quinta-feira, 24 de março de 2011

A HISTÓRIA DO REAL.


A HISTÓRIA DO REAL.
Por Honorato Ribeiro.

O Brasil agora veio
Com projeto financeiro
Com a implantação do URV,
Novo valor do dinheiro,
Dólar sobe em paralelo,
Diz alguém que tudo é belo,
Mas salário é de coveiro.

O URV sobe muito
E o dólar sobe também,
O cruzeiro real cai
E a remarcação porém,
Enriquece o comércio
E empobrece quem é néscio
E os crentes dizem amém!

A inflação é bom pro rico
E pro pobre é confusão,
Supermercado e lojas
Fazem a remarcação.
Hoje um preço e amanhã outro,
Fica rico quem é douto
E o pobre em contra mão.

Morre gente desnutrida
Pelas ruas e avenidas,
Crianças e gente adulta,
Sempre morrem toda vida,
Pois o dinheiro é fraco,
Muitos deles enche o saco
E a feira está perdida.

Nove vezes foi mudado
O nosso fraco dinheiro:
Do vintém até pataca
Pra chegar ao verdadeiro;
Desde o tempo do vintém
Povo vive em vaivém
Sem a luz do candeeiro.

Pataca, vintém, tostão,
Cruzeiro e cruzado novo,
Mil reis, cruzeiro e real,
Conto de reis é do povo,
Tudo pra dá a valia,
Se trabalha noite e dia
Pra um cruzado comprar ovo.
Agora veio o REAL!
Bem mais forte que o dólar,
Todos estão acreditando,
Que o real será a mola:
A mola mestre da Nação
Pra acabar a inflação
Antes que o povo degola.

O povo está acreditando,
Outros, porém, desconfiam
Que se trata de eleição,
Muitos dizem que sabiam
Que o plano é eleitoreiro,
Mas o real é o dinheiro
Forte que muitos confiam.

Confiam porque é bom
Tem que dá certo, porém,
Você tem que ajudar
E compreender também.
Que um governo democrata,
Tem que ser um diplomata,
Não vive de vaivém.

Hoje é cruzeiro real,
Amanhã é um tostão,
Depois volta no que era
Sem saber quem tem razão.
Na Argentina não deu certo,
Aqui o plano é correto
Não dolarizou a Nação.

O real já renasceu
Já está em circulação;
Só lhe digo uma coisa:
Não volta mais a inflação.
Se voltar, que Deus nos valha!
Dou o pescoço pra navalha,
Morrerá o pobre cristão.

Não depende do governo
Pro real se vigorar,
O povo faz a sua vez
E tem que fiscalizar;
Senão vem remarcação,
Aí vai subir a inflação
Então o plano morrerá.



Vou contar outra história,
Que já está acontecendo
É do pobre analfabeto
Que vai a quem está vendendo
Não conhecendo um centavo
Do real já bem cotado
Quem não sabe o dividendo.

A conversão do cruzeiro
Pra converter em real
Fazem tanta confusão
Os treteiros com o leal;
Ficam com o forte dinheiro
Dizendo que é verdadeiro
Roubam do pobre o boçal.

“Eu lhe dei vinte mil reis
Pra tirar três e trezentos
Você tem que me voltar
Dezessete e setecentos...”
Assim cantam a canção,
Certo tipo de ladrão
Que rouba até o vento.

Um cruzeiro é um centavo!
Vejam só que confusão!
Esse tipo de sujeito
Está em toda Nação,
Como vive o vigarista,
Que fica sempre na pista
Pra roubar o cidadão.

“O Tostão” já jogou bola,
Foi craque como o Pelé;
Com tostão andei de bonde,
Já comi pão com café;
Agora é forte um centavo,
Que está forte e muito bravo
Do real que está em pé.

Em pé pra não cair mais
Este forte dinheirão
Tão forte e garantido
Como o antigo tostão.
Tem gente que acredita
De ninguém escuta a crítica
Que é plano de eleição.



Se for plano de eleição
Ele por si morrerá;
Tão forte e tão garantido
Aí, então, a inflação virá;
E vai ser uma loucura
Não tem mais quem o segura
E os preços vão voar.

