deus; e nem tira a maternidade de Maria prenhe de Jesus pelo poder do Espírito Santo. O relato de Lucas é teológico e não histórico.  Os evangelistas escrevem teologia da história e não história da teologia como noticiário jornalístico. Portanto, os exegetas e teólogos não sabem nada sobre Maria. Quando ela morreu, onde foi enterrada, onde fica o túmulo dela. Nada se sabe sobre a vida dela,  embora Lucas citasse na anunciação do anjo Gabriel, e o cântico do magnificat e visitando a Isabel. O cântico do magnificat foi inspirado no cântico de Ana no livro de Samuel. [1Sam 2, 1-10] E muitas frases que contém nos Salmos: [Sal 109; 102, 17; 88, 11; 106, 9; 97, 3 e no livro de Isaias 40, 8s, estão contidos no Magnificat. Há, entretanto, um trecho do magnificat que se tornou profético: “Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é santo”. [Lc 1, 48-49]. Assim, realmente, depois de Jesus é a criatura mais louvada e exaltada, mais bem-aventurada. [Apologia]. Ela é a mulher do Gênesis e do Apocalipse: “Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher  revestida do sol, a lua debaixo  dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.[12 apóstolos; as 12 tribos de Israel]. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz”. [Ap. 12, 1-2]. Os exegetas afirmam que essa Mulher a mãe mística é a cidade de Deus, a Jerusalém celeste. Ela dá à luz a Cristo e em seguida a Igreja dá à luz os cristãos; essa Mulher é mãe de Jesus Cristo, a mãe da Igreja e dos cristãos. A Igreja sendo perseguida pelo poder romano foge com dores de parto para poder dar à luz o seu filho, o Cristo [Deus Igreja, Igreja Deus] e seus irmãos. [O livro narra as perseguições contra os cristãos, a Igreja: Jesus Cristo]. Entretanto Deus está sempre presente nos santos e nos anjos. Deus poderia comunicar com Abraão, e salvar Ló com sua família, como também os amigos de Daniel na fornalha ardente, mas enviou seus anjos. Poderia comunicar com Zacarias diretamente, que a sua esposa iria conceber um filho, na sua velhice e não mandaria um anjo o anunciar. Mas Deus serve de seus mensageiros para nos comunicar e para receber os nossos pedidos. Não pode negar essa realidade. [Jesus é a cabeça e nós seu corpo místico formamos a Igreja].
Maria sabia todos esses relatos desses livros do Antigo Testamento. [é bom que leia esses livros citados para entender melhor a exegese do cântico do Magnificat de Maria e o relato do livro do Apocalipse]. Aqui Lucas fez um paralelismo desses livros do Antigo Testamento com o cântico do magnificat de Maria. É um verdadeiro midraxe esse relato lucano. Depois ele cita a presença de Maria nos Atos dos Apóstolos. [At 1, 14]. João relata o seguinte: “Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. [Jo 19, 25]. [Este relato é puramente teológico sobre a presença delas ao pé da cruz com João, o apóstolo]. Portanto os livros do Novo Testamento, que são 27 livros, nada falam sobre a vida de Maria e nem dos apóstolos quem foram eles, de onde eles eram, onde moravam, onde morreram e foram sepultados, nada. O que interessa aos evangelistas é somente a cristologia, quem foi Jesus Cristo. Ainda existem muitos mistérios sobre Jesus, principalmente a sua ressurreição. E os únicos que foram apóstolos de Jesus que o povo conhece e fala sobre eles é: Pedro, André e Tomé. Dos outros nem sequer falam o nome deles. Somente de Jesus existe o Santo Sepulcro em Jerusalém, que até hoje milhares de pessoas visitam-no. Mesmo a vida de Jesus nós sabemos apenas um décimo dela e mais nada. Mesmos os exegetas que estudam a cristologia e a historicidade de Jesus não sabem mais do que um décimo de sua vida terrestre.
