segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

AQUEDA DO MONARCA.



QUEM JÁ FOI NÃO SERÁ MAIS.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.

Está tramitando no Congresso um projeto muito bom, talvez seja um dos melhores para o povo brasileiro. A carreira política não deva ser de um monarca nem tampouco uma profissão. A carreira política é uma escolha democrática que o povo livremente vai à urna e voto no seu pretendente. Não é seja eleito para que ele perpetue e nem faça do seu poder um monarca. Por essa e outras razões, esse projeto é ótimo, pois dá a oportunidade de outros que nunca foi, ser. Também não é um concurso público por capacidade que o faça de bom funcionário público; não é, pois o político é a escolha democrática de o povo lhe escolher. Terminando o seu mandato de, por exemplo, vereador, ele poderá se candidatar a prefeito. Sendo executivo, prefeito, poderá se candidatar a deputado estadual. Terminado o período, candidata-se para deputado federal. Terminado o seu mandato, poderá se candidatar para senador. Terminando o mandato como senador, poderá se candidatar a presidente da república e não haverá mais reeleição. O povo brasileiro deverá, outrossim, saber escolher bem o seu candidato e não o fazer desse o seu ídolo, pois se transformará num idólatra que é condenada pela grande lei de Deus.
O que poderá acontecer com os idólatras? Direi mais acertadamente: fanáticos! O País ficará dividido e haverá na certa uma guerra civil. Mas num País democrático como é o nosso não haverá, jamais guerra civil, pois, para defender o povo brasileiro e o Brasil, temos as Forças Armadas como diz a nossa Constituição Brasileira. Por isso o projeto de “QUEM JÁ FOI NÃO SERÁ MAIS” acabará por vez o fanatismo político e a idolatria acabará. O que é maior num país? É a lei é soberana e ela será para todos sem exceção. Quem errou que pague pelo erro cometido. Diz o dito popular: “A mentira tem pernas curtas”. Se tudo que está havendo for mentira ou perseguição, que a verdade chegará e a mentira desaparecerá e permanecerá a verdade. Quem não ama a verdade vive com a tapa na cara e só enxerga um único caminho: A do seu fanatismo. Desejamos que esse projeto passe unânime, porque ele é o melhor para o Brasil dos brasileiros. “Quem já foi não será mais” e é uma das melhores reformas que o Brasil possa ter. Quiçá passará! Desejo que passe.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

A MORTE DE LÁZARO



MINHAS DÚVIDAS EU VOU TIRAR.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.

Charles era um grande amigo de Lázaro e ficou muito triste com a sua morte. Ele foi ao féretro do amigo e chorou muito. Voltou para casa muito triste pela perca do seu maior amigo. Decorrido poucos dias da morte de seu amigo, recebeu uma notícia boa de que Jesus tinha feito a Lázaro voltar à vida. Ele se encheu de alegria e, imediatamente, foi visitar o amigo. Mas a intenção dele, mais profunda, era tirar as suas dúvidas se havia mesmo, céu, se depois da morte a gente se encontrava com Deus e como seria mesmo o céu. Caminhando e pensando sem parar e a mente cheia de perguntas para fazer ao seu amigo Lázaro, já que ele ficou quatro dias fora da vida da terra; seria a grande oportunidade de fazê-lhe as perguntas e tirar suas dúvidas.
Chegou à casa do amigo Lázaro, depois de uma caminhada de três dias a pé, e foi chegando e lhe deu um forte abraço e foi logo lhe dizendo: Bem, meu amigo Lázaro, já que você ficou quatro dias fora de nossa vida terrena, morreu, partiu, chegou, encontrou com Deus e tudo foi uma maravilha, não é mesmo?
-Não sei o que você está dizendo, Charles!
-Como não sabe!? Você não morreu? Não ficou quatro dias na outra vida?
-Sim, e daí?
-Se você morreu e ficou quatro dias, deva saber aonde você foi? Você chegou lá no céu?
-Não, Charles...
-E onde você ficou esse tempo todo?
-Não sei, Charles...
-Como não sabe? Você não se encontrou com Deus lá no céu?
-Não sei lhe dizer. Não vi nada, não sei de nada.
-Então, não tem Deus e nem céu!?
-Tem Deus e tem céu, mas não sei lhe dizer onde fica o céu.
-E onde você ficou esse tempo todo?
-Não sei, Charles... Como posso lhe dizer?
-Então não tem céu... Morreu e acabou...
-Não, porque eu estou aqui vivo como você, Charles!
-Mas não sabe aonde foi, onde esteve, se esteve no céu, se viu a Deus...
-Não sei. Só sei que morri e Jesus me fez voltar à vida, só isso.
-E as minhas dúvidas sobre se há céu, vida eterna, Deus, você não pode tirar-me!?
-Não, Charles, isso é um mistério, que somente a fé poderá responder.
-Mas como posso ter fé se não há resposta exata sua; e você que foi lá e deveria saber e contar pra gente como é lá.
-Mas não posso dizer aquilo que não vi... É como lhe disse, Charles, é mistério até mesmo para mim. Não sei lhe dizer aonde fui, onde estive... Só sei que Jesus me chamou e eu voltei à vida. Mas, depois, eu vou morrer e encontrar definitivamente com ele.
-É Lázaro, terei de procurar entender este mistério. Quem sabe se não está dentro de mim mesmo?
Charles despediu-se do seu amigo Lázaro e foi embora com a mesma pergunta de sempre. Onde está o céu? Será que ele existe? E Deus onde está?

