segunda-feira, 25 de abril de 2011

Catequese aos católicos.


CATEQUESE AOS CATÓLICOS.
Texto de Honorato Ribeiro.

A partir do século XX, houve um fenômeno de exclusão de muita gente que se dizia ser católico mudando-se de igreja. Será que era mesmo católico? Será que conhecia profundamente os ensinamentos catequéticos e seus preceitos rituais litúrgicos da Igreja? Ou somente aprendeu o catecismo em tempo de criança e cresceu com a catequese de criança, indo à igreja assistir à santa missa sem saber nada de sua liturgia? Será que lia a Bíblia e sabia a importância de entender a palavra de Deus e por em prática? Digamos que essas pessoas nunca souberam o dever e como viver como cristão. Nunca leram a Bíblia, pois, entre católicos poucos são os que leem a Bíblia e poucos são os que a têm. Quando têm usam como um talismã: Aberta nos salmos a deixar que a poeira a corroa. Afirmam os que hoje são evangélicos: “Eu hoje me encontrei com Cristo, pois eu era católico vivia cego sem saber de nada. Hoje eu leio a Bíblia e estou salvo”. Tudo bem, ótimo, pois agora conhece a palavra de Deus lendo de seu jeito a Bíblia. Mas peço-lhes duas coisas para ser cristão: Primeiro ser humilde e não arrogante atirando bala a toda direção com uma ação anticristã sentando no trono como se fosse Deus e afirmar: Esse vai para o céu, porque saiu da Igreja católica; aquele vai para o inferno porque é católico adorador de ídolos. Segundo, é afirmar que era católico sem entender de nada sobre a doutrina católica; não foi catequizado e sem entender nada sobre rituais e liturgia. Afirmo, coerentemente, que não posso generalizar, pois conheço muitos que respeitam a liberdade religiosa de qualquer um e não julga ninguém atirando pedra como um fariseu. Tenho muitos pastores e evangélicos que são meus amigos e que não são fanáticos e respeitam outras religiões sem fazerem críticas julgando quem não pertence às suas igrejas. Há, também, católicos que são radicais e criticam, julgam, condenam os que não são católicos. Esses de ecumenismo e de catolicismo não sabem de nada. E dependuram o terço na cabine do carro sem saberem rezar, apenas como talismã. Usam a religião com ideia supersticiosa ou fetichismo.
Agora eu vou falar sobre catequese aos católicos. Para ser católico da Igreja Católica Apostólica Romana, com sua sede no Vaticano, sendo o vigário de Cristo e sucessor de Pedro, está representado pela Sua Santidade o Papa Bento XVI. É o chefe espiritual da igreja peregrina aqui na terra: Povo de Deus. Ele é o pastor infalível quando ensina a doutrina cristã que são os ensinamentos de Jesus escritos no Novo Testamento. Toda Escritura, a Bíblia é a palavra de Deus à humanidade. O Antigo Testamento é um livro Sagrado, pedagógico em preparação para vinda do Messias. Ele nos conta a historicidade de Cristo que falava aos profetas até a sua morte e ressurreição. Toda a Bíblia é um livro histórico teológico que se concentra num ponto central e pedra fundamental na Igreja Universal que é Jesus Cristo. Por Ele todas as coisas foram feitas. Por Ele todos nós fomos salvos pela sua ressurreição. Ele é a Igreja que veio nos salvar. Jesus é a pedra fundamental da Igreja. Ele, antes de sua Paixão e morte de cruz e Ressurreição, celebrou com os apóstolos a páscoa: Celebração eucarística transformando o pão em seu corpo e o vinho em seu sangue. Esse grande milagre, esse grande acontecimento foi a primeira missa, ou celebração eucarística que Jesus realizou junto aos apóstolos e disse Jesus. “Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e deu aos seus discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é o meu corpo. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança derramado por todos em remissão dos pecados.” (Mt 26, 26-28). A Igreja continua essa celebração eucarística. “Fazei isso em memória de mim...Eis que estarei convosco até a consumação do século”. Por isso a igreja celebra essa ceia do Senhor todos os dias.

