sábado, 12 de dezembro de 2015

Onde está Deus?

SINTA A PRESENÇA DE DEUS.
Poesia de Honorato Ribeiro dos Santos.

Sinta Deus na beleza da flor,
no orvalho da madrugada,
no assovio do vento,
na chuva que cai na terra,
no brilho do sol, da lua e das estrelas!

Sinta Deus no ar que respira,
no canto do sabiá e do bem-te-vi,
no voo do beija flor,
no cosmo e todas as galáxias,
no mar, nos lagos e nos rios!

Sinta Deus ao ouvir a música suave,
na harmonia das cores,
na criança sorrindo,
no mendigo sem abrigo,
nos drogados que drogaram!

Sinta Deus no perdão do seu inimigo,
no amor de todas as coisas criadas,
na partilha do pão ao faminto,
no abraço do amigo tão amigo!
no amigo maior que nos deu a vida!

Sinta Deus na voz do coral
no louvor dos que sabem louvar,
na solidão e na tristeza,
de muitos que choram...
por falta de pão à mesa,
e nos pregos dos pés e das mãos
de quem tanto nos amor!

Sinta Deus, homens e mulheres,
e transformem este mundo violento
no amor de braços abertos
no alto da cruz que nos perdoou!

Sinta Deus o mundo inteiro!
e, então, somente assim
seremos felizes para sempre!
porque somente amando,
perdoando e vivendo
sintamos a presença de Deus!
AMÉM.

domingo, 6 de dezembro de 2015

DEUS É SOMENTE UM.



HÁ UM SÓ DEUS E DEUSES.
Texto de Honorato Ribeiro dos Santos.

O Deus de amor e servidão é o ensinado por Jesus. Ele é Pai de todos sem exceção. Conta o escritor Paulo Coelho: “Existem dois deuses: o deus que os nossos professores nos ensinaram e o Deus que nos ensina.” “O deus que os homens criaram e o Deus que criou os homens.” É verdade, pois há muita gente que modela o seu próprio deus do seu jeito; outros fazem uma corrente de oração para uma pessoa que está preste a morrer, e creiam que tem força e Deus irá atendê-los imediatamente. Esqueceram-se da verdadeira oração do Pai nosso ensinado por Jesus. A gente ver, nos estádios de futebol muitos torcedores com terço na mão rezando para seu time ganhar. Esse é o seu deus que faz ganhar o seu time. E os jogadores e torcedores do outro time não são de Deus? Deus está dividido? O Deus que nos ensina, como bem escreveu Paulo Coelho, é o Deus que nos ensina: a partilha, a servidão, a igualdade, a solidariedade, amar e perdoar; é aquele que nos ensinou a rezar o Pai Nosso e viver. Para uns creiam no deus que está no céu; para outros creiam no Deus que é amor e está presente em tudo e em todos, pois ele é vida. Há muita gente que acredita no deus que cobra tudo que a gente deixa de fazer; esquece do Deus que nos ama e perdoa: “Perdoai as nossas ofensas”... Há, entretanto, muita gente que não teme a Deus, tem  medo Dele lhe castigar e mandá-lo para o inferno. Mas há muita gente que acredita no Deus que nos mostra o caminho da cruz para entrar no Reino do céu e carrega a sua cruz como o pobre Jó: sem queixume, sem pedir milagre de cura. Há muita gente que criou seu deus próprio e por isso comete corrupções e pratica tantas incoerências, que envergonha a sua família e o seu país. E pensa que está perdido porque Deus afastou-se dele. Pelo contrário, ele é que se afastou de Deus. Há muita gente que faz oração pedindo a Deus saúde para si; mas se esquece de pedir para milhares que estão sofrendo mais do que ele; essa oração é puramente individualista. A verdadeira oração se parece com a do Pai nosso. E como é que a gente ora para Deus pedindo-lhe a saúde? Primeiro é orar para todos os enfermos e doentes e lhe inclui no meio deles. Pede para si e para todos no mundo inteiro. Se pedir a Deus para dar saúde a alguma pessoa querida, deva lembrar-se de outras tantas. Já prestou atenção na celebração da eucaristia? Não prestou atenção na oração do celebrante após a consagração do pão e o vinho? Há uma coisa que vou falar e muita gente irá chocar. Celebração para um que faleceu, missa do sétimo dia, missa de corpo presente, etc... Não poderia acontecer, pois a celebração eucarística é a celebração da paixão, morte de cruz e ressurreição de Jesus. Ali, naquele momento, é a celebração incruenta da morte de Jesus, e o altar é o Carvalho para imolar o cordeiro de Deus que tira o pecado do mudo. A missa não poderá ser individual. A Igreja, que adotou este costume, (nós obedecemos) sabe bem que não pode e não se deve, pois o Deus é o Deus da vida e Pai de todos sem exceção. Veja que a oração do presbítero, (padre, bispo, papa) após a consagração do cálice com vinho e o pão, ele ora: “Lembrai-vos, irmãos e irmãs, dos que morreram na esperança da ressurreição e de todos que partiram desta vida”. Por toda a igreja espalhada no mundo inteiro, esta é a oração e que devemos aprender. Ela, a celebração eucarística, é celebrada para os vivos que estão presentes e os não presentes; os anjos e santos e os que morreram na esperança da ressurreição e da vida eterna. Há outros que acreditam na missa da cura para si; mas ela é para curar os pecados do mundo, isto é, de toda a humanidade. Veja que depois da hóstia consagrada o presbítero suspende a hóstia e diz: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. E o mais importante e mais essencial após a comunhão e o padre ou bispo dizer: “Ide em paz e o Senhor vos acompanha”. E Deus nos acompanha em cada passa de toda a nossa vida; ele está sempre presente em nós, mas muitos não percebem a presença Deles dentro deles. Há duas maneiras de entender a paz: A primeira é aquela que Jesus falou para os apóstolos: “Eu não vim trazer a paz, mas a espada”. E muitos tombaram pela espada para anunciar o evangelho. A outra é aquela que Jesus depois de sua ressurreição ele apareceu aos discípulos e disse-lhes: “A paz esteja convosco”. Esta paz é das bem aventuras: “Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Mas para quem crer em Deus e tem a sua vida em oração, escolhe e ler o salmo: “Mas que poderei retribuir ao Senhor por tudo o que ele me tem dado?” “Erguerei o cálice da salvação”...Aqui, nesse salmo, lembremo-nos da celebração eucarística. (Sal 115).   


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A DOR DO AMOR.



POEMA DO AMOR
Por Honorato Ribeiro dos Santos.

Como é lindo o amanhecer!
A aurora, ver o infinito azul,
As estrelas brilharem tão distante,
O ar que respiramos, inspirando
O perfume das rosas e vendo a alvura
Dos lírios dos campos, as aves voando
Cantando sinfonia de amor!

Como é lindo sofrer e sentir a dor,
A dor dos que sofrem e num abraço
De um sorriso, um ósculo ao mendigo
E sentir que o sofrer e amar quem sofre;
É agradar e não queixar, mas agradecer;
O sofrer para saber sempre amar!

E sentir os cravos nos pés e nas mãos
E de braços aberto abraçar o mundo
Com sorriso de uma criança no embalo
Nos braços da mãe a lhe dormitar!
Nas noites caladas do frio do inverno
Sem coberta que são os abraços e o beijo
Da mãe que sofre sorrindo e cheio de paz!

O amor mesmo sofrendo não sente,
Não sente a dor dentro de si e compartilha
Com a do outro que carrega uma pesada
Cruz da exclusão social e tão mortal...
Que de tão estranho sofre sem esquecer-se de amar!