É muito difícil para leigos entenderem ao ler a ”Paixão e morte de Jesus Cristo, nos evangelhos sinóticos, pois, ao confrontá-los parece-lhes uma controvérsia ao não entender e não saber interpretar com uma boa exegese as perícopes relatadas, nos sinóticos, com narração teológica etiológica e cristológica. Um escreve de um jeito a sua teologia e lhes parece que vai de encontro com outros, como por exemplo: Lucas escreve a paixão e morte de Jesus, completamente diferente de Mateus e Marcos. Marcos e Mateus têm as mesmas linguagens sinóticas, mas Lucas se difere dos dois. É isso que, numa visão catequética, teológica e exegética explicarei o relato de cada um com sua comunidade e esclarecerei, em forma de catequese, para aqueles que leem os evangelhos dos três com um pouquinho de exegese do meu jeito de interpretação longe de ser-me fundamentalista. Vejamos primeiro Mateus e Marcos:
Mateus escreveu que Jesus foi crucificado ao lado de dois ladrões, os quais blasfemavam contra Jesus. Nenhum dos dois ladrões pediu a Jesus, que, quando estivesse no paraíso se lembrasse dele. Pelo contrário, ultrajaram-No. Em Lucas aparece o “bom ladrão” e que esse, segundo a tradição, se chamava “Dimas” e recebe de Jesus o perdão e o céu. Já em Mateus e Marcos nenhum dos ladrões reconhece Jesus como inocente; pelo contrário, blasfemavam-No e insultavam-No. Marcos afirma que Jesus foi crucificado entre dois bandidos. Bandidos não é sinônimo de ladrão. Bandido é quem faz arruaças, malfeitor, pessoa maldosa. A fonte dos evangelhos sinóticos é Marcos por ser ele o primeiro a escrever o seu evangelho nos anos oitenta. Mateus e Lucas basearam-se no evangelho de Marcos. Nem Mateus e nem Marcos afirmam que um dos ladrões se arrependeu e reconheceu que Jesus fosse inocente; a ponto de reclamar a seu companheiro que eles estavam pagando por merecimento da vida má como ladrões. Nenhum dos dois evangelistas conta esse relato de um ladrão arrependido. Somente Lucas que fala sobre o bom ladrão, que se arrependeu e pediu-Lhe que se lembrasse dele quando estivesse no paraíso. [homilia]. Mateus e Marcos falam que os soldados teceram uma coroa de espinho e colocou na cabeça de Jesus. Lucas não fala sobre essa coroa de espinhos. Eu acho um pouco duvidoso esse relato e difícil de si acreditar, que os soldados iriam à mata procurar alguma planta que tivesse espinhos para tecer uma coroa para colocá-la sobre a cabeça de Jesus. Eu acredito que essa coroa foi um ato de humilhação, talvez fosse um pano enrolado em formato de uma coroa. Ainda penso que na palestina não há planta espinhosas como em nosso país. Lucas não fala nessa coroa de espinhos. Portanto, essa coroa de espinhos podemos entender que são os sofrimentos e humilhação que Jesus sofrera e os momentos agressivos psicologicamente até o alto da cruz. Marcos não era judeu e nem foi discípulo de Jesus. Ele era discípulo de Pedro e companheiro de Paulo. Paulo também não conheceu a Jesus. [Aqui mostro um relato sobre São Paulo, pois é Lucas o autor do livro dos Atos dos Apóstolos].
A conversão de Paulo aconteceu no caminho de Damasco. Damasco não fazia parte do domínio das autoridades de Jerusalém, porque Damasco pertencia a Grécia e não a Jerusalém. Narra o livro dos Atos dos Apóstolos que Saulo havia aprovado a morte do diácono Estevão. [Esse morreu apedrejado]. “Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor”. Saulo era um dos discípulos de teologia de Gamaliel [Famoso doutor de teologia] e defendia a Lei judaica, pois, na sua visão como religioso do judaísmo, os discípulos de Jesus anunciavam uma doutrina falsa. “Por esse motivo ele se apresentou ao príncipe dos sacerdotes, e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos a Jerusalém todos os homens e mulheres que achasse seguindo essa doutrina.” [At 9,2]. Como poderia Paulo pedir carta para a sinagoga de Damasco se não era jurisdição do príncipe dos sacerdotes? Damasco pertencia a outro país e não pertencia a Jerusalém. [Já citamos acima]. O redator desse episódio não se preocupou com o relato ocorrido fora do poder sacerdotal. Ele não escreve geografia, mas teologia. O que lhe interessou foi mostrar como Saulo se converteu, e, depois, que foi batizado mudou-se o nome de Saulo para Paulo. [a luta de Saulo contra Paulo é a mesma de Jacó]. Aqui, Lucas faz uma verdadeira catequese nos ensinando como viver a vida de cristão e como é a verdadeira conversão relatando a de Paulo. [Ensinamento pastoral]. Esse relato de Lucas mostra-nos o que é conversão. Conversão é uma mudança radical de uma pessoa que vive cega, isto é, sem a luz da espiritualidade, saindo das trevas para o encontro da verdadeira luz, que é Jesus Cristo. Saulo prenhe do Espírito gerou Paulo o apóstolo dos gentios. 