Tudo depende de o povo
Pra ajudar a combater
Esse mal que é canceroso
Pra não deixar corroer.
Esse mal que é a inflação,
Não tem quem toma pé, não;
Só rico que tem poder.

Dólar é forte e o real
Pra ser forte muito forte
O governo tem na mão
Uma Lei que o povo goste
Que pune quem remarcar
E que o governo punirá
E o povo tem muita sorte.

Eu me lembro de criança
Pataca, vintém comprava:
Carne, feijão, pão e arroz,
Inda no bolso voltava
Uns tostões no bolso tinha,
Que inda comprava farinha
E todo mundo fartava.

Fartava tudo, pois tinha,
Na lavoura e plantação
De mandioca e batata
Tinha tudo de arrastão.
O dinheiro muito forte
Todo mundo tinha dote
Capado gordo e leitão.

Mas o povo era sabido
Com o mil reis em sua mão
Tinha seu baú e cofre
Pra livrar do mau ladrão.
Hoje o ladrão é quadrilha
Organizada na trilha
Quem ta preso é o povão.



Fernando Henrique e Itamá
Viveram em corda bamba
Pra inflação não voltar.
E viver, assim, com a fama.
O Lula com sua equipe
Teve que curar da gripe
Tirando o povo da lama.

Hoje todo mundo fala
Que o real foi bem planejado,
Diferente da Argentina,
Que já anda fracassado.
Aqui não dolarizou,
O real tem seu valor
Tem dinheiro reservado.

Pra garantir o real
Milhões de dólares tinha
Depositado em reserva
Pra garantir o que vinha.
E veio, então, o real,
O cruzeiro se deu mal
E logo saiu da linha.

O reinado do real
Tem que haver sua vitória;
Se os Estados Unidos
O dólar é o real da glória
É que, aqui, há gente séria,
Já tá saindo da miséria
E está limpando a história..

Nossa história é vergonhosa
Desde o salário de fome,
Analfabetismo e morte,
Sem cidadania e sem nome;
Quem representa o povo,
Sobe o salário de novo
E o povo que se dane.

A Educação já foi boa,
Na década de cinqüenta;
E quem cursava o primário
Sabia onde estava a venta;
Hoje cursa a faculdade,
Só o canudo e diz ser letrado
Não divide dez por quarenta.



Diz que tudo foi em vão!
O que aprende agora, então?
E o que ganha um professor
É uma miséria na mão!
O dinheiro é ninharia,
A feira é uma porcaria
Inda tem desnutrição.

Mesmo com o real forte
Sofre o pobre professor
Com um salário tão baixo
Compra mal um cobertor.
Inda é ameaçado
Por aluno malcriado
Onde está o Legislador?!

Há prefeito que não faz
Plano de Carreira, não;
Vereadores se calam,
Deputados no avião.
Senador que é do povo
Sobe o salário de novo
Professor! Vai pro caixão.

A saúde, nem se fala.
Morre à míngua na fila;
O doutor que é do SUS
Tem que carregar a pilha.
O dinheiro que ganha
Não serve, é uma barganha!
 Jogador tem mais valia.

Agora a presidenta
Tem que segurar o real
Senão volta a inflação
E espalha-se o bom fiscal.
Em cada porta de loja
Aí vem carro se aloja
É o fiscal da Federal.

Quem paga é o consumidor
Se voltar a inflação
Também voltará na hora
A tal da remarcação;
Quem tem jogo de cintura
Faz política de brandura
Vem o dólar e a correção.
Hagaribeiro. 24-03-11.

terça-feira, 15 de março de 2011

O Barulho de João Duque em Carinhanha

A HISTÓRIA DE CARINHANHA.

Honorato Ribeiro dos Santos.

Eu vou contar pra vocês
E com toda exatidão
A história de Carinhanha
Terra que Deus pôs a mão,
Gente boa e hospitaleira
Deferente como irmão.

Foram índios caiapós
Os primeiros habitantes,
Que viviam em Carinhanha,
Bem antes dos bandeirantes,
Exploradores da terra
Em busca de diamantes.

O primeiro português,
Assim diz a tradição
Que chegou em Carinhanha
Com sua penetração
Foi Manoel Nunes Viana,
Português de muita ação.