Mas o amor é tão diferente e deferente
Para aquele que saboreia a doce chaga
Daquele que de braços abertos
Nos ensinou a amar, perdoar e viver
As mesmas chagas que sofreu na cruz!

Amar é sentir o fogo ardendo
Queimando, doendo e no silêncio
Da tranquilidade tão serena
Sabe sorrir, sabe chorar,
Sabe beijar com os pregos
Pregado, fincado bem fundo
No peito, no coração que bate
Fortemente, porque soubera amar!

O amor é saber viver, saber sofrer
Saber compreender, saber ver
No outro a sua própria vida,
A sua própria dor que é do outro
Dos outros que sentem a mesma dor!
Que sente o cheiro e o calor humano
Que sente ser amado, odiado,
Querido, desprezado, mas permanece
Na mistura do amor ardendo no peito e a paz
Permanece dentro de si porque sabe
Amar, compreender, sofrer sem si queixar!

Ver nas ondas do mar o barulho
Do vento no telhado, a chuva que cai
Num compasso suave e andantino;
Que faz o sono chegar mais profundo
E começa o sonho de voar, voar
Nas asas do amor que lhe leva a ser
Eternamente feliz nos braços
Daquele que, mesmo com dores
E os pregos fincados nos pés e nas mãos
Ensinou-nos viver a vida do sofredor!

Sem queixar da dor que sente!
Pois é amando que nos transforma
No personagem Jó que sofreu as
Duras chagas, mas nunca deixou de
Amar e louvar o grande Criador!

O amor tem gosto dos pregos
Dos sofrimentos do homem
Do Gólgota que de braços abertos
Soubera nos amar e perdoar.
O amor é assim e não há outro!

O amor é crer que ele é infinito, eterno
Bondoso, gostoso, saboroso sem ver
Sofrimento, e a dor é a fome de
Quem sabe amar e perdoar.
O amor é divino, é viver no
Céu, no Reino da fé do cuidado
Do outro, de si; a fé é crer sem ver;
É ver por dentro sentindo a presença
Do Criador: a fé é involuntária,
Mas ela é a força invisível do AMOR!

Fim.
  

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

ABORTARAM O AMOR.



SE HOUVESSE AMOR.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.
Se houvesse amor: não haveria divórcio, não haveria aborto, não haveria crianças abandonadas. Se houvesse amor: não haveria guerra, nem latrocínio e nem assalto e sequestro. Se houvesse amor: não haveria dissensões, nação contra nação, pai contra filho, filho contra pai: fratricida, matricida patricida. Se houvesse amor: não haveria polêmica, não haveria ódio, não haveria inveja. Se houvesse amor: não haveria egoísmo, não haveria exploração à pessoa humana, não haveria prostíbulos. Se houvesse amor: não haveria mentiroso, não haveria falta de caráter, não haveria inversão de valores. Se houvesse amor: Não haveria corrupção, não haveria déspotas, não haveria o prepotente e arrogante. Se houvesse amor: não haveria depredação à natureza, não haveria poluição, não haveria desamor à Nação. Se houvesse amor: não haveria a Lei Maria da Penha, não haveria punição ao preconceito, não haveria CPIM para virar pizza. Se houvesse amor: não haveria escândalos de parlamentares, não haveria pedofilia e estupro, não haveria “vergonha de ser honesto”. Se houvesse amor: não haveria falta de água, não haveria falta de comida na mesa do pobre, não haveria tanta gente morrendo de fome ao lado de tanto pão. Se houvesse amor: o casamento seria indissolúvel, a criança seria educada e respeitada e os idosos seriam bem cuidados. Se houvesse amor: não haveria prisão sem espaço aos condenados, não haveria injustiça, não haveria impunidade. Se houvesse amor: ninguém morreria atropelado, não seria vendido como mercadoria, não morreria de bala perdida. Se houvesse amor: a fé seria uma só, o Deus seria um só, as religiões seriam uma só. Se houvesse amor: haveria educação de qualidade sem exceção, haveria professores qualificados e bem remunerados, as escolas seriam chamadas de lar revolucionário da cultura e do saber.  Se houvesse amor: não haveria desigualdade racial, não haveria analfabetismo, não haveria exclusão social dos que vivem na miséria e pobreza. Se houvesse amor: o mundo seria um paraíso cheio de flores perfumosas, a beleza da mulher seria como a deusa “euterpe” e deixaria de ser miss. Se houvesse amor: haveria perfeição do ser humano, haveria cuidado para com o outro, haveria harmonia no Congresso desta Nação. Ah! Se houvesse amor, todos nós seríamos felizes!  “Amai uns aos outros como eu vos amo”. (Jesus Cristo).  

domingo, 1 de novembro de 2015

QUEM ROUBOU O MEU QUEIJO.



OS GABIRUS DA ERA.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.

O ecossistema é uma dádiva de Deus. Como disse o grande químico francês: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. (Antoine Laurent de Lavoisier, químico francês). Nada foi criado por acaso. Há três reinos: mineral, vegetal e animal. O vegetal se alimenta do mineral; o animal se alimenta do vegetal; e o reino animal, o homem, se alimenta de todos. O homem é o rei e transformador e administrador desses reinos. Entretanto, ele, o homem, é o único responsável pelo equilíbrio e desequilíbrio ecológico e do ecossistema. Ele seria o dono dessa casa onde habitam tudo que foi criado com muito cuidado. Mas não está acontecendo: Ele é o destruidor de tudo e de todos; a própria vida de si mesmo está sendo destruída porque ele, o homem não conhece quem o é e para que foi criado.
Bem, agora vamos falar de uma coisa que se chama crítica. O homem criou a ratoeira para matar os “gabirus”. Coloca queijo e outras coisas apetitosas para acabar com os gabirus. Não é uma incoerência afirmar que os gabirus têm que morrer porque são ladrões? Mas eu, gabiru, como para matar a minha fome, pois se eu não comer, morro. E o homem não come também? Se ele não comer, morrerá de fome. Não é verdade que mais da metade do homem morre de fome?! Parece que estou falando bobagem? Não, pois as estatísticas afirmam o que estou dizendo. Mas, por que o homem afirma que sou ladrão? Quem rouba para comer para não morrer de fome, pode ser ladrão? Eu nasci para comer as coisas que o homem guarda, acumula; eu pego para matar a minha fome, já que ele guarda, porque já comeu. Eu pego o resto, a sobra, que ele não quis mais. Ademilde Fonseca compôs um choro e a letra dele diz: “Rato, rato, rato, por que motivo tu roeste o meu baú / Rato, rato, rato / audacioso, malfazejo “gabiru”. Rato, rato, rato, eu quero ver o teu dia findar; ratoeira te persiga e consiga satisfazer meu ideal... Agora eu fico revoltado o que ela canta: “Quem te criou / foi o “diabo” não foi gente podes crer; / quem te gerou / foi minha sogra pouco antes de morrer... Mas adiante a letra diz: Rato, rato, rato, emissário do judeu. (Judas). O homem político brasileiro tem moral, ética de afirmar que sou ladrão?! Que é isso! “Quer tapar o sol com a peneira?” Eu, “gabiru”, ladrão? Dê uma olhada nos escândalos do Mensalão, do Lava Jato e respondam-me quem são os verdadeiros ladrões? Sou eu? Eu nasci para comer queijo, cujo queijo mata-me a fome. E os que os políticos roubam, não é para matar a fome. É para que os outros fora dos poderes, morreram de fome. Graça a Deus eu não tenho participação nenhum nesses escândalos. Sou apenas um pobre gabiru, que foi criado pelo mesmo que criou o homem. Não foi o diabo que me criou, não. O diabo não tem poder de criar e dá vida, mas tem o poder de mandar em vocês que não sabem administrar o queijo, que é do povo. É isso que o escritor Spencer Johonson escreveu: “Quem roubou o meu queijo”? Esse livro é muito interessante o que ele narra nele. É claro que ele não afirma que fui eu quem roubou o queijo. O queijo está sempre sendo comido por quem perdeu a razão de ser cidadão nesse País: “Gigante pela própria natureza”. Peço a todos vocês que me deixem em paz e não põem ratoeira para me pegar; a ratoeira é para os que, agora, os chamo de GABIRUS do século XXI. Eu sou apenas um pobre bicho que não sou semelhança de Deus. Nem tampouco o responsável pelo desequilíbrio ecológico e o ecossistema do planeta. São vocês os únicos culpados. Eu como para matar a minha fome; vocês matam o semelhante e não comem. Isso é muito triste! Por isso quem os criou, arrependeu-se de tê-los criado. O mais engraçado, eu acho, eu, gabiru, é os que são chamados na CPIM afirmarem com a cara de pau: “A lei me dá o direito de permanecer calado”... Mas a consciência desses caras de pau afirma: “Eu gravei tudo no subconsciente, pois guardo toda a verdade. A única coisa que eu aprendi, é não mentir”. Todo homem sabe disso. Ela vem à tona para os que têm remoço. A consciência do homem é eterna; ninguém apaga. “O céu e a terra são testemunhas” perante o juízo final.    

