segunda-feira, 12 de novembro de 2012



VIGÉSIMA SEGUNDA.

O preconceito social.

Havia, aqui, em Carinhanha, uma jovem de família rica, a moça mais linda que houve aqui. Quando havia uma peça teatral ela fazia parte e gostava de cantar. Tinha uma voz muito linda e era ritmada. Ela tinha cinco irmãs e um irmão. Era a prenda da cidade. Quando ela saia a passear com a irmã caçula, se vestia muito bem, os olhos dos jovens se encantavam pela beleza natural da donzela. As festas da elite ela frequentava e todos os jovens queriam dançar com ela. Além de bonita, dançava divinamente bem.
Chegou aqui a companhia para a construção do aeroporto. Muitos operários, mestre de obras e um engenheiro. Esse era galã e conquistador das mocinhas. Mas a mais linda era a jovem Suzana. [Mas não era a do livro de Daniel]. Essa era carinhanhense. Esse engenheiro deu pra o lado dela a conquistar. Jovem ainda adolescente, caiu na armadilha do conquistador, que já era casado. Suzana caiu nas más línguas do povo, que nunca tinha acontecido, era sempre respeitada e adorada por sua beleza de nascença, ficou enamorado do cujo sedutor. Como as línguas ferviam em comentários, até o irmão, saiu armado para pegá-los em flagrante, mas eles fugiram de avião para outras plagas. Passados tempos sem a notícia dela, veio, um pouco tardia, que o dito engenheiro sedutor havia abandonado nas ruas das amarguras. Sofreu, pois, foi preciso viver em prostíbulo para poder manter a sua beleza e a sua vida econômica. Apareceu um anjo da guarda, engenheiro rábula, muito rico, e a convidou para viver com ela. Suzana naquela altura de má vida, aceitou a nova aventura sem pensar nas desventuras, mas arriscou novamente. Ele tinha aviões e era rico, mas extravagante qual o “filho pródigo”. Viajava constantemente de avião com ela para a cidade mineira, Belo Horizonte e outros lugares encantados. Parecia os dois amantes do romance de Willian Shakespeare, Romeu e Julieta. Mas é como disse da narração do evangelho de João: O filho pródigo, tal qual aconteceu: Dinheiro foi acabando, foi vendendo o avião e mais outro, carro e ficou pobre até do seu grande amor de Suzana. Suzana, que mantinha a sua beleza impecável voltou à casa dos pais. Assim que chegou, os comentários se alardearam de boca em boca. As festas dançantes ela era barrada. O preconceito social era tão grande que, quando ela saiu à rua com sua irmã, as janelas se abriam e apareciam nelas os olhares curiosos e a “matraca” a soar, como se fosse a da semana santa nas mãos de dona Aniceta. Sofreu humilhações atrozes dos próprios conterrâneos. E a pior eu vou narrar: Domingo ia haver uma partida de jogo de voleibol em disputa de campeonato e toda a família carinhanhense iria. Então a mulher do prefeito, a primeira dama soube que a Suzana iria. Então ela falou com o esposo para impedi-la de ela ir a esse evento esportivo. Então, o prefeito mandou chamar o sargento, cujo sargento era o delegado. Chegando lá o prefeito disse-lhe: Mandei lhe chamar, porque hoje à tarde vai haver um jogo de voleibol e toda a família irá. Mas você irá impedir a prostituta Suzana para que ela não vá a esse evento familiar. Vá