Agora iremos explicar o que é liturgia eucarística. A Igreja Católica Apostólica Romana, desde os primórdios dos tempos, continua a celebração eucarística, que é a transubstanciação do pão no corpo de Jesus e o vinho no seu sangue. O padre, bispos, arcebispos e papa continuam celebrando com toda comunidade de fieis a mesma celebração que Jesus celebrou na última ceia. A Nova Aliança que será derramado por vós e por todos em remissão dos pecados. Fazei isso em memória de mim. Quem celebra realmente a missa ou celebração eucarística é Jesus representado por um sacerdote. Jesus é o holocausto imolado incruentemente no altar oferecendo ao Pai para a remissão dos pecados de toda a humanidade. A celebração eucarística, embora a igreja por tradição ou costume, celebra para as almas do purgatório, para um santo qualquer, missa de corpo presente, mas, verdadeiramente a celebração eucarística é unicamente Jesus se entregando ao Pai, imolado no altar, ofertando seu corpo ressuscitado gloriosamente para a remissão dos pecados da humanidade. Somente Ele é quem a celebração eucarística é celebrada e ofertada e mais a ninguém. O altar é a mesa do sacrifício incruento da cruz. Jesus é imolado como holocausto ofertando ao Pai para a remissão dos pecados. Para haver celebração terá de está presente a comunidade, pois não é o padre que celebra ou o celebrante, mas o padre e toda a comunidade. Mas a maioria dos católicos não sabe o significado da missa e nem sabe distinguir entre missa e culto; nem sabe que a celebração eucarística é celebrada somente com o padre e a comunidade que também é a celebrante. Por não saber, diz: “Foi padre fulano quem celebrou a missa”. Ignora que ele também é o celebrante. Outros, bem pobre de doutrina, dizem após o culto por um leigo: “Quem celebrou a missa hoje foi o seminarista fulano; foi o diácono fulano”. Não sabem distinguir o que é culto e o que é missa e nem quando é que começa a celebração da missa, pois essa se inicia com a liturgia da palavra, que são as leituras: uma do Antigo Testamento e a outra de uma epístola, na maioria as de São Paulo. Depois das duas leituras o diácono ou o padre ler o evangelho, que depois de lido é feito a homilia, que somente o padre poderá fazê-la. Depois segue-se a liturgia Eucarística. Já no culto não. Todas as leituras são feitas pelos leigos e a homilia também. No culto não há consagração do pão e vinho. Quem não fez ou recebeu uma catequese sobre a liturgia eucarística e os sete sacramentos deixados por Jesus: Batismo, crisma, eucaristia, confissão, unção aos enfermos, ordem e matrimônio não pode dizer ou afirmar: “Fui católico”. (Entre aspas). De católico nunca foi e nunca entendeu de nada porque não foi catequizado. Apenas ia à igreja, mas nunca leu a Bíblia e ignorava a doutrina catequética da Igreja Católica.
O que é LECIONÁRIOS? Você que diz ser católico e até praticante sabe o que é LECIONÁRIO? Ele é um livro litúrgico que está escrito o que tem na Bíblia. São as leituras litúrgicas que são selecionadas cuidadosamente para as celebrações de um Batizado, uma Crisma, um Casamento, uma Eucaristia, uma Ordenação, uma Bênção, etc. Que são os sacramentos ministrados pela igreja  por um presbítero.
“Na liturgia romana há cinco Lecionários, mas as igrejas usam somente dois na sua liturgia anual nas celebrações eucarísticas. São o lecionários dominical e festivo, que são usados durante três anos: Ano A, B e C. Durante esses três anos. O ano A se faz a leitura do evangelho de São Mateus; no ano B, é lido o evangelho de São Marcos e Lucas é no ano C; e o evangelho de São João é reservado para ser proclamado no Natal, na quaresma e no tempo pascal. Oferece três leituras, uma do Novo Testamento ou apóstolo, e o Evangelho. Há sempre um nexo temático entre o Evangelho e as outras duas leituras, de tal modo que se perceba que toda a Bíblia converge para os Evangelhos, como ponto de encontro com Jesus.”E o lecionário ferial é lido nas celebrações semanais. Nas semanas só há duas leituras: uma epístola e o evangelho do dia. Mas tudo são textos bíblicos. Também é lido um salmo antes da liturgia eucarística.           
 Para que haja missa ou celebração eucarística é preciso que tenham: O altar, o cálice, a patena, instrumento sagrado em forma de pratinho de metal dourado, que serve para cobrir o cálice e colocar a hóstia já consagrada. O corporal: é um pano de linho o qual o sacerdote estende no altar nele é colocado a hóstia e o cálice. Pala é um instrumento sagrado, quadriculado, revestido de pano de linho onde o sacerdote cobre o cálice. Galhetas são dois pequenos vasos que contêm um a água e o outro o vinho para a celebração. Lecionário: já explicamos acima. Manustégio é uma toalha de linho para o sacerdote purificar as mãos. Missal é o livro onde está escrito a palavra de Deus e sua liturgia. Teca é um pequeno instrumento sagrado onde é colocado hóstias para levar aos doente; ou pelo sacerdote, diácono ou ministros da eucaristia. Ambão é uma estante de madeira que é colocado ao lado do altar onde é lido a palavra de Deus e simboliza o sepulcro vazio de Jesus, onde parte o anúncio da Boa Nova e a Ressurreição de Jesus. Há também, nas celebrações de missas festivas, o ostensório ou custódia onde é colocado a hóstia da celebração eucarística, o Santíssimo Sacramento exposto para a  adoração dos fieis. Nessas missas festivas há o turíbulo um vaso de tampa suspenso por correntes, que coloca brasas acesas para ser colocado o incenso: resina aromática, que exala fumaça para os céus, quando o sacerdote incensa ao redor do altar. Um dos magos ofereceu ao menino Jesus, quando Ele nasceu em Belém. Após a consagração, Jesus está presente de corpo e alma na hóstia. Todos os fieis poderão comungar, exceto que cometeu adultério ou pecado mortal. Terá que confessar individualmente com o sacerdote. É um dos sete sacramentos: Penitência ou confissão. Só depois de se confessar poderá comungar. Também quem não fez a primeira comunhão terá de haver uma preparação catequética para comungar. Hoje a igreja dá cursos para a primeira comunhão, para o batismo, pais e padrinhos, para a crisma e para o matrimônio. A igreja exorta todos os católicos que só poderá ser padrinho ou madrinha quem é casado e não vive em adultério, isto é, separou-se da mulher ou a mulher do marido vivendo com outra, não poderão ser padrinho e madrinha. O casamento religioso é indissolúvel.. “Jesus respondeu: no princípio da criação, Deus fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; e os dois, não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Não separe, pois, o homem o que Deus uniu.” (Mc 10, 6-9).  Se por acaso um morrer, ficar viúvo um dos dois, está livre para um novo matrimônio. É essa a doutrina da fé e da moral cristã. As igrejas evangélicas como não há sacramento nenhum não têm essa doutrinação. Todos os sete sacramentos foram abolidos por Lutero, o criador do protestantismo, por isso as igrejas protestantes não têm esses sacramentos. Existem o batismo, que é o de João Batista, não é sacramento, como também o matrimônio e a consagração do pão e o vinho, que para essas igrejas não são sacramentos e sim simbolismo apenas. Por isso, nessas igrejas poderão casar-se várias vezes; é como o casamento civil, que depois do divórcio poderá se casar novamente. Para a Igreja Católica o casamento é indissolúvel. (Mc 10, 2-9).
hagaribeiro.  25-04-2011.   

domingo, 17 de abril de 2011

Jesus, o libertador das mulheres.


JESUS, O LIBERTADOR DAS MULHERES.
Texto de Honorato Ribeiro.