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A POLIFOBIA.



CORDEL DA POLIFOBIA.
Honorato Ribeiro dos Santos.

Quem não tem papa na língua
Olhe e preste sua atenção,
Pois eu vou narrar agora,
Pro Brasil, nossa nação;
Quem te viu e quem te vê,
Dê a ele o que bem merecer
Mas não culpe sem razão.

Ser professor ou polícia
É pedra de construção;
O primeiro ganha pouco,
O segundo dá proteção:
A sociedade precisa
Da polícia bem ativa
Pra defender a Nação.

A Constituição diz:
Pode ir e vir, cidadão,
Porém o povo está preso,
Sem sair da sua prisão.
A prisão é o próprio lar
É também o seu altar
Pedindo a Deus proteção.

Quando sai para o trabalho
Ou pra comprar o seu pão
Não sabe se volta à casa
É assaltado por ladrão.
Se correr o bicho pega
Se pegar irá pro brega
Compra logo seu caixão.

Gera ódio e vingança
Da polícia e do ladrão
Do assaltante e do bandido
Quem dos dois terá razão?
Voz que clama no deserto
Ninguém sabe quem tá certo
Se é a polícia ou o arrastão.

Será que é “os anos de chumbo”?
Preconceito é aversão
Pois virou ódio e descrédito
Vandalismo sem punição.
Crianças assassinadas
A polícia é condenada
Seja soldado ou capitão.
Nos setores da política
A artificiosa construção
Ideológica de setores
Na mídia é aprovação
E na academia vigente
O comando é valente
E manda entrar em ação.

Em sua torre de marfim
Vivem como em paraíso
Batem palmas ao sucesso
Abrem logo seu sorriso
Tiroteio nas favelas
Corre logo a sentinela
Bala perdida é prejuízo.

Diz: “atirei no que vi”
Fala o dito popular
“E matei o que não vi”
Bala perdida a matar
Bala saiu do fuzil
A perícia vem sutil
Pra descobrir e culpar.

Ora a bala foi da polícia
Ora a bala é do bandido
Não se dá vida pro morto
E o povo fica perdido
Justiça é bicho preguiça
É carro velho que inguiça
E o povo está falido.

Abusar de tal poder
Dos sem fardas dos fardados
Dos seus tronos os políticos
Lamentam calmos, gelados...
Tráfico de droga entrando
Polícia mata enfrentando
Criminosos e drogados.

A reforma nunca sai
Do papel do parlamento
Código civil caduco
De tão velho azedou o fermento
O povo ta em aflição
Subindo tudo é inflação
E o povo vive em sofrimento.

Ladrão de galinha é preso
Quem rouba pão dar prisão
Vai ver o sol bem quadrado
E a propina é Mensalão
Quatro pro cento estão presos
E o restante fica ilesos
E a honra virou carvão.

“Isto é golpe” é a falácia
Da monarca da Nação
E o povo sem segurança
Ta falida a educação.
A saúde para o povo
Grita logo pro socorro
Morre à míngua o cidadão.

No Parlamento o discurso
Um acusa e outro defende
Uns defendem os corruptos
Do seu partido vigente
Ninguém defende o Brasil
A reforma virou pernil
Nem soldado tem patente.

O Cunha sendo acusado
Continua ser Presidente
O Renan está na lista
Mas calaram de repente
O jogo da Mídia é forte
Pula logo no cangote
jogo duro e prepotente.

A polícia federal
Faz boa investigação
O juiz Mouro atuante
Cumpre a lei desta Nação
Procurador da Justiça
Cita quem está na lista
Quem cometeu corrupção.

A baderna se alastrou
Aqui e lá na capital
Do Brasil faz reunião
Faz de conta que é normal
A ladroagem da propina
Virou tudo ave rapina
É contado no jornal.

O Golpe vem lá de cima
Donde vem da oposição?!
Recebeu do Lava Jato
A propina pra eleição
Cabe agora ao Tribunal
De Brasília a capital
Condenar quem é ladrão.

Quem tiver rabo de palha
Do fogo se afastará
“Quem não cometeu pecado”
“Atire a pedra” pra alvejar.
Tirou a vergonha da cara
E a moral ficou bem cara
A culpa agora tem que pagar.

Do lado de lá e de cá
Não escapará um sequer
É claro, há exceção
Há muita gente que quer
Retirar do parlamento
O imoral mau elemento
Com justiça, doa a quem doer.

A educação ta capenga
E a inflação a galopar
Ninguém mais se preocupa
Se a polícia vai algemar
Bandido tem mais poder
E a polifobia a crescer
E quem vai politizar?

Cadê a credibilidade
Do País lá noutro mundo?
Do poço, quem vai tirar?
Está com sono profundo!
Acorda, acorda Brasil!
O porvir tem cor de anil!
E as notícias saem do fundo.

Escândalo todo o dia
São as notícias dos jornais
Mais um recebeu propina
Não diz que são marginais.
Quem tem poder, pode tudo
Os laranjas ficam mudos
Os daqui e das capitais.

As chantagens se alardeiam
Não fale de mim, então,
Se calar não me cassando
Eu retiro cá acusação
Uma mão lava-se a outra
Nos olhos pinga a gota
Não vai haver cassação.

A escolha foi legal
Tomou posse a presidente
Pra governar bem seu povo
E o povo ficou contente.
Porém veio o Mensalão
E o povo sem comer pão
Pois roubaram de repente.

Então veio o Lava Jato
A Federal investigou
Primeiro os empresários
Depois a corda esticou
A polícia não prendeu
Um terço de quem lambeu
Da Petrobrás que furtou.

Cabe a agora a justiça vir
Punir logo os infratores
Quem roubou nosso dinheiro
Devolver aos promotores
O dinheiro do Lava Jato
Não deva ficar barato
Nosso dinheiro de dores.

 Um rei em Israel orou:
Deus, dá-me sabedoria
Um rei não tem muita força
Sem a sua, morreria!
A prece de Salomão
Com fé igual de Sansão
Deus o ouviu com alegria.

Aqui no Brasil, governo
Não faz nenhuma oração
Quer caminhar com seus pés
Sem nenhuma proteção.
Tem que ser abençoado
Protegido e agraciado
Por Deus pedindo perdão.

Errou tanto este governo
Mas não fala pra Nação
Que só queria o poder
E recebeu na sua mão
Gastou dinheiro da Caixa
E o Brasil está em baixa
Sem nenhuma solução.