à sua casa e avise a ela para ela não ir. E se ela teimar ou desobedecer as suas ordens, pode prendê-la. O sargento saiu imediatamente sem saber em que balaio de gato ele estava mergulhando. Chegando lá, bateu palmas e ela foi atender. Ao chegar o sargento deu-lhe as ordens até ameaçadora. Quando o irmão do coronel de Salvador, cujo coronel era irmão de  Samuel, o padrasto de Suzana ouviu aquele desaforo e disse com voz forte e segura como a maior autoridade e respondeu nas alturas:
-“Sargento, eu lhe afirmo com toda certeza que ela irá e o senhor não irá impedi-la.”
-Respondeu o sargento: “Se ela me desobedecer eu a prenderei.” 
-Não vai não, sargento. Sabe com quem o senhor está conversando? O senhor conhece o coronel, fulano de tal? [Disse o nome do irmão do dele e padrasto de Suzana].
-Conheço. Ele é o meu chefe.
-Pois, fique sabendo que ele é o meu irmão. Se o senhor impedi-la de ir a esse evento eu comunicarei ao meu irmão, seu superior imediatamente e o senhor, sargento, irá embora daqui imediatamente e será punido.
-Puxa! Eu não sabia, seu Samuel, me perdoa. O senhor sabe como é o interior. O prefeito mandou e eu tinha que cumprir, mas eu vou avisar a ele e ela poderá ir tranquilamente.
-Pois, dê o recado para esse prefeito quem manda aqui, se é ele ou eu. Porque ela irá.
O sargento saiu e foi avisar o prefeito, que quando ouviu, chamou a esposa e disse o recado do seu Samuel. Então a madame disse ao marido: Então você vai avisar os jogadores que não irá mais haver o jogo. Quero vê-la ir. O prefeito mandou o sargento suspender o jogo; e não houve mais o campeonato.
Mas a madame não satisfeita, quando viu Suzana passeado no jardim da Praça da Matriz com sua irmã, ela mandou todas as moças e jovens saírem do jardim e passear na rua fora do passeio do jardim e sua ordem foi cumprida. Era noite de domingo e o jardim estava repleto de moças e rapazes. Foi o maior absurdo que eu já vi em toda a minha vida. Preconceito social? Machismo? Nem um, nem outro, mas desrespeito à pessoa humana. Graças a Deus que nunca mais houve e não haverá uma baixaria dessa em nossa terra.
Mas a sorte de Suzana estava para chegar e chegou. Um jovem jornalista e professor, quando chegou aqui do Rio de Janeiro e botou os olhos em Suzana ficou louco de amor. Fez poesias, fez seresta, mandou cartas e mais cartas até que “Davi” derrotou o gigante Golias. Casou-se com ela e ela deu à luz um filho e depois outro, mas outros e vivem bem como Romeu e Julieta. Colou-se a hipócrita da sociedade, bem como a madame a boca na “botija” e o prefeito também. Todos, hoje, têm Suzana como uma senhora de bem, honrada e bem casada. Não importa o passado, mas o presente sem queixumes do pretérito. 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Mestre Honorato, ai está um pouco do nosso trabalho em parceria com o poeta Marcelos Nunes, FORRÓ NO VELHO, registrado em video pela lente do percussionista e amigo piraporense, DJ Pena, cenas do nosso show no vapor Benjamim Guimarães sobre as águas do Velho Chico, na cidade de Pirapora-MG. ESSE É O NOSSO GRITO, VAMOS O RIO SALVAR!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=RwSX2gdFum8

