sexta-feira, 4 de março de 2011

Por que Jesus preocupou-se com Pedro?


POR QUE JESUS PREOCUPOU-SE COM PEDRO?
Texto de Honorato Ribeiro dos Santos.

“Ide pregai o evangelho a todos os povos”. Essa foi a mensagem de Jesus aos seus apóstolos e discípulos. Católica=universal: Para todos os povos. No ano de 304, da era cristã, o rei Constantino converteu-se ao cristianismo e organizou a igreja católica. Unindo estado e igreja, proibindo não haver mais perseguições aos cristãos. Baseando-se nas palavras de Jesus: “Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha igreja”... fez de Pedro=rocha, o líder e príncipe dos apóstolos, criando o primeiro papa de Roma . (Mt 16, 18-19). Desde então, a Igreja Católica Apostólica Romana, através do papa, poder clerical, hoje, cidade do Vaticano, Estado eclesiástico ou sacerdotal-monáquico, vivendo sua hierarquia. No decurso dos tempos do cristianismo, primeiro século, Mateus com sua comunidade, ao escrever seu evangelho, Pedro já havia morrido a uns vinte anos atrás. Havia os discípulos, apóstolos, - presbíteros ou bispo - diáconos, formando assim, uma hierarquia. Nessa hierarquia, Pedro era considerado o líder da comunidade cristã e responsável pela igreja nascente. Não há prova nenhuma nos evangelhos, que Pedro seria o responsável oficial da igreja ou papa, mas fazendo-se uma exegese recorrendo-se a historicidade da vida de Pedro com suas perguntas a Jesus, e Jesus lhe atendendo e esclarecendo, percebe-se que Jesus se preocupou muito com a continuidade dos seus ensinamentos cristológicos, sabendo-se que iria partir para o Pai, teria de deixar um dos seus apóstolos para dar continuidade o anúncio da Boa Nova. Jesus perguntou a Pedro, por três vezes, essa pergunta: “Simão, filho de João, você me ama? E Pedro confirmou esse amor.” Então Jesus lhe pediu: Apascenta as minhas ovelhas. (Jo. 21, 15-19). Jesus também fez uma oração para que Pedro não desfalecesse a sua fé e confirmasse aos outros os seus ensinamentos. Os evangelhos, também citam 171 vezes o nome de Pedro dialogando com Jesus. Ademais, Pedro conviveu com Jesus o tempo todo e foi o único que afirmou que Jesus era o Messias, o Filho de Deus. Foi o primeiro que acreditou na ressurreição de Jesus, quando Maria Madalena foi ao encontro dos apóstolos e dissera que Jesus havia ressuscitado. Imediatamente foi e viu o sepulcro limpo e os panos de linho na terra. (Lc. 24, 10-12). Paulo foi um grande apóstolo, mas não conheceu Jesus e nem conviveu com Ele. Foi Pedro que fez o primeiro discurso que foi entendido em várias línguas, convertendo muitos a serem cristãos. Naquele dia nasceu a Igreja com a primeira conversão dos que ouviram a mensagem de Pedro. Parece-nos que foi o único apóstolo a morrer crucificado, pelo cruel e perverso Nero, rei de Roma.
Foi em Antioquia que nasceu o cristianismo. Foi lá que Paulo fez o seu primeiro sermão e converteu muitos pagãos. Naquela época, o Império Romano dominava e se falava o latim, língua oficial de Roma. (At 11, 26). Flávio Josefo, historiador famoso, diz que Antioquia era a terceira cidade mais habitada do Império Romano. Lá era adorada a deusa Astarote. Lá se concentrava as igrejas católica romana e ortodoxa. No mundo cristão há 1.142 bilhões de católicos romanos latinos e orientais.
O protestantismo surgiu no século XVI, pelo fundador Martim Lutero, padre teólogo da Igreja Católica Apostólica Romana. Na igreja luterana não tem um representante universal. Houve uma dicotomia incomensurável, surgindo várias igrejas pentecostais. Cada uma governa por um pastor, mas não tem poder para com as outras igrejas. Não tem unidade. Já a Igreja Católica Apostólica Romana, todo clero obedece ao papa e esse é o bispo que representa o apóstolo Pedro. Quando há alguma crise social e religiosa, que precisa orientação com base na doutrina da fé o papa escreve suas encíclicas orientando o povo cristão, tanto no setor da vida espiritual, doutrinária, como no social e político; como exortando a todos para viverem a ética cristã e a moral com base nos ensinamentos de Jesus Cristo.
No Brasil, existe a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que mantém a unidade pastoral e doutrinária sem afastar da autoridade do papa ou seguir doutrina ou crença contra o que vem, desde princípio, a desobedecer a doutrina cristã vivida e anunciada pela Santa Sé. A Igreja Católica Apostólica é una no seu todo sem anátema ou apostasia. Todos obedecem ao Santo Padre, representante de Jesus e sucessor de Pedro. Essa sucessão é a continuidade doutrinária da fé cristã, sendo Jesus Cristo a pedra fundamental dessa igreja; Ele é a verdadeira Igreja, a cabeça e nós, os cristãos, o corpo místico. Ele, Igreja que vive entre nós; igreja peregrina santa, porém pecadora, que espera a ressurreição dos mortos e a vida que há de vir; somos os eleitos dessa igreja infalível: Jesus Cristo. É Nele que sustentamos a fé, esperança e caridade repleta do amor que Ele nos deu e mandou que nós vivêssemos unidos, amando-nos reciprocamente. Ser cristão é viver como o Cristo viveu: em ação, em verdade, em obras e testemunho fazendo a vontade do Pai como fora seu Filho primogênito, Jesus Cristo. Não  existe fé madura se não a fé do Cristo. Muitos dizem: “Eu tenho fé em Jesus”. Isso não é fé viva e sim uma crença vulnerável. Devemos dizer: Eu tenho a fé de Jesus Cristo. Jesus quando fazia um milagre sempre dizia: “A sua fé lhe salvou”. Jesus nunca disse “Você se salvou porque acreditou em mim”.
A Rocha é Jesus, a igreja que vive nos corações de quem Nele crer e O imita: anunciando, evangelizando, ora denunciando as injustiças políticas e sociais ora o fanatismo religioso, com cara de falso profeta. “Afastai de mim, não vos conheço”. Aí está o grande perigo da vida dos fanáticos e falsos pregadores que fazem do Cristo um milagreiro e não aquele que ensinou-nos a viver como irmãos amando-nos uns aos outros. Nesse mundo de separações e dicotomia política, social, étnica, e religiosa, todos, sem exceção, irão escutar a voz do Cristo Jesus: “Afastai-vos de mim; não vos conheço”. (Mt 7, 23).
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