sábado, 12 de fevereiro de 2011

O poeta e o papagaio

disponível Honorato Ribeiro:

O POETA E O PAPAGAIO.
Poesia de Honorato Ribeiro.

"Ouviram do Ipiranga
as margens plácidas"...
Epa! As margens ouviram?!
Ouviram sim.
Ouviram o quê?!
O brado retumbante.
O brado retumbante de quem?
De um povo heróico.
Heróico?! Povo heróico?!
Sim. Povo heróico, sim.
Qual o motivo pra tal heroísmo?
Por causa do penhor dessa igualdade.
Que igualdade? Está louco?
A igualdade da liberdade.
Liberdade? Que liberdade?
De viver na Pátria amada.
Agora ficou louco!
Louco eu? Por que?
Ninguém ama essa Pátria.
Por que não ama?
Porque mataram Zumbi.
Quem é esse Zumbi?
De quem está falando?
O herói da Pátria amada.
Nunca ouvi dizer!
Também não sabe que
"nossos bosques" não têm mais vida!
Sei, mas o IBAMA está aí
Pra quê? Enlouqueceu?
Não. Mas "se ergues da justiça
a clava forte"...
Vou calar a minha boca...
Não acredita?
Perdi as esperaças...
"Ó Pátria amada!"
Deveria ser "Idolatrada".
Fim.

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