domingo, 22 de setembro de 2013

MINHA HOMILIA.






                MINHA HOMILIA.
Honorato Ribeiro.

Domingo, dia 22 de setembro de 2013, a Igreja Católica, na sua liturgia dominical, apresentou o evangelho de Lucas 16, 1-13. Jesus contou uma parábola dizia aos discípulos: “Um homem muito rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. Ele o chamou e lhe disse: Que é isso que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens.
O administrador então começou a refletir: O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando for afastado da administração.
Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou primeiro: Quanto deves ao patrão? Ele respondeu: Cem barris de óleo! O administrador disse: Pega a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta. Depois ele perguntou a outro: E tu, quanto deves? Ele respondeu: Cem medidas de trigo. O administrador disse: Pega tua conta e escreva oitenta. E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos desse mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz. E eu vos digo, usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas.
Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é justo nas pequenas também é injusto nas grandes. Por isso, se vos não sois fiéis no uso de dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao Dinheiro.
Primeiro eu faço uma exegese desse Homem rico: Deus. Ele nos deu uma imensa riqueza que é saber administrar bem a nossa vida escolhendo-o obedecê-lo como seu senhor e não as coisas desse mundo, principalmente o dinheiro. Diz a parábola que o patrão admirou do mau administrador, porque soubera fazer caridade, mesmo com o dinheiro roubado. Porque a caridade encobre milhões de pecado.
Segundo é no campo administrativo de ser um bom comerciante que não se enriquece com o suor dos seus operários e nem a dos consumidores. Por que eu vejo assim. O bom empresário deve pagar bem seus operários e não nega os seus direitos trabalhistas; aos consumidores ele não explora nos preços, quando seria a mercadoria o lucro de 50% ele coloca 100%. Foi o caso daquele que devia ao patrão cem barris de óleo, [o valor seria a metade do que ele vendera], que deveria ser vendido a lucrar 50%. Por isso o patrão o reclamou da exploração que ele estava fazendo aos compradores. Roubava também do patão, porque os outros 50 era dele e não do patrão. Por isso ele, para agradar quem lhe comprou, fê-lo pagar a metade.
Na realidade ele estava lhe devolvendo o que tinha lhe roubado. Não é assim que agem muitos hoje?
Terceiro e mais eficaz da ação dele, mesmo com a esperteza de ficar rico soubera fazer amigos, quando ficasse desempregado. E o consumidor não pensa assim? O esperto lhe explora e ele ainda o tem como pessoa boa.
Quarta exegese minha. Se somos cristãos, quer como patrão, quer como administrador sejamos honestos nas nossas ações e não podemos ser mercenários amante do dinheiro. No fim, o evangelho nos diz: “Os filhos desse mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”.