Recorrendo a historicidade deparamos que o machismo sempre existiu e continuará a existir, pois, é o homem que ao construir a sociedade se fez rei, senhor chefe com todos os poderes. No começo da dita civilização, o homem era o rei e senhor da casa. A mulher não tinha voz, apenas da sala para a cozinha. Ele poderia ter mulheres, - bigamia – a mulher teria de ser virgem. Estou falando em tempos frescos até o século XX era a mulher sem liberdade até mesmo para votar. Somente na década de 1940, que a mulher votou, pela primeira vez, mas não poderia ser votada. Já, no final do século xx, veio a campanha da liberdade da mulher, entre aspas. Não ainda alcançou a sua verdadeira identidade de mulher livre de qualquer preconceito social. Os seus direitos, embora a Constituição avançasse muito, ainda há muito, para que a mulher seja igual ao homem em direito e poder.
Há muito tempo que assisto aos jornais nas TVs sobre mulher, na sua maioria, adolescente, que ao dar à luz seu filho, (a) deixa jogado ao lixo; outras, mesmo em se dando à luz, ao sair deixam-no à porta da maternidade ou hospitais. Alguém socorre a criança e põe a salvo. Quando encontra a mãe, a justiça pune de acordo a ação criminal.
Agora vamos adentrar na maior injustiça que cometem a essas pobres criaturas. Ninguém aparece contando, narrando por que elas, como mães, como nós acostumamos afirmar: Amor só de mãe, jogam seus filhos no lixo, à porta de um hospital, no monturo, etc. Ninguém fala das suas pobrezas, das suas faltas de emprego, falta de um lar, se são alfabetizadas, se foram orientadas, se receberam aulas sobre sexualidade, se são discriminadas como negras, analfabetas, pobres e vivendo na miséria. O Ministro da Saúde, entre aspas, distribui camisinha como se estivesse dando aulas de sexo ou de formação de ética e de moral. Apenas preocupado com Aids, entre aspas.
O jovem, entre aspas, homem, machão, o que a engravidou, não há crime para ele. Não aparece nas notícias da mídia. Sumiu. O “gato comeu”. Quão é grande o machismo e ninguém se preocupa de investigar quem é o verdadeiro explorador sexual dessa garota, dessa jovem, que por um mero dinheiro comprou o seu corpo saciando a sua sede sexual e, até afirmando amá-la. Pura sedução e assédio sexual. Ela, talvez como toda mulher desejasse ser amada, cai nas lábias do protegido da lei dos machistas. Pune a mãe que abandonou o filho jogando-o ou abandonando-o por não ter condições de criá-lo. O filho que não pediu para ser gerado é a verdadeira vítima de uma sociedade hipócrita e machista. Hoje tem o DNA, por que não pedir a mãe para saber quem é o verdadeiro pai para que ele assuma a paternidade? Não poderá, pois tem peixe grande na rede e poderá parti-la.
Bem, agora vamos explicar um pouquinho, não em teologia, mas na historicidade sobre o machismo: Quem primeiro pecou e desobedeceu a Deus? A mulher. Por que a palavra adultério não é mais considerada pecado? A Bíblia não tem mais valor? Não é por isso. É que transformaram a liberdade da mulher como mulher sexo. Hoje você pode juntar-se com uma hoje e amanhã com outra sem precisar se divorciar. O casamento virou brincadeira de corre coxia de noite e de dia ou de chicotinho queimado. E digo fortemente: Brincadeira de cabra cega. Todos ficaram cegos perante a moral, a ética e os ensinamentos de Jesus. Camisinha para se libertar da AIDs? Digo: para a libertinagem. Para virar mocinha de programa. Para ganhar muito dinheiro no BIG BROTHER da Rede Globo através do dinheiro dos tele idiotas que fanaticamente são fãs desse programa anti-cultural. Caem na rede da propaganda de serem famosos ou famosas e a virtude é lançada na geena.
Veja a lição de Jesus perante aos machistas da sua época. Era costume de eles apedrejarem as mulheres, quando pegassem essa em adultério. Se pegaram em adultério, por que não levou o homem?  Mas eles vendo Jesus, quiseram passar à prova: “É licito ou não apedrejar essa mulher, pois foi pega em adultério; e a Lei diz que deverá ser apedrejada”. A resposta de Jesus está a soar até hoje nos ouvidos dos machistas: “Quem não cometeu adultério, atire a primeira pedra”. “Todos, envergonhados, soltaram a pedra começando pelos mais velhos”. Por que o evangelho afirma: “Começando pelos mais velhos?” Está evidente que são eles os protagonistas chefes praticantes de adultério. Ninguém nunca ouviu dizer prostituto, mas prostituta. A que vende seu corpo é; o que compra não o é?! Está aí a resposta de o porquê que não chamam a responsabilidade de quem possuiu a mulher engravidando-a, pois, nos gabinetes, nos escritórios estão cheios dos que abusam e até ameaçam desempregá-la se não aceitar  sua cantada vergonhosa para com suas secretárias. Quando a mulher vai ser libertada?
Para terminar o meu comentário, que pus o título: JESUS, O LBERTADOR DAS MULHERES, é que, naquele tempo, século primeiro, a mulher não servia de testemunha até mesmo em caso de crime. Mas Jesus quando ressuscitou apareceu primeiro as mulheres. Ao morrer na cruz, estão presentes as mulheres. Seus amigos fugiram; todos O abandonaram ao suplício da cruz. Mas Jesus dá um conselho de valor ético, moral e de libertação: “Mulher, ninguém a condenou lhe apedrejando?” Não, Senhor, respondeu a mulher adúltera. Disse-lhe Jesus: “Nem eu a condenarei. Mas vá e não torne a pecar”. Esse conselho Jesus dá para todas as mulheres para a sua verdadeira libertação. Vocês, mulheres, são imagem e semelhança de Deus e não foi feita para que o homem machista lhe explore e tire o seu verdadeiro valor de ser aquela que dá a vida e que possa ser amada e respeitada com dignidade de ser mulher, esposa, mãe e educadora.
Um dia, numa palestra religiosa, havia três padres, e eu, como sempre questiono  fi-los essa pergunta: A Bíblia, embora seja a palavra de Deus, inspirada por Deus, mas escrita pelos homens, há um forte machismos nela, por exemplo: Ao fazer a genealogia de Jesus, Mateus começa o seu evangelho, no primeiro capítulo: “Abraão gerou Isac, Isac gerou Jacó, Jacó gerou... e segue a seqüência até chegar a Davi; Davi gerou José, esposo de Maria.” Depois vem: os anciões do povo, juízes, sacerdotes, doutores da Lei, etc. Eles concordaram comigo. E as igrejas cristãs estão cheios de pastores, padres, bispos, papa, seguindo a mesma hierarquia do machismo. Hoje, já no fim do século XX, criaram uma Lei para proteger a mulher ao ser espancada pelo companheiro, namorado, marido ou homem qualquer: “LEI MARIA DA PENHA,” que para mim é um verdadeiro preconceito à mulher. Para que a mulher tenha o direito de ser amparada por lei é preciso criar lei com o nome de uma mulher, Maria da Penha?! A Constituição já diz que todos têm o direito de ir e vir e de ser respeitado, protegido perante a Lei. E perante a Lei somos todos iguais em direito e poder? Para punir o infrator não é preciso criar lei, pois ela já existe e os Direitos Humanos já defendem a vida de qualquer ser humano e da vida no planeta. Para mim não é amparo à mulher, mas um preconceito à mulher, é o meu ponto de vista, que me perdoe quem fez esse projeto de lei e quem aprovou. Porque eu acho que direito é para ambos o sexo. Criaram alguma lei com o nome de um homem para punir quem o agredir? Quem o espancar? Então, não havendo, onde está a igualdade e a honra da mulher? A liberdade da mulher? Até quando ela é empregada em qualquer fábrica, empresa terá que ganhar menos do que o homem.
hagaribeiro.  16-04-2011.

sábado, 2 de abril de 2011

Os Santos Mártires.


OS SANTOS MÁRTIRES.
Texto de Honorato Ribeiro.