Pedir perdão, eu não?
Isto é humilhação!
O povo já está feliz!
Bolsa família e pão...
Agora, querer me cassar!
É golpe de massacrar!
Sou forte, não desisto não.

O futuro irá dizer
A justiça está alerta
A Federal não se cansa
Investigará na certa.
O Brasil tem que crescer
E o povo irá agradecer
A Deus com enorme festa.

Gigante é nosso Brasil
Canta o povo brasileiro
Que sonha sair do embargo
E também desse atoleiro
Rogo aos parlamentares
Que ajoelhem aos alteres
Mudem o alvo verdadeiro.

Vou terminar minha história
Pedindo-lhes união
Fazendo uma boa reforma
Saia do caos a Nação
Não defenda seu partido
Defenda o Brasil querido
Abracem-nos como irmão.

Exaltemos a nossa mãe
Padroeira do Brasil
Que interceda a Deus por nós
E assim, sim, será feliz
Nosso povo brasileiro
Acende a vela ou candeeiro
Olha que céu cor de anil!

FIM. 






















segunda-feira, 17 de agosto de 2015

MARIA, A MÃE DE JESUS.



VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DE MARIA, A MÃE DE JESUS?
Por Honorato Ribeiro dos Santos.
 Deus, ao criar a humanidade, criou-a perfeita à sua semelhança para ser feliz no paraíso terrestre e depois se ascender ao paraíso celestial, ou seja, o Reino dos Céus. Não querendo ser feliz, o homem (homem, mulher e filhos) sendo livre afastou-se da perfeição a que foi feita e criou a morte, a infelicidade, a dor e perda da salvação.
No livro dos Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, Deus sentindo a queda da humanidade prometeu resgatá-la através de uma mulher, que iria esmagar a cabeça da serpente, figura simbólica do mal, que os primeiros viventes cometeram, a fim de que Deus se tornasse humano nascendo de uma mulher, que não inspirou o ar poluído, contaminado pelo erro cometido pelos que não quiseram ser perfeitos e santos como o foram criados pelo Criador.
No livro do Apocalipse, o último livro da Bíblia, relata a mesma mulher que iria dar à luz o Deus humanado. Veja o relato: “Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma mulher revestida de sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz.”
O profeta Isaias diz: “Uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus conosco”. E o profeta Miquéias diz: “Mas tu, Belém, tão pequena entre os clãs de Judá, é de ti que sairá para mim aquele que é chamado a governar Israel. Suas origens remontam aos tempos antigos, aos dias do longínquo passado. Por isso, Deus os deixará, até o tempo em que der à luz aquela (virgem) que há de dar à luz.” Lucas inspirado escreve: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada – noiva – com um homem que se chamava José, da casa de Davi; - descendente de Davi – e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.” Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. O anjo disse-lhe: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e seu reino não terá fim.” E Maria, depois de dizer ao anjo, eis, aqui, a seva do Senhor, ela alegremente cantou o magnificat: “Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exalta em Deus, meu Salvador, porque olhou para a sua pobre serva. Por isso, desde agora, me proclamarão bem aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo”. Com o cântico do Magnificat, Maria se tornou, depois de Jesus, a mulher mais exaltada, mais louvada e venerada entre os cristãos. Izabel, sua parenta, quando Maria foi lhe visitar e entrando na casa e a saudou, ela que estava grávida de seis meses, o menino – João Batista – estremeceu no seu seio – de alegria – e Isabel cheia do Espírito Santo disse-lhe: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois, assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio.”
Maria cuidou, zelou, preocupou por seu filho Jesus e foi a primeira discípula dele. Acompanhou-o em todas as suas andanças até o pé da cruz, quando ele se entregou e morreu por toda a humanidade. Mas essa humanidade que ele morreu a morte mais bárbara é preciso bastante cooperação da parte da humanidade a se tornar vivendo os seus ensinamentos e se transformar em verdadeira testemunha do Reino de Deus. Entendemos que somente os que aceitam viver a vida cristã é que são salvos. Ao exemplo para a humanidade está Maria, a teotókos, (geradora de Deus) a servidora, que não cometeu nenhum pecado para que Deus a escolhesse para gerar o seu Filho primogênito. Posso afirmar-lhe que até hoje não sabemos nada sobre o nascimento,
2ª PARTE. VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DE MARIA, A MÃE DE JESUS?
Por Honorato Ribeiro dos santos.
Que dia nasceu Maria, que dia morreu, onde foi sepultada, onde está o seu túmulo, pois nenhum cristão ou peregrinação, na terra santa, visitam o túmulo de Maria, porque não o encontraram até os dias de hoje. Existe a peregrinação ao túmulo de Jesus em Jerusalém, mas não ao túmulo de sua mãe. Porque não se sabe onde foi sepultada e ninguém encontrou em lugar nenhum o seu túmulo. Não sabemos se era bonita ou tinha os dentes alvos, pois ela era uma mulher que nunca visitou salão de beleza e nunca teve vaidade para ser bonita como as mulheres deste mundo. Maria era simples, servidora, mãos para os trabalhos domésticos. A beleza de Maria é o seu coração de mulher santa e que ama e é apaixonada por aqueles (as) que sempre estão a louvá-la, a exaltá-la, a imitá-la. A beleza de Maria é escatológica; não é exterior, mas interiorizada ao seu filho Jesus. Desde a Idade Média que o povo, os cristãos do oriente chamavam-na de Assunta aos céus. Por isso, a Igreja, através do papa Pio XII, oficializou e proclamou a assunção de Maria aos céus; os anjos vieram buscá-la, pois não poderia morrer a morte como a nossa. Ela não sofreu a dor da morte, mas como num sono foi desperta pelos anjos que a levaram de corpo e alma para junto de seu Filho, Jesus Cristo. Alguém poderá questionar: Jesus sofreu e morreu, e Maria não? Respondemos: Jesus, o Novo Adão, morreu porque assumiu todo o pecado da humanidade; matou a morte que a humanidade criou e venceu destruindo-lhe para ressuscitar gloriosamente. Ressuscitando, deu-nos a vida eterna pela sua ressurreição. Assim nós morremos com Cristo e ressuscitamos com ele para nosso maior prêmio. Como Maria não assumiu os nossos pecados, e não podia, é óbvio, pois não é uma deusa, entretanto, como não cometeu nenhum pecado, logo, não morreu como a paga do pecado. Como disse Paulo: “A morte é a paga do pecado.” Maria é imaculada porque não cometeu nenhum pecado. Esta é a mulher do Gênesis, do Apocalipse e mãe da Igreja e de todos nós que somos irmãos de Jesus Cristo como primícias de sua ressurreição. Maria é a mulher do Apocalipse, e a escolhida por Deus no livro dos Gênesis. Deus a conservou pura e imaculada, para que em seu ventre bendito e puro gerasse o Deus conosco, o Emanuel. Deus escolheu a Maria porque ela cooperou com Deus não cometendo o pecado que nasceu da escolha de Eva; por isso a igreja chama-a de a Nova Eva, que gerou no seu seio bendito e puro o Salvador da Humanidade, Jesus Cristo, o teologúmeno, palavra grega que significa de duas naturezas: divina e humana. Os teólogos chamam-na de “Teotókos”, palavra de origem grega, que significa a geradora de Deus, Jesus Cristo. A Igreja Católica, ao estudar profundamente a vida vivida por Maria, a cheia de raças, que usam vários títulos: Nossa Senhora das Graças, Mãe dos Homens, Aparecida, N. S. das Dores, esta foi a primeira, e tantos títulos dela, mas é a mesma Maria e ela atende a todos seus filhos que lhe rogam proteção por sê-la a mais próxima de Deus nos céus.     

sábado, 15 de agosto de 2015

NOMES DAS CIDADES BAIANAS.




