quarta-feira, 29 de junho de 2011

Entrevista ao demônio.

Entrevista ao demônio.

ENTREVISTA AO DEMÔNIO.
Conto. Honorato Ribeiro.

Um jornalista encontrou com um moço bem vestido e bem apresentado e o enterrogou?
-Você sabe me dizer, por que há muitas corrupções no Brasil?
-Dizem que sou eu o culpado.
-Como assim!?
-Se há assalto, se há pedófilo, se há assassinatos, se há classes e famílias divididas e desajustadas acusam-me. Não sei porquê!!!
-E qum é você? Posso saber?
-Mas você é meu conhecido, pois é quem comunica tudo o que eu faço.
-Não entendi...
-Sou satanás.
-Satanás? Bonitão e tão bem vestido assim?
-Claro. Por isso vocês me confundem e me acuzam de coisas que nunca mandei ninguém praticar.
-Não mandou?
-Não. Não mandei. Aliás, o mesmo arbítrio que Deus me deu, deu também pra vocês. Você é que não sabem usá-lo e põe a culpa em mim.
-Mas as igrejas pregam que você é o culpado de todas as coisas ruins...
-Não é verdade. Eles, os pregadores, é que não têm a coragem de dizer que são o poder e o dólar. Quem tem poder é intocável; quem tem dólar é poderoso e faz calar a boca de todo mundo.
-Menos a minha.
-Tire o dólar de sua mão para ver se você faz reportagem. Você não vai querer viver favelado e desprezado, vai?
-Mas quem estuda e tem diploma tem que ganhar dólar.
-Quem lhe disse isso?!
-É o sistema.
-Você já ouviu falar num homem que nasceu numa periferia, ensinou a usar bem o livre arbítrio, só falava a verdade e condenava o dólar, e o mataram?
-Sim. Eu sou fã dele.
-Você fala de mim que sou tentador, mas é mentiroso. Por que não anuncia e faz reportagem gratuitamente como ele. Eu o atentei, mas não O venci, pois Ele soube usar o seu livre arbítrio. Vou lhe dá um conselho:
-Fale.
-Não me acuse de nada o que está acontecendo aqui, pois, vocês são tão idiotas que não sabem usar o livre arbítrio como os que vocês condenaram numa cruz. Eu respeito Ele, sabia? Eu sei quem Ele é. Vocês é que são os destruidores desse planeta. Não ponha a culpa em mim e nem Nele. Estou lhe esperando. Thiau...
hagaribeiro.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Entrevista ao demônio.

Texto

Entrevista ao demônio.

ENTREVISTA AO DEMÔNIO.
Conto. Honorato Ribeiro.

Um jornalista encontrou com um moço bem vestido e bem apresentado e o enterrogou?
-Você sabe me dizer, por que há muitas corrupções no Brasil?
-Dizem que sou eu o culpado.
-Como assim!?
-Se há assalto, se há pedófilo, se há assassinatos, se há classes e famílias divididas e desajustadas acusam-me. Não sei porquê!!!
-E qum é você? Posso saber?
-Mas você é meu conhecido, pois é quem comunica tudo o que eu faço.
-Não entendi...
-Sou satanás.
-Satanás? Bonitão e tão bem vestido assim?
-Claro. Por isso vocês me confundem e me acuzam de coisas que nunca mandei ninguém praticar.
-Não mandou?
-Não. Não mandei. Aliás, o mesmo arbítrio que Deus me deu, deu também pra vocês. Você é que não sabem usá-lo e põe a culpa em mim.
-Mas as igrejas pregam que você é o culpado de todas as coisas ruins...
-Não é verdade. Eles, os pregadores, é que não têm a coragem de dizer que são o poder e o dólar. Quem tem poder é intocável; quem tem dólar é poderoso e faz calar a boca de todo mundo.
-Menos a minha.
-Tire o dólar de sua mão para ver se você faz reportagem. Você não vai querer viver favelado e desprezado, vai?
-Mas quem estuda e tem diploma tem que ganhar dólar.
-Quem lhe disse isso?!
-É o sistema.
-Você já ouviu falar num homem que nasceu numa periferia, ensinou a usar bem o livre arbítrio, só falava a verdade e condenava o dólar, e o mataram?
-Sim. Eu sou fã dele.
-Você fala de mim que sou tentador, mas é mentiroso. Por que não anuncia e faz reportagem gratuitamente como ele. Eu o atentei, mas não O venci, pois Ele soube usar o seu livre arbítrio. Vou lhe dá um conselho:
-Fale.
-Não me acuse de nada o que está acontecendo aqui, pois, vocês são tão idiotas que não sabem usar o livre arbítrio como os que vocês condenaram numa cruz. Eu respeito Ele, sabia? Eu sei quem Ele é. Vocês é que são os destruidores desse planeta. Não ponha a culpa em mim e nem Nele. Estou lhe esperando. Thiau...
hagaribeiro.

domingo, 12 de junho de 2011

A CULTURA DE CARINHANHA.