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Amai o próximo como a ti mesmo.




AMAI O PRÓXIMO COMO A TI MESMO.
Texto de Honorato Ribeiro.

O evangelho de Mateus afirma que um dos fariseus perguntou a Jesus: “Mestre, qual é o maior mandamento da lei?” Respondeu Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: amarás teu próximo como a ti mesmo. Nesses dois mandamentos se resumem toda lei e os profetas”. (Mt 22, 36-40).
Que texto difícil para uma análise sem fundamentalismo!  Portanto, tentarei entender fazendo a minha exegese e interpretando a resposta de Jesus num sentido teológico e mais obviamente. Primeira resposta da questão em pauta está no final: “Nesses dois mandamentos se resumem toda lei e os profetas.  Jesus simplifica e junta o Antigo Testamento e o Novo Testamento numa só lei: a Nova Aliança que Ele fez com o Pai à toda humanidade. Tudo agora é Novo. É Moderno, é o progresso numa evolução e transformação do homem novo com a Boa Nova ensinada por Ele, que nós lemos nos Santos. Evangelhos. Ele, Jesus, o novo Moisés que veio libertar a humanidade com essa nova pedagogia do Ágape. É o próprio Deus, o Amor,  que é vida em tudo e em todos. É o Cosmo, é o Universo, a Eternidade.
Como podemos amar com o coração, a alma e espírito a alguém que nós não conhecemos e nem nunca vimos? Quem é Deus? Quem já viu Deus? Como é a sua forma? O seu corpo? Deus tem corpo como nós? Diz o Catecismo: “Deus é espírito perfeitíssimo Criador do céu e da terra e todas as coisas visíveis e invisíveis”. Mas como podemos amar um espírito, que é invisível? Para nós terrestres é fácil amar o que a gente vê, toca, e convive, mas o que não pode ver é muito difícil amar.
Sendo difícil amar quem não vê, Jesus nos dá um bom exemplo para cada um de nós como devemos amar a Deus sobre todas as coisas com o coração a alma e espírito. Disse Jesus: “Quem me vê, vê o Pai, porque. Eu e o Pai somos um só”. Bem, os apóstolos, discípulos e o povo que conviveu com Jesus, nos anos vinte de nossa era, viu a Jesus. Vendo-O, viu Deus. E nós, hoje, vemos com os olhos da alma espiritual. Pela a história sabemos que existiu um homem perfeito que se chamou Jesus Cristo. Embora nós saibamos um décimo de sua história. Também, os exegetas, os teólogos e os historiadores que estudam a cristologia provam a existência de Jesus Cristo bem como as suas obras e os seus ensinamentos e seus milagres.
Aí já entra uma mística com a força da crença com base na fé. A fé nós não podemos provar cientificamente. Mas ela existe em cada um de nós. Quer sejamos cristãos ou que sejam outros religiosos de outras religiões.
Jesus afirma que, para amar a Deus terá que amar o próximo como a nós mesmos. Mas se eu amar a mim mesmo não sou uma pessoa egocêntrica?
Uma pessoa individualista e egoísta? Como posso eu me amar? Se eu me amo, sou apenas um ser terrestre. Um ser desse mundo. Eu cuido de mim, de meus problemas, da minha saúde da minha educação. Cuido do meu corpo. Estou envolvido num mundo consumista apenas. Como posso entender esse amai o próximo como a mim mesmo? Só posso entender, quando eu me entregar de corpo e alma espiritual ao outro. Sentir a dor do outro. Entender os valores dos outros. Vê Deus nos outros e em todas as coisas criadas por Ele. Quer as visíveis quer as invisíveis. Só vou entender essa teologia, se eu compreender que não sou da “Cidade Terrestre e sim da Cidade Celeste, como afirma Santo Agostinho”. E ter consciência com a experiência do Cristo que doou a sua vida pela causa da humanidade. Eu sou uma parte da essência de Deus. Faço parte do corpo de Deus. Aí compreendo que estou fazendo parte da Mística do criador. Por essa razão eu, para amar a Deus sobre todas as coisas, devo amar o próximo, pois ele é a imagem de Deus assim como eu o sou. Aí está a unidade dos valores do Ágape. Compreendo que a Trindade é o Uno, O absoluto. O amor não tem fronteiras. Ele é a presença de Deus Onipresente em cada criatura e em cada átomo. Em toda a ecologia está a presença de Deus. E tudo é sagrado. E quem é o próximo? É todo aquele que convive comigo, na comunidade onde moro, principalmente os excluídos. Com mais profundezas da alma é toda a humanidade, principalmente os nossos irmãos e irmãs da América Latina e da África, que são os mais sofridos e se parecem mais com a Paixão de Jesus Cristo. O amor ao próximo é mais evidente, mais óbvio na caridade: “Eu estava com fome e me destes de comer...”
Aqui está a minha visão dessas palavras no evangelho de Mateus, que Cristo afirmou ao doutor da lei qual era o maior mandamento. Esta é a minha compreensão e a minha exegese que faço ao ler essa passagem no evangelho de Mateus. Não é fácil ver Jesus num marginal, num mendigo, num preso, num doente, num despido ou esfarrapado, num sem teto, enfim, num excluído. Eis o amor que Jesus nos ensinou a nos amar uns aos outros sem exceção. O amor ÁGAPE.
FIM  29/06/12. Dia dos apóstolos Pedro e Paulo.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Jesus, o novo Moisés.