Jesus nasceu na cidade de Davi, chamada Belém, porque era  da casa  e família de Davi; Belém estava cheia de gente para fazer o recenseamento decretado por César Augusto. Não havendo hospedaria, José e Maria abrigaram-se na periferia da cidade, lugar onde ficavam os bois, curral. Ali se abrigaram e Maria deu à luz o Filho de Deus e o colocou numa manjedoura, espécie de cocho onde os animais comiam. Foi esse o berço de Jesus.
(Lc 2, 1-21). Voltaram para Nazaré. Nazaré era a cidade mais paupérrima da judéia. José, Maria e Jesus pertenciam a uma classe mais pobre, chamada de Anauin, pois desprezava o acúmulo de bens materiais.
Jesus, ao completar 30 anos de idade, escolheu jovens, na maioria pescador, para ser seus discípulos. Antes dos 30 anos, Ele viveu trabalhando de carpinteiro junto de José, esposo de Maria, pai putativo de Jesus. Depois que foi batizado no Rio Jordão por João Batista, Foi penitenciar; partiu para anunciar a Boa Nova acompanhado de seus discípulos e apóstolos indo de povoados em povoados, aldeias ensinando uma nova vida de conversão e obediência a Deus. Não trabalhou mais na arte de carpinteiro. A maior parte de sua vida foi em Cafarnaum onde Pedro morava. Os seus ensinamentos é uma controvérsia a quem ama esse mundo material. O maior ensinamento que Ele pronunciou foi o Sermão da Montanha, também conhecido por As Bem-aventuranças. Nela, Jesus afirma que bem-aventurados são:
“Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, por que deles é o Reino dos céus!”
Coração de pobre que não tem ambição pelas coisas materiais, é alegre e solidário aos outros. Não é agarrado às coisas desse mundo; segue no caminho da cruz que é deixar tudo e se desprender de si mesmo para viver como Jesus viveu: “O Filho do Homem não tem sequer uma pedra para declinar a cabeça”...(Mt 19, 20). Filho do Homem celestial. “Um homem que ultrapassa misteriosamente a condição humana”. Mateus cita Daniel (7, 13; e Ezequiel, (8, 7). O pobre das bem-aventuranças não vive preocupado em acumular riqueza, mas procura viver uma vida de honestidade e agradece a Deus toda hora e tem o coração aberto para ouvir os ensinamentos de Jesus e viver como Ele viveu. “Quem quiser vir após mim, carregue a sua cruz”. Os apóstolos ao receberem a missão de evangelizar ouviu o conselho de Jesus: “Não leveis nem ouro e nem prata, nem mochila  para a viagem, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão; pois o operário merece o seu sustento”. (Mt 10, 9-10). Todos os discípulos foram bem-aventurados e que nós os chamamos de santos porque viveram as bem-aventuranças.
“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!”
Chorar de arrependimento pelos erros cometidos, pelos pecados, como Pedro chorou ao negar o seu Mestre por medo de morrer. Mas, quando recebeu o Espírito Santo, não teve mais medo de derramar o seu sangue por Jesus. Jesus também chorou ao ressuscitar a Lázaro. O choro da alegria pela ressurreição e destruir a morte. Ele é o Homem bem-aventurado e deu consolo a si mesmo e a todos nós pela sua ressurreição. Serão consolados no Reino dos céus. São felizes vivendo no Reino dos céus, mesmo aqui na terra, sente o Reino dentro de si mesmo. Isto é, convertendo-se numa criatura nova na esperança da Ressurreição.
“Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra!”
Os mansos de coração misericordioso. Os que pregam a paz possuirão a terra celestial, não a terra planeta, mas a terra Reino de Deus. Os mansos têm o coração aberto para perdoar e amar. Não vamos entender ao pé da letra como se nós fôssemos bobos de se calar perante as injustiças e não se defender procurando justiça. Mansos são os que sabem perdoar e ser misericordiosos para os agressores: Não há mais o: “Olho por olho, dente por dente.” (Mt 8, 38) .
“Bem-aventurados os que têm sede de justiça, porque serão saciados!”
Essa é a justiça de Deus e não a dos homens. Não é aquela dos fariseus, escribas e sacerdotes, do dente por dente e olho por olho, mas amando os inimigos e a qualquer ser Humano. Fome e sede de justiça são os que não têm medo de proclamar os ensinamentos de Jesus, a Boa Nova. Não têm medo de denunciar as injustiças dos poderosos em seus tronos e que escravizam o povo com jugo pesado sem dó e sem piedade. Esse foi o cântico de Maria, a mãe de Jesus: “Manifestou o poder do seu braço: desconsertou os corações dos soberbos. Derrubou do seu trono os poderosos  e exaltou os humildes.” (Lc 1, 51-52). São saciados no Reino dos céus. A justiça que fala as bem-aventuranças é a de Deus, que é diferente da dos homens. Está em outra dimensão: Na Cidade Celeste e não na Cidade Terrestre, como afirma Santo Agostinho.
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!”
Miserae (latim) miséria, cor. (Latim) coração. Ter compaixão dos miseráveis, os que sofrem. Por isso Jesus é misericordioso e preteje, ampara os miseráveis, os sofredores, que já, aqui na terra, são os mais  que procuram os ensinamentos para ganhar e entrar no Reino dos céus. Têm o coração cheio de misericórdia. Esquece de si mesmo para servir os que sofrem. Assiste os que sofrem. Esse é o caminho a seguir a Jesus; a encontrar com Jesus. Isso é adentrar-se na cristologia e sentir Jesus em si mesmo como Paulo afirmou: “Já não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim”.
“Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus!”
Puros de coração são os que não têm maldade contra seu irmão. Procura viver em paz consigo mesmo e com os outros. Um coração que sente a presença de Deus em toda natureza e em toda a humanidade. Vivem aperfeiçoando-se a seguir os passos do Mestre. Caminha no caminho do Calvário. Os cristãos viviam as bem-aventuranças e por isso lavaram as suas vestes brancas com o sangue do Cordeiro. São esses que são chamados de santos e louvados, exaltados pelos fieis. Intercedem por nós perante a Deus.
“Bem-aventurados os pacíficos, porque são chamados filhos de Deus”.
São os que vivem em concórdia, o amor pelo outro, conselheiro, pacificador, benevolente, amigo da sabedoria; ama a natureza e todas as coisas feitas pelo criador.
“Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.”
Aqui Jesus resumiu tudo sobre os que deverão segui-Lo. Aqui Ele explica obviamente qual a verdadeira Igreja que Ele fundou. Igreja povo, igreja comunidade cristã, os que derramaram o seu sangue por viverem como Ele viveu. A Igreja que não é perseguida, caluniada, e pregando a verdadeira Boa Nova sem medo da morte, e desobediente civil, não é verdadeiramente a igreja que Jesus fundou. E assim viveram os que realmente seguiram Jesus; vivendo como Ele viveu; perseguidos, caluniados, assassinados de toda maneira: degolados, flechados, apedrejados, (São Estevão), o primeiro protótipo do cristianismo, que foi morto apedrejado. Encontramos esse testemunho nos Atos dos Apóstolos. (7, 54-60) Pedro crucificado, muitos devorados pelos leões, leopardos, como conta a história do poderoso perseguidor dos cristãos: Nero, um dos Césares de Roma. Que colocou fogo em Roma e culpou os cristãos. Muitos dos que seguiam o Mestre deixaram de ser bem-aventurados e recuaram, quando viram tantas perseguições e tantas mortes bárbaras. Todos os apóstolos discípulos e muitos cristãos que seguiram e viveram os ensinamentos de Jesus foram perseguidos e alguns mortos, porque viveram realmente as bem-aventuranças. Assim, até aos nossos dias atuais, há perseguições caluniosas da mídia por qualquer coisa que um dos membros presbíteros, por fraqueza caem na tentação, quando erram, aí vira manchete do dia a dia. Também combatem, quando a Igreja prega a sua doutrina da moral cristã, a ética, da virtude e a fé cristã, baseando-se nas Sagradas Escrituras; criticam e realmente não deixa de ser perseguição mexendo com a emoção e psiquismo dos que querem seguir o exemplo e ensinamentos do Mestre. Algumas ideologias religiosas também perseguem e afirmam até que é o papa a “besta fera” citada no apocalipse. Mal interpretação que se tornam em falsos profetas; lobos famintos em pele de ovelha como Jesus os advertiu a seus discípulos.
Os cristãos eram firmes em obediência e aos ensinamentos de Jesus, pelo maior milagre que Jesus operou: a sua Ressurreição. Vejam o que São Paulo escreveu na primeira carta aos Coríntios, no capítulo 15, 1-58. (Aqui eu deixo ao leitor que faça a leitura.) Nenhum cristão pedia coisa para adquirir aqui na terra, como se vê hoje em dia: emprego bom, muito dinheiro e poder; competição, correria em busca das coisas desse mundo; conscientes que não levamos nada, pois os cristãos aprenderam e viveram com essa ótica celestial que a maior riqueza do Reino dos céus era e é a ressurreição de Jesus. Morreremos com Ele e, gloriosamente reinaremos com Ele ressuscitando-nos para a vida eterna. As bem-aventuranças é a biografia total de toda a vida de Jesus. Essas bem-aventuranças é uma verdadeira obediência a Deus Pai. Foi assim a vida de Jesus. Ele pregava e vivia. Tudo que nela contém desde o capítulo (Mt 5, 3-12), Ele viveu. E todo aquele que quiser ser cristão, terá que viver as bem-aventuranças. Para o mundo de hoje é uma controvérsia viver como os cristãos mártires e não mártires, entender que a vida é a outra: A celestial. Pois o reino desse mundo é uma ilusão, uma enganação de si preocupar com o que nos oferece as propagandas da mídia sobre o consumismo Essas propagandas do reino do poder, do ter, é aquela que Jesus adverte aos que querem O seguir: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde os ladrões furam e roubam. Ajuntai para vós tesouro no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não roubam. (Mt. 6, 19-20). São as verdades ensinadas por Jesus. Essa é a maior riqueza, pois a levamos para o Reino dos céus: A SABEDORIA ensinada e vivida com os ensinamentos do Mestre dos mestres, Jesus Cristo.
Disse Mahatma Ghandi: “Se viesse a perder-se toda a literatura do mundo e restasse apenas o Sermão da Montanha estaria a salvo o que existe de mais precioso”.
Iremos citar alguns trechos da sabedoria do Novo Testamento. “Irmãos, sede meus imitadores, e olhai atentamente para os que vivem segundo exemplo que nós vos damos. Porque há muitos por aí de que repetidas vezes vos tenho falado e agora o digo chorando, que se portam como inimigo da cruz de Cristo, cujo destino é a perdição, cujo deus é o ventre, para quem o própria ignomínia é causa de envaidecimento, e só tem prazer no que é terreno”(Fil 3, 17-21) Vejam, aí não há interpretação e entendimento exegético senão os sofrimentos pelas quais Jesus sofreu o martírio da cruz. Eis aí as bem-aventuranças que Paulo adverte para os que covardemente repugnava a cruz de Cristo, sendo inimigo dela. Não queria a perseguição, os sofrimentos de Cristo e estavam enfraquecendo em sua fé na cruz de Cristo. Lucas fala no capítulo 9, 23-26; 10, 1-11.
Quando Jesus cita o que Daniel profetizou e Eziquiel sobre O FILHO DO HOMEM Jesus afirma: Como Salvador, fala de sua Paixão e morte, e Eu sou a Ressurreição, e a sua vinda: A parusia. Para entender como ser cristão Ele afirma: Pedro então, pede a palavra e disse: “Eis que deixamos tudo para te seguir. Que haverá então para nós:” Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo: no dia da renovação do mundo, quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que por minha causa deixar irmão, irmã, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirão a vida eterna”. (Mateus 19, 27-29). Eis os poderes que Jesus deu aos que O seguiram e derramaram os seus sangues por amor ao evangelho. Por isso a Igreja Católica Apostólica Romana os canonizou e intercedem por eles perante a Deus.
Nos primeiros séculos do cristianismo não havia livro bíblico para ler e, a maioria deles era analfabeto. Como era ensinado e proclamado os ensinamentos de Jesus? Era de boca em boca passando uns para os outros para não morrer o que Jesus ensinou. Essa maneira de preservar a palavra de Deus até os nossos dias se chama TRADIÇÃO; e a Igreja Católica preserva-a até hoje e tem o mesmo valor bíblico. Por esse motivo, igrejas evangélicas criticam e afirmam não haver esses ensinamentos na Bíblia. Nisso eles estão certos, mas se esqueceram o porquê que não existem na Bíblia; e por isso não dão valor os ensinamentos tradicionais dos primeiros cristãos e de quem conviveu com Jesus. Veja o que diz São João no seu evangelho: “Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.” (Jo 21, 25). Aí está uma prova cabal que a TRADIÇÃO, isto é, muitas coisas que não estão escritas na Bíblia, têm os mesmos valores como palavra de Deus. Por isso, como eles não vivem e não aceitam a TRADIÇÃO, criticam e negam que não é palavra de Deus ensinada por Jesus. Quem escreveu a Bíblia não foi Jesus, mas os cristãos em comunidade de Mateus, Marcos, Lucas e João. Nem tudo que Jesus ensinou está escrito nos evangelhos e epístolas, mas conservada  na TRADIÇÃO. A Igreja Católica Apostólica conserva até hoje. E faz parte na liturgia A TRADIÇÃO era ensinada e vivenciava pelos cristãos que viviam pela palavra de Deus.
A celebração da EUCARISTIA (Missa) desde o primeiro século até o quarto, era celebrada no túmulo de um mártir. No começo do século quarto, a Igreja (Clerical) ao construir igrejas (construção de pedra), determinou que as celebrações eucarísticas deveriam ser no altar Mor. Nele, foi colocada uma pedra de mármore e, no centro dela, colocou-se uma relíquia de um santo mártir. Após o Concílio Ecumênico Vaticano II foi abolida essa pedra nos altares das igrejas  a partir de 1965.
O Novo Testamento foi escrito em pergaminhos na língua grega. No século IV, a pedido do papa Dâmaso I, São Jerônimo fez a VULGATA, isto é, passou do grego para o latim, língua falada no mundo romano. E do latim às outras línguas. Antes ninguém pregava lendo a Bíblia, pois não havia. A Bíblia foi impressa nos anos de 1532, com a descoberta da impressa pelo alemão Gutenberg  e foi aprovada pelo Concílio de Trento em 1546. Após o Concílio Ecumênico Vaticano II, por determinação do papa Paulo VI, houve uma revisão da Vulgata, sobretudo para uso litúrgico. Foi terminada essa revisão em 1975, e promulgada pelo papa João Paulo II, no dia 25 de abril de 1979, e foi denominada de NOVA VULGATA ou Bíblia Católica. Toda Bíblia escrita no mundo inteiro foi escrita pela Igreja Católica Apostólica Romana depois da VULGATA. Como também os capítulos e versículos. Não há diferença nenhuma, pois a Bíblia é única para todas as igrejas, que seja protestantes ou outras seitas. Ela só foi preservada até os dias de hoje, graças a Igreja Católica Apostólica Romana. Se não fosse ela tudo ficaria como contos folclóricos.