Os filhos desse mundo mercenários amante do dinheiro e do negócio sujo. Os filhos da luz são os cristãos servidores que vivem para servir e não ser servidos. Se ele era administrador, já ganhava o salário como administrador. Não é assim que agem os políticos? Os filhos da luz vivem como Jesus viveu; anuncia a Boa Nova como Jesus anunciou. O cristão é fiel em tudo. Desde as coisas mínimas às grandes, isto é, ser sempre honestos, cidadão do Reino dos céus. Essa parábola serve bem para ilustrar o bom político e o mau político. Um administra bem os bens do patrão que somos todos nós consumidores. O outro são os corruptos que nos roubam o nosso dinheiro desviando para ficarem ricos às nossas custas. Por isso o evangelho é chamado de Boa Nova. Nunca se envelhece, pois, essa parábola foi contada por Jesus nos anos 20 e está viva e bem explícita aos dias de hoje. Deus é sempre rico de misericórdia, pois sempre nos chama para prestarmos contas dos bens que ele nos deu: a razão, a ética e a moral; ainda mais: a sua imagem e semelhança de sermos deuses. Que grande ensinamento esse evangelho de Lucas para o momento de agora, principalmente os do mensalão! E aos que estão julgando como juízes!   

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Por que o papa é o sucessor de Padro?



             POR QUE O PAPA É O SUCESSOR DE PEDRO?

Vamos explicar pormenorizadamente a historicidade do apóstolo Pedro. Pedro era um simples pescador com seu irmão André e outros companheiros. Viviam da pesca. Mas um dia Jesus viu dois irmãos: Simão e André seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes: “Vinde após mim e vos farei pescadores de homens.” Na mesma hora abandonaram as redes e o seguiram. [Mt 4, 18-20].
O chamado é breve. Será que foi assim mesmo com essa brevidade? Bem, não vou fazer aqui uma exegese desta perícope, pois, vou escrever a historicidade de Pedro e não explicação teológica. Em todos os evangelhos relatam sempre Pedro a dialogar com Jesus. Até Paulo fala que Pedro é o líder dos cristãos. O maior testemunho cristológico de que Pedro é aquele que Jesus entregou-lhe a chave [Simbolismo do poder] a ele para ser responsável pela igreja. [Comunidade cristã]. A diferença de Paulo para Pedro, é que Pedro conviveu o tempo todo ao lado de Jesus e Paulo não conheceu a Jesus. Jesus mudou o nome de Simão para Pedro, kefas, rocha. Petros do grego. Pedra. Na Bíblia, quando Deus quer entregar um cargo importante, principalmente a um líder, ele muda de nome. Assim foi com Abrão para Abraão; Jacó para Israel, Simão para Pedro, Saulo para Paulo. [O apóstolo dos gentios]. É claro que a pedra angular, principal é Jesus. Mas ele ao deixar esse mundo delegou a Pedro a ser a rocha, a pedra fundamental da sua igreja. [Povo de Deus]. Vejamos o que diz os evangelhos sobre o poder que Jesus passou a Pedro. Chegando a Cesareia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: “No dizer do povo, quem é o Filho do homem?” [homem exaltado]. Responderam: “Uns dizem que é João Batista; [este já havia morrido]; outros, Elias; outros Jeremias ou um dos profetas.” Disse-lhe Jesus: “E vós quem dizeis que eu sou”? Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” [Profissão de fé]. Jesus então lhe disse: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e nem o sangue, [isto é, o homem biológico], que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: Tu és Pedro [não é mais Simão, agora é pedra] e sobre esta pedra edificarei a minha  Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus; [chaves está no plural]  tudo o que ligares na terra será ligado nos céus [está no plural] e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. [Mt 16, 13-19]. Poder total no mundo todo. Eis a pluralidade das chaves e dos céus. [Igreja universal ou católica construída na rocha, kefas].
Que grande responsabilidade recebeu Pedro! Vejamos o que relata outro evangelho. Jesus perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?” [estes os outros apóstolos]. Respondeu ele: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus perguntou a Pedro por três vezes e Pedro confirmou firmemente, que o amava. Então, depois dessa confissão de Pedro, Jesus lhe deu outra incumbência: “Apascenta as minhas ovelhas. [os cristãos para governar]. [Jo 21, 15-17].
Todos os sinóticos relatam sempre o diálogo de Pedro com Jesus. Pedro é mencionado mais de setenta vezes nos evangelhos. É o mais conhecido no mundo cristão. Pedro, o responsável pela Igreja terrestre preparando-a para ser Igreja Celeste, a Nova Jerusalém.