JESUS, O NOVO MAISÉS.

Texto de Honorato Ribeiro dos Santos.

Ao ler o evangelho de Mateus, fazendo-se uma boa exegese, percebe-se que ele faz um paralelismo e um midraxe cheio de comparações a ponto de o leitor leigo e o fundamentalista acharem real alguma citação. Real como gênero literário e teológico, sim. Ele escreve num relato cheio de simbologia e difícil de ser compreendida. Todo seu escrito mostra a sua preocupação de provar que Jesus é o novo Moisés, numa  união perfeita do Antigo Testamento e do Novo Testamento num paralelismo chio de alegoria e visão profética unindo-se numa visão global e fundamental sendo o centro da história do povo israelita e o povo do Novo Testamento um único povo, da nova Jerusalém, da Nova Aliança: Jesus, o Novo Moisés. Para Mateus não existe mais o antigo “Templo” onde todos iriam adorar a Deus, mas se transformou no verdadeiro “Templo” o próprio Jesus, a pedra angular e fundamental. Em Jesus se realizou toda história do Antigo no Novo. Eis que o novo Moisés é a figura real e central do filho de Deus feito homem para a salvação de todos; o homem Deus, Jesus Cristo. É Nele que se completa toda a história da salvação.  
Mateus começa seu evangelho mostrando-nos a genealogia de Jesus indo buscar no Antigo Testamento fatos históricos literários numa simbologia e paralelismo e coloca na vida de Jesus. Ele começa a narra “os sonhos como veículos de comunicação divina” citando o sonho de Abraão e o de José, esposo de Maria. Deus falou com José e com os Magos. “Ele faz uma midraxe ao se referir os sonhos que era uma cultura do povo judeu”. Ele cita trechos do Antigo Testamento em quase todo seu relato, como por exemplo: A matança das crianças inocentes por Herodes é tirado do livro de Jeremias (Jr. 31,15). A fuga de José, Maria e o menino Jesus indo para o Egito é tirado do livro de Oseias (Os. 11, 1). “Historicamente não se conhece fuga de Jesus para o Egito. A informação de Mateus é evidentemente teológico-catequética”. (Afirmamos aos leitores que todas as citações que estiverem entre aspas foram retirado do livro: Bíblia: “Perguntas que o povo faz”. De Frei Mauro Strabeli).     Mateus diz que José foi avisado em sonho: “Volta para a terra de Israel, porque morreram os que haviam tramado contra a vida do menino.” (Mt 2, 20). Mateus faz uma midraxe citando o livro do Êxodo (Ex. 4, 19),  para mostrar que Jesus é o novo Moisés. Quando Jesus é batizado por João no Rio Jordão ele usa um quadro teofânico, numa simbologia de uma figura de uma pomba e uma voz é ouvida: “Eis o meu filho muito amado em quem ponho minha afeição”. (Mt 3, 17). “Tu és o meu filho, eu te gerei no dia de hoje”. Essa citação encontra-se no livro dos salmos. (Sl 2, 7). “Eis meu servo que sustento, meu eleito, preferido de minha alma”. (Is 42, 1). “Estes textos são retomados em Mateus”. (12, 18 e 17, 5). Depois de ter batizado por João no Rio Jordão, Jesus se dirigiu para o deserto para fazer penitência e lá ele foi tentado pelo demônio. Assim narra Mateus no seu evangelho: Jesus jejuou quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome. O tentador aproximou-se dele e lhe disse: “Se és Filho de Deus, ordena que estas pedras se torne pães. Jesus respondeu: “Está escrito: nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. Mateus coloca na boca de Jesus frases escrita no livro do Deuteronômio (Dt. 8, 3). Mateus afirma que Jesus ficou quarenta dias jejuando. Esse relado ele faz um paralelismo com o simbolismo do número quarenta. No livro do Deuteronômio afirma que Deus libertou o povo hebreu da escravidão do Faraó através de Moisés e caminharam no deserto quarenta anos. Diz o texto: “Lembra-te de todo o caminho por onde o Senhor te conduziu durante esses quarenta anos no deserto para humilhar e te provar...