Fez correr  todos os índios
E tomando a nova terra
Fundou logo um povoado
E aos índios fez forte guerra;
A tribo foi pra Ramalho
E escolheu ficar na serra.

O Manoel Nunes Viana,
No Capão da Traição,
Assim narra a história
Venceu com exatidão,
Na Guerra dos Emboabas
Com base de operação.

Mil setecentos e doze,
Viviam aqui os nativos,
Chegou aqui um português
Abrindo-se um lenitivo;
Manoel Nunes Viana,
Um português bem ativo.

Assim que os índios fugiram,
Nessa terra ele habitou,
Aqui viviam umas “Aves”.
Como pássaro nadador
Voavam bastante alto
Como o pássaro condor.

A história diz seu nome:
Que chamava Carunhenha,
Elas desapareceram
Para bem longe, pras brenhas.
Desse nome deu-se a origem
Desbravando toda a grenha.

Alguns historiadores
Dizem com afirmação
Que “Loca de Sapo”,indígena,
É a sua interpretação
Do nome de Carinhanha,
Do Rio e da povoação.

Há divergência do nome
Por algum pesquisador
De lontra e  peixe cari (Arinhanha, espécie de um cachorrinho que vive no rio).
É ele que é o consultor;
Porém ficou Carunhenha,
Que é uma ave voador.

À margem esquerda fica
Situada a bela cidade,
No Vale do São Francisco,
Bonita e sem vaidade,
Plácida e hospitaleira
Essa é a sua qualidade.

A elevação da Vila
Se deu a emancipação:
Dezessete de agosto
É a data e afirmação:
Mil novecentos e nove
O ano da confirmação.

No médio do São Francisco,
Distante de Salvador
Noventa e três léguas e meia
Em rota de aviador
Fica a velha Carinhanha,
A Princesa do amor.

Limita com as cidades:
 Juvenília e Feira da Mata,
Malhada e Agrovila Nove
Distância  mais é a Lapa,
Perdeu muitos municípios
Sete contados em Mapa.

A paróquia foi criada,
Padroeiro São José
Duzentos e trinta e dois anos  (1779 a 2011).
Desde dessa data até;
Em dezenove de março
Todos festejam com fé.

São três os grandes festejos:
São festas de tradição;
A festa de São José
Há muita animação;
A do Divino há folclore
São festas de devoção.

Grande festa a do Divino
Quatro dias de devoção;
São Cristóvão é a mais nova
Das festas de tradição;
Segue a festa do Rosário, (Nossa Senhora do Rosário).
Santa Efigênia e procissão.

O folclore é a moda
No regozijo do povo;
Os caboclos e a banda, (dança indígena e a filarmônica).
Leva o rei, supremo gozo,
A bandeira do Divino
Aumenta a fé de novo.

A Senhora do Rosário,
Santa Efigênia também
Tem rei e tem a rainha,
Banquetes e leilão têm,
Cavalhada do Rei Mouro,
Todos juntos sem desdém.

O primeiro intendente (Prefeito nomeado).
Que em Carinhanha mandou
Sendo coronel prefeito,
Na data que emancipou,
Foi seu Francisco Timóteo
Carinhanha governou.

De mil novecentos e treze
A mil novecentos e trinta
A cidade não houve paz:
Jagunços armados, rixa!
Das brigas dos coronéis
Que tinham ódio fixa.

Depois veio então a calma,
O sossego foi geral,
A cidade transformou-se
Numa cidade legal;
Hospitaleira e amigável
Como em noite de Natal.

Fim de ano, que maravilha!
Às noites, que alegria!
Há contra dança, reis de boi,
Há zabumba e gritaria
De gente correndo louco
Brincando com euforia.

Em todo mês de janeiro
Todo canto da cidade
Há reisados e há ternos
Com jovens de toda idade;
Todos brincam, bebem, dançam
Sem nenhuma vaidade.

Quando chega fevereiro,
Carnaval é a tradição;
O povo fantasiado,
O Rei Momo e o cordão;
A rainha vai eleita
Com maior animação.

