sábado, 13 de junho de 2020

MINHA BIOGRAFIA.


PASSADO E FUTURO E PRESENTE.
Minha biografia.
Quando meu pai faleceu, eu tinha apenas 12 anos de idade. Eu era o caçulo dos cinco irmãos. Tive de esforçar-me, a fim de que eu não saísse à rua a mendigar o pão de cada dia.  Comecei a fabricar carro de boi em miniatura e avião de barriguda coberto com papel de alumínio e parecia o avião da Varig. E os garotos entusiasmados corriam atrás de mim para ver a minha arte. Com 14 anos eu já pertencia a orquestra da Liga Operária Beneficente de Carinhanha tocando cavaquinho. Nesta organização social, sempre havia dramas e eu, pela primeira vez, subi ao palco e cantei uma canção muito bonita e triste; com o título: Jornal da Noite. Fui muito aplaudido pela plateia. Descobri que eu tinha o dom de cantor e de músico. Passei a tocar banjo e depois requinta e clarinete na filarmônica, cujo regente era o Mestre Jacó. Logo criaram o Clube Cultural Recreativo Dois de Julho e me convidaram para eu ser o regente. Aceitei, mas formei os músicos sendo meus alunos. Depois eu criei com Juracy Pinto era o locutor do Programa de Calouro, qual a Buzina do Chacrinha, havia o gongo. Havia prêmio quem tirasse em primeiro lugar, ofertado pelas lojas. Depois eu passei a tocar o sax alto. Foi chamado para tocar num casamento de gente rica em Manga-MG e fui. Toquei a valsa do casamento daquele casal e à noite o baile. Anos depois fui chamado para tocar na festa de posse de Antônio Montalvão em Manga-MG. Toquei com o famoso João Moreira, pistonista. Depois de casado eu fui morar em BH e cheguei a cantar por 4 vezes na Rádio Guarany de BH. As cidades ribeirinhas pegaram-me cantando através do rádio e Carinhanha assistiu pelo rádio eu cantando. Tornei-me famoso, mas nunca exibi em sendo o que era e que sou até hoje. Hoje sou professor de música e de teologia, mas sempre como autodidata. Nunca tive diploma nenhum, pois não terminei o ginásio, quando era na casa da careta.
Voltando ao passado como rapaz, eu era o maior seresteiro com meu plangente violão. Moitas moças se encantavam e outras para serem minhas enamoradas, mas eu sempre não quis, pois todas elas eram de famílias ricas. Houve uma garota de olhos verdes, quando me via eu vestido de calças de linho passeando pelo jardim, chamava-me e eu ia. Ela na janela a sorrir alegremente me chamou e disse—me que estava apaixonada por mim. E que ela me amava e eu não sabia. Eu disse a ela que eu já tinha 18 anos e ela tinha 12, era ainda muito jovem, apenas a gente ficasse sendo amigos. Mas ela não aceitou e disse-me que o amor não tem o coração por interesse de ter coisas, ele só sabe amar. Ela é daqui, mas foi embora e não sei onde mora. De tantas moças apaixonadas por mim, eu fui casar com uma que eu é que apaixonei por ela e me casei. Ela nunca imaginou se eu iria pedir em casamento, pois ela era pobre e só tinha a mãe que era pobre vivendo de quitanda e ela nem conheceu o pai até hoje. E casamos e já completamos 63 anos de casados. Mas houve uma moça adolescente que eu gostaria de casar com ela. Depois disto eu compus um bolero com o título: MISTERIOSO AMOR.