segunda-feira, 25 de novembro de 2019
BRINCADEIRA DE CRIANÇA.
Joguei pião, pulei macaco, brinquei em gangorra, brinquei de bacondê,
brinquei de primeira cuca até tenente e quem errasse voltava para ser
cuca e aí era gargalhada solta. Brinque de corre coxia, brinquei de
chicotinho queimado, brinquei de Lampião e os soldados armados de cabo
de vassoura e o tiro era barulho na boca: Tá, Tá, Tarará, tá... e eles
caiam como mortos fingindo. Nós éramos uns verdadeiros artistas e o
palco era a rua e a lua clara a brilhar no céu estrelado! Que tempo bom,
minha gente!
VILA DE SÃO JOSÉ DE CARINHANHA
O primeiro nome de Carinhanha foi Vila de São José de Carinhanha, que
como Vila governava: Correntina, Santa Maria da Vitória, Coribe, Cocos,
Mata, Malhada e Iuiú. O seu primeiro intendente foi Francisco Luiz da
Cunha, conhecido por Chico Thimóteo, que era coronel da Guarda Nacional.
Foi Chico Thimóteo que emancipou Carinhanha, em 17 de agosto de 1912.
Desde o ano de sua emancipação política, os prefeitos eram apontados.
Quando foi em 1946, em voto popular, foi eleito Alípio José de Moura,
filho de Carinhanha. Como administrador, Alípio José de Moura construiu
um grupo escolar em Malhada, outro em Barra do Parateca e outro em
Cocos. Aqui em Carinhanha a cidade era iluminada pelos lampiões de gás. O
Isaias Ramos saia com a escada a colocar no bujão o carbureto, era o
lampião e ficava aceso até pela manhã. Depois ele comprou um motor
Caterpillar e foi esta a primeira vez que a cidade foi iluminada por
motor a óleo Diesel, sendo o primeiro motorista, Emanuel Marques de
Souza, meu cunhado. Alípio Moura, como todos o chamavam, comprou um
caminhão Ford para a prefeitura, e o povo colocou o nome dele de
Brotinho, e o motorista foi Emanoel meu cunhado. Alípio Moura construiu a
estrada daqui até Cocos e o caminhão Brotinho foi com 70 pessoas
inaugurar o grupo escolar naquela Vila de Cocos. Levou uma orquestra que
foram os músicos: Emanoel com a clarinete, eu ao cavaquinho, Domingão
ao violão, José de Benu ao pandeiro e a festa do baile correu à noite
inteira e eu cantando. Eu tinha 14 anos de idade e o povo admirado de
ouvir-me cantar e tocar o cavaquinho. Lá não existiam estes instrumentos
tampouco cantor.
Alípio Moura construiu aqui, perto da torre
elétrica uma casa de oficina de mandioca: Tinha a roda e o bolinete que
as mulheres colocavam a mandioca descascada e fazia a farinha torrada no
forno para os pobres lavradores. Também faziam a tapioca e o beiju de
forma. Hoje esta casa o prefeito José Lelis transformou em salgadeira. O
sal corroeu e ela caiu, ruiu, hoje só existe o lugar. Foi Alípio Moura
que emancipou a cidade de Cocos e foi o primeiro prefeito. A prefeitura
daqui era no prédio que depois se transformou no Clube, Cultural
Recreativo Dois de Julho. Hoje são as casas dos funcionários do Banco do
Brasil, que já foram vendidas, Aquela praça não existe mais. Aliás,
Carinhanha acabou-se as praças. J.J. Seabra, Praça da Bandeira, Praça
Lafaiete Moreira de Castro, Praça dos Três Cruzeiros, Praça do Mercado
Municipal, onde era o campo de futebol, hoje é o prédio do Grupo Escolar
Estadual Coronel João Duque. O Campo de aviação, que era cercado de
arame farpado, e a pista dos aviões da Varig, hoje são avenidas e cheias
de casas. É o bairro maior por nome de Bairro São Francisco. Carinhanha
hoje já tem avenida como a de Santo Antônio que está toda asfaltada e
do beco de Reinaul até na ponte é asfaltada.
