terça-feira, 24 de novembro de 2020

 

O que é ter fé? Você já fez esta pergunta para você mesmo?

Por Honorato ribeiro dos Santos.

Todo mundo tem fé em alguma coisa. Ninguém vive sem fé; fé não é somente ter uma religião, mas ela vai muito além e ultrapassa até a lei da relatividade, pois sem ela ninguém poderá viver. Ter fá de vencer as dificuldades da vida; as adversidades da vida; ter fé de um dia alcançar os seus objetivos, ter fé de um dia será alguém e por aí vai a barca andando e o leme a guiar na direção ao porvir. Todos nós somos o comandante deste navio e que ele não poderá parar de navegar. No dia em que ele portar no porto, este dia será o dia de nossa escatologia final, e neste mar que navegamos é imenso. Temos de ser bom comandante deste grande navio; saibamos conduzi—lo para o porto onde está o dono deste navio a nos esperar. Este nosso navio está emprestado por um tempo indeterminado. E temos de entregar o dono sem defeito nenhum; entregamos como recebemos. Temos grandes responsabilidades de conduzir este navio que, quem o fabricou não há quem conserte, pois ele foi feito com amor e carinho e o dono dele, embora esteja invisível, está sempre presente a nos dá o combustível para podermos navegar e sempre navegar até o dia de nós encostarmos ao porto final. O mar que este navio navega é um mar das tormentas e há muitas tempestades e fortes ventos impetuosos que dão medo em todos que está à bordo deste gigante navio. Mas há uma pequena palavra de duas leras que vence as tormentas e as fortes tempestades, é a fé em Deus. Fé é a bóia da salvação, é o bote que  desamarra do navio e salva do perigo e da tormenta, que passamos neste grande navio, que navegamos sem parar, e não podemos parar, pois se pararmos será o dia  de nossa escatologia ao encontro do dono do navio.  O dono deste navio é muito exigente e quer receba-lo sem defeito nenhum. Ou entrega-o perfeito como recebemos ou seremos punidos e não tem clemência nenhum, pagaremos conforme a nossa dívida de responsabilidade de sermos mais fieis ao dono, mas que temos de pagar temos de pagar o que devemos ao dono deste navio. Ele, dono deste navio sempre perdoa e sempre é misericordioso para com todos nós. Porém, é preciso que sejamos fieis a Ele e que tenhamos muita fé Nele, para conduzirmos este navio com toda a fé, para que ele não seja o maior navio do mundo a querer desafiar o dono do navio, como fora o gigante navio Titanic que um pequeno iceberg levou-o ao fundo do mar. Somos todos nós um grande navio a navegar no grande mar cheio de tempestades e de tormentas, mas a fé destruirá tudo, pois ela, a fé, remove montanha; ela é forte, porque Ela se chama Deus. É Deus que dá a cada um de nós a fé gratuitamente, basta ter o coração aberto para Ele. A nossa fé é incondicional, isto é, cheia de dúvidas; e é por isto que somos maus navegadores deste imenso navio. O leme deste navio se chama fé. Sem fé é difícil navegar sem tormenta e sem tempestades. É preciso saber navegar.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

 

WENCESLAU, O VIOLONISTA.

Conto por Honorato Ribeiro.

 

Contaram-me essa história para mim, há muitos anos, mas irei contar do meu jeito.

Wenceslau morava numa cidade do interior e ficou famoso por ser um excelente violonista e cantor. Todas às vezes que havia uma festa de casamento, aniversário ele era convidado especial para animação de todos que o aplaudiam. Mas ele não recebia dinheiro nenhum de ninguém. Só a fama de músico bom e cantor. Mas houve um casamento de uma moça rica e enviou-lhe o convite. No dia do casamento ele foi bem vestido até de gravata. Chegou à casa, onde já havia muitos convidados, e o casal recebendo presentes e parabéns. Wenceslau aproximou-se dos dois recém casados e deu-lhes os parabéns. Quando observaram que o Wenceslau estava sem o violão, disseram-lhe: Oh! Wenceslau, cadê o violão?

-Não trouxe, não.

-Vá buscar, Wenceslau.

Então Wenceslau foi para a sua casa. Chegando lá, mudou-se de roupa, vestiu o pijama e deitou-se numa rede, e chamou seu sobrinho:

Manoel, venha cá. O sobrinho chegou e Ele disse-lhe: Vá lá à casa da festa de casamento e entregue esse violão. Manoel foi. Ao chegar lá, entregou para o recém casado o violão dizendo-lhe: Olha, aqui, o violão que meu tio mandou lhe entregar.

E cadê seu tio?

-Ficou lá deitado numa rede.

-Ele não vem?

-Não sei lhe dizer.

Então resolveram ir à casa do Wenceslau saber o que estaria acontecendo com ele.  Ao chegar, encontraram-no deitado numa rede e lhe perguntaram:

-O que aconteceu, Wenceslau?! Você apareceu e veio embora!

-Bem amigos, eu recebi um convite para ir à festa de casamento e fui. Mas, quando eu cheguei lá, exigiram o violão. Eu entendi que o convite era para o meu violão e não para mim. Voltei para minha casa e enviei-lhes o violão. Que o violão toque boas canções e lhes satisfaçam aquele que foi convidado. Não fui eu, não é mesmo?

-Mas ninguém sabe tocar! Somente você, Wencerlau!