A CULTURA DE CARINHANHA.
Texto de Honorato Ribeiro dos Santos.

As quitandeiras: Eram mulheres que fabricavam em casa as variedades de biscoitos, bolos, cuscuz, doces de leite, de coco, de buriti, de mamão, brevidades, beiju de lenço, beiju de massa de mandioca, beiju de tapioca, ginetes, biscoito de saquinho, biscoito escaldado, bolo de arroz, bolo de milho, bolo de puba, arroz doce, pirulito, puxa, suspiros, peito de moça, pamonha e pão de queijo.

CULTURA FOLCLÓRICA:
O compadre d’água, a mãe d’água, a mula-sem-cabeça, o lobisomem, a serpente encantada; os reisados, o boi de reis, a mulinha de ouro, o reis de caixa, a contra dança, os ternos, a cavalhada, a lamentação das almas, a caretagem, o Zé Pereira, a visita às lapinhas, rezas para pedir chuva, a dança de São Gonçalo e as cantigas de roda.

A ESCOLA PRIMÁRIA: Da década de  1934 até 1950, o primário era bem ensinado com a pedagogia da palmatória. Quem fazia um bom primário saia com uma boa cultura no falar, no escrever e no se comunicar. Havia nos sábado a sabatina: estudo da tabuada na ponta da língua, quem, rapidamente não respondesse o nove vezes oito nove fora, levava bola. A tabuada era cantada e o ABC também. Depois, estudava-se a Cartilha do Povo. Após o conhecimento da Cartilha do povo, com boa alfabetização, estudava-se o primeiro ano até o cinco. Havia o ensinamento da boa leitura, da redação e os números decimais. Havia a reprovação ao aluno que não gostava de estudar; teria a chance à segunda época, que sendo aprovado passaria para a outra série. Depois de feito o primário estudava o Admissão ao Ginásio. Era como se fosse um vestibular. Se não fosse aprovado não estudaria o curso ginasial, que eram quatro anos. No curso ginasial se estudavam as seguintes matérias: Português, com estudo de boa gramática, estudava-se os verbos com toda sua flexão; redação toda semana, análise sintática e léxica; em diagrama; sufixo e prefixo grego e latim. Havia o grêmio aos sábados, onde cada aluno fazia discurso ou recitava poesias, bem como cantar canções de sucessos da época, acompanhado por instrumentos. Matemática com grandes problemas, álgebras, crivo de Aristóteles, Álgebra, equação do primeiro e segundo grau, Latim, Francês, Inglês, Geografia Geral e Geografia do Brasil, História do Brasil e Geral, Ciência, religião, Cântico Orfeônico, Artes, Música, Desenho, Educação Física e Civilidade.

VESTIMENTA SOCIAL.
 Os meninos só vestiam calças compridas, quando completassem os 14 anos. As moças vestiam-se com muito pudor, vestidos abaixo dos joelhos, mangas até o cotovelo ou compridos. Só usavam pinturas depois dos 15 anos. Casavam-se virgem. Quando uma se prostituísse a própria família repudiava-a e acabava indo para o prostíbulo. A sociedade, também, repudiava-a. Se fosse professora perdia-se a cadeira e não podia mais lecionar. Os homens vestiam-se de camisa, colete, calças, paletó e gravata ao ir à igreja assistir à missa. As moças usavam véu e as idosas usavam-se xale. Ninguém usava roupas transparentes e nem costas de fora, no caso de mulheres. Até nas festas profanas também se vestiam com muito rigor, um janota.  O rapaz convidava a moça para dançar como um cavalheiro a conduzir a jovem. A família estava sempre presente à festa.
Carinhanha vive-se da pesca, da lavoura e do comércio; havia muitos artífices da bela arte que vivia dela como: Sapateiro, ferreiro, marceneiro, carpinteiro, alfaiate, flandreiro, fabricantes de potes, moringas, panela de barro, colher de pau, carro de boi, engenho, canoa, paquete, remo e tesoura de armação de teto de casa e as famosas espreguiçadeiras.
Na cultura musical havia muito seresteiro, tocador de violão, clarinete, cavaquinho, bandolim, padeiro e tamborim. Havia duas filarmônicas e duas orquestras, que promoviam as festas de bailes e de carnavais. Os clubes promoviam programas de calouros aos domingos; teatro e festivais. Havia dois cines: Cine Real e Cine Carinhanha, que passavam filmes ótimos.

Honorato Ribeiro dos Santos.
Escritor, poeta, compositor.
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