sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Moinhos de ventos.






Moinhos de ventos.
Poema em homenagem a escritora Helena de Paula.
Por Honorato Ribeiro dos Santos.


Alice Rivera, deveras nasceu
Mimosa e formosa que soubera amar.
Amar seu Romeu na Grécia antiga
Sem ser Julieta navega no mar.
Pois seu amor é tão deferente
No seu peito o coração fervente
Olhando firmemente pro mar a viajar!

Alice e Elisa amor verdadeiro
Sorrindo alegres felizes da vida.
Em si cada qual se sentia querida
Tão doce era o amor nas idas e nas vindas:
Viagem em navio embarque veleiro,
De sonho sonhado em verso madrigal.
Adorando  a deusa euterpe num luzeiro
A Sinfonia de Beethoven tão magistral.

Ganhara amigas fiéis companheiras
Seus anjos de guarda “pensam” a ferida,
Que em prantos e dores é tão socorrida
Por elas amadas, porém tão queridas:
Renata, Sofie e Lais, ao seu lado,
Quem dera fossem fadas nessa corrida
Para em encanto de amores fosse feliz
Com emoções o seu coração quase em jazida
Nunca soubera o seu coração odiar.

Alice encontrara o olhar do cupido
O Júlio simpático, bonito e afetuoso;
Seu olhar lhe enfeitiçou de amor verdadeiro
Pois Júlio jocoso, janota e tão carinhoso!
Soubera corresponder-lhe amando-a:
Amor pra viver tão cuidadoso
Porém sem ser independente no viver
Seu educador foi tão louco em mimoso!
Que o prejudicaram na sua independência
Mancharam a liberdade de ser livre e formoso.
Liberdade de amar foi-lhe tolhido sem democracia.


Mas cupido lhes uniu em lua de mel
Num amor verdadeiro no seu coração
Tiveram dias felizes entre beijos e carinhos
Qual Romeu e Julieta ninando em canção.
Mas veio a tormenta tão forte e tão brava
Fazer-lhes sofrer sem receita, então,
Roubaram seu Juninho do afeto maternal
Que em choro seu carinho virou ilusão!

Dona Sara e seo Júlio cruéis e malvados
Construíram um castelo de corrente grilhão
Em suas consciências são donos do filho
 o Júlio  enclausuraram-no sem compaixão
Alice depressiva ouvia o bater do seu coração
O som qual martelo de juiz em condenação
Dando-lhe a sentença dum réu inocente
De perder seu bem amado, seu filho, qual maldição!

Tivera uma filha a Larinha, que beleza!
Que o destino lhe marcou: cruel aflição!
Jovens embriagados chocam com seu carro
Com o carro de Alice em contramão...
Mataram sua filha, e Alice se escapou;
Com vida sem vida sem ter solução.
Acusaram-na sem culpa seu Júlio e Sara
O ódio invadiu em ambos sem compaixão!
Alice acordou num leito hospitalar
Inconsciente e confusa,  sofria o coração.

Cadê Larinha, minha filha?!
Sua amiga Renata, a doutora, a acalmou
Tivera que lhe preparar a alma para avisá-la
O que tinha acontecido com sua filha, seu amor...
Sua querida filha, faleceu, acabou!.
E Alice, a sofredora, sua cabeça a rodar.
Veio a tormenta qual um tufão lhe esmagou
Sua jóia, seu tesouro, morreu sua paz!
Tudo, enfim, numa tragédia se acabou.

Os pais do Júlio condenaram a Alice
Afirmando que ela era a culpada...
Ter assassinada a própria filha por teimosia...
Por caprichos de não deixar a neta amada
Viajar com eles para o exterior
Por isso a Larinha foi morta, matada
Por uma mãe em teimosia plena
Era dona Sara que a acusava.