Vejamos no evangelho de Marco um relato, onde Pedro pergunta a Jesus a sua missão. Pedro começou a dizer-lhe: “Eis que deixamos tudo e te seguimos”. Jesus respondeu-lhe: “Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, [cem vezes mais do que casas...], irmãos, imãs, filhos e terras, com perseguições – e no século vindouro [a escatologia] a vida eterna. [Mc 10, 28-30].
Em Mateus Jesus responde a Pedro: “No dia da renovação do mundo, [no juízo final], quando o Filho do homem estiver sentado no trono de sua Glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.” [No dia de sua parusia]. Mt 19, 27-28]. Aí está o poder que Jesus deu a Pedro e aos apóstolos, até mesmo de julgar todos nós no juízo final. E assim, o clero, papa, bispos, presbíteros, diáconos e nós cristãos formamos o corpo Místico de Jesus pelo batismo nos tornamos santos. Por isso, a Igreja Católica canoniza sempre cristã e cristão que viveram santamente e morreram por amor ao evangelho na vida de santidade: Imã Dulce, Francisco de Assis...
Por que a Igreja Católica Apostólica Romana afirma que Pedro é o primeiro Bispo de Roma? Em primeiro lugar é que Jesus lhe escolheu para ele cuidar, apascentar todos os cristãos [unirversalmente] e dele Jesus fundou a sua Igreja delegando-lhe o poder sendo a pedra, fundamento da Igreja humana. Mas o mais importante é que Jesus lhe perguntou por três vezes se Pedro o amava. Amar a Jesus é caminhar na direção da Paixão. E Pedro assumiu com grande amor que deu a sua própria vida morrendo crucificado por Nero, em Roma, nos anos sessenta. Pedro depois que foi morto tornou-se para os cristãos o mais louvado, mas querido e exaltado entre todos os apóstolos e cristãos. Ele se tornou o sucessor de Jesus; e os apóstolos, bispos, presbíteros sucessores de Pedro. Por isso é que o Bispo de Roma [Papa] é o sucessor de Pedro. A cidade do Vaticano, sede do papado, está erguida a Santa Sé, a Igreja de São Pedro, no Vaticano, pois, foi lá, que foi enterrado o apóstolo querido, Pedro, pedra, kefas. Sabemos, pois, que a verdadeira pedra angular e que governa essa Igreja, é Jesus Cristo, mas delegou a Pedro ser pedra, no lugar Dele, para apascentar as ovelhas. Jesus enviou o Paráclito [Ele mesmo em Espírito] para governar e iluminar os sucessores de Pedro, isto é a Igreja clerical e a comunidade cristã. Por isso a Igreja é santa e infalível, por sê-la governada pelo Espírito Santo. A Igreja anuncia o evangelho à toda criatura. Ela é Igreja Católica Apostólica e Una. Os sacramentos, a liturgia, a celebração eucarística, a ordem, o batismo a doutrina é uma só. O evangelho anunciado, as leituras das epístolas e as orações, [liturgia da palavra] são realizadas por todos no mesmo dia, na celebração eucarística [liturgia eucarística] em obediência à unidade representando todo o clero, que é sempre o Bispo, sucessor de Pedro a quem o chamamos de Sua Santidade o Papa. [Pai]. As outras igrejas não são unas e não têm um chefe a governar. Cada uma segue seu caminho e anuncia o evangelho no culto como quer e escolhe o texto individualmente. Não têm uma cronologia litúrgica, uma ordem a obedecer, porque não há um líder a governar todos como unidade única. A maior organização social, política e religiosa e a mais respeitada no mundo inteiro é a Igreja Católica Apostólica com sede no Vaticano. Desde o século IV que a Igreja Católica Apostólica Romana governa o povo cristão com o seu representante único: o Papa seguindo a sucessão de São Pedro, que o considera como sendo o primeiro papa. [A Igreja Católica nasceu no século primeiro com o nome de cristianismo]. Até o século XI era a única igreja dos cristãos. Nesse mesmo século separou-se dela a igreja Ortodoxa; essa é dividida em cinco e cada uma tem o seu chefe patriarca. No século XVI, na Inglaterra, o rei Henrique VIII da Inglaterra pediu ao papa que anulasse o casamento dele com Catarina de Aragão para ele se casar com Ana Bolena. Como o papa não lhe obedecesse, [baseando-se no evangelho: “o que Deus uniu não separa o homem], embora a Igreja fosse unida ao Estado, não atendeu o seu pedido; ele, Henrique VIII se casou com Ana Bolena, desobedecendo a autoridade do papa. Então o rei Henrique expulsou todos os padres que foram obedientes ao papa e os que ficaram do lado dele não foram expulsos. Então ele fundou a Igreja Anglicana e ordenou que todos os padres fossem casados. O que aconteceu com essa separação? Não progrediu a Igreja Anglicana. Como também a ortodoxa. Nesta os padres são casados livremente, mas somente 60% são casados os 40% não são por opção de quem quer viver ao celibato.