Pesquisadas por Honorato Ribeiro dos Santos.

Abaré foi emancipada em 19 de setembro de 1962. América Dourada emancipada no dia 25 de fevereiro de 1985. Angical fica à margem esquerda do rio São Francisco e emancipada em 1891. Baianópolis foi emancipada em 1962. Barra, conhecida por Cidade da Barra à margem esquerda do rio São Francisco, emancipada em 1830. Barra dos Mendes emancipada em 14 de agosto de 1959. Barreira emancipada em 1891. Barro Alto emancipado em 10 de maio de 1985. Bom Jesus da Lapa à margem direita do rio São Francisco emancipada em 1923. Boninal emancipada em 1961. Bonito emancipado em 1989. Boquira emancipada em 1962. Botuporã emancipado em 1943. Brejolândia emancipada em 1962. Brotas de Macaúbas emancipado em 1878. Buritirama emancipada em 1985. Caetité emancipado em 1867. Cafarnaum emancipada a 19 de julho de 1962. Campo Alegre de Lourdes emancipado em 1962. Campo Formoso emancipado 1880. Canápolis emancipado em 1962. Canarana emancipado em 16 de julho de 1962. Candiba emancipado em 1962. Carinhanha à marem esquerda do rio São Francisco foi emancipada em 17 de agosto de 1909. Casa Nova emancipado em 1931. Catolândia emancipada em 1892. Caturama emancipada em 1989. Central emancipada em 12 de agosto de 1958. Chorrochó emancipada em 12 de dezembro de 1952. Cocos emancipado em 1958. Coribe foi emancipado em 1958. Correntina emancipada em 1866. Cotegipe emancipado em 1820. Cristópolis emancipado em 1962. Curaçá emancipada em 1832. Érico Cardoso emancipado em 1878. Feira da Mata emancipada em 1989. Formosa do Rio Preto emancipada em 1961. Gentio do Ouro emancipado em 30 de dezembro de 1953. Glória emancipada em 30 de março de 1938. Guanambi emancipado em 14 de agosto de 1919. Ibipeba emancipada em 07 de abril de 1963. Ibipitanga emancipado em 1937. Ibitiara emancipada em 1934. Ibititá emancipada em 17 de outubro de 1961. Ibotirama emancipada em 1931. Igaporã emancipada em 1958. Ipupiara emancipada em 1958. Irecê emancipada em 31 de maio de 1933. Itaguaçu da Bahia emancipada em 24 de fevereiro de 1989. Iuiú emancipado em 1989. Jaborandi emancipada em 1985. Jacaraci emancipada em 1880. Jacobina emancipada em 1880. Jaguarari emancipada em 1933. Jeremoabo emancipado em 06 de julho de 1925. João Dourado emancipado em 09 de maior de 1985. Juazeiro emancipado em 1833. Jussara emancipada em 07 de abril de 1963. Lapão emancipado em 09 de maio de 1985. Macaúbas emancipada em 1832. Macurubé emancipada em 27 de julho de 1962. Malhada emancipada em 1961. Mansidão emancipada em 1985. Matina emancipada em 05 de abril de 1989. Miguel Calmon emancipado em1897. Mirangaba emancipada em 1943. Morpará emancipado em 1962. Morro do Chapéu emancipado em 1865. Mortuaba emancipada em 1943. Mulungu do Morro emancipado em 13 de junho de 1989. Muquém do São Francisco emancipado em 1986. Novo Horizonte emancipado em 1989. Oliveira dos Brejinhos emancipado em 1865. Ourolândia emancipado em 1989. Palmas de Monte Alto emancipado em 19 de maio de 1840. Parnamirim emancipado em 1909. Paratinga emancipada em 25 de junho de 1897. Paulo Afonso emancipado em 28 de julho de 1958. Pedro Aleixo emancipado em 28 de julho de 1962. Piatã emancipado em 1842. Pilão Arcado emancipado em 1938. Pindaí emancipado em 20 de fevereiro de 1962. Presidente Dutra emancipado em 07 de abril de 1963. Remanso emancipado em 1857. Riachão das Neves emancipado em 1962. Riacho de Santana emancipado em 1775. Rio de Contas emancipado em 1744. Rio de Pires emancipado em 1961. Roelas emancipado em 30 de julho de 1962. Santa Brígida emancipada em  27 de julho de 1962. Santa Maria da Vitória emancipada em 1888. Santana emancipada em  1890. Santa Maria de Cássia emancipada em 1804. São Desidério emancipado em 1962. São Félix do Coribe emancipado em 1989. São Gabriel emancipado em 25 de fevereiro de 1995. Seabra emancipada em 1891. Sebastião Laranjeira emancipado em 30 de julho de 1962. Sento Sé emancipada em 1832. Serra do Ramalho emancipada em 1989. Serra Dourada emancipada em 1962. Sítio do Mato emancipado em 1989. Sobradinho emancipado em 1989. Souto Soares emancipado em 1962. Tabocas do Brejo Velho emancipada em 1962. Tanque Novo emancipado em 1985. Uauá emancipado em 30 de março de 1938. Uibuí emancipado em 07 de abril de 1963. Umburanas emancipada em 1989.  Urandi emancipado em 1918. Várzea Nova emancipada em 1985. Wanderley emancipado em 1985.  Por ordem alfabeta o último município é Xique-xique emancipado em 23 de outubro de 1834. Aqui está as cidades da Bahia cuja capital é SALVADOR.

sábado, 8 de agosto de 2015

DIA DOS PAIS



MEU PAI, MEU PROFESSOR.
Por Honorato Ribeiro dos Santos.

Eu nasci de um eterno amor conjugal. Corri a corrida de uma olimpíada e concorri a um prêmio mais valioso entre todos os corredores. Milhões correram numa carreira de herói, mas, obviamente, ao chegar à porta de entrada para que houvesse ganho o maior prêmio, fui eu o vencedor. E, todavia, depois que a porta fechou, tornei-me insubstituível, eternamente premiado para que eu pudesse ser o EU que sou diferente de cada ser existente na terra. E isso, em primeiro lugar eu agradeço ao Criador que me ajudou a correr como o maior herói e ganhar o maior prêmio: ser EU mesmo com toda a perfeição. Em segundo lugar tenho de agradeceu a meu pai que escolheu bem a minha mãe para que me gerasse; por nove meses estive alimentando com a mesma alimentação de minha mãe. Quando ao cabo dos noves meses, eu cheguei chorando por causa da luz. Mas agora eu precisava de outra luz sobrenatural e ganhei gratuitamente: o batismo que me tornei enxerto do corpo Místico do homem que nos ensinou a viver a vida do seu Reino. Mas tudo isto é-me honroso a afirmar que nasci num lar autêntico onde o meu pai soubera me conduzir para que eu fosse um cidadão daqui e de lá onde eternamente é a minha morada. Não tinha senão a dizer e a escrever este texto, hoje, o DIA DOS PAIS. Parabenizo todos os pais neste dia em que se comemora o seu dia. Obrigado meu pai.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

A JOVEM MARIANA SUICIDOU-SE.



O AMOR DE MARIANA.
Conto de Honorato Ribeiro dos Santos.