São quatro dias de festas
Sem nenhuma confusão,
Caretas em todo canto,
À escola de samba vão
Muito bem organizada,
Nas ruas anda o cordão.

Se segue a Semana Santa
Com a sua tradição:
A lamentação das almas
Que canta sua oração,
Nas quartas e sextas-feiras,
À meia noite em procissão.

Mulheres  vestem de branco
Pra encomendação das almas,
Entoam benditos fúnebres
Em duetos com voz calma,
De arrepiar toda gente
Com matraca e som de palmas.

Domingo de páscoa chega,
No sábado a queimação
De Judas Iscariotes
Um boneco e gozação
Dependurado num pau
É essa a condenação.

Leiam logo o testamento
Nomes de alguns da cidade
Faz a distribuição
Da herança em igualdade,
Tudo citado em versas
Por poeta de qualidade.

Depois disso botam fogo
No pobre Judas traidor
Se reúnem numa praça,
Riem, pulam qual torcedor.
As crianças se divertem
Ao verem  Judas com sua dor.

Chega, então, o mês de maio,
Mês de flores e de alegria
O mês todo é do Rosário
Louva-se a Mãe Maria;
Cada noite há procissão
Nas pobres ruas e vias.

Termina o mês de Maria,
Vem o mês de São João,
As fogueiras e alvoredos,
Os fogos e também balão,
As quadrilhas saem nas ruas
E depois vão pro salão.

São Pedro também há festa,
Há canjica e há quentão,
Há quadrilha também baile
Com bastante animação;
Fogos soltam sem parar,
Nos bailes tocam baião.

Vem então as festas cívica,
Dos meses de feriados,
Em dezembro e em janeiro,
Ambos já foram citados.
Esse é o aspecto daqui,
Do presente e do passado.

Há doutores e professores,
Juízes, padres e irmãs,
Poetas também escritor,
Promotor também anciã
Que contam história da terra
De alma forte e mente sã.

Todos citados à cima
São filhos dessa boa terra.
Há também autodidatas
Que na caneta faz guerra;
Porém são almas prudentes
Que meditam, que não erra.

Carinhanha é bonitinha
Com ruas e bem calçada;
A lua é muito bonita
Em noites de serenatas;
Acordes do violão
Dos boêmios na calçada.

Predomina a religião
Católica Apostólica
Romana no município;
Há muita crença folclórica
Que é  tradição do povo,
Que canta poesia bucólica.

Trinta mil de habitantes
No município é o total,
Na cidade tem a metade,
Que é o número real;
Mas tá crescendo dia a dia
E a construção é geral.

Das lendas e dos tabus,
Do caboclo d`água tem,
Sexta-feira o lobisomem
Vem aparecer também;
Mas de todos os tabus
Para os jovens não convém.

Há colégio e faculdades,
Banco do Brasil também.
Há vários grupos bonitos;
Há doutores que convém;
Farmácias e farmacêuticos,
Funerárias que mantêm.

É a cidade mais alta
Segura de inundação,
No Vale do São Francisco
Com um cais e paredão
De balaustrada bonita
Dando uma boa impressão.

A cidade é muito plana
Com grã comunicação,
Uma ponte muito linda
Cobrindo o Velho Chicão;
Guanambi à Carinhanha
Asfalto com precisão.

Vive o povo da lavoura:
 Milho, batata e feijão,
Mandioca e abóbora,
Cana, mamona e algodão.
Há plantação na vazante
À margem há plantação.

E também vive da pesca
O povo de nossa terra,
Quando vem a seca mata
Os mantimentos deveras;
Ninguém morre aqui de fome,
Pega o peixe pela guelra.

Da pecuária são os bovinos
De mais apreciação;
Já houve feira de gado
Houve preço de leilão;
Há muitas fazendas boas
E terras de plantação.

Quando chega o tempo bom,
Da natureza a jorrar,
Em janeiro o pequi há,
Também umbu e puçá,
Tem  cagaita e o caju,
Que são natos do lugar.

Tem a cabeça de negro,
A pitomba e o jatobá,
Que muitos fazem jacuba
Indo no mato pegar;
Tudo isso nos dá prazer
Que a natureza nos dá.

