quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

História de Dom Eduardo.

A HISTÓRIA DE DOM EDUARDO.
Contada por dona Gertrudes.

Do livro escrito por Honorato Ribeiro das Santos.

Havia um jovem que se chamava Dom Eduardo e cantava divinamente bem acompanhado com sua viola. A princesa, filha do rei, ficou apaixonada por ele e queria se casar com ele. Um dia, à noite, ele pegou a sua viola e começou a cantar. O rei ouviu e ficou encantado com a voz do rapaz e chamou a filha. A história é toda cantada e contada. Porém, aqui eu escrevo e narro sem a partitura. Foi assim o chamado do rei à sua filha Solinda:

Ó minha filha, venha ver,
Venha ver que canto real!
Ou é um anjo do céu, Solinda,
Ou é a sereia do mar.

A filha Solinda respondeu cantando:
Não é um anjo do céu
E nem a sereia do mar.
É o senhor Dom Eduardo, Solinda,
Que comigo quer casar.

O rei quando escutou a filha falar, cheio de ódio respondeu para a filha:
Se eu soubesse de certeza
Eu mandava o matar
Com sete carros de lenha, Solinda,
Eu mandava o queimar.

Ao ouvir o que o pai tinha dito, imediatamente Solinda correu e foi avisar a Dom Eduardo:

Vai se embora Dom Eduardo,
Que meu pai quer lhe matar;
Em prazo de sete anos, Solinda,
Espera a princesa lá.

Então ele foi embora para não ser morto pelo malvado rei. Sete anos se passaram e a princesa foi ao encontro do seu Romeu, Dom Eduardo. Mas ao chegar à cidade onde ele morava, foi à sua casa e o encontrou já casado e com filhos. Ele não acreditou nela e por isso não a esperou casando-se com outra. Quando ela viu que ele já era casado, perdendo, assim, a sua esperança, caiu no chão e morreu. A esposa disse a Dom Eduardo:
-Dê um beijo nela, talvez ela volte à vida. Ele abaixou-se e a beijou, mas caiu morto também.
Houve, então, o funerário dos dois e enterraram numa só sepultura. Plantaram dois pés de flores: dália e margarida. Elas iam crescendo, crescendo até que em cima se abraçaram formando um arco cheio de flores. Assim acabou a história de Dom Eduardo e a princesa Solinda.
Muita gente foi ao cemitério ver a sepultura daqueles que amaram e continuaram amando-se e transformando em rosas se abraçaram para a eternidade.
Fim.

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