O capitão Rômulo Dias, fazendeiro bastante rico, proprietário de muitas terras, casado com Joana Dias, tiveram vários filhos, os quais lhe obedeciam. Os filhos estavam sempre na labuta junto do pai, mas moravam todos na cidade. De quando em quando eles sempre iam à fazenda ajudar o pai. O casal tinha três filhas, todas bonitas e bem prendadas. A sua educação, como sempre era dos coronéis, rígida, principalmente para com as filhas. O sim era sim, e não era não, todos teriam de lhe obedecer. A mais bonita entre as três era a caçula que tinha o nome de Mariana. O povo da cidade gostava bastante dela por ser muito educada e sempre sorridente e alegre para com todos. Dia em que saiu a passeio pela rua da pequena cidade, Mariana se encontrou com um rapaz e olhando bem para ele ficou enamorada e caidinha por ele. Ele era de família média e se chamava Antônio José. O encontro foi maravilhoso para Mariana que apaixonou por aquele rapaz. O namora à escondidas foi crescendo o amor um para com o outro. Mariana sabia que seu pai era durão e se um dia descobrisse esse namoro iria proibir. Mas ela estava mesmo apaixonada e sonhava um dia se casar com Antônio José. Entretanto, havia um obstáculo muito grande em se realizar o casamento. Conhecia bem seu pai, e, se ele não fosse com a cara do jovem, Antônio José, claro, daria a dura sentença de desmanchar imediatamente o namoro dela ao jovem, seu “Romeu”. Mas ela estava decidida de enfrentar o sim ou o não do capitão, seu pai. Decidida e com coragem de um amor ardente que tinha pelo rapaz, chamou seu pai e disse-lhe:
-Pai, eu estou namorando Antônio José e ele quer casar comigo. Estamos apaixonados e decidimos a casar com o seu consentimento.
-Quem é este rapaz, Mariana?
-É Antônio José e o senhor o conhece e a sua família.
-Ora, ora, Mariana! Você é jovem, bonita e não sabe escolher. Você não conhece esse rapaz.
-Conheço, pai, ele é muito bom e educado e me ama.
-Não, Mariana, você acha que o conhece, mas não sabe quem o é. Portanto, já vou lhe dizendo para você terminar esse namoro imediatamente.
-Mas meu pai, ele gosta de mim e eu dele?
-Mas já dei minha palavra que não aceito e você terá de me obedecer. Não adianta mais falar nesse assunto comigo. Termine e ponto final.
Mariana se encolheu no quarto a chorar e a se lamentar com a resposta dura de seu pai. Ela sabia que o não dele era definidamente. Não adiantava mais falar com ele. O velho era durão. Mas Ela resolveu à escondidas se encontrar com Antônio José. Foi passando os dias, meses até que o pai, o capitão Rômulo, descobriu. As coisas mudaram para pior e o pai dela levou Mariana para a fazenda para que ela não encontrasse mais com o namorado. Mariana não dormia e sonhava com seu belo amado. Estava apaixonada pelo rapaz. Não tinha mais alegria e ficou taciturna durante a estada naquela fazenda. Mas, quando a mocinha de dezoito anos se apaixona, não há obstáculo para impedir o seu coração de amar e a cabeça deixar de pensar um segundo sequer. Mas um dia ela levantou cedo, escovou os dentes, tomou café e resolveu enfrentar seu pai. Ele estava deitado na rede e ela disse-lhe:
-Pai, leva-me para a cidade, pois não aguento mais viver sem ver Antônio José.
-Já lhe disse que eu não quero esse namoro com aquele rapaz, Mariana, e você insiste?
-Mas eu o amor, meu pai, e estou sofrendo porque quero me casar com ele.
-Mas eu já decidi que não aceito; por isso eu lhe trouxe para cá, a fim de que você pudesse se esquecer desse rapaz.
-Mas não consigo, pai, e o senhor não entende, quando um coração apaixona por alguém! Estou sofrendo, não durmo, não tenho apetite e nem alegria.
-Mas com o tempo você irá esquecê-lo.
-Não vou, não, pai, não vou mesmo. Sem ele não adianta eu viver.
-Não discuta comigo.
-É esta a sua última decisão, pai?
-É e não quero mais ouvir você falar nesse rapaz. Vá para o quarto e me deixe em paz.
Mariana se recolheu e ficou chorando. As horas foram passando, até chegou meio dia. Hora do almoço. O pai foi lhe chamar para almoçar e encontro seu corpo gelado estendido no chão. Mariana tinha bebido veneno e se suicidou. Morreu ainda jovem pelo grande amor que tivera para com seu amado Antônio José.
A lancha chegou ao porto com o corpo da jovem e toda a cidade chorou com a perda daquela jovem querida por todos. Porque seu pai não a compreendeu o grande amor que ela tinha para com o jovem Antônio José. Foi sepultada no cemitério local, mas o povo jamais se esqueceu da bela Mariana. Nem mesmo eu que a conheci, por isso conto esta triste história da linda Mariana.
FIM.

domingo, 19 de julho de 2015

A JOVEM SUZANA.



O PRECONCEITO SOCIAL
4ª Parte.
Calou-se a hipócrita sociedade, bem como a madame e seu marido fantoche que obedecia as arrogâncias de sua esposa; colocou-se a boca na “botija” e as dos machistas também. Todos, hoje, têm Suzana como uma senhora de bem, honrada e bem casada; conservou a sua beleza ao lado do seu esposo e filhos. Casaram-se e vivem muito bem. Ela não perdeu a beleza de que tivera em tempos idos de sua juventude. Não importa o passado, mas o presente sem queixumes do pretérito. O porvir dela foi mais elegante e mais glorioso. Quem a ver hoje, confirmará o que estou falando. E quando vir o seu retrato em tempo de jovem de 18 anos dirá: Puxa! Como Suzana era linda! Era linda demais! Mesmo assim, com a idade que tem hoje, ainda conserva essa beleza natural sem salão de beleza! Conserva desde tempos idos! Seu sorriso é sempre o mesmo e suas “gaitadas” gostosas bem saudáveis! Quem a conheceu em tempos de moça qual uma miss, dirá puxa, não mudou quase nada em relação à sua beleza e o seu sorriso natural em tempos de sua juventude! Vivem hoje como “Romeu e Julieta e seu passado feneceu. São felizes e cheios de paz. Essa é uma história triste e alegre com a quebra do preconceito e do Machismo que existia aqui. O tempo mudou e a sociedade hoje vive a transformação. Não há mais cabaré e nem Rua do Cantinho; prostíbulo e salões de dança na Rua do “Brega” ou “Meu Cantinho”. Hoje é uma linda Praça do Relógio com um enorme palco para shows e festivais como o Canta Vale.
Quem ler essa história e achar que parece com a sua, é pura coincidência.
[Do livro PRINCESA SANFRANCISCANA de Honorato Ribeiro dos Santos].
FIM.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

A JOVEM SUZANA.




O PRECONCEITO SOCIAL.
3ª PARTE.