Carinhanha, 22 de abril de 2011.
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quinta-feira, 24 de março de 2011

A HISTÓRIA DO REAL.


A HISTÓRIA DO REAL.
Por Honorato Ribeiro.

O Brasil agora veio
Com projeto financeiro
Com a implantação do URV,
Novo valor do dinheiro,
Dólar sobe em paralelo,
Diz alguém que tudo é belo,
Mas salário é de coveiro.

O URV sobe muito
E o dólar sobe também,
O cruzeiro real cai
E a remarcação porém,
Enriquece o comércio
E empobrece quem é néscio
E os crentes dizem amém!

A inflação é bom pro rico
E pro pobre é confusão,
Supermercado e lojas
Fazem a remarcação.
Hoje um preço e amanhã outro,
Fica rico quem é douto
E o pobre em contra mão.

Morre gente desnutrida
Pelas ruas e avenidas,
Crianças e gente adulta,
Sempre morrem toda vida,
Pois o dinheiro é fraco,
Muitos deles enche o saco
E a feira está perdida.

Nove vezes foi mudado
O nosso fraco dinheiro:
Do vintém até pataca
Pra chegar ao verdadeiro;
Desde o tempo do vintém
Povo vive em vaivém
Sem a luz do candeeiro.

Pataca, vintém, tostão,
Cruzeiro e cruzado novo,
Mil reis, cruzeiro e real,
Conto de reis é do povo,
Tudo pra dá a valia,
Se trabalha noite e dia
Pra um cruzado comprar ovo.
Agora veio o REAL!
Bem mais forte que o dólar,
Todos estão acreditando,
Que o real será a mola:
A mola mestre da Nação
Pra acabar a inflação
Antes que o povo degola.

O povo está acreditando,
Outros, porém, desconfiam
Que se trata de eleição,
Muitos dizem que sabiam
Que o plano é eleitoreiro,
Mas o real é o dinheiro
Forte que muitos confiam.

Confiam porque é bom
Tem que dá certo, porém,
Você tem que ajudar
E compreender também.
Que um governo democrata,
Tem que ser um diplomata,
Não vive de vaivém.

Hoje é cruzeiro real,
Amanhã é um tostão,
Depois volta no que era
Sem saber quem tem razão.
Na Argentina não deu certo,
Aqui o plano é correto
Não dolarizou a Nação.

O real já renasceu
Já está em circulação;
Só lhe digo uma coisa:
Não volta mais a inflação.
Se voltar, que Deus nos valha!
Dou o pescoço pra navalha,
Morrerá o pobre cristão.

Não depende do governo
Pro real se vigorar,
O povo faz a sua vez
E tem que fiscalizar;
Senão vem remarcação,
Aí vai subir a inflação
Então o plano morrerá.



Vou contar outra história,
Que já está acontecendo
É do pobre analfabeto
Que vai a quem está vendendo
Não conhecendo um centavo
Do real já bem cotado
Quem não sabe o dividendo.

A conversão do cruzeiro
Pra converter em real
Fazem tanta confusão
Os treteiros com o leal;
Ficam com o forte dinheiro
Dizendo que é verdadeiro
Roubam do pobre o boçal.