(Dt 8, 2). “No livro do Êxito fala que também Moisés jejuou quarenta dias e quarenta noites sobre o monte Sinai”. Aqui Mateus quer afirmar que Jesus é o novo Moisés. Continua o texto de Mateus: “O demônio transportou-o à Cidade Santa, colocou-o no ponto mais alto do templo e disse-lhe:  “Se és o Filho de Deus, lança-te abaixo, pois está escrito: Ele deu a seus anjos ordens a teu respeito; proteger-te-ão com as mãos, com cuidado, para não machucares o teu pé em alguma pedra”. Citação do salmo. (Sl. 90, 11). Mais uma vez apresenta um midraxe citando o salmo. Veja que Mateus quer nos mostrar o Jesus desde o Antigo Testamento como o salvador e libertador de todo povo de Israel. Ele é o novo Moisés. Une a velha igreja, povo,  com a nova igreja, templo de um novo Reino. No diálogo de satanás com Jesus, mais uma resposta Dele ao tentador: Também está escrito: “Não tentará o Senhor teu Deus”. A resposta de Jesus ao tentador é tirado do livro do Deuteronômio. (Dt 6, 16). O demônio transportou-o uma vez mais, a um mote muito alto, e lhe mostrou todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-lhe: “Dar-te-ei tudo isto se, prostrando-te diante de mim, me adorares.” Respondeu-lhe Jesus: “Para trás, Satanás, pois está escrito: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás”. Mais outra citação que Mateus coloca na boca de Jesus tirado do livro do Deuteronômio. (Dt 6, 13).
Uma coisa muito curiosa e questionável: Como é que Mateus escreveu esse diálogo de satanás com Jesus se Mateus não estava lá para assistir a esse diálogo? Embora Mateus citasse trechos dos livros do Antigo Testamento, mas ele afirma no seu evangelho que Jesus foi tentado pelo demônio. Como devemos entender esse escrito literário? Acredito que Mateus está afirmando que Jesus, humano, homem como nós, menos no pecado, que tivera tentações, não somente quando jejuou, mas em toda a sua vida. Na sua pregação da Boa Nova e até o alto da cruz Jesus foi tentado, mas venceu as tentações até mesmo de vencer a morte, ressuscitado gloriosamente. O que aconteceu com Jesus nas tentações de satanás, também acontece com cada um de nós todos os momentos de nossa vida: De não acreditar em Deus, em Jesus Cristo, nos mandamentos, na ressurreição e na vida eterna. Nós somos propensos mais a praticar o mal do que o bem. É essa a nossa tendência. Mateus escreve uma teologia de ensinamentos catequéticos para que cada um de nós seja forte como Jesus que não cedeu às tentações demoníacas. Há demônios? Há, pois há muitos que são fracos e caem na armadilha dele. É só dá uma olhadinha na historia do mundo político, social e religioso que afirmará como ele é forte e dominador.
Jesus é o novo Moisés que libertou o povo do Egito da escravidão; Jesus é o novo Moisés que nos libertou da escravidão como um todo: Homem físico e espiritual. No físico nos libertou do jugo e da canga dos opressores, dando-nos valores humanísticos ao dizer que o homem é mais importante do que o “sábado”, isto é, do que o capitalismo, o consumismo, as máquinas e o dinheiro. Pois Jesus nos deu valores, ensinou-nos valores, defendeu valores e nos deu uma nova ideia de libertação como herdeiros do Reino dos céus. Deu-nos uma nova vida e um novo caminho, não o caminho pelo deserto, mas o caminho da libertação pela qual não poderá mais haver dominação do homem pelo homem. Dominadores e dominados. Os valores são atribuídos para os coerentes que saibam receber esses valores numa experiência do próprio Jesus. Seus ensinamentos são reais e profundos cheios de muitos entalhos, muros, pedras, espinhos e dores, tanto físico como psíquico. Os valores que ele deixou são para os fortes que derrubam todos esses obstáculos sem medo de serem até mesmo mártires. Todo aquele que abraça a verdade e denuncia as injustiças são os verdadeiros profetas. Estamos vivendo a época do profetismo. Muitos têm dado as suas vidas por defenderem as causas dos pequenos, quando são roubados os seus direitos como pessoas humanas. Nessa experiência assumem com experiência de ser libertador como fora Moisés e o Novo Moisés, Jesus Cristo.

