A HISTORICIDADE DOS EVANGELHOS
Aqui iremos estudar profundamente a
historicidade dos evangelhos. Como sugiram e quando foram escritos. Não
foram escritos na Palestina e nem na
língua hebraica e aramaica, que era a
língua que Jesus falava. Foi escrito na língua
grega. [Passado para a Vulgata]. A escrita naquela época não tinha valor
nenhuma, mas sim a oral. Levaram muitos
anos os ensinamentos de Jesus oralmente a chegar a ser escritos. Foram
conservados e anunciados de boca em boca
com a pureza da fé sem adulterar nada
por ter maior valor do que a escrita. Muitas coisas se perderam e que não contém nos evangelhos; nada está completo nos
evangelhos e tudo é resumido com uma pedagogia doutrinária e catequética. Não se pode interpretar e afirmar que
tudo foi exatamente o que realmente está escrito nos relatos contidos neles. Os
evangelhos não são filmes e nem
jornalismo ou matérias de notícias de
manchetes ou para dar notícias exatas.
Tudo o que neles estão escritos não podemos ler e acreditar que foi desse jeito que Jesus ensinou e tudo
é como está escrito ao pé da letra. Primeiro
não havia gravador para gravar tudo o que Jesus
pregou durante a sua vida pública para ser exato ou aferível. Segundo
demorou mais de quarenta anos para
serem escritos. Aí se percebe ser difícil conservar tudo sem perder nada do que
foi dito por Jesus. Terceiro levaram
muito tempo para escrever, pois, eram manuscritos em pergaminhos e não foi de
uma só vez e não se pode acreditar que tudo que está narrado neles foi desse
mesmo jeito que Jesus falou.
Na cultura do povo era mais importante o anúncio de boca em boca e não lendo nos livros. Não
era como hoje que os livros têm valor maior do que discurso ou fala. Há relatos
dos anos vinte [da vida pública de
Jesus] e a maioria foi escritos pelos evangelistas depois que Jesus havia
morrido há mais de quarenta anos.
[Paulo foi o primeiro a escrever as suas epístolas, anos sessenta]. Muitas
coisas neles são escritos teológicos e
catequéticos que os evangelistas escreveram como formação da fé cristã.
[Não são relatos informativos]. Os escritos dos evangelhos são breves. [Difíceis de interpretar]. Como por exemplo:
“Acompanham-me que farei de vocês, não pescadores de peixes, mas de homens”. E
todos abandonaram as redes e o seguiram. Aqui é muito breve para se entender,
como aqueles pescadores se tornaram seus apóstolos somente a um convite a queima roupas. Veja como é breve: “Partindo dali, Jesus viu um
homem chamado Mateus, que estava sentado no posto do pagamento das taxas.
Disse-lhe: “Segue-me”. [Mt 9, 9]. O homem levantou-se e o seguiu”. Ele era
cobrador de impostos e ganhava muito dinheiro. Aqui o evangelista não explica
nada. É breve e sem clareza. Nenhum
evangelista estava interessado a escrever
história científica, pois, eles escreveram para formar e não para informar.
Não é como você vai à padaria e compra o pão já prontinho. Aqui, eles lhe fornecem o trigo, o fermento e todos os ingredientes, mas você é que irá
fazer o pão. O pão não nasce pronto; é preciso saber prepará-lo e bem para o
bom sabor. O entendimento da leitura dos evangelhos há o nível primeiro e o nível terceiro. O nível terceiro são os que
leem e dizem: É desse jeito que está escrito aqui. Foi Jesus que disse tudo
isso que estamos lendo, isto é, ao pé da letra como fundamentalistas. O nível primeiro são os que buscam entender com
base na cristologia, teologia e estudo da
hermenêutica e da historicidade para buscar a verdade. Houve um grande
progresso em estudo da teologia, cristologia e eclesiologia para entender com
profundeza os relatos dos evangelhos. Os evangelistas amavam a brevidade. Eles não sabiam o que era cristologia e nem eclesiologia. Houve um grande progresso e evolução das
interpretações teológicas e cristológica no decurso dos tempos até chegar a
nós. Eles não escreveram relatos jornalísticos
e nem biográfico da vida de Jesus. Eles escreveram com inspiração divina
porque Jesus Cristo ressuscitou
vencendo a morte e apareceu a muitos. [Mais de quinhentas pessoas]. Eles
escreveram como forma de doutrina
catequética e pastoral para comprovar que Jesus é mesmo o Messias; o que Israel esperava para a libertação e
salvação de todos. São relatos genuinamente
teológicos e não livro de história
comprovando que foi desse jeito que tudo aconteceu como se ler ou como está
escrito. Nada foi ao vivo. Os relatos que aconteceram de fato como estão
escritos, são os que todos os evangelistas
e Paulo escreveram com homogeneidade. Estes deveras, saíram da boca de Jesus Cristo. Não há dúvida nenhuma. Todos os
relatos são breves e cheios de simbologia,
metáforas, parábolas, hipérboles e alegorias.