Se o senhor impedi-la de ela não ir a esse evento eu comunicarei ao meu irmão, seu superior, imediatamente e o senhor, sargento Araújo, irá embora daqui imediatamente e será punido, pois essa sua atitude não é de um delegado e sim de um pau mandado.
-Puxa! Eu não sabia, senhor Samuel, perdoa-me. O senhor sabe como é o interior. Estes políticos têm força; mandou e eu tinha que cumprir, mas eu vou avisar a ele, e a Suzana poderá ir tranquilamente assistir ao jogo.
-Pois, dê o recado para esse senhor quem manda aqui, se é ele ou sou eu. Porque ela irá e ninguém irá impedi-la.
O sargento saiu e foi avisar o chefe político, que, quando ouviu, chamou a esposa e deu-lhe o recado negativo. E a Madame disse para o marido: Então, meu querido esposo, chefe do poder, você vai avisar aos jogadores que não irá mais haver o jogo. Mande suspender imediatamente, pois não podemos ser desafiados. Quero vê-la ir. O marido deu ordem para o sargento suspender o jogo; e não houve mais o campeonato E, desde então, acabou-se, tanto o campeonato como a desistências dos jogadores. O time faliu.
Mas a Madame não satisfeita, quando viu Suzana passeando no jardim da Praça da Matriz com sua irmã, ela mandou todas as moças e jovens saírem do jardim e passear na rua ao lado afastado do passeio do jardim e sua ordem foi cumprida. Era noite de domingo e o jardim estava repleto de moças e rapazes. Foi o maior absurdo que eu já vira em toda a minha vida. Preconceito social!? Machismo!? Nem um, nem outro, mas desrespeito à dignidade da pessoa humana. Graças a Deus que nunca mais houve e não haverá uma baixaria dessa em nossa terra. Mas registro, aqui, como era a nossa Carinhanha do passado: rico é rico; pobre é pobre; elite é elite e pé rapado é pé rapado, prostituta é prostituta, não tem voz e nem vez e nem vida digna de um ser humano. Carnaval de rico, no Clube Recreativo – somente os músicos eram de classe pobre – e o carnaval dos pobres na Liga Operária era de arrombar e o entusiasmo era grande.
Mas a sorte de Suzana estava para chegar e chegou. Um jovem jornalista, poeta e professor, filho dessa terra, muito inteligente, quando chegou aqui, vindo do Rio de Janeiro, e botou os olhos em Suzana, ficou louco de amor. Fez poesias, pois, era um excelente poeta de versos madrigais e fez seresta, acompanhado com o violonista Zé de Patrício, amigo, companheiro de infância, cantando noites altas à sua janela e enviava cartas e mais cartas até que “Davi” derrotou o gigante Golias. O apaixonado “Romeu” Casou-se com sua amada “Julieta” – Suzana -, e dela tiveram filhos e filhas e vivem bem apaixonados um ao outro até hoje.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

A JOVEM SUZANA.



O PRECONCEITO SOCIAL
2ª PARTE.

Viajava constantemente de avião com ela para a cidade mineira, Belo Horizonte e outros lugares encantados. Parecia os dois amantes do romance de Willian Shakespeare, Romeu e Julieta. Mas é como disse a narração do evangelho de João: O filho pródigo, tal qual aconteceu: Dinheiro foi acabando, foi vendendo avião e mais outro, carro e ficou pobre até do seu grande amor Suzana. Suzana, que mantinha a sua beleza impecável, voltou à casa dos pais, à sua terra natal. Assim que chegou, os comentários se alardearam de boca em boca. As festas dançantes ela era barrada. O preconceito social era tão grande que, quando ela saia à rua com sua irmã, as janelas se abriam e apareciam nelas os olhares curiosos e a “matraca” a soar, como se fosse a da semana santa nas mãos de dona “Aniceta.” Sofreu humilhações atrozes dos próprios conterrâneos. E a pior eu vou narrar: Domingo ia haver uma partida de jogo de voleibol em disputa de campeonato e toda a família carinhanhense iria. Então a mulher dum político muito forte soube que a Suzana iria assistir ao jogo com sua irmã. Então ela falou com o esposo para impedir a Suzana de ela não ir àquele evento esportivo. Então o marido mandou chamar o sargento Araújo, cujo sargento era o delegado. Ele atendeu ao chamado e foi. Chegando lá, foi recebido e o político disse-lhe: Mandei lhe chamar, porque hoje à tarde vai haver um jogo de voleibol e toda a família irá. Mas você irá impedir a prostituta Suzana para que ela não vá a esse evento familiar. Vá à casa dela e avise para ela não ir. E se ela teimar ou desobedecer as suas ordens, pode prendê-la. O sargento saiu imediatamente sem saber em que balaio de gato ele estaria entrando. Chegando lá, bateu palmas e ela foi atender. Ao chegar perante aquele homem de farda ela disse: Que deseja?
-Eu sou o tenente Araújo e delegado desta cidade. É que irá haver o jogo à tarde e você está proibida de ir. Se caso me desobedecer será presa imediatamente. Estou lhe avisando.
Quando Samuel, padrasto da Suzana, ouviu tal desaforo do tenente saiu aos berros e disse-lhe: Pois ela vai, sargento. Quem é o senhor para impedi-la! Ela irá comigo e minha família, tenente. Sabe quem sou eu, sargento?
-Não e nem quero saber.
-Pois vai saber agora quem sou.  O senhor conhece o coronel Arnaldo Samuel em Salvador?
-Sim, ele é o meu chefe.
-E ele, seu chefe, é meu irmão, sargento. Sargento, eu lhe afirmo com toda certeza que ela irá e o senhor não irá impedi-la. Nem você e nem quem lhe mandou têm autoridade de impedi-la para não ir à esse jogo. Ela irá e avise o seu chefe, que ela irá, ele não tem autoridade para impedi-la.

A JOVEM SUZANA.





 O preconceito social a  SUZANA.
1ª PARTE.
Havia, aqui, em Carinhanha, uma jovem de família rica, a moça mais linda que havia na cidade. Quando se realizava uma peça teatral, ela sendo uma atriz, fazia parte e gostava de cantar. Tinha uma voz muito linda e era ritmada. Ela tinha cinco irmãs e um irmão. Era a prenda da família; seu pai era telegrafista. Quando ela saia a passear com a irmã caçula, também muito bonita, se vestia elegantemente; os olhos dos jovens se encantavam pela beleza natural da donzela. As festas da elite ela frequentava e todos os jovens queriam dançar com ela. Além de bonita, dançava divinamente bem.
Chegou aqui a Companhia do Décimo Distrito, hoje Codevasf, para a construção do cais e o aeroporto. Muitos operários, mestre de obras e um engenheiro. Esse era galã e conquistador das mocinhas. Mas a mais linda era a jovem Suzana. - Mas não era a do livro do profeta Daniel -. Essa era carinhanhense. Esse engenheiro deu pra o lado dela para conquistá-la. Jovem ainda adolescente caiu na armadilha do conquistador, que já era casado. Suzana caiu nas más línguas do povo, que nunca perdoou tal comportamento. Ela era sempre respeitada e adorada por sua beleza natural, mas de comportamento infantil, ficou enamorada do cujo sedutor. Como as línguas ferviam em comentários, até que um dia o seu irmão descobriu a verdade e saiu armado para pegá-los em flagrante, mas eles fugiram de avião para outras plagas. Passou anos sem dar notícia aos pais. Tempos passados, veio um pouco tardio, que o dito engenheiro sedutor havia abandonado nas ruas das amarguras. Sofreu, pois, foi preciso viver em prostíbulo para poder manter-se a sua beleza e a sua vida econômica. Apareceu um anjo da guarda, engenheiro rábula, muito rico, e a convidou para viver com ela. Suzana, perante tal situação de vida desregrada, aceitou a nova aventura sem pensar nas desventuras, mas arriscou novamente. Ele tinha aviões e era rico, mas extravagante qual o “filho pródigo”.(Aguarde a continuação).

sábado, 27 de junho de 2015

AMOR ASSASSINO



PRIMEIRA PARTE.
Do livro de Honorato Ribeiro - PRINCESA SANFRANCISCANA.

A AMANTE DE EDGAR TENTOU MATÁ-LO.