terça-feira, 15 de maio de 2012

POR QUE CONDERAM jESUS À MORTE DE CRUZZ


POR QUE CONDENARAM JESUS À MORTE DE CRUZ?

Texto de Honorato Ribeiro dos Santos.


Depois que Jesus foi batizado, no Rio Jordão, Ele convidou homens íntegros para serem seus discípulos. Assim foi que Jesus os preparou na sua sabedoria intelectual para serem os protótipos anunciadores do Reino de Deus pelo mundo afora. Sendo Jesus o Filho de Deus, o homem Deus, não iria convidar pessoas de mau caráter e vulneráveis à fé sobre o Reino de Deus. Como por exemplo: Pedro negando-o, Tomé duvidando da sua ressurreição, Judas lhe traindo e vendendo por uma migalha de trinta moedas de prata. Nada disso aconteceu. Pedro foi um forte e autêntico discípulo de Jesus entregando-se à morte de cruz. Os escritos contidos nos evangelhos são literatura catequética e teológica, que não se pode entender ao pé da letra como fundamentalista. Nesses evangelhos narram os prodígios e milagres que Jesus, como taumaturgo, fizera durante a sua pregação e ensinamentos ao povo. Ele só fizera o bem para todos sem exceção. Povo de Israel e povo pagão receberam Dele muitos prodígios. Mas, como é que Jesus só fizera o bem, ensinou a todos viverem como irmãos, irmãs e foi condenado pelos religiosos? Por que os religiosos O condenaram? Foi porque Jesus fazia milagres? Ensinou a viver no amor uns para com os outros Ou porque Ele foi muito violento em suas palavras para com os religiosos? Criticou-os severamente pela má conduta e fanatismo religioso?
Pois é. Aí está a resposta exatamente para quem quer ser cristão. Veja o porquê, que Jesus foi condenado à morte mais bárbara, a de cruz:
“Todo aquele que irá contra seu irmão será condenado pelo juiz”. Então os religiosos da Lei Mosaica entenderam que estava falando contra eles, pois, os mesmos não aceitavam essa doutrina que Jesus estava ensinando. Jesus era mais que Moisés e eles não aceitavam que Ele fosse mais do que Moisés.
A Lei de Moisés diz: “Amarás o teu próximo e odiará o inimigo. Eu porém vos digo: “Amai os vossos inimigos, fazei bem quem vos maltrata”. Os cristãos fazem isso?
“Ninguém poderá servir a dois senhores: Ou Deus ou o dinheiro”. Eles amavam o dinheiro. Entraram em choque e seria uma controvérsia para eles, os religiosos; pois eles amavam a riqueza. E os cristãos não amam também a riqueza?
Os religiosos proibiam a Jesus curar ou fazer qualquer ato em dia de sábado. Jesus afirmou que o homem é mais importante do que o sábado e realizou muitos milagres no dia de sábado bem como colher espigas com seus apóstolos em dia de sábado. Os religiosos eram a favor do divórcio em caso de adultério. Jesus foi contra e disse: “O que Deus uniu o homem não separa”. E recorreu ao Gênesis, afirmando que Deus fez o homem e a mulher e se uniram em sacramento; não são dois, mas um só. Se um dos dois ficar viúvo estará isento da união conjugal e poderá se casar novamente.
Alguém pediu a Jesus: “Senhor, deixai-me ir primeiro enterrar meu pai”. Jesus respondeu: “Segue-me e deixai os mortos enterrarem os mortos”. Os religiosos logo perceberam que Jesus estava violando o quarto mandamento: “Honrar pai e mãe”. Mas para Jesus o mais importante era anunciar o Reino de Deus e não a Lei de Moisés, pois Ele era maior do que Moisés. Ele era o Senhor da vida e não dos mortos.
Mas Jesus foi mais violento, quando entrou no Templo e com um chicote na mão expulsou os cambistas, comerciantes e quebrou todas as bancas. Para os religiosos isso foi uma violação, Talvez Jesus não quebrasse nada e nem bateu de chicote, mas, entendo que fora um discurso fortíssimo contra os violadores e os chamou de ladrões. Mexeu com a moral dos religiosos. E por último, Jesus fez um discurso fortíssimo contra os escribas e fariseus, os religiosos doutores da Lei. Disse Jesus: “Ai de vós escribas e fariseus hipócritas, víboras, sepulcros caiados”... Aí veio a revolta e reuniram para O condenar. E condenaram-No. Aí está porque Jesus foi condenado à morte de cruz. Se Jesus não tivesse denunciado e pregado a justiça, poderia ter morrido de outra maneira mais tranquila como muitos morreram por não terem coragem de denunciar as injustiças. Assim houve muitos que imitaram a Jesus e morreram. O primeiro dos apóstolos foi Tiago e depois os demais discípulos e milhares de cristãos. Quem quiser seguir e ser discípulo do Mestre que denuncie e pregue o amor e a justiça sem medo de morrer. Deixar o comodismo e combater as injustiças, nesse País do consumismo e capitalismo, pois os valores deixados por Jesus estão sendo pisoteados e colocado no lixo daqueles que se alvoroçam ser cristão só de oração, sem ação.
hagaribeiro.