São essas riquezas aqui
Frutífero do lugar,
Muita gente vai ao mato
Com latas  para apanhar;
Comem, vendem, e ainda dão,
Ainda fica à fartar.

Pra terminar meu cordel,
Conto do bicentenário
Duzentos e trinta e dois
Anos, em seu calendário:
Paróquia de Carinhanha
Com o seu primeiro vigário.
Mil oitocentos e seis,
Tomou posse o vigário;

Em seis de agosto do ano
Encontrado em calendário;
Já setenta padres aqui
Viveram como lendários (Célebres)

Primeiro pároco foi
O padre Pedro Machado
Da Cruz Pereira vigário
Chegou e foi empossado
Por Dom José Azevedo
E no livro foi tombado.

José Camilo de Souza
Que foi vigário também,
José Lélis e Edílson,
O padre Élio porém,
José Domingos da terra
Nasceram aqui: Parabéns.

Dom Walmor, o Arcebispo,
Que mora em Belo Horizonte
Também é filho da terra
Riqueza qual diamante;
Cocos era município,
Seu registro é confirmante.

Dom José Grossi, o Bispo
Enviou-nos Wanderley
Pra tomar conta do povo
De Deus ensinar a Lei,
Depois vieram os Vicentinos
Na década de oitenta veio.

O primeiro foi  Getúlio
Chegou  com disposição
Até hoje essa paróquia
São padres dessa missão,
Trabalhadores fieis
Com grande dedicação.

Vou terminar o meu cordel
Recitando uma canção:
É o Hino dessa terra
De minha composição.
“Eu te amo, Carinhanha
Dentro do meu coração.”

Revisão feita pelo autor.
15-03-2011.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Por que Jesus preocupou-se com Pedro?


POR QUE JESUS PREOCUPOU-SE COM PEDRO?
Texto de Honorato Ribeiro dos Santos.

