AMOR ÁGAPE.
Crônica de Honorato Ribeiro dos
Santos.
A palavra mais usada pelo ser
humano é AMOR. Usam-se os compositores nas
suas composições, os namorados, os casais, os poetas, os seresteiros, nas
novelas, nos teatros, e os amigos e amigas repetem constantemente essa palavra
minúscula: AMOR. Mas o que é mesmo AMOR? É um substantivo abstrato, é um
sentimento interno na alma, no coração tão profundo que dói ser doer, mas arde
sem queimar. O amor só existe dentro do ser; ele não vive como o vento que
passa assoviando nos telhados das casas, nas noites de temporal. Mas é esse o
amor que o Mestre dos mestres ensinou-nos? Ele só é vivido no coração daquele
que quer viver, mesmo nos sofrimentos, nas dores e na agonia da própria morte, mas
o amor permanece nele sem queixume!
Segundo o padre Virgílio, ele
diz: “Bem sabemos que as palavras “eu te amo” infinitamente repetidas em todos
os tempos, em todas as latitudes do planeta, na maioria dos casos podem ser
apenas expressão provisória e vazia do sentimento humano”.
É essa a expressão de sentimento,
na maioria de quem usa voluntariamente, essa pequena palavra de quatro letras,
mas tem um valor supranatural e vai mais além do que a nossa imaginação. E como
entender o que Francisco de Assis diz: “Onde houver ódio, que eu leve o amor”!
E o ódio cresce incomensurável nos lares, na política, no esporte, na religião,
em cada esquina assassinam o amor por não compreenderem o que seria amar e
viver esse amor! O mundo é uma bola de neve que vai rolando sem parar cheia de
ódio, violência, incoerência, egoísmo e o amor sempre é cravado na cruz
cruelmente.
Assim afirma o padre Virgílio: “É
verdade, existe mesmo um tipo de amor que se manifesta e se afirma como
realidade oposta ao amor verdadeiro; como dilatação e sublimação ao próprio egoísmo.
Egoísmo que vive e se alimenta com a exploração da outra criatura, a qual, não
raro, acaba sendo destruída.”
Duas crenças invisíveis, abstratas e são as
mesmas naturezas: “Deus e o amor”. Quem ama ver Deus; quem não ama não ver nem
um e nem o outro. Na verdade, não são dois, mas a única pessoa. O mundo é um
redemoinho onde se procura, quer na religião, quer na sociedade ou no lar o
significado da palavra amor. Mas o egoísmo do próprio homem, que já nasceu respirando
pelas narinas, o ar contaminado da poluição que foi praticada pelo primeiro ser
humano, que apareceu na terra. O ser humano repete naturalmente sem perceber
que está sem compreender o que é amar o outro ou fazer o outro feliz. Cada qual
é livre de seguir o caminho que quiser, mas sem amar, sem destruir o egoísmo ou
egocentrismo dentro de si mesmo, tornando-se assassinar com o martelo e bater,
na cabeça dos pregos, para rasgar os punhos e os pés daquele que soubera nos
amar e ensinou-nos o significado do amor. O amor ágape é aquele que viveu nas
periferias, nas favelas, no meio dos excluídos, marginalizados, ladrões,
ébrios, prostitutas, e os sábios doutores, não são diferentes dos de hoje,
protestaram contra seus ensinamentos do amor universal. O amor universal foi
compreendido por seus seguidores, mas tiveram que dar as suas próprias vidas
como mártires, a fim de anunciar o AMOR. Milhares tombaram com suas vestes
brancas tingidas de vinho tinto de sangue do Mártir do Gólgota. O amor foi
assassinado e continua sê-lo! O amor é assim cheio de chagas no corpo todo, mas
se alegra com a justiça. O que sofremos hoje, na história negra do Brasil, é
realmente a falta de amor, que expulsaram de suas vidas e se transformaram em
hegemonia e adoradores do deus dinheiro. Por falta de amor a moral ruiu como
Sodoma e Gomorra e se transformou no Mar Morto! Sem amor tudo vira rio de lama.
Por isso o poeta diz: “Brasileiros, amai a terra em que nascestes”!
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