Quem não entender de hermenêutica não
vai entender nada ao ler qualquer texto da Bíblia. Mesmo no Antigo Testamento
os relatos do Pentateuco foram por muitos anos, anunciados de boca em boca sem
a escrita. No evangelho de João, afirma que Jesus é o pão descido do céu, que
ele é o bom pastor... Mas Jesus nunca disse que Ele era o filho de Deus, que ele era o Messias, que ele era Deus, que ele era
o rei de Israel, que ele era a segunda pessoa da Santíssima trindade, que ele era o bom pastor e todas as
prerrogativas; que ele iria morrer para salvação da humanidade. São relatos
formativos dos evangelistas às suas comunidades de fé. Se, se falamos, hoje,
que Jesus é Deus é por causa do
avanço da cristologia e da teologia
que avançou bastante e andou juntamente com o progresso da evolução. Jesus é
Deus porque desafiou a ciência
curando cego de nascença, aleijados, ressuscitou várias pessoas que já havia
morrido e ressuscitou a si mesmo se ascendendo aos céus. Aqui é realmente o que
Jesus realizou e o que está escrito nos quatro
evangelhos. Como por exemplo: quando todos falam sobre a eucaristia. Mas a maioria são
ensinamentos catequéticos e pastorais que os evangelistas escreveram para as
suas comunidades. O que lemos hoje, nos relatos dos evangelhos foram escritos
nos anos setenta, oitenta e cinco e noventa; e poucas coisas foram relatos dos
anos vinte da vida pública de Jesus. Naquela época, não havia gravador para gravar tudo que Jesus ensinou e nem filmadora
para registrar exatamente tudo o que ele falou como está escritos nos
evangelhos. Será uma ingenuidade ao afirmar: Foi desse jeito mesmo que Jesus
falou, pois, está escrito na Bíblia, nos evangelhos. Os relatos dos evangelhos
foram escritos pelos evangelistas como relatos formativos e não informativos
como se ler num jornal. Há relatos reais, dos anos vinte que realmente podemos
dizer que foi Jesus realmente que falou, pois, os evangelistas não iriam
inventar e seria impossível, pois, tanto os judeus, como os pagãos ou outras
crenças, não aceitam o que narram nos evangelhos. Como por exemplo: os relatos
do divórcio, da eucaristia, da sua condenação perante Pilatos, a sua Paixão,
morte, ressurreição... Porque todos relatam com a mesma precisão. É uma prova
cabal de que foi realmente Jesus que falou nos anos vinte de sua pregação. Por
exemplo: A santa ceia, a eucaristia o
relato da paixão e morte e a ressurreição, estão nos quatro
evangelhos, os Atos dos Apóstolos e as epístolas de Paulo falam com a mesma
linguagem com precisão igualmente. E nenhum sabia do outro o que estava
escrevendo, pois, cada um estava distante um do outro em outro lugar. Falam
todos contra o divórcio e o
adultério, mas o judaísmo aceita e outras religiões. Eles não iriam inventar
uma coisa dessa a enfrentar grandes obstáculos nas suas pregações a anunciar o
evangelho, o Reino de Deus. [Até hoje há polêmica sobre o divórcio].
Os evangelhos foram escritos em forma de catequese para se seguir o Mestre, Jesus Cristo, pois, os relatos
que neles contém, na sua maioria, é uma forma de catequese, uma pastoral, para
os cristãos imitarem Jesus e terem a fé
de Jesus, pois, somente Deus pode operar
milagres. E todos os milagres narrados nos evangelhos, na sua maioria,
foram operados por Jesus. E o maior
deles foi a sua ressurreição e ascensão.
Aqui é de fato narração dos anos trinta após a Paixão. Tudo foi inspirado pelo
Espírito Santo o Novo e o Antigo Testamento. Sabemos que a Bíblia é a palavra
de Deus, mas não podemos dizer que o que tem nela, principalmente nos
evangelhos, foi realmente tudo o que
Jesus ensinou e pregou. Ainda faltam muitos escritos que se perderam ao longo
dos tempos. Como muitas cartas de Paulo
se perderam. Os evangelistas amavam escrever os relatos breves. Como foi que
chegamos a entender o que estaria nas breves
palavras contidas nos evangelhos? Foi o estudo da teologia, da cristologia dos grandes doutores de exegese e de hermenêutica para nos esclarecer à luz da verdade e da sabedoria
dos ensinamentos que neles estão brevemente
relatados em forma de catequese. Portanto, deva compreender bem com clareza
os relatos breves que estão escritos nos evangelhos e conhecer também onde
estão inseridos neles as glosas. Tem de ter o conhecimento do que venha a ser
glosas e da teologia ou receber orientações
catequéticas de quem estudou teologia para não cair na ingenuidade de dizer
que é assim mesmo como está escrito. Foi Jesus quem disse. Há muitas glosas nos
relatos dos evangelhos, que foram inseridos depois por outros relatores e que
não se encontram nos originais. [Pergaminhos]. Houve muita polêmica entre os
exegéticos, doutores teólogos para serem retiradas dos evangelhos as glosas.
Somente no Concílio de Trento, que foram aprovados o que contém nos evangelhos.
Os quatro evangelhos são canônicos. O que escrevi, aqui, nesse relato a
historicidades dos evangelhos são explicações teológicas; não é homilia e nem
catequese. Por tanto, não poderá o leitor afirmar que não seja verdadeiro o que
escrevi.
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