pOR POR QUE CONDENARAM jESUS À MORTE DE CRUZ?

terça-feira, 27 de março de 2012

Ser professor nesse País.


SER PROFESSOR NESSE PAÍS.

Poesia de Honorato Ribeiro dos Santos.

Ser professor, aqui, ali ou acolá
É ser pai, mestre, discípulo,
Sacerdote, anjo da guarda
De cada criança para fazê-la Feliz.

Ser professor, nesse País,
É ser psicólogo, filósofo,
Um contador de história,
Um sofredor, talvez doutor
Para curar o psíquico da criança
Para ser feliz aqui, nesse País.

Ser professor é ser reconhecido
Como a pedra fundamental,
Talvez um carrinho para
Que a criança possa dar
Os seus primeiros passos;
Mas precisa que alguém
Lhe reconheça que é
De criança que chega a
Ser cidadão dessa Nação.

Ser professor aqui, ali ou acolá,
É preciso que seja valorizado,
Ao ser um educador, um pai
Um evangelizador do amor,
Na escola, que fazem nele uma espécie
De “Santa Inquisição”, pois,
A educação é a base, a pedra
Fundamental para cada criança
Crescer, ascender-se no saber
Que os cegos do poder déspota
Têm uma venda e não reconhecem
O mestre, o discípulo, o sofredor
Com um salário não digno para
Poder viver como verdadeiro professor.

Ser professor, aqui, ali e acolá,
É saber que nada sabe, sabendo
Que saber que sabe é viver
Sem mérito, sem lhe compreender
Que ser professor é viver
Para amar e fazer feliz a criança.

Ser professor, nesse País, é
Amar, é gostar, é dá de si
Somente para que a criança possa
ser um dia feliz, nessa Nação.
Tão rica, mas o pobre professor
Que ensina para que a criança
Seja um dia um médico, um
Mestre como fora o “Carpinteiro”,
Não tem valor, aqui, ali e acolá.

Salve, professor, aqui, ali e acolá,
Com meu grande abraço fraternal.
hagaribeiro.