sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O TEMPO

O TEMPO.


Poesias de Honorato Ribeiro dos Santos.



O TEMPO.
Poesias de Honorato Ribeiro dos Santos.
Do livro: O TEMPO.

O tempo que Marca.
Todos possuem no braço
Três ponteiros que andam:
Você anda e ele em inércia,
Você corre atrás do tempo.

Agora está na hora exata:
A hora da ida,
A hora da volta,
A hora da chegada,
A hora da saída!

É hora de retornar:
Para se descansar...
Que descanso?
E o tempo deixa?
Ele não para, mas...
Eu tenho que parar!
Para que parar?
Para descansar.
Para refletir e sonhar;
O sono é leve e me espanto,
 O relógio do tempo despertou:
Fim de jornada. Adeus.
(14-11-2000)


A EDUCAÇÃO.

Educar é informar:
no tempo certo de aprender,
no tempo certo de ensinar,
no tempo certo de democratizar,
no tempo certo de “Freirelizar”.

Educar é ser informado:
no tempo certo de corrigir,
no tempo certo de refletir,
no tempo certo de dialogar,
no tempo certo de orientar.

Educar é dá liberdade:
no tempo certo de humanizar,
no tempo certo de  revolucionar,
no tempo certo de filosofar,
no tempo certo de se diplomar.

Educar é ser um democrata:
No tempo certo de se libertar,
No tempo certo de doutorar,
No tempo certo de saber amar.
(04-11-2000)..


E AGORA, JOSÉ?

Que tempo temos para chorar,
Se os nossos olhos não inda nasceram?
Que tempo temos para sorrir,
Se a nossa boca não enxerga?
Que tempo temos para ouvir,
Se não temos olfato para refletir?
Que tempo temos para amar,
Se nós não temos coração?
Que tempo temos para orar,
Se ainda não nascemos?
Que tempo temos para reclamar,
Se não temos ouvido para ouvir?
Que tempo temos para viver,
Se não aprendemos a morrer?
Que tempo temos para brincar,
Se não somos como criança?
Que tempo temos para aprender,
Se nós matamos o nosso Mestre?
Que tempo temos para ensinar,
Se nós não sabemos educar?
Que tempo temos para meditar,
Se nós não sabemos conscientizar?
O tempo já se findou: “E agora, José?”
(01-11-2000).

O TEMPO É CURTO.

Nós temos muito tempo:
para falar mal dos outros,
para defender a alienação,
para defender o capitalismo,
para defender o neoliberalismo,
para defender a dicotomia,
para defender quem não tem ética,
sem ter tempo para si transformar...

Nós temos muito tempo:
para ser corrupto e enriquecer,
para “ter vergonha de ser honesto”,
não temos tempo para se moralizar...

Nós não temos muito tempo:
para nos corrigir,
para nos refletir,
para  amar o outro,
para ter paz e ser feliz,
para no tempo certo partir
num adeus eternamente.

(01-11-2000).

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