segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A HISTORICIDADE DOS EVANGELHOS.



A HISTORICIDADE DOS EVANGELHOS

Aqui iremos estudar profundamente a historicidade dos evangelhos. Como sugiram e quando foram escritos. Não foram escritos na Palestina e nem na língua hebraica e aramaica, que era a língua que Jesus falava. Foi escrito na língua grega. [Passado para a Vulgata]. A escrita naquela época não tinha valor nenhuma, mas sim a oral. Levaram muitos anos os ensinamentos de Jesus oralmente a chegar a ser escritos. Foram conservados e anunciados de boca em boca com a pureza da fé sem adulterar nada por ter maior valor do que a escrita. Muitas coisas se perderam e que não contém nos evangelhos; nada está completo nos evangelhos e tudo é resumido com uma pedagogia doutrinária e catequética. Não se pode interpretar e afirmar que tudo foi exatamente o que realmente está escrito nos relatos contidos neles. Os evangelhos não são filmes e nem jornalismo ou matérias de notícias de manchetes ou para dar notícias exatas. Tudo o que neles estão escritos não podemos ler e acreditar que foi desse jeito que Jesus ensinou e tudo é como está escrito ao pé da letra. Primeiro não havia gravador para gravar tudo o que Jesus pregou durante a sua vida pública para ser exato ou aferível. Segundo demorou mais de quarenta anos para serem escritos. Aí se percebe ser difícil conservar tudo sem perder nada do que foi dito por Jesus. Terceiro levaram muito tempo para escrever, pois, eram manuscritos em pergaminhos e não foi de uma só vez e não se pode acreditar que tudo que está narrado neles foi desse mesmo jeito que Jesus falou.
Na cultura do povo era mais importante o anúncio de boca em boca e não lendo nos livros. Não era como hoje que os livros têm valor maior do que discurso ou fala. Há relatos dos anos vinte [da vida pública de Jesus] e a maioria foi escritos pelos evangelistas depois que Jesus havia morrido há mais de quarenta anos. [Paulo foi o primeiro a escrever as suas epístolas, anos sessenta]. Muitas coisas neles são escritos teológicos e catequéticos que os evangelistas escreveram como formação da fé cristã. [Não são relatos informativos]. Os escritos dos evangelhos são breves. [Difíceis de interpretar]. Como por exemplo: “Acompanham-me que farei de vocês, não pescadores de peixes, mas de homens”. E todos abandonaram as redes e o seguiram. Aqui é muito breve para se entender, como aqueles pescadores se tornaram seus apóstolos somente a um convite a queima roupas. Veja como é breve: “Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, que estava sentado no posto do pagamento das taxas. Disse-lhe: “Segue-me”. [Mt 9, 9]. O homem levantou-se e o seguiu”. Ele era cobrador de impostos e ganhava muito dinheiro. Aqui o evangelista não explica nada. É breve e sem clareza. Nenhum evangelista estava interessado a escrever história científica, pois, eles escreveram para formar e não para informar. Não é como você vai à padaria e compra o pão já prontinho. Aqui, eles lhe fornecem o trigo, o fermento e todos os ingredientes, mas você é que irá fazer o pão. O pão não nasce pronto; é preciso saber prepará-lo e bem para o bom sabor. O entendimento da leitura dos evangelhos há o nível primeiro e o nível terceiro. O nível terceiro são os que leem e dizem: É desse jeito que está escrito aqui. Foi Jesus que disse tudo isso que estamos lendo, isto é, ao pé da letra como fundamentalistas. O nível primeiro são os que buscam entender com base na cristologia, teologia e estudo da hermenêutica e da historicidade para buscar a verdade. Houve um grande progresso em estudo da teologia, cristologia e eclesiologia para entender com profundeza os relatos dos evangelhos. Os evangelistas amavam a brevidade. Eles não sabiam o que era cristologia e nem eclesiologia. Houve um grande progresso e evolução das interpretações teológicas e cristológica no decurso dos tempos até chegar a nós. Eles não escreveram relatos jornalísticos e nem biográfico da vida de Jesus. Eles escreveram com inspiração divina porque Jesus Cristo ressuscitou vencendo a morte e apareceu a muitos. [Mais de quinhentas pessoas]. Eles escreveram como forma de doutrina catequética e pastoral para comprovar que Jesus é mesmo o Messias; o que Israel esperava para a libertação e salvação de todos. São relatos genuinamente teológicos e não livro de história comprovando que foi desse jeito que tudo aconteceu como se ler ou como está escrito. Nada foi ao vivo. Os relatos que aconteceram de fato como estão escritos, são os que todos os evangelistas e Paulo escreveram com homogeneidade. Estes deveras, saíram da boca de  Jesus Cristo. Não há dúvida nenhuma. Todos os relatos são breves e cheios de simbologia, metáforas, parábolas, hipérboles e alegorias. Quem não entender de hermenêutica não vai entender nada ao ler qualquer texto da Bíblia. Mesmo no Antigo Testamento os relatos do Pentateuco foram por muitos