Edgar era um jovem de família rica e bastante querido em toda cidade. Era filho do telegrafista José Venâncio Lima, conhecido por Zeca Lima. Edgar tinha um bar de sociedade com seu irmão Arnaldo. Por causa dessa união empresarial, ele pôs o nome desse bar de: Bar Dois Irmãos. Foi o melhor bar que já houve aqui até hoje. Nele havia bailes, matinês, dramas, jogos de bilhar e sinuca. Era sempre cheio de gente para tomar a cerveja geladinha. Era, nesse bar, o encontro dos amigos e jovens para se entreter. Nele havia um serviço de alto falante que passava as músicas de sucesso dos grandes cantores da época. Foi nesse dito bar, Dois Irmãos, que dois marinheiros de um vapor entraram e começaram a jogar sinuca. Jogaram várias partidas e, quando acabaram de jogar, não quiseram pagar as partidas e as cervejas que havia tomado. Começou a discutir com o dono do bar sonegando-lhe o que era de direito pagar. Foi, exatamente, naquele instante, que entrou o soldado Abel, amigo do proprietário do Bar Dois Irmãos, que havia chegado de viagem que fizera a cavalo à cidade de Cocos, quando entrou e viu os dois marinheiros discutindo com seu amigo, Calos Lima, irmão dos proprietários do bar, a não querer pagar as partidas de sinuca e a cerveja que tinham tomado. O soldado Abel entrou e pegou o chicote de cavalo e meteu no lombo dos dois homenzarrões marinheiros; colocou-os à frente e surrou-os com chicotadas até o cais, onde o vapor estava ancorado. Os curiosos saíram à rua, olhando admirados ao assistir à surra que o soldado estava dando nos dois marinheiros fortes, porém, medrosos por não reagirem contra seu algoz. O soldado Abel era um homem calmo, tinha a fala fina, era magro de boa estatura, mas não aguentava injustiça e nem desaforo. O soldado Abel chicoteou os malandros sonegadores das despesas feitas no Bar Dois Irmãos, descendo a Rua Duque de Caxias e só parou de bater nos dois marinheiros, quando chegaram ao cais, onde o navio estava ancorado. Os dois marinheiros embarcaram no seu navio com as costas rasgadas das chicotadas que levaram no lombo, por não pagar as cervejas que tomaram e as partidas de sinuca. Entraram no navio, onde os mesmos eram tripulantes e funcionários da Marinha Fluvial do rio São Francisco. Nenhum dos tripulantes, comandante, contra mestre, autoridades da marinha, protestou ou defendeu os marinheiros, quando soube da história e de o porquê das chicotadas feitas pelo soldado Abel. Tiveram que tomar um banho de sal grosso para aliviar as dores das chicotadas que receberam no lombo.
Bem, agora vou narrar a história do meu amigo, Edgar, que eu o chamava de “Cravu”.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O REINO DO CÉU SOFRE VIOLÊNCIA.




ONDE ENCONTRAMOS JESUS?
Por Honorato Ribeiro.

 Mateus começa no capítulo cinco e termina no capítulo sete, as bem aventuranças. Ele faz uma analogia no capítulo 25. Neste capítulo Jesus, afirmativamente, fala que o Reino do céu é somente para quem praticar as obras de misericórdia. E ele assume o lugar dos que precisam ser assistido imediatamente pelo bom samaritano. Ele faz seis citações: Eu estava com fome, com sede; eu estava peregrino, eu estava nu, eu estava enfermo, eu estava na prisão. Estas seis citações são de natureza santificadora e Jesus igualando-se a si próprio sendo assistido pelos que querem possuir o Reino do céu.  Fazendo-se uma exegese de cada citação: A primeira ele diz: Eu, - Jesus, o protagonista - estive com fome e você me deu de comer. Mas vou mais adiante. Existe muito tipo de faminto pelo mundo à fora: Fome do saber, fome de justiça, fome por um mundo melhor e mais humano. A segunda ele afirma: eu – Jesus – estive com sede e você me deu de beber. Mas a palavra é breve. Não explica que tipo de sede ele está sentindo. Então, direi que seja: sede de justiça, sede de sair do analfabetismo, sede de ser valorizado como ser humano; sede de ser cristianizado, e, por fim, sede de água potável, pois sem ela não há vida. A terceira: eu – Jesus – diz: eu estava peregrino e você me acolheu. Aqui, nessa breve citação vou mais longe: Abrigar alguém na sua casa ou no seu país, pois o evangelho não há fronteira. Colocá-lo num abrigo e cuidá-lo com cuidado e dedicação, servindo-lhe com acolhimento saudável sem troca do benefício feito. A quarta citação é mais breve e bem sutil de alguém excluído, alguém de uma vida miserável; está sem roupa. Eu estive nu e você me vestiu. Esta citação de nudez, Jesus volta ao paraíso e ouve a voz de Adão quando caiu no pecado. Deus chamando a Adão, este ouvindo os passos de Deus esconde-se. E Deus pergunta-lhe: Por que você se esconde, Adão? Ele responde: Porque estou nu. E Deus lhe pergunta: Por que sabe que está nu? (!...). Aqui faço uma exegese deste diálogo de Deus ao homem, Adão. Nascemos com a lei natural, os mandamentos da lei. O homem já nasceu como ser social, político e religioso, pois não poderá viver sozinho e nem caminhar com seus próprios pés. Ele precisa do outro para viver em sociedade. O homem nasceu com inteligência e razão. Quando o homem faz algo errado, ele sabe se errou e a consciência o acusa. Foi o que aconteceu a Adão: a nudez de violar a lei e ficou nu sem a graça de Deus. A lei não tem força para o homem evitar a praticar o mal ou o bem; mas a graça tem, pois vem gratuitamente de Deus e toca no coração. E o homem ao perder a graça fica completamente nu. Poderá fazer uma avaliação, também, que há muita gente sem roupa e sem agasalho e Jesus fica a espera de quem é misericordioso para lhe ofertar roupar, não da sobra, mas roupa nova para dar-lhe vida e alegria. A quinta citação Jesus diz: Eu estive enfermo e você me visitou. Mas a visita é ter o cuidado de saber se ele está sendo bem atendido, medicado; se ele aguarda na fila à míngua sem assistência nenhum. E outros morrendo na fila e alguém que vê, naquele enfermo o próprio Jesus, socorre imediatamente. É o bom samaritano que cuidou daquele que estava semimorto na estrada e ele o socorreu. Mas a sexta é mais complicada e difícil, pois o eu, - Jesus – afirma que estive encarcerado e você me visitou. Que custa uma visita a um prisioneiro qualquer? Nada, absolutamente nada. Mas a citação é breve e não explica nada de que se trata esta visita. Ela é breve e não explica coisa nenhuma. Mas fazendo uma boa exegese ela é riquíssima; uma história carcerária no nosso país, onde o preso nunca é recuperado socialmente e nem educado. Sai mais marginalizado e desumanizado, por não ter feito uma reforma autêntica da política carcerária no Brasil. Há cela que foi feita para prisão de vinte prisioneiros e está cheia, abarrotada de mais de quarenta presos sem classificação nenhuma. Outros milhares já pagaram a pena e estão lá cumprindo mais do dobro da que foi condenado; e por falta de cuidado da justiça ele fica encarcerado esperando por justiça. Esta citação que Jesus afirma: Eu estive na prisão e você me visitou é a mais profunda, pois há muita polêmica e interpretação. Profunda e melindrosa que Jesus cita que estava na prisão e alguém o visitou vendo nele o próprio Jesus. Jesus na prisão como bandido?! E eu tenho que fazer alguma coisa por ele!? Como devemos compreender a misericórdia de Deus! Portanto, o Reino do céu pertence a essas pessoas que usam a sua misericórdia a servir com amor os que sofrem nesse mundo cão. E alguém foi visitá-lo e viu a desumanidade, a falta de educação e de recuperação para que ele possa viver em sociedade, quando estiver em liberdade. Estas seis citações que Jesus se apresenta como abandonado, estrangeiro para muitos, não é fácil alcançar o Reino dos céus. Quem quiser ser cristão, veja essas pessoas citadas como sendo o próprio Jesus Cristo e tenham a mesma ação do bom samaritano.