“Eu lhe dei vinte mil reis
Pra tirar três e trezentos
Você tem que me voltar
Dezessete e setecentos...”
Assim cantam a canção,
Certo tipo de ladrão
Que rouba até o vento.

Um cruzeiro é um centavo!
Vejam só que confusão!
Esse tipo de sujeito
Está em toda Nação,
Como vive o vigarista,
Que fica sempre na pista
Pra roubar o cidadão.

“O Tostão” já jogou bola,
Foi craque como o Pelé;
Com tostão andei de bonde,
Já comi pão com café;
Agora é forte um centavo,
Que está forte e muito bravo
Do real que está em pé.

Em pé pra não cair mais
Este forte dinheirão
Tão forte e garantido
Como o antigo tostão.
Tem gente que acredita
De ninguém escuta a crítica
Que é plano de eleição.



Se for plano de eleição
Ele por si morrerá;
Tão forte e tão garantido
Aí, então, a inflação virá;
E vai ser uma loucura
Não tem mais quem o segura
E os preços vão voar.

Tudo depende de o povo
Pra ajudar a combater
Esse mal que é canceroso
Pra não deixar corroer.
Esse mal que é a inflação,
Não tem quem toma pé, não;
Só rico que tem poder.

Dólar é forte e o real
Pra ser forte muito forte
O governo tem na mão
Uma Lei que o povo goste
Que pune quem remarcar
E que o governo punirá
E o povo tem muita sorte.

Eu me lembro de criança
Pataca, vintém comprava:
Carne, feijão, pão e arroz,
Inda no bolso voltava
Uns tostões no bolso tinha,
Que inda comprava farinha
E todo mundo fartava.

Fartava tudo, pois tinha,
Na lavoura e plantação
De mandioca e batata
Tinha tudo de arrastão.
O dinheiro muito forte
Todo mundo tinha dote
Capado gordo e leitão.

Mas o povo era sabido
Com o mil reis em sua mão
Tinha seu baú e cofre
Pra livrar do mau ladrão.
Hoje o ladrão é quadrilha
Organizada na trilha
Quem ta preso é o povão.



Fernando Henrique e Itamá
Viveram em corda bamba
Pra inflação não voltar.
E viver, assim, com a fama.
O Lula com sua equipe
Teve que curar da gripe
Tirando o povo da lama.

Hoje todo mundo fala
Que o real foi bem planejado,
Diferente da Argentina,
Que já anda fracassado.
Aqui não dolarizou,
O real tem seu valor
Tem dinheiro reservado.

Pra garantir o real
Milhões de dólares tinha
Depositado em reserva
Pra garantir o que vinha.
E veio, então, o real,
O cruzeiro se deu mal
E logo saiu da linha.

O reinado do real
Tem que haver sua vitória;
Se os Estados Unidos
O dólar é o real da glória
É que, aqui, há gente séria,
Já tá saindo da miséria
E está limpando a história..

Nossa história é vergonhosa
Desde o salário de fome,
Analfabetismo e morte,
Sem cidadania e sem nome;
Quem representa o povo,
Sobe o salário de novo
E o povo que se dane.

A Educação já foi boa,
Na década de cinqüenta;
E quem cursava o primário
Sabia onde estava a venta;
Hoje cursa a faculdade,
Só o canudo e diz ser letrado
Não divide dez por quarenta.



Diz que tudo foi em vão!
O que aprende agora, então?
E o que ganha um professor
É uma miséria na mão!
O dinheiro é ninharia,
A feira é uma porcaria
Inda tem desnutrição.

Mesmo com o real forte
Sofre o pobre professor
Com um salário tão baixo
Compra mal um cobertor.
Inda é ameaçado
Por aluno malcriado
Onde está o Legislador?!

Há prefeito que não faz
Plano de Carreira, não;
Vereadores se calam,
Deputados no avião.
Senador que é do povo
Sobe o salário de novo
Professor! Vai pro caixão.

A saúde, nem se fala.
Morre à míngua na fila;
O doutor que é do SUS
Tem que carregar a pilha.
O dinheiro que ganha
Não serve, é uma barganha!
 Jogador tem mais valia.

Agora a presidenta
Tem que segurar o real
Senão volta a inflação
E espalha-se o bom fiscal.
Em cada porta de loja
Aí vem carro se aloja
É o fiscal da Federal.

Quem paga é o consumidor
Se voltar a inflação
Também voltará na hora
A tal da remarcação;
Quem tem jogo de cintura
Faz política de brandura
Vem o dólar e a correção.
Hagaribeiro. 24-03-11.

terça-feira, 15 de março de 2011

O Barulho de João Duque em Carinhanha

A HISTÓRIA DE CARINHANHA.

Honorato Ribeiro dos Santos.

Eu vou contar pra vocês
E com toda exatidão
A história de Carinhanha
Terra que Deus pôs a mão,
Gente boa e hospitaleira
Deferente como irmão.

Foram índios caiapós
Os primeiros habitantes,
Que viviam em Carinhanha,
Bem antes dos bandeirantes,
Exploradores da terra
Em busca de diamantes.

O primeiro português,
Assim diz a tradição
Que chegou em Carinhanha
Com sua penetração
Foi Manoel Nunes Viana,
Português de muita ação.

Fez correr  todos os índios
E tomando a nova terra
Fundou logo um povoado
E aos índios fez forte guerra;
A tribo foi pra Ramalho
E escolheu ficar na serra.

O Manoel Nunes Viana,
No Capão da Traição,
Assim narra a história
Venceu com exatidão,
Na Guerra dos Emboabas
Com base de operação.

Mil setecentos e doze,
Viviam aqui os nativos,
Chegou aqui um português
Abrindo-se um lenitivo;
Manoel Nunes Viana,
Um português bem ativo.

Assim que os índios fugiram,
Nessa terra ele habitou,
Aqui viviam umas “Aves”.
Como pássaro nadador
Voavam bastante alto
Como o pássaro condor.

A história diz seu nome:
Que chamava Carunhenha,
Elas desapareceram
Para bem longe, pras brenhas.
Desse nome deu-se a origem
Desbravando toda a grenha.

Alguns historiadores
Dizem com afirmação
Que “Loca de Sapo”,indígena,
É a sua interpretação
Do nome de Carinhanha,
Do Rio e da povoação.

Há divergência do nome
Por algum pesquisador
De lontra e  peixe cari (Arinhanha, espécie de um cachorrinho que vive no rio).
É ele que é o consultor;
Porém ficou Carunhenha,
Que é uma ave voador.

À margem esquerda fica
Situada a bela cidade,
No Vale do São Francisco,
Bonita e sem vaidade,
Plácida e hospitaleira
Essa é a sua qualidade.

A elevação da Vila
Se deu a emancipação:
Dezessete de agosto
É a data e afirmação:
Mil novecentos e nove
O ano da confirmação.

No médio do São Francisco,
Distante de Salvador
Noventa e três léguas e meia
Em rota de aviador
Fica a velha Carinhanha,
A Princesa do amor.

Limita com as cidades:
 Juvenília e Feira da Mata,
Malhada e Agrovila Nove
Distância  mais é a Lapa,
Perdeu muitos municípios
Sete contados em Mapa.

A paróquia foi criada,
Padroeiro São José
Duzentos e trinta e dois anos  (1779 a 2011).
Desde dessa data até;
Em dezenove de março
Todos festejam com fé.

São três os grandes festejos:
São festas de tradição;
A festa de São José
Há muita animação;
A do Divino há folclore
São festas de devoção.