Uma coisa que nunca
aceitei é que demoliram o cruzeiro à frente da igreja de São José e
construiu o jardim. Derrubaram o obelisco, que a gente chamava de
pirulito, que o Mestre Dodô Farias construiu, que era um modelo de um em
Salvador, que Zuza Lisboa trouxe a planta, demoliram também. Só restou o
calçamento da Rua Duque de Caxias, mas as mangubeiras cortaram todas,
até aquela da porta de dons China e de seu Zé Cunha, da casa de Zeca
Lima, de Artur Lima na Rua Duque de Caxias e aquela na frente de seu
Joãozinho Agrário e Maria Azeveda. Acabaram com as mangubeiras todas.
Havia uma bangubeira na porta de Zé Buá, perto da Igreja Batista.
Derrubaram também.
quinta-feira, 28 de março de 2019
O FALECIDO APARECEU.
NÃO BRINQUE COM QUEM JÁ MORREU.
Havia aqui um grande violonista e famoso por nome Wenceslau. Uma noite os seresteiros acharam bem de cantar à porta do cemitério e chamar o falecido, violonista, Wenceslau.À frente do cemitério da Saudade havia um enorme cruzeiro. O seresteiro com os colegas partiram para cantar ao falecido Wenceslau. O violonista bateu na porta do cemitério e chamou o falecido Wenceslau.
Wenceslau, levanta e venha cantar conosco! Quando viram a figura de Wenceslau apareceu na porta do cemitério. Assombrados correram qual loucos. Mas o violonista que chamou Wenceslau, quando o viu, subiu no cruzeiro com o violão na mão. Como subiu com o violão não se sabe. Só souberam porque ele começou a grita pedindo socorro e o povo correu para o cemitério. Chegando lá, estava o violonista com as pernas abertas na trave da cruz e o violão na mão. Foi preciso pegar uma escada para tirá-lo de lá.
No outro dia a noticia espalhou-se em toda cidade de Carinhanha o que havia acontecido naquela noite com os seresteiros.
Havia aqui um grande violonista e famoso por nome Wenceslau. Uma noite os seresteiros acharam bem de cantar à porta do cemitério e chamar o falecido, violonista, Wenceslau.À frente do cemitério da Saudade havia um enorme cruzeiro. O seresteiro com os colegas partiram para cantar ao falecido Wenceslau. O violonista bateu na porta do cemitério e chamou o falecido Wenceslau.
Wenceslau, levanta e venha cantar conosco! Quando viram a figura de Wenceslau apareceu na porta do cemitério. Assombrados correram qual loucos. Mas o violonista que chamou Wenceslau, quando o viu, subiu no cruzeiro com o violão na mão. Como subiu com o violão não se sabe. Só souberam porque ele começou a grita pedindo socorro e o povo correu para o cemitério. Chegando lá, estava o violonista com as pernas abertas na trave da cruz e o violão na mão. Foi preciso pegar uma escada para tirá-lo de lá.
No outro dia a noticia espalhou-se em toda cidade de Carinhanha o que havia acontecido naquela noite com os seresteiros.
sexta-feira, 22 de março de 2019
ACOMUNICAÇÃO.
MINHAS CRÔNICAS (Sic).
COMUNICÃO E EDUCAÇÃO SÃO
IRMÃS GÊMEAS.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.
Somos pobres em comunicação educativa,
pois a mídia não fala a mesma linguagem do povo, que a maioria é analfabeta.
Tudo é controlado, até mesmo o escândalo do Lava Jato, não fala o que está por
de baixo do tapete. Até o momento, graças o empenho da Polícia Federal, o
Procurador da Justiça, o STF, e STE, o Brasil vai punindo os envolvidos e aplicar a justiça como
aconteceu na Itália “Os Mãos Limpas.” Por que a mídia controla tudo e não faz
um programa educativo para que a Nação desenvolva e cresça economicamente? Bem
sabe que a educação é tudo para um país mudar o rumo e se adequar aos países
desenvolvidos.