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

ESAÚ E JACÓ



OS DOIS IRMÃOS GÊMEOS.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.

Abrão e Sarai já com idade avançada não tinham condições de deixar prole, além da idade avançada dos dois, a esposa era estéril. Ela preocupou-se de não poder deixar prole para sua árvore genealógica, resolveu entrar em acordo com o marido para que ele deitasse com a sua escrava egípcia, a fim de deixar prole. A escrava se chamava Agar. Abrão deitou-se com Agar e ela deu à luz um filho que pôs o nome de Ismael. Deus lhe apareceu e mandou que ele se circuncidasse e a seu filho Ismael e todos os masculinos de sua casa. Ele assim procedeu. Logo, um anjo apareceu a Abrão e disse-lhe que ele, na sua velhice iria gerar um filho. Sarai escutou a conversa e riu, pois ela era estéril e de idade avançada. Abrão acreditou e Sarai ficou grávida com noventa anos de idade e Abrão cem anos de idade. Ele pôs o nome do seu filho de Isaac. E assim o fez e Deus disse-lhe que dele sairiam uma grande nação. Com essa aliança feita, Deus mudou seu nome para Abraão e sua esposa por Sara. Abraão morreu com 175 anos de idade. Isaac casou-se com Rebeca e gerou dois filhos gêmeos: Esaú nasceu primeiro e foi o primogênito por descendência, atrás dele nasceu Jacó. Esaú tornou-se caçador e Jacó ficava com a mãe e aprendeu cozinhar bem. Esaú chegou da caçada muito cansado, e com muita fome; e viu Jacó com um prato de lentilha e pão e disse-lhe: Dê-me desta sua comida, pois eu estou com muita fome. Jacó respondeu: Dar-lhe-ei se me vender a sua primogenitura. Respondeu Esaú: E eu estou ligando para a minha primogenitura! Passe esse prato e fica com ela. E assim ele vendeu ao irmão Jacó a sua primogenitura. A mãe ouviu e se calou em segredo, pois ela amava mais a Jacó de que a Esaú. Quando Isaac caiu doente, velho e cego, mandou Esaú ir à caçar e trazer para ele um prato do animal caçado. A mãe escutou, chamou Jacó e enrolou-o em uma pele de ovelha, pois Esaú tinha a pele cabeluda. Quando Jacó chegou com o prato ele disse-lhe: a comida está gostosa, mas a voz me parece que não é a de Esaú. Chegue mais perto para eu tocar a minha mão em sua pele. Jacó aproximou do pai cego e ele passou a mão e notou que era o pelo de Esaú. Ele disse: O pelo é de meu filho Esaú, mas a voz, não. Mas vou lhe abençoar como primogênito. E abençoou Jacó no lugar do irmão. Quando o irmão chegou com o prato da caça que tinha abatido e disse para o pai: Pai, olha aqui a caça que abati e já fiz o prato para o senhor comer e me abençoar como o seu filho primogênito. Mas já lhe abençoei, meu filho! E já comi a comida que você preparou para mim! Respondeu Esaú: Não meu pai, eu sou Esaú seu filho! Respondeu Isaac: Então, Jacó me enganou e eu o abençoei como primogênito, meu filho. E assim criou o ódio no coração de Esaú e começou a perseguição. A mãe chamou Jacó e mandou que ele fugir para casa do irmão dela, por nome de Labão. Jacó fugiu e foi se esconder na casa do seu tio Labão na Mesopotâmia. Nessa fugida, Jacó já cansado, deitou-se e teve um sonho com uma grande escada que apoiava na terra e a outra parte no céu. Ele viu os anjos descendo e subindo pela escada. Ele ouviu a voz de Deus que dizia: “Eu sou o Senhor, Deus de Abraão e Isaac seu pai e lhe darei toda a descendência.” Jacó trabalhou para seu tio Lobão e casou-se com Lia, a mais velha e depois com Raquel a que ele amava. Jacó teve vários filhos com as duas irmãs, Lia e Raquel e as escravas delas. Mas Lobão queria escravizar o sobrinho e ele foge. Lobão perseguiu Jacó. Mas tarde Lobão se encontra com Jacó e fez aliança com ele e veio a paz. Ele saiu com suas duas mulheres e a duas criadas e onze filhos. Depois ele ficou só e alguém lutava contra ele. E o estranho lhe disse: Me solta, pois a aurora já vem. Respondeu Jacó: Só soltarei depois que você me abençoar. O estranho lhe perguntou: Como é o seu nome: Ele respondeu: Jacó. O estranho disse-lhe: Não chamará mais Jacó e sim Israel, pois lutastes com Deus e os homens e venceu. O estranho abençoou a Jacó e desapareceu. De Jacó nasceram as doze tribos de Israel, que formou o povo de Deus. Só restaram duas tribos a do norte e a do sul: Benjamim, que são os samaritanos e a tribo de Judá que são os Judeus a que Jesus pertenceu. Hoje, a capital dos Judeus se Chama Israel, que é o nome de Jacó.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