A luta foi um calvário de insultos
De acusações sem remoço e sem coração
Júlio entre a cruz e a espada escutava calado
Sem poder se defender o seu amor sua paixão.
Pois enjaulado num castelo em grilhões
Condenaram-no a amar Alice caída no chão...
O chão da moral, da ética e da insensatez
Alice tão meiga, tão doce, mas na solidão!

Só pensava em  Júlio, seu amor, e Juninho
E dava-lhes o perdão de todo o coração;
Por não saber odiar, sim compreender.
A educação dos pais que ao filho era a prisão
Ganhou uma grande aliada que belo papel exerceu
A babá, a Silva, do Julinho, que ouvia a má canção
Dos dois com Júlio que se recolhia num quarto
Numa triste e longa noite de solidão...
Enquanto isso a babá ao Julinho história cantava
Contava a história verdadeira de Alice em aflição!
De dois amantes apaixonados proibidos de amar!

Qual Romeu e Julieta de William Shakespeare
Sem respeitarem a inocente Alice que o destino
Arrastando-a para afastar do filho que a amava.
Como criança o tratavam qual um menino
que tão esmerado de amor sofria em solidão!

Mas a babá Silva contava em  parábola
Que ao crescer o Julinho entendeu.
Rodrigo apaixonado por Alice que esquivava-o
Por Alice o declarou, mas ela não cedeu.
Pois o coração de Alice era todo de Júlio
Somente seria do Júlio o seu Romeu.
Mas Leandro o bonachão aproveitador,
Gozador, aproveitava o momento que enlouqueceu
O Rodrigo apaixonado e carinhoso,
Mas Alice só pensava ser feliz em seu eu.

E jogava piada desrespeitando a si esquecer.
A grande dor do amor que ambos conservavam
Júlio e Alice que em prantos fizeram sofrer.

Chorava calada como
Se fosse um anjo do céu
Deixou de ser o guarda
Daquela que tiraram o véu
Da noiva encantada e enlutada
Mas pelo amor era cheia de fé.


O romance Moinhos de Ventos
Não é um romance e sim uma novela
Que no elenco da protagonista
Suas amigas lhe confortavam deveras.
Como lemos em os Lusíadas, o poema
De Camões o grande poeta: da era...

“O amor é fogo
Que arde sem doer”
É chama ardente
do seu bem querer.

Eu versejo:
O amor com amor
É vida  feliz
É vida sem dor,
É vida vivida.

O amor sem amor
É pena é morte,
É falta de sorte,
É pena é dor...

O amor nasceu sozinho
Sem auxílio de ninguém,
No coração fez seu ninho
Que bate num vai e vem.

Estes versos que encaixei
Nessa história de Alice
Que conta em seu romance
Moinhos de ventos como disse;
Sofreu e viveu, não morreu,
Seu amor por Júlio seu esposo
Venceu, perdoou seus algozes
E voltou  nos braços de seu bem amado.

Finda o romance como começou
Vivendo com sua amiga em sucesso a cantar!
A Elisa, que maravilha! Que artista!
Fechando o pano do palco do narrar
Este conto de  Helena, a escritora
Encerrando a mais bela história em falar
Narrando cena de um teatro tão imaginário
No palco, os seus artistas a nos encantar!

ELENCO!
Alice, a protagonista,
Renata, sofie, Laís, Silva,
Leandro, Rodrigo e Luíza;
Dona Sara, seo Jorge, Juninho
e Larinha, Mariana, seo Charle e susie
Personagens irreais desse
Romance novela que de tão
Lindo e emocionante
Deixa-nos um exemplo
De um grande amor.

Vou terminar minha homenagem
como poeta e inspirador.
Ofertando a Helena de Paula
Sendo eu seu admirador.
Seu romance é uma história
Que ficou em minha memória
Um retrato de um grande AMOR.

FIM.
Carinhanha-Ba, 19 de agosto de 2011.
Honorato Ribeiro dos Santos
Poeta, escritor, e professor de música.
e-mail hagaribeiro@yahoo.com.br

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