Grande festa a do Divino
Quatro dias de devoção;
São Cristóvão é a mais nova
Das festas de tradição;
Segue a festa do Rosário, (Nossa Senhora do Rosário).
Santa Efigênia e procissão.

O folclore é a moda
No regozijo do povo;
Os caboclos e a banda, (dança indígena e a filarmônica).
Leva o rei, supremo gozo,
A bandeira do Divino
Aumenta a fé de novo.

A Senhora do Rosário,
Santa Efigênia também
Tem rei e tem a rainha,
Banquetes e leilão têm,
Cavalhada do Rei Mouro,
Todos juntos sem desdém.

O primeiro intendente (Prefeito nomeado).
Que em Carinhanha mandou
Sendo coronel prefeito,
Na data que emancipou,
Foi seu Francisco Timóteo
Carinhanha governou.

De mil novecentos e treze
A mil novecentos e trinta
A cidade não houve paz:
Jagunços armados, rixa!
Das brigas dos coronéis
Que tinham ódio fixa.

Depois veio então a calma,
O sossego foi geral,
A cidade transformou-se
Numa cidade legal;
Hospitaleira e amigável
Como em noite de Natal.

Fim de ano, que maravilha!
Às noites, que alegria!
Há contra dança, reis de boi,
Há zabumba e gritaria
De gente correndo louco
Brincando com euforia.

Em todo mês de janeiro
Todo canto da cidade
Há reisados e há ternos
Com jovens de toda idade;
Todos brincam, bebem, dançam
Sem nenhuma vaidade.

Quando chega fevereiro,
Carnaval é a tradição;
O povo fantasiado,
O Rei Momo e o cordão;
A rainha vai eleita
Com maior animação.

São quatro dias de festas
Sem nenhuma confusão,
Caretas em todo canto,
À escola de samba vão
Muito bem organizada,
Nas ruas anda o cordão.

Se segue a Semana Santa
Com a sua tradição:
A lamentação das almas
Que canta sua oração,
Nas quartas e sextas-feiras,
À meia noite em procissão.

Mulheres  vestem de branco
Pra encomendação das almas,
Entoam benditos fúnebres
Em duetos com voz calma,
De arrepiar toda gente
Com matraca e som de palmas.

Domingo de páscoa chega,
No sábado a queimação
De Judas Iscariotes
Um boneco e gozação
Dependurado num pau
É essa a condenação.

Leiam logo o testamento
Nomes de alguns da cidade
Faz a distribuição
Da herança em igualdade,
Tudo citado em versas
Por poeta de qualidade.

Depois disso botam fogo
No pobre Judas traidor
Se reúnem numa praça,
Riem, pulam qual torcedor.
As crianças se divertem
Ao verem  Judas com sua dor.

Chega, então, o mês de maio,
Mês de flores e de alegria
O mês todo é do Rosário
Louva-se a Mãe Maria;
Cada noite há procissão
Nas pobres ruas e vias.

Termina o mês de Maria,
Vem o mês de São João,
As fogueiras e alvoredos,
Os fogos e também balão,
As quadrilhas saem nas ruas
E depois vão pro salão.

São Pedro também há festa,
Há canjica e há quentão,
Há quadrilha também baile
Com bastante animação;
Fogos soltam sem parar,
Nos bailes tocam baião.

Vem então as festas cívica,
Dos meses de feriados,
Em dezembro e em janeiro,
Ambos já foram citados.
Esse é o aspecto daqui,
Do presente e do passado.

Há doutores e professores,
Juízes, padres e irmãs,
Poetas também escritor,
Promotor também anciã
Que contam história da terra
De alma forte e mente sã.

Todos citados à cima
São filhos dessa boa terra.
Há também autodidatas
Que na caneta faz guerra;
Porém são almas prudentes
Que meditam, que não erra.

Carinhanha é bonitinha
Com ruas e bem calçada;
A lua é muito bonita
Em noites de serenatas;
Acordes do violão
Dos boêmios na calçada.

Predomina a religião
Católica Apostólica
Romana no município;
Há muita crença folclórica
Que é  tradição do povo,
Que canta poesia bucólica.

Trinta mil de habitantes
No município é o total,
Na cidade tem a metade,
Que é o número real;
Mas tá crescendo dia a dia
E a construção é geral.

Das lendas e dos tabus,
Do caboclo d`água tem,
Sexta-feira o lobisomem
Vem aparecer também;
Mas de todos os tabus
Para os jovens não convém.

Há colégio e faculdades,
Banco do Brasil também.
Há vários grupos bonitos;
Há doutores que convém;
Farmácias e farmacêuticos,
Funerárias que mantêm.

É a cidade mais alta
Segura de inundação,
No Vale do São Francisco
Com um cais e paredão
De balaustrada bonita
Dando uma boa impressão.

A cidade é muito plana
Com grã comunicação,
Uma ponte muito linda
Cobrindo o Velho Chicão;
Guanambi à Carinhanha
Asfalto com precisão.

Vive o povo da lavoura:
 Milho, batata e feijão,
Mandioca e abóbora,
Cana, mamona e algodão.
Há plantação na vazante
À margem há plantação.

E também vive da pesca
O povo de nossa terra,
Quando vem a seca mata
Os mantimentos deveras;
Ninguém morre aqui de fome,
Pega o peixe pela guelra.

Da pecuária são os bovinos
De mais apreciação;
Já houve feira de gado
Houve preço de leilão;
Há muitas fazendas boas
E terras de plantação.

Quando chega o tempo bom,
Da natureza a jorrar,
Em janeiro o pequi há,
Também umbu e puçá,
Tem  cagaita e o caju,
Que são natos do lugar.

Tem a cabeça de negro,
A pitomba e o jatobá,
Que muitos fazem jacuba
Indo no mato pegar;
Tudo isso nos dá prazer
Que a natureza nos dá.

São essas riquezas aqui
Frutífero do lugar,
Muita gente vai ao mato
Com latas  para apanhar;
Comem, vendem, e ainda dão,
Ainda fica à fartar.

Pra terminar meu cordel,
Conto do bicentenário
Duzentos e trinta e dois
Anos, em seu calendário:
Paróquia de Carinhanha
Com o seu primeiro vigário.
Mil oitocentos e seis,
Tomou posse o vigário;

Em seis de agosto do ano
Encontrado em calendário;
Já setenta padres aqui
Viveram como lendários (Célebres)

Primeiro pároco foi
O padre Pedro Machado
Da Cruz Pereira vigário
Chegou e foi empossado
Por Dom José Azevedo
E no livro foi tombado.

José Camilo de Souza
Que foi vigário também,
José Lélis e Edílson,
O padre Élio porém,
José Domingos da terra
Nasceram aqui: Parabéns.

Dom Walmor, o Arcebispo,
Que mora em Belo Horizonte
Também é filho da terra
Riqueza qual diamante;
Cocos era município,
Seu registro é confirmante.

Dom José Grossi, o Bispo
Enviou-nos Wanderley
Pra tomar conta do povo
De Deus ensinar a Lei,
Depois vieram os Vicentinos
Na década de oitenta veio.

O primeiro foi  Getúlio
Chegou  com disposição
Até hoje essa paróquia
São padres dessa missão,
Trabalhadores fieis
Com grande dedicação.

Vou terminar o meu cordel
Recitando uma canção:
É o Hino dessa terra
De minha composição.
“Eu te amo, Carinhanha
Dentro do meu coração.”

Revisão feita pelo autor.
15-03-2011.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Por que Jesus preocupou-se com Pedro?


POR QUE JESUS PREOCUPOU-SE COM PEDRO?
Texto de Honorato Ribeiro dos Santos.