AS ADVERSIDADES.



QUANTAS PEDRAS HÁ EM SEU CAMINHO?
Crônica de Honorato Ribeiro do Santos.

Quando eu lecionava sempre fazia poesias e punha os alunos para recitá-las nas sessões do grêmio. Todavia, eu sempre dava a eles poesias de famosos poetas, e uma delas, lembro-me bem, e rio sozinho, de os alunos rirem à beça, quando um colega subiu ao palco e começou a recitar a poesia de Carlos Drummond, assim: “No meio do caminho tinha uma pedra”... Tinha uma pedra no meio do caminho... Os colegas riram imaginando que ele havia esquecido da poesia e ficava repetindo... “Ele continuou: Tinha uma pedra”... Continuaram a rir... Ele continuou a recitar calmamente: “No meio do caminho tinha uma pedra”. Continuaram rindo, rindo sem parar e eu, então, interferir e pedi para que eles parassem de rir e deixassem o colega terminar a recitar a poesia. Eles me atenderam e o colega continuou: “Nunca me esquecerei desse acontecimento,
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra.
Tinha uma pedra no meio do caminho;
No meio do caminho tinha uma pedra”.
Assim que ele terminou foi aplaudido pelos que estavam rindo dele. Então, eu subi ao palco e fui explicar a poesia que fora recitada pelo colega. Novo aplauso, agora, quando eu terminei de explicar pormenorizadamente e entenderam o que significava a pedra que tinha no meio do caminho tinha uma pedra.
Quem de nós não tem uma pedra entravando a nossa caminhada! Nenhum de nós tem caminho sem pedra e quantas delas existem! As adversidades são muitas de pobre, rico sábio e apedeuta têm sempre uma pedra no caminho para tropeçar; arriba o pé, “sacode a poeira e dá volta por cima” e segue seu caminho... Que caminho longo, difícil! Subida íngreme, sua suor de sangue... “Pai, afasta de mim este cálice”... O rogo não foi ouvido! Parece que tudo se afastou e, até mesmo o Pai não Lhe ouviu, mas Ele conseguiu tirar as pedras do caminho, mesmos suando, sagrando, mas conseguiu! O Pai lhe ouve, cala-se, fica calmo, pois é paciente... Pois sabia que o Filho iria destruir a pedra e passar, e abrir para outros, novo caminho... Mas tem outras e tantas pedras no cominho meu, seu, nosso; de justos e injustos. Ele soube retirar sozinho todas as pedras que tinham no seu caminho. E nos ensinou retirá-las do nosso caminho. São muitas as pedras e muitas adversidades em nossa vida cotidiana! Não existe hoje, nem ontem, e nem no porvir caminho que não tenha pedra no caminho. Não existe caminho sem pedra, e muitas delas são rochas imensas! Não há máquina moderna e sofisticada para quebrá-las e retirá-las do nosso caminho. Somente um Homem mais sábio do universo pode destruí-la e venceu gloriosamente; ensinou-nos a trilhar no Seu caminho com pedra e espinhos, mas nós, até o momento, não encontramos Seu caminho estreito que não haja pedra. Tem muita mais pedra do que o caminho de outrem que não quis caminhar nesse caminho de pedras e espinhos. No meio do caminho meu, seu, nosso tem uma pedra; e no meio do caminho de Carlos Drummond tinha uma pedra e ele deixou essa temática, essa incógnita para que cada um de nós veja no meio do caminho tem sempre uma pedra. Que saibamos “sacudir a poeira e dar volta por cima”, a poeira de nossa incoerência, de nossa imprudência e de sermos cegos perante tantas injustiças. Tanto peca o corrupto como o que tapa os olhos perante a corrupção praticada por aqueles que a praticou. Esta é uma enorme pedra da Babilônia subversiva que atua até hoje nos bastidores dos poderes. Os que calam perante essa enorme pedra abstrata, mas real, no nosso caminho, é tão corrupto quanto os corruptos. Que saibamos caminhar nesse caminho que sempre tem uma pedra de Carlos Drummond para trilhar.


