sábado, 31 de agosto de 2013

Sextea parte de o outro lado da mente.


 
Sexta parte de o outro lado da mente..
 
O carro era confortável e dava-me a impressão de que a gente estivesse em inércia dado o tamanho da velocidade do veículo. Eles me levaram num estádio de futebol. Entramos e nos acomodamos numa das bancadas todas acolchoadas e bem sofisticadas. Eu lhes perguntei: Quando houver uma disputa entre os times e um vencer, não haverá revolta e quebra-quebra a destruir essas cadeiras tão confortáveis? Respondeu-me, Antônio:
-Não, Marcus, todos os torcedores assistem ao futebol, como se estivessem assistindo a um filme ou uma peça teatral. Aqui, todos são admiradores e não torcedores. Assistem aplaudindo as jogadas de cada um jogador, como nós acostumamos dizer, gol de letra. Não há juiz e nem bandeirinhas, pois, cada um sabe as regras a não fazer falta violenta para contundir o adversário. Quando a bola sai à lateral, é com o pé que chuta. Não é com as mãos como o nosso futebol. Só quem pode pegar a bola com as mãos é o goleiro. Veja lá no centro do campo. Existe a linha divisória, o círculo e o ponto para sair a bola no início da partida. É igualzinho o nosso campo. Só com uma diferença. Há outras duas linhas, que dividem a linha  central e a linha onde ficam as traves. Essas duas linhas, quando há uma falta no espaço entre a linha central e ela é que se cobra a falta. Não há cartão amarelo e nem vermelho. Quando um jogador cansa e quer sair, dá sinal ao outro e ele entra no seu lugar. É uma disciplina espetacular e perfeita. Cada um é juiz da partida e de si mesmo; e cada um sabe as regras do futebol. Nenhum jogador disputa a bola fazendo falta para contundir o adversário. Preste atenção, pois, já vai começar a partida.
Começou a partida com o lançamento da bola no centro ao companheiro. Observei que, tanto a bola como o campo têm as mesmas características nossa. A demarcação do campo, as traves, as redes, as vestes dos jogadores são as mesma sem nenhuma diferença da nossa. Mas os jogadores têm uma habilidade com a bola nos pés, que me fez lembrar-se das jogadas do Mané Garrincha e a do Pelé. Só com uma grande diferença: Nenhum jogador joga a bola para trás para abrir a defesa. É um toque de bola perfeita e bem clássica. Até no sair da bola, no centro, quando começa a partida, é para frente, pois, lá já se acha um jogador para receber o passe. Parece jogo de xadrez. É uma coisa impressionante as jogadas deles. O toque de bola é perfeito e rápido. Lembrei do time espanhol onde Messi joga. A bola corre veloz e nenhum jogador dá balão como nossos jogadores lá da Terra com a bola, nem mesmo o goleiro. Tudo é no passe. O gramado é um tapete e não há buraco, nem quando pisa forte cavando com a chuteira. É compacto o gramado e não solta pedaços fazendo buraco. Quando há chuva, o gramado chupa a água para o fundo e é sugada toda água da chuva não deixando alagar-se. Fica úmido, porém sem se alagar. Fica normal e a bola corre como se não estivesse chovendo. As arquibancadas são todas cobertas não molhando os assistentes ou platéia. Plateia sim, pois, o povo assiste sem torcer, mas aplaudindo com muitas palmas as boas jogadas clássicas e bonitas de um craque. Nenhum jogador sai machucado. Disputam a bola sem agressão e sem falta forte. Sempre há o contacto físico, isso é normal, com o adversário, que cai no gramado macio sem si ferir.  Cai e se levanta. Não há maca e nem carro maca. Há o massagista, quando é preciso por levar alguma leve pancada. Dá massagem ou médico assiste normalmente e volta a jogar. São educados e jogam no toque de bola, que me pareceu um jogo de xadrez ou um jogo de dama. Jogam com inteligência e cálculos cronometrados. Há muitos gols e muitos aplausos pelos assistentes que levantam entusiasmados e contentes a bater palmas ao fazer uma linda jogada e dela sair o gol. Há televisão por todos os cantos do estádio, que as pessoas levam. Poderá assistir, sentados na arquibancada, com sua TV no seu colo. São portáteis e leves para carregar. Quando acaba a partida os que têm TV, tocam num botão e ela se fecha diminuindo o tamanho que poderão colocar na mochila ou numa bolsa. Terminou a partida e vi uma coisa muito bonita: as mulheres saem em filas primeiro; depois os idosos e atrás os jovens. Uma educação jamais vista por mim. Parece que é uma só família e um só coração. O amor e o respeito para com o outro, é impressionante. Parece que já vivem todos como se fosse o paraíso. Fiquei alegre e feliz, cheio de muita paz, que jamais eu sentira em toda a minha vida. Contudo, eu só me lembrava de minha família e a vontade louca de voltar para os meus.
Do estádio fomos para outros locais e tudo era diferente. As ruas são largas como uma avenida e todas arborizadas no centro e o asfalto de um lado, mão, do outro, contra mão. As árvores todas podadas e distantes uma da outra cinquenta metros. Todas no meio dos jardins. Não há árvore à frente de residência nenhum. Não se estacionam veículos à frente de residência nenhuma. É outro mundo diferente e com uma civilização que nunca imaginei. Os carros de passeios, quando chegam às suas residências, entram por um túnel por baixo da casa. Ninguém estaciona veículo na rua ou em frente de casa, quer comercial ou residencial. Poderá deixar em qualquer lugar pelo túnel de qualquer residência, mesmo não sendo a sua própria casa. Todos os veículos não fazem barulho e nem nave espacial, avião. Nada é poluente. Todo combustível é da água dos rios, dos lagos e mesmo do mar destilada. Nada é abastecido de petróleo. Tudo é silencioso. O povo passa pela calçada toda ornamentada em um piso bem cheio de figuras desenhos de aves, de peixes e de outros animais que não conheço.continuação no próximo capítulo...

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