OS
GABIRUS DA ERA.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.
O ecossistema é uma dádiva de
Deus. Como disse o grande químico francês: “Na natureza nada se cria, nada se
perde, tudo se transforma”. (Antoine Laurent de Lavoisier, químico francês).
Nada foi criado por acaso. Há três reinos: mineral, vegetal e animal. O vegetal
se alimenta do mineral; o animal se alimenta do vegetal; e o reino animal, o
homem, se alimenta de todos. O homem é o rei e transformador e administrador
desses reinos. Entretanto, ele, o homem, é o único responsável pelo equilíbrio
e desequilíbrio ecológico e do ecossistema. Ele seria o dono dessa casa onde
habitam tudo que foi criado com muito cuidado. Mas não está acontecendo: Ele é
o destruidor de tudo e de todos; a própria vida de si mesmo está sendo
destruída porque ele, o homem não conhece quem o é e para que foi criado.
Bem, agora vamos falar de uma
coisa que se chama crítica. O homem criou a ratoeira para matar os “gabirus”.
Coloca queijo e outras coisas apetitosas para acabar com os gabirus. Não é uma
incoerência afirmar que os gabirus têm que morrer porque são ladrões? Mas eu,
gabiru, como para matar a minha fome, pois se eu não comer, morro. E o homem
não come também? Se ele não comer, morrerá de fome. Não é verdade que mais da metade
do homem morre de fome?! Parece que estou falando bobagem? Não, pois as
estatísticas afirmam o que estou dizendo. Mas, por que o homem afirma que sou
ladrão? Quem rouba para comer para não morrer de fome, pode ser ladrão? Eu
nasci para comer as coisas que o homem guarda, acumula; eu pego para matar a
minha fome, já que ele guarda, porque já comeu. Eu pego o resto, a sobra, que
ele não quis mais. Ademilde Fonseca compôs um choro e a letra dele diz: “Rato,
rato, rato, por que motivo tu roeste o meu baú / Rato, rato, rato / audacioso,
malfazejo “gabiru”. Rato, rato, rato, eu quero ver o teu dia findar; ratoeira
te persiga e consiga satisfazer meu ideal... Agora eu fico revoltado o que ela
canta: “Quem te criou / foi o “diabo” não foi gente podes crer; / quem te gerou
/ foi minha sogra pouco antes de morrer... Mas adiante a letra diz: Rato, rato,
rato, emissário do judeu. (Judas). O homem político brasileiro tem moral, ética
de afirmar que sou ladrão?! Que é isso! “Quer tapar o sol com a peneira?” Eu,
“gabiru”, ladrão? Dê uma olhada nos escândalos do Mensalão, do Lava Jato e
respondam-me quem são os verdadeiros ladrões? Sou eu? Eu nasci para comer
queijo, cujo queijo mata-me a fome. E os que os políticos roubam, não é para matar
a fome. É para que os outros fora dos poderes, morreram de fome. Graça a Deus
eu não tenho participação nenhum nesses escândalos. Sou apenas um pobre gabiru,
que foi criado pelo mesmo que criou o homem. Não foi o diabo que me criou, não.
O diabo não tem poder de criar e dá vida, mas tem o poder de mandar em vocês
que não sabem administrar o queijo, que é do povo. É isso que o escritor Spencer
Johonson escreveu: “Quem roubou o meu queijo”? Esse livro é muito interessante
o que ele narra nele. É claro que ele não afirma que fui eu quem roubou o
queijo. O queijo está sempre sendo comido por quem perdeu a razão de ser
cidadão nesse País: “Gigante pela própria natureza”. Peço a todos vocês que me
deixem em paz e não põem ratoeira para me pegar; a ratoeira é para os que,
agora, os chamo de GABIRUS do século XXI. Eu sou apenas um pobre bicho que não
sou semelhança de Deus. Nem tampouco o responsável pelo desequilíbrio ecológico
e o ecossistema do planeta. São vocês os únicos culpados. Eu como para matar a
minha fome; vocês matam o semelhante e não comem. Isso é muito triste! Por isso
quem os criou, arrependeu-se de tê-los criado. O mais engraçado, eu acho, eu,
gabiru, é os que são chamados na CPIM afirmarem com a cara de pau: “A lei me dá
o direito de permanecer calado”... Mas a consciência desses caras de pau
afirma: “Eu gravei tudo no subconsciente, pois guardo toda a verdade. A única
coisa que eu aprendi, é não mentir”. Todo homem sabe disso. Ela vem à tona para
os que têm remoço. A consciência do homem é eterna; ninguém apaga. “O céu e a
terra são testemunhas” perante o juízo final.
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