No século XVI, o padre Martim Lutero rompeu com a Igreja Católica e fundou a Luterana. Esta é bem diferente da Anglicana e a Ortodoxa, pois, ambas [Anglicana e Ortodoxa] celebram a eucaristia, missa, e conservaram todos os santos, sendo Maria Santíssima a mais venerada e exaltada como exaltam os católicos. Também conservaram o clero: padres, bispos, diáconos só não obedecem ao papa, mas têm-no como autoridade eclesiástica e bem respeitado e querido por essas igrejas. Como também as igrejas tradicionais: luterana, presbiteriana, batista têm a mesma teologia da Igreja católica e aceitam o ecumenismo. As evangélicas, não. [Surgidas no século XX]. Todas são pentecostais com diversos nomes e adversidades de interpretação teológica. Assim, a Igreja Católica Apostólica Romana sofreu grande divisão, mas é a maior de todas até os nossos dias. Não somente sendo a maior, mas a mais respeitada no mundo inteiro; sendo a Igreja representada na figura eclesial do papa, sucessor de São Pedro. Ela é a mais profunda, mais culta, pois, nenhum presbítero [padre] poderá ser sagrado se não for bem preparado intelectualmente e com conhecimento profundo de filosofia e teologia e exegese.
A Igreja Católica Apostólica é a única que existe no mundo com sua sede própria, no Vaticano, desde o ano de 1929, sendo o primeiro papa a morar Pio XI; sucessor de Pedro como autoridade eclesiástica que representa as igrejas espalhadas no mundo inteiro. As outras igrejas cristãs não existem representantes e nem mesmo uma única liturgia. Cada um faz o que quer e governa como quer. Cada uma escolhe um nome qualquer, mas não são sucessoras dos apóstolos. Apenas usam a Bíblia [sendo fundamentalistas, isto é, interpretação ao pé da letra] e interpretam como quer. As igrejas evangélicas surgidas no século XX, e são bem diferentes das da Reforma protestantes, que têm uma teologia moderna e respeitada, principalmente a Luterana, Presbiteriana e a Batista. É dever e obrigação todo católico ter o conhecimento teológico para se enriquecer com a cultura da palavra de Deus e não ser fundamentalista. Ler qualquer trecho e dizer: Foi assim mesmo que Jesus ensinou, pois estou lendo aqui. É desse jeito mesmo, pois, a Bíblia está falando. Será uma grande ingenuidade desse católico, ou outro qualquer, pois, quando Jesus pregava não havia um gravador e nem uma filmadora para afirmar uma coisa desta. Os ensinamentos de Jesus foram levados há mais de sessenta anos de boca em boca pelos cristãos que se espalharam, uns para a Grécia, outros para Roma, outros para Turquia, outros para a Síria, outros para o Egito, por causa da destruição de Jerusalém, Judeia. Quando Marcos, o primeiro a escrever, [este foi discípulo de São Pedro], foi transcrever o que as comunidades afirmavam sobre Jesus, este já havia morrido a mais de quarenta anos e perdeu muitas coisas que Jesus ensinou, pois, os que conviveram com Jesus ouvindo os seus ensinamentos já havia morrido. Graças a Igreja Católica Apostólica Romana, que fez escavações nas cavernas [os antropólogos] é que encontraram os pergaminhos manuscritos e que estavam escritos na língua grega, aramaica e hebraica. O papa Dâmaso I pediu ao poliglota São Jerônimo que falava fluentemente a língua grega para verter para a Vulgata e dela para as demais línguas. Encontraram vários evangelhos: De Pedro, Tiago, de Tomé, Maria Madalena, Maria, a mãe de Jesus e outros. Mas a Igreja Católica só canonizou os quatro que existem: Mateus, Marcos, Lucas e João. Os demais consideraram