quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

O TEMPO FORA DO TEMPO.



O TEMPO FORA DO TEMPO, SEM TEMPO.
Poesia de Honorato Ribeiro dos Santos.

Há tempo pra tudo:
Pra mentir, enganar,
Pra namorar, roubar,
Pra casar, pra amar.

Há tempo pra tudo:
Dentro do tempo,
Fora do tempo,
Tempo corrido...

Há tempo pra corromper
Pra perder a vergonha,
Pra perder a moral,
Pra ser imoral, insano...

Há tempo pra meditar,
Pra refletir,
Pra repetir,
Pra mentir...

Há tempo pra votar,
Pra escolher,
Pra não mandar,
Pra ser ferrado...

Há tempo do nada:
Que criou do nada,
Que do nada fez tudo,
Que está fora do tempo:

O tempo que não criou,
O tempo do Senhor,
O tempo é do homem
Que criou o tempo...

O único fora do tempo:
Deus Trindade Santa,
Cristo Santo, Senhor,
Quem não fez o tempo!

Nem os números,
Nem a geografia,
Nem a metafísica,
Nem fez o nada!

Ele está fora de tudo,
Dentro de tudo,
No inferno a castigar,
Nos céus a amar!

Ama todos sem exceção,
Sem exclusão,
Sem privilégio,
Sem divisão!

Ele é o Senhor!
Meu, seu de todos,
Somos filhos amados
Embora pródigo, ele é Pai.

Pai de bondade,
Pai de misericórdia,
Pai do justo e injusto,
Pai que de rico foi pobre!

O pobre de Nazaré,
Que quis morrer por nós,
Somente para nos amar,
Perdoar e salvar!

Abriu as portas do céu!
O céu se abriu pra todos,
Pela morte de cruz, ressuscitou,
Solitário morreu!
Mas nos encheu de LUZ!
28/02/18.


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

OS PRESIDENTES DA REPÚBLICA DO BRASIL.



OS PRESIDENTES DO BRASIL DESDE 1889.
CORDEL
Honorato Ribeiro dos Santos.

Vou contar uma história
Desta terra Vera Cruz
Do primeiro a governar
O Brasil como uma luz
Deodoro da Fonseca
Marechal que lhe conduz.

Mas houve como até hoje
Ao governo oposição
Desistiu ser presidente
Floriano com decisão
Foi marechal decidido
A governar a Nação.

Foi Prudente de Morais
Veio o voto popular
Foi eleito e governou
O Brasil sem militar
Assim seguiu o Brasil
No peito o povo a amar.

Campos Sales, o presidente,
Governou bem a Nação
Veio, então, Rodrigues Alves
Presidente com razão
O Brasil não ia bem
Ia voando qual balão.

Veio, então Affonso Penna
Nilo Peçanha também
Presidente do Brasil
Mas, contudo não foi bem
Veio, então, Hermes Fonseca
Democracia não vem.

Assumiu Wenceslau Braz
À presidência da Nação
A monarquia acabou
Sem ter nenhuma razão
Democracia capenga
Sem nenhuma decisão.

Rodrigues Alves de novo
A governar a Nação
Depois veio Delffim Moreira
Numa nova embarcação
Epitácio pessoa surgiu
Com uma nova decisão.

Arthur Bernardes surgiu
Como novo presente
Washington Luis assumiu
Com braços fortes valente
Então veio Júlio Prestes
Ruy Barbosa range os dentes.

Menna Barreto também
Presidente do Brasil
Muitos vices assumiram
Nesse céu cor de anil
Almirante Isaias
Noronha, galão e fuzil

O Brasil segue seguindo
Num navio a navegar
General augusto Fragoso
Veio o golpe a governar
Getúlio Vargas, o ditador.
Desarmou qual militar.

José Linhares surgiu
Para ser o presidente
Também veio o General
Gaspar Dutra bem prudente
Getúlio Vargas votado
Nas urnas com toda gente.

Veio então a democracia
E acabou-se a ditadura
Suicidou-se o pai dos pobres
Café Filho com brandura
Veio logo Carlos luz
Nireu Ramos luz segura.