Eu hoje lendo uma revista de Aparecida
ano 14, nº 158, maio de 2015, página 24, Diz: “Num Estado democrático de
direito, tudo aquilo que é de interesse social precisa ser gerido ou controlado
pela sociedade, através de suas instituições. Os meios de comunicação nascem
com o objetivo de ser a voz crítica dos cidadãos. A Constituição assegura o
direito à liberdade de expressão e ao acesso à comunicação. Porém, as
concessões para operar meios de comunicação estão nas mãos de poucos. No
Brasil, apenas 11 famílias controlam os principais meios, e o brasileiro deve
se sujeitar a receber informações filtradas por esses grupos. Os meios de
comunicação não se apresentam mais como mecanismos de defesa da cidadania. São
empresas a serviço do poder, da indústria cultural e do consumo. O mais
poderoso desses veículos é a televisão, que chega a 97% dos lares brasileiros,
conforme pesquisa do Ministério das Comunicações”. (Sic). Tudo que os
telespectadores verem, assistem aos programas das TVs, a maioria não é ao vivo.
Futebol, sim, este é ao vivo e horário exato. Os telespectadores transformaram-se
em tele-idiotas e fantoches que copiam tudo de suas propagandas de consumismo,
sem raciocinar se é boa ou ruim. A música, esta virou ruído; as eruditas que
transmitem conhecimento e cultura, não se ouvem mais. Segundo um pesquisador e
conhecedor das estatísticas internacionais, nos países do Primeiro Mundo, os
que praticaram escândalos de corrupção, 90% já foram punidos e condenados. Aqui,
com tantos escândalos de Mensalão e Lava Jato, somente apurados e condenados
4%. Os 96%, segundo a fala dele, estão debaixo do “tapete”. A culpa é nossa
porque não sabemos escolher os bons políticos; e por isso a reforma não saiu;
se saísse, há muitos anos, não teríamos estes escândalos que assistimos hoje. A
justiça é lenta e têm muitos recursos para os defensores, culpa de não haver
feito a reforma como a dos Estados Unidos e outros países. Veja que os países
se uniram num bloco econômico, mas o Brasil ficou de fora; exceto o Chile e o
Peru. Perdeu a credibilidade porque a educação e cultura faliram. Escola não é
prédio bonito, mas mão de obra qualificada e equacionada para o mundo moderno
em que vivemos. Não poderemos mais viver no faz de conta. Ninguém nasceu
sabendo ou nasceu pronto.
Agora vamos entrar na questão mais
autêntica. Um país que a saúde e a educação estão em segundo plano, é querer
navegar em navio furado sem bóia e sem salva vida. Sem educação e cultura o
povo é cego, surdo e mudo e vive à míngua. Se não sair a reforma da educação, para
melhor, porque, a que temos hoje, é sucata. Os jovens terão, os que podem,
estudar em outro país que poderá lhes fornecer a riqueza que precisam: A
educação. Em assim sendo, o Brasil não será uma Nação soberana; a sua
credibilidade ficará cada vez pior e o que é mais perigoso de perder: a
liberdade do indivíduo. A cidadania ficará falida por não saber o seu direito
de si defender ou de reclamar. Para que tenhamos liberdade de expressão é
preciso saber expressar. Mas se não sabemos expressar? Se não sabemos comunicar
é porque somos deveras pobres em educação. “A comunicação, como experiência e
direito humano deve ser valorizada como primeiro passo para construção do
diálogo, da paz e do bem comum”.
Um povo culto é povo
independente que “ensina a pescar e não dá o peixe pronto”. É como disse o
nosso filósofo Mário Sérgio Cortella: “Ninguém nasce pronto”. É preciso que o
homem ao nascer sejam os seus primeiros passos a educação do lar e completar-se-á
numa boa escola de qualidade com mão de obra de professores preparados e de uma
boa faculdade. Para tanto, é necessário que haja mão de obra qualificada; bons
professores nascem em escola e faculdade autênticas. É lá que saem prontos os
alunos para enfrentar a vida cá fora. No Brasil, existem muitos jovens de
vários dons e não são valorizados e nem procurados pelos que podem ajudá-lo a
serem homens no porvir. (1).
RUY BARBOSA, O HOMEM DA CABEÇA GRANDE!
DISSE RUY BARBOSA
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