-Não, amigos, eu não sei tocar e nem sou famoso e querido, mas sim, meu violão. Portanto, o homem deva ser valorizado o seu eu, mesmo sem o violão. O violão sem o homem não tem valor nenhum. E ele só tem valor para quem sabe tocá-lo. E quem sabe tocá-lo sem ele não toca. Assim é o valor que deverão dar à pessoa humana. Violão, violonista um é um ser inanimado e o outro é um ser animado. Os dois juntos fazem melodia e harmonia para dar alegria a todo ser, dando a alma um afeto através das harmoniosas cordas arpejadas por quem aprendeu a música. Boa noite e ouça o som do meu plangente violão. E dê-lhe uma taça de vinho.

Não é assim que acontece com o músico amador? Eu já tive um grande cartaz aqui na minha terra, quando jovem e depois de casado por ser famoso seresteiro e tocador de violão. Os tempos foram se transformando e eu ficando de idade e a luz elétrica impediu a gente ver a noite enluarada, pois a luz elétrica não deixa a gente ver a lua nem aquele caminha de São Tiago e as estrelas a piscarem como se estivessem alegres ouvindo a minha seresta com meu violão e a minha voz cantando canções de compositores famosos até que a barra do dia vinha apontando avisando que a noite acabou e o dia vinha amanhecendo com raios avermelhados. Mas, tudo se acabou; e tudo virou vandalismo e dizem que tudo é natural. Mas como disse Ruy Barbosa, que haveria  tempo que o homem ria-se da vergonha a ter vergonha de ser honesto. Mas irei navegando com fé e coragem em sendo eu aqui e depois da minha partida desta estada, serei o mesmo eu. E sou insubstituível. Temos de saber viver consigo mesmo e com os outros. Não vivemos sozinhos, mas sempre um depende do outros. A sociedade é formada por várias classes sociais. Cada uma depende do outro e ninguém vive sem o outro; do varredor de  rua, cozinheiro, padeiro, marceneiro, enfim, todos  os operários e quem é  formado em outras profissões. Somos um conjunto de indivíduos servidores profissionais, mas sempre a servir com a mor à profissão que exerce.

 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

HOJE É DIA DE FINADO TODO MUNDO TEM SEU SER QUERIDO QUE JÁ SE FOI.

Quantas saudades que temos no  peito profundo e bem fundo não esqueceremos, mas sempre lembrando de alguém que partiu e nos deixou tristes com os olhos cheios de lágrimas, que são os pingos que caem e molham o chão que a gente pisa sem saber que pisamos no nome que jaz, naquela lousa fria, que um dia escreve eternas saudades e as rosas que não falam, mas o coração diz que nosso amor jamais acabará. Hoje é dia de finado, o finado meu pai, minha mãe, meus parentes e aderentes, que um dia partiu, mas espera por nós com muita alegria. Lá onde a felicidade mora eternamente junto com a alegria a fazer a harmonia com os louvores dos anjos Arcanjos, Gabriel, Rafael e Miguel que nos defendem ao lado do trono de Deus. Deus é Deus somente de bondade e de misericórdia, que a cada um de nós Ele nos deu um anjo de guarda para nos defender das adversidades da vida. Hoje é dia de finado e o cemitério está cheia de capela ornadas de flores e em cada sepultura há uma cruz do Redentor, que nela Ele derramou o seu sangue para pagar por todos nós o pecado dos primeiros viventes, que foram nossos pais. Hoje é dia de nós nos lembrarmos  de nossos amigos que nos deixaram, das amigas que nos fizeram tantas alegrias, mas elas estão ao lado do trono de Deus louvando por nós para não caiemos em tentação. Amigas e amigos, hoje, dia de finado, mas nenhum deles e delas morreram. Continuam eternamente vivas e orando por todos nós. Nós hoje oramos para este  dia para todos que jazem na lousa fria,  mas é que eles não estão ali naquela lousa, mas somente as lembranças de alguém que partiu para o paraíso que é  a morada de todos nós. É a cidade eterna das alegrias eternas e juntos dos anjos Serafins, Miguel, Gabriel e Rafael entoemos cânticos de louvores ao nos Deus que nos criou para sermos vossos filhos amados. Somos todos finados ambulantes e sairemos um dia desta roupagem, que é o nosso corpo biológico para ganhar um corpo novo espiritual e falemos todos como Sócrates: o eu que sou aqui, sou o mesmo eu depois que eu partir. Somos todos defuntos que jazemos na lousa fria, mas ali, naquela lousa só existe as lembranças e as  eternas saudades de alguém que partiu para a morada da cidade celestial. Somente o amor nos  explica este grande mistério que somos todos caminheiros e nunca deixaremos de andar verticalmente até chegarmos aos braços  de Deus  e vê—lo a sua bendita face. Ele é o cordeiro que tira o pecado do mundo. Ele numa cruz pagou com seu sangue todo pecado do mundo. Somo deveras finado hoje, amanhã e sempre, pois aqui nós somos estrangeiros e caminhamos rumo para a eternidade. A  felicidade é depois da morte. Aqui a felicidade é imperfeita, hoje alegre e amanhã melancólico, pois aqui não é a eterna alegria. Somos todos estrangeiros a morar numa casa de aluguel e teremos que pagar o alguel ao dono da casa: DEUS.

hagaribeio..