“Ide pregai o evangelho a todos os povos”. Essa foi a mensagem de Jesus aos seus apóstolos e discípulos. Católica=universal: Para todos os povos. No ano de 304, da era cristã, o rei Constantino converteu-se ao cristianismo e organizou a igreja católica. Unindo estado e igreja, proibindo não haver mais perseguições aos cristãos. Baseando-se nas palavras de Jesus: “Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha igreja”... fez de Pedro=rocha, o líder e príncipe dos apóstolos, criando o primeiro papa de Roma . (Mt 16, 18-19). Desde então, a Igreja Católica Apostólica Romana, através do papa, poder clerical, hoje, cidade do Vaticano, Estado eclesiástico ou sacerdotal-monáquico, vivendo sua hierarquia. No decurso dos tempos do cristianismo, primeiro século, Mateus com sua comunidade, ao escrever seu evangelho, Pedro já havia morrido a uns vinte anos atrás. Havia os discípulos, apóstolos, - presbíteros ou bispo - diáconos, formando assim, uma hierarquia. Nessa hierarquia, Pedro era considerado o líder da comunidade cristã e responsável pela igreja nascente. Não há prova nenhuma nos evangelhos, que Pedro seria o responsável oficial da igreja ou papa, mas fazendo-se uma exegese recorrendo-se a historicidade da vida de Pedro com suas perguntas a Jesus, e Jesus lhe atendendo e esclarecendo, percebe-se que Jesus se preocupou muito com a continuidade dos seus ensinamentos cristológicos, sabendo-se que iria partir para o Pai, teria de deixar um dos seus apóstolos para dar continuidade o anúncio da Boa Nova. Jesus perguntou a Pedro, por três vezes, essa pergunta: “Simão, filho de João, você me ama? E Pedro confirmou esse amor.” Então Jesus lhe pediu: Apascenta as minhas ovelhas. (Jo. 21, 15-19). Jesus também fez uma oração para que Pedro não desfalecesse a sua fé e confirmasse aos outros os seus ensinamentos. Os evangelhos, também citam 171 vezes o nome de Pedro dialogando com Jesus. Ademais, Pedro conviveu com Jesus o tempo todo e foi o único que afirmou que Jesus era o Messias, o Filho de Deus. Foi o primeiro que acreditou na ressurreição de Jesus, quando Maria Madalena foi ao encontro dos apóstolos e dissera que Jesus havia ressuscitado. Imediatamente foi e viu o sepulcro limpo e os panos de linho na terra. (Lc. 24, 10-12). Paulo foi um grande apóstolo, mas não conheceu Jesus e nem conviveu com Ele. Foi Pedro que fez o primeiro discurso que foi entendido em várias línguas, convertendo muitos a serem cristãos. Naquele dia nasceu a Igreja com a primeira conversão dos que ouviram a mensagem de Pedro. Parece-nos que foi o único apóstolo a morrer crucificado, pelo cruel e perverso Nero, rei de Roma.
Foi em Antioquia que nasceu o cristianismo. Foi lá que Paulo fez o seu primeiro sermão e converteu muitos pagãos. Naquela época, o Império Romano dominava e se falava o latim, língua oficial de Roma. (At 11, 26). Flávio Josefo, historiador famoso, diz que Antioquia era a terceira cidade mais habitada do Império Romano. Lá era adorada a deusa Astarote. Lá se concentrava as igrejas católica romana e ortodoxa. No mundo cristão há 1.142 bilhões de católicos romanos latinos e orientais.
O protestantismo surgiu no século XVI, pelo fundador Martim Lutero, padre teólogo da Igreja Católica Apostólica Romana. Na igreja luterana não tem um representante universal. Houve uma dicotomia incomensurável, surgindo várias igrejas pentecostais. Cada uma governa por um pastor, mas não tem poder para com as outras igrejas. Não tem unidade. Já a Igreja Católica Apostólica Romana, todo clero obedece ao papa e esse é o bispo que representa o apóstolo Pedro. Quando há alguma crise social e religiosa, que precisa orientação com base na doutrina da fé o papa escreve suas encíclicas orientando o povo cristão, tanto no setor da vida espiritual, doutrinária, como no social e político; como exortando a todos para viverem a ética cristã e a moral com base nos ensinamentos de Jesus Cristo.
No Brasil, existe a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que mantém a unidade pastoral e doutrinária sem afastar da autoridade do papa ou seguir doutrina ou crença contra o que vem, desde princípio, a desobedecer a doutrina cristã vivida e anunciada pela Santa Sé. A Igreja Católica Apostólica é una no seu todo sem anátema ou apostasia. Todos obedecem ao Santo Padre, representante de Jesus e sucessor de Pedro. Essa sucessão é a continuidade doutrinária da fé cristã, sendo Jesus Cristo a pedra fundamental dessa igreja; Ele é a verdadeira Igreja, a cabeça e nós, os cristãos, o corpo místico. Ele, Igreja que vive entre nós; igreja peregrina santa, porém pecadora, que espera a ressurreição dos mortos e a vida que há de vir; somos os eleitos dessa igreja infalível: Jesus Cristo. É Nele que sustentamos a fé, esperança e caridade repleta do amor que Ele nos deu e mandou que nós vivêssemos unidos, amando-nos reciprocamente. Ser cristão é viver como o Cristo viveu: em ação, em verdade, em obras e testemunho fazendo a vontade do Pai como fora seu Filho primogênito, Jesus Cristo. Não  existe fé madura se não a fé do Cristo. Muitos dizem: “Eu tenho fé em Jesus”. Isso não é fé viva e sim uma crença vulnerável. Devemos dizer: Eu tenho a fé de Jesus Cristo. Jesus quando fazia um milagre sempre dizia: “A sua fé lhe salvou”. Jesus nunca disse “Você se salvou porque acreditou em mim”.
A Rocha é Jesus, a igreja que vive nos corações de quem Nele crer e O imita: anunciando, evangelizando, ora denunciando as injustiças políticas e sociais ora o fanatismo religioso, com cara de falso profeta. “Afastai de mim, não vos conheço”. Aí está o grande perigo da vida dos fanáticos e falsos pregadores que fazem do Cristo um milagreiro e não aquele que ensinou-nos a viver como irmãos amando-nos uns aos outros. Nesse mundo de separações e dicotomia política, social, étnica, e religiosa, todos, sem exceção, irão escutar a voz do Cristo Jesus: “Afastai-vos de mim; não vos conheço”. (Mt 7, 23).
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