MÃE DOS TEMPOS MODERNOS.
Poesia de Honorato Ribeiro.
Mãe velha, mãe moça, mãe menina!
Tu és a mãe mais verdadeira!
Porque és mãe, és pai, a babá que nina;
Tu és a última, talvez a primeira.
Que sejas branca, preta ou mulata;
Que sejas pobre, rica, mas souberas criar;
Que no embalo do berço, na noite calada,
Tiraste o peito para o filho se amamentar.
Que ouves a voz da coruja agourenta,
À meia noite, também ouvis o uivo do cão;
Mas o teu amor é mais forte e aguenta,
Rasgaras noites velando em solidão!
E o filho adormece, não vê o sofrer,
Que a mãe passa para lhe cuidar;
Mas a mãe que ama não quer saber,
Se a noite é fria ou se o dia vai raiar!
Onde está o pai, avós e parentes?
Onde estão, também, suas amigas?
Mas tu, mãe solteira, criança inocente,
Que a sociedade hipócrita não lhe abriga.
Oferto às mães, que sozinha criou e educou seu filho, para um mundo melhor. Parabéns mães.
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