No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O SERVIDOR.




EU VIM PARA SERVIR E NÃO SER SERVIDO.
Cônica de Honorato Ribeiro.

Servir é uma palavra mais usada e mais simples para falar, entretanto, são poucas as pessoas que sabem servir. Existem, todavia, dentro da igreja e fora dela muitas pessoas que são servidoras. É difícil para muitos, principalmente para os políticos de poderes executivos e legislativos. Não, estes gostam de si aparecer e terem status. O servir para eles é o dá lá dá cá. Foge completamente do que significa servir. Contarei uma pequena história e muito breve: Duas vezes eu fiquei doente e teria que sair, pois aqui, não havia recurso para o meu tratamento. O primeiro servidor veio me visitar e eu lhe contei que não tinha dinheiro para ir a São Paulo tratar-me. Ele olhou para mim, não disse nada e me despediu. À tarde, ele chegou e me entregou o que precisava para o meu tratamento. Eu teria de ir a Guanambi pegar o ônibus da linha para São Paulo. Pela manhã, ele chegou com o carro e disse-me: Está pronto? Respondi: Estou. Ele disse-me: Vou lhe levar a Guanambi. E assim aconteceu. O servir e cheio de amor e dedicação. O outro veio me pegar de carro e levou-me para Vitória da Conquista, pois somente lá eu poderia fazer o tratamento. Fiquei em sua casa vinte dias até terminou o meu tratamento; ele me trouxe de volta no seu carro. Aqui em minha terra, houve minha gente que viveu o tempo todo a servir os fracos. Nenhum ficou rico em sua profissão. Quando fui catequista, criei um grupo de jovens adolescentes, de ambos os sexos, que me auxiliavam na catequese de crianças por muitos anos. Quando eu recebia, vindo de Bom Jesus da Lapa uma barca cheia de alimentação não perecível e fardos de roupas pela “Cáritas”, estes jovens faziam as embalagens e organizavam a fila do pessoal e dava a cada uma aquela caridade. Havia uma jovem, a mais nova, que foi uma grande servidora e não arredava sequer hora nenhum para servir e me ajudava sempre com alegria. Hoje ela já é médica. Como disse acima, que há muita gente servidora dentro e fora da igreja que são verdadeiros servidores e compreende o que é servir. Eu tenho dois amigos no Rio de Janeiro que são verdadeiros servidores, quando vem aqui sabem servir bem com grande amor e alegra. Em Salvador, existe um conterrâneo meu, que aos sábados serve com amor e dedicação a serviço do outro. Não vou citar nome de ninguém, pois há muitos que eu conheço e se dedicam a servir o outro com bastante amor. Há um grupo de médico, advogado, odontologista em Belo Horizonte, que, voluntariamente vão às periferias assistirem às pessoas que precisam de ajuda. Um deles é meu amigo e conterrâneo. E elas servem com amor e carinho como bons servidores. Nenhum deles é político para si candidatar. É tarefa difícil, mas existem pessoas que são verdadeiras servidoras. Foi isso que Jesus Cristo nos ensinou: Ser servidor. Ele mesmo em sua vida pública foi o tempo todo servindo. Qual foi a fazenda dele? A mansão dele? Ou onde morava, quando estava ensinando? Veja o que ele disse: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousa a cabeça”. E o último ato de servir de Jesus foi lavar os pés de seus discípulos, simples pescadores e pecadores. Que grande lição Jesus nos deu: a de sermos servidores e não sermos servidos! Esta é a missão de quem quer seguir o Salvador e servidor, Jesus Cristo. Ser servidor é aparecer com Jesus em sua vida como servidor. Seja servidor porque Deus nos serve gratuitamente todos segundos de nossa vida.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