apócrifos, esses são mais de 80 evangelhos. Depois de muitos anos é que foi feito o concílio, chamado Concílio de Trento, é que organizou canonicamente os quatro evangelhos, pois, neles existem muitas glosas e os padres queriam retirá-las dos textos por não encontrarem nos manuscritos primitivos. Foram outros relatores que escreveram tampos depois. O primeiro Concílio que existiu foi em Jerusalém feito por Pedro e Paulo. Somente a Igreja Católica é quem faz concílio e cartas apostólicas que chamamos de encíclica. Nisto se vê que a Igreja Católica Apostólica é a real igreja fundada com base em Jesus Cristo, a pedra fundamental e delegada a Pedro com seus sucessores apóstolos. Os capítulos e versículos da Bíblia foram organizados por um bispo e um padre, que o mundo religioso copiou dela. Portanto as igrejas protestantes e evangélicas herdaram esse belo tesouro, que é a Bíblia, da Igreja Católica. Se não fosse esse trabalho magnífico realizado pela Igreja Católica. As igrejas de pedra, catedral, templo, herdaram da igreja católica, pois, foi ela que construiu a primeira igreja no mundo e as demais copiaram dela. Por que foi ela? Porque foi a primeira, nascida no primeiro século e organizada a partir do século IV com Constantino, rei de Roma, que se converteu ao cristianismo. A mãe de Constantino era Santa Helena. Foi esta santa que descobriu, entre as três cruzes: dos dois ladrões e a de Jesus, a verdadeira cruz onde Jesus se deu e derramou o seu sangue pela humanidade. Existem, no Vaticano, a Bíblia completa que foram manuscritas em pergaminhos como, também, todo Novo Testamento e os quatro evangelhos. Estes evangelhos são o resumo da verdadeira Bíblia do Novo Testamento, porém não publicada. Somente o alto clero tem conhecimento dela. Há uma cópia na Inglaterra exposta num museu, mas é proibida de ser lida pelos visitantes. E é por isso que a Igreja Católica é diferente das demais, por não conhecer esse verdadeiro documento do cristianismo. Nos evangelhos não existe a biografia de Jesus e nenhum evangelista estava interessado a escrever a biografia dele. Por isso os estudiosos e exegéticos só conhecem um décimo da vida de Jesus. Nove décimos são mistérios. Há muitos mistérios na vida dele, principalmente a sua ressurreição.
Aqui deixo este relato da história do cristianismo e da Igreja Católica resumidamente. Atenção: Jesus foi um grande taumaturgo ao homem total, corpo e alma espiritual para fundar nele o Reino dos céus. Jesus nunca quis substituir o lugar dos médicos e nem fundou a sua igreja para ser hospital. Quem age assim são os falsos profetas. São os enganadores de um povo abandonado por falta de assistência médica e de educação nesse País Colossal. No Primeiro Mundo não existe essa enganação por causa da cultura do povo de lá. Os ensinamentos de Jesus são ensinamentos espirituais do alto e não daqui do baixo. São ensinamentos teológicos e cheios de parábolas, alegorias, metáforas, hipérbole que confundem aos que não têm estudos teológicos e não são exegéticos. Não conhecem e não estudaram a hermenêutica para compreender melhor o que relata a Bíblia. Ela não é um livro de interpretação individual e é muito perigoso aos que não têm a cultura teológica e hermenêutica. Por isso ler e afirma que foi desse jeito que Jesus ensinou o que está escrito na bíblia lendo ao pé da letra sem uma devida interpretação hermenêutica. Não estou descriminando nenhum credo cristão, mas sim, relatando a historicidade do apóstolo Pedro e sua Igreja.