anos, anunciados de boca em boca sem a escrita. No evangelho de João, afirma que Jesus é o pão descido do céu, que ele é o bom pastor... Mas Jesus nunca disse que Ele era o filho de Deus, que ele era o Messias, que ele era Deus, que ele era o rei de Israel, que ele era a segunda pessoa da Santíssima trindade, que ele era o bom pastor e todas as prerrogativas; que ele iria morrer para salvação da humanidade. São relatos formativos dos evangelistas às suas comunidades de fé. Se, se falamos, hoje, que Jesus é Deus é por causa do avanço da cristologia e da teologia que avançou bastante e andou juntamente com o progresso da evolução. Jesus é Deus porque desafiou a ciência curando cego de nascença, aleijados, ressuscitou várias pessoas que já havia morrido e ressuscitou a si mesmo se ascendendo aos céus. Aqui é realmente o que Jesus realizou e o que está escrito nos quatro evangelhos. Como por exemplo: quando todos falam sobre a eucaristia. Mas a maioria são ensinamentos catequéticos e pastorais que os evangelistas escreveram para as suas comunidades. O que lemos hoje, nos relatos dos evangelhos foram escritos nos anos setenta, oitenta e cinco e noventa; e poucas coisas foram relatos dos anos vinte da vida pública de Jesus. Naquela época, não havia gravador para gravar tudo que Jesus ensinou e nem filmadora para registrar exatamente tudo o que ele falou como está escritos nos evangelhos. Será uma ingenuidade ao afirmar: Foi desse jeito mesmo que Jesus falou, pois, está escrito na Bíblia, nos evangelhos. Os relatos dos evangelhos foram escritos pelos evangelistas como relatos formativos e não informativos como se ler num jornal. Há relatos reais, dos anos vinte que realmente podemos dizer que foi Jesus realmente que falou, pois, os evangelistas não iriam inventar e seria impossível, pois, tanto os judeus, como os pagãos ou outras crenças, não aceitam o que narram nos evangelhos. Como por exemplo: os relatos do divórcio, da eucaristia, da sua condenação perante Pilatos, a sua Paixão, morte, ressurreição... Porque todos relatam com a mesma precisão. É uma prova cabal de que foi realmente Jesus que falou nos anos vinte de sua pregação. Por exemplo: A santa ceia, a eucaristia o relato da paixão e morte e a ressurreição, estão nos quatro evangelhos, os Atos dos Apóstolos e as epístolas de Paulo falam com a mesma linguagem com precisão igualmente. E nenhum sabia do outro o que estava escrevendo, pois, cada um estava distante um do outro em outro lugar. Falam todos contra o divórcio e o adultério, mas o judaísmo aceita e outras religiões. Eles não iriam inventar uma coisa dessa a enfrentar grandes obstáculos nas suas pregações a anunciar o evangelho, o Reino de Deus. [Até hoje há polêmica sobre o divórcio].
Os evangelhos foram escritos em forma de catequese para se seguir o Mestre, Jesus Cristo, pois, os relatos que neles contém, na sua maioria, é uma forma de catequese, uma pastoral, para os cristãos imitarem Jesus e terem a fé de Jesus, pois, somente Deus pode operar milagres. E todos os milagres narrados nos evangelhos, na sua maioria, foram operados por Jesus. E o maior deles foi a sua ressurreição e ascensão. Aqui é de fato narração dos anos trinta após a Paixão. Tudo foi inspirado pelo Espírito Santo o Novo e o Antigo Testamento. Sabemos que a Bíblia é a palavra de Deus, mas não podemos dizer que o que tem nela, principalmente nos evangelhos, foi realmente tudo o que Jesus ensinou e pregou. Ainda faltam muitos escritos que se perderam ao longo dos tempos. Como muitas cartas de Paulo se perderam. Os evangelistas amavam escrever os relatos breves. Como foi que chegamos a entender o que estaria nas breves palavras contidas nos evangelhos? Foi o estudo da teologia, da cristologia dos grandes doutores de exegese e de hermenêutica para nos esclarecer à luz da verdade e da sabedoria dos ensinamentos que neles estão brevemente relatados em forma de catequese. Portanto, deva compreender bem com clareza os relatos breves que estão escritos nos evangelhos e conhecer também onde estão inseridos neles as glosas. Tem de ter o conhecimento do que venha a ser glosas e da teologia ou receber orientações catequéticas de quem estudou teologia para não cair na ingenuidade de dizer que é assim mesmo como está escrito. Foi Jesus quem disse. Há muitas glosas nos relatos dos evangelhos, que foram inseridos depois por outros relatores e que não se encontram nos originais. [Pergaminhos]. Houve muita polêmica entre os exegéticos, doutores teólogos para serem retiradas dos evangelhos as glosas. Somente no Concílio de Trento, que foram aprovados o que contém nos evangelhos. Os quatro evangelhos são canônicos. O que escrevi, aqui, nesse relato a historicidades dos evangelhos são explicações teológicas; não é homilia e nem catequese. Por tanto, não poderá o leitor afirmar que não seja verdadeiro o que escrevi.

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