OS ADOLESCENTES.



OS DELETÉRIOS.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.

Assistindo a um filme da vida de Dom Bosco, fi-lo uma reflexão sobre o juiz temerário que muitos fazem aos de menor idade, os adolescestes, sem questionar os porquês que se tornaram marginais ou delinquentes. Dom Bosco assumiu resgatar sozinho muitos garotos, filhos de assassinos e ladrões e que estavam todos na prisão sem condições nenhum de ser humanos. O prefeito daquela cidade, as autoridades civil e religiosa, inclusive o seu bispo, foram contra Dom Bosco ao defender e ficar se misturando com aqueles meninos, vítimas de uma má educação e falta de amor, afeto e carinho que nunca souberam receber nem de seus próprios pais. A luta de Dom Bosco foi tão intensa e eficaz, mesmo dando parte ao papa, ele conseguiu recuperar todos os garotos para serem cidadãos. Muitos deles se tornaram religiosos.
Eu assisto sempre aos debates na Câmara dos deputados e do Senado sobre a idade penal desses adolescentes. A minoria é contra que passe a idade para 16 anos; a maioria é a favor e muita gente, também, a maioria é a favor da penalidade passar para 16 anos. A CNBB é contra, pois se trata de adolescentes que não pediram para nascer num lar desarrumado, desorganizado. E que nunca acharam sequer de seus próprios pais, carinho, afeto e uma boa educação; e nem do próprio Estado Federativo uma educação aos delinquentes ou deletérios como queira classificá-los. O que falta no mundo cristão é uma pessoa como Dão Bosco, Irmã Dulce e Francisco de Assis. Deixaram de analisar o porquê que esses adolescentes se tornaram marginais. É como disse o nosso filósofo e teólogo Mário Sérgio Cortella: “Ninguém nasceu proto”. É preciso educar primeiro no lar e depois na escola e faculdade, pois ninguém nasceu bandido, fizeram-no de bandido. Então digamos as palavras do grande Mestre Jesus Cristo: “Atire a primeira pedra quem não cometeu pecado”. Eu aprendi em toda minha vida não fazer pensamento temerário à ninguém, pois não sabemos em que lar nasceu. Uma amiga contou-me que estava de pé num ônibus cheio, e ao lado dela uma senhora de idade bem avançada. Havia um jovem sentado e não deu lugar àquela senhora. Ela, no seu pensamento dizia: Que mostro, que sujeito mal educado, safado e o ódio tomou conta do seu coração. Quando o ônibus parou, aquele jovem levantou-se, agarrou na mão dela e disse-lhe: Ajuda-me eu ir ao hospital, pois sou cego e estou passando mal. Ela levou-o o garoto cego até ao hospital e fez tudo até que ele foi atendido Depois ela pediu perdão a Deus por fazer juiz temerário àquele jovem cego. Para terminar a minha crônica citarei uma frase: “Eduque uma criança e teremos um mundo melhor e cheio de cidadão.” Pois é de criança que chegaremos a ser perfeitos cidadãos de um país.