Juscelino Kubitschek
De Oliveira, sorridente!
Construiu logo Brasília
Capital moderna, gente!
Jânio Quadros desistiu
Paschoal, o presidente.

João Goulart foi lá pra China
Ronieri Mazzili gosta
Amigo deixou-o ao leu
Marechal Humberto Costa
Deu o Golpe Militar
E o Brasil entregue a má morta.

Fecha-se o Congresso logo
General Aurélio Lira
Almirante Augusto dita
Forças armadas faz mira
Brigadeiro Macio Mello
E o povo segura a fita.

General Emílio Médici
Põe ordem a toda Nação
General Ernesto Geisel
Dá logo a sua opinião
General João Figueiredo
Deu a democratização.

Vem o voto popular
Para a escolha da votação
Tancredo Neves eleito
José Sarney rui no chão
O Plano Cruzado afunda
Gerou grande infração.

Itamar Franco, o criador,
Do Plano Real bem vindo
Fernando Henrique Cardoso
Inácio Lula assumindo
Dilma Rousseff Guerreira
Michel Temer assumindo.

O Brasil bem dividido
E o salvador da Nação!
Quem será que assumirá
O Titanic galardão!?
Rogo a Mãe Aparecida!
Que nos dê a salvação.

Vou terminar meu cordel
Que una o povo brasileiro
Como foi feito o Japão
Os japoneses guerreiros
Deram as mãos e construíram
Uma nação rica e verdadeiro.

Carinhanha 26 de fevereiro de 2018.








sábado, 3 de fevereiro de 2018

O MONARCA SEM COROA.



O ADVOGADO DO DIABO.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.

      Foi enviado para um país o maior advogado para defender um monarca que o povo o consagrou com um ícone, porque defendia o pobre dando-lhes condições de vida: o peixe ao invés de ensiná-lo a pescar. Por causa de ele ser uma pessoa admirável e líder de um povo, na maioria, analfabeto fê-lo ser rei da nação e transformou-o em um monarca. Mas ele escolheu mordomos, ministros que não tinham condições de serem administradores de seu palácio. Começaram a formar um grupo hegemônico forte para que o rei não tivesse herdeiros e sim seus ministros. Mas cometeram um erro crasso. Antes mesmo de o rei morrer, fizeram o rolamento da riqueza dele e cada um herdou do tesouro e o deixou sozinho com “punhaladas pelas costas”.
      O povo começou com grande movimento para ajudar o monarca, mas foi inútil. O advogado do diabo descobriu que o monarca se enriqueceu ilicitamente e agora terá que devolver. Foi condenado como réu e deixou de ser monarca de verdade, mas o povo grita a volta dele a assumir o trono e a coroa. Mas o advogado do diabo está ganhando em todas as audiências. A sua vida de monarca faliu; quis perpetuar, mas o martelo da rainha bateu forte e não quer mais monarca; quer que o rei dê a coroa para quem saiba sentar no trono como majestade e administrar o “Palácio” sem ser rei, sem ter trono e sem coroa, mas como um administrador que saiba “não dar mais o peixe, mas saiba ensinar a pescar”. Por isso compuseram até uma marchinha de carnaval:

 Que rei sou eu,
Sem reinado e sem coroa,
Sem castelo e sem rainha,
Afinal que rei sou eu.

O meu reinado,
É pequeno e é restrito,
Só mando no meu distrito,
Porque o rei de lá morreu.
(bis)

Não tenho criados de librés,
Carruagens, nem mordomos,
E ninguém beija meus pés,
Meu sangue azul,
Nada tem de realeza,
O samba é minha nobreza,
Afinal que rei sou eu?

E fizeram agora um samba:
A coroa do rei
Não é de ouro
E nem de prata
Eu também já usei
E sei que ela é de lata

Não é de ouro e nunca foi
A coroa que o rei usou
É de lata barata,
olhe lá, borocochou?
Na cabeça do rei andou
E na minha andou também
É por isso que eu digo
Que não vale nem um vintém.