“Ide pregai o evangelho a todos os povos”. Essa foi a mensagem de Jesus aos seus apóstolos e discípulos. Católica=universal: Para todos os povos. No ano de 304, da era cristã, o rei Constantino converteu-se ao cristianismo e organizou a igreja católica. Unindo estado e igreja, proibindo não haver mais perseguições aos cristãos. Baseando-se nas palavras de Jesus: “Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha igreja”... fez de Pedro=rocha, o líder e príncipe dos apóstolos, criando o primeiro papa de Roma . (Mt 16, 18-19). Desde então, a Igreja Católica Apostólica Romana, através do papa, poder clerical, hoje, cidade do Vaticano, Estado eclesiástico ou sacerdotal-monáquico, vivendo sua hierarquia. No decurso dos tempos do cristianismo, primeiro século, Mateus com sua comunidade, ao escrever seu evangelho, Pedro já havia morrido a uns vinte anos atrás. Havia os discípulos, apóstolos, - presbíteros ou bispo - diáconos, formando assim, uma hierarquia. Nessa hierarquia, Pedro era considerado o líder da comunidade cristã e responsável pela igreja nascente. Não há prova nenhuma nos evangelhos, que Pedro seria o responsável oficial da igreja ou papa, mas fazendo-se uma exegese recorrendo-se a historicidade da vida de Pedro com suas perguntas a Jesus, e Jesus lhe atendendo e esclarecendo, percebe-se que Jesus se preocupou muito com a continuidade dos seus ensinamentos cristológicos, sabendo-se que iria partir para o Pai, teria de deixar um dos seus apóstolos para dar continuidade o anúncio da Boa Nova. Jesus perguntou a Pedro, por três vezes, essa pergunta: “Simão, filho de João, você me ama? E Pedro confirmou esse amor.” Então Jesus lhe pediu: Apascenta as minhas ovelhas. (Jo. 21, 15-19). Jesus também fez uma oração para que Pedro não desfalecesse a sua fé e confirmasse aos outros os seus ensinamentos. Os evangelhos, também citam 171 vezes o nome de Pedro dialogando com Jesus. Ademais, Pedro conviveu com Jesus o tempo todo e foi o único que afirmou que Jesus era o Messias, o Filho de Deus. Foi o primeiro que acreditou na ressurreição de Jesus, quando Maria Madalena foi ao encontro dos apóstolos e dissera que Jesus havia ressuscitado. Imediatamente foi e viu o sepulcro limpo e os panos de linho na terra. (Lc. 24, 10-12). Paulo foi um grande apóstolo, mas não conheceu Jesus e nem conviveu com Ele. Foi Pedro que fez o primeiro discurso que foi entendido em várias línguas, convertendo muitos a serem cristãos. Naquele dia nasceu a Igreja com a primeira conversão dos que ouviram a mensagem de Pedro. Parece-nos que foi o único apóstolo a morrer crucificado, pelo cruel e perverso Nero, rei de Roma.
Foi em Antioquia que nasceu o cristianismo. Foi lá que Paulo fez o seu primeiro sermão e converteu muitos pagãos. Naquela época, o Império Romano dominava e se falava o latim, língua oficial de Roma. (At 11, 26). Flávio Josefo, historiador famoso, diz que Antioquia era a terceira cidade mais habitada do Império Romano. Lá era adorada a deusa Astarote. Lá se concentrava as igrejas católica romana e ortodoxa. No mundo cristão há 1.142 bilhões de católicos romanos latinos e orientais.
O protestantismo surgiu no século XVI, pelo fundador Martim Lutero, padre teólogo da Igreja Católica Apostólica Romana. Na igreja luterana não tem um representante universal. Houve uma dicotomia incomensurável, surgindo várias igrejas pentecostais. Cada uma governa por um pastor, mas não tem poder para com as outras igrejas. Não tem unidade. Já a Igreja Católica Apostólica Romana, todo clero obedece ao papa e esse é o bispo que representa o apóstolo Pedro. Quando há alguma crise social e religiosa, que precisa orientação com base na doutrina da fé o papa escreve suas encíclicas orientando o povo cristão, tanto no setor da vida espiritual, doutrinária, como no social e político; como exortando a todos para viverem a ética cristã e a moral com base nos ensinamentos de Jesus Cristo.
No Brasil, existe a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que mantém a unidade pastoral e doutrinária sem afastar da autoridade do papa ou seguir doutrina ou crença contra o que vem, desde princípio, a desobedecer a doutrina cristã vivida e anunciada pela Santa Sé. A Igreja Católica Apostólica é una no seu todo sem anátema ou apostasia. Todos obedecem ao Santo Padre, representante de Jesus e sucessor de Pedro. Essa sucessão é a continuidade doutrinária da fé cristã, sendo Jesus Cristo a pedra fundamental dessa igreja; Ele é a verdadeira Igreja, a cabeça e nós, os cristãos, o corpo místico. Ele, Igreja que vive entre nós; igreja peregrina santa, porém pecadora, que espera a ressurreição dos mortos e a vida que há de vir; somos os eleitos dessa igreja infalível: Jesus Cristo. É Nele que sustentamos a fé, esperança e caridade repleta do amor que Ele nos deu e mandou que nós vivêssemos unidos, amando-nos reciprocamente. Ser cristão é viver como o Cristo viveu: em ação, em verdade, em obras e testemunho fazendo a vontade do Pai como fora seu Filho primogênito, Jesus Cristo. Não  existe fé madura se não a fé do Cristo. Muitos dizem: “Eu tenho fé em Jesus”. Isso não é fé viva e sim uma crença vulnerável. Devemos dizer: Eu tenho a fé de Jesus Cristo. Jesus quando fazia um milagre sempre dizia: “A sua fé lhe salvou”. Jesus nunca disse “Você se salvou porque acreditou em mim”.
A Rocha é Jesus, a igreja que vive nos corações de quem Nele crer e O imita: anunciando, evangelizando, ora denunciando as injustiças políticas e sociais ora o fanatismo religioso, com cara de falso profeta. “Afastai de mim, não vos conheço”. Aí está o grande perigo da vida dos fanáticos e falsos pregadores que fazem do Cristo um milagreiro e não aquele que ensinou-nos a viver como irmãos amando-nos uns aos outros. Nesse mundo de separações e dicotomia política, social, étnica, e religiosa, todos, sem exceção, irão escutar a voz do Cristo Jesus: “Afastai-vos de mim; não vos conheço”. (Mt 7, 23).
Envie a seus amigos essa mensagem evangélica e seja um mensageiro de Deus.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O poeta e o papagaio

disponível Honorato Ribeiro:

O POETA E O PAPAGAIO.
Poesia de Honorato Ribeiro.

"Ouviram do Ipiranga
as margens plácidas"...
Epa! As margens ouviram?!
Ouviram sim.
Ouviram o quê?!
O brado retumbante.
O brado retumbante de quem?
De um povo heróico.
Heróico?! Povo heróico?!
Sim. Povo heróico, sim.
Qual o motivo pra tal heroísmo?
Por causa do penhor dessa igualdade.
Que igualdade? Está louco?
A igualdade da liberdade.
Liberdade? Que liberdade?
De viver na Pátria amada.
Agora ficou louco!
Louco eu? Por que?
Ninguém ama essa Pátria.
Por que não ama?
Porque mataram Zumbi.
Quem é esse Zumbi?
De quem está falando?
O herói da Pátria amada.
Nunca ouvi dizer!
Também não sabe que
"nossos bosques" não têm mais vida!
Sei, mas o IBAMA está aí
Pra quê? Enlouqueceu?
Não. Mas "se ergues da justiça
a clava forte"...
Vou calar a minha boca...
Não acredita?
Perdi as esperaças...
"Ó Pátria amada!"
Deveria ser "Idolatrada".
Fim.