O PAI DO FILHO REBELDE.
Crônica de Honorato Ribeiro dos
Santos.
Para mim é uma das estórias
criadas por Jesus a mais bela e a mais completa vivência do cristianismo. Ela é
uma verdadeira pedagogia para o ser humano se adentrar e refletir o que
significa a vida ou como deva viver. O que é viver sem si conhecer primeiro a
amar a Deus? Quem sou eu, de onde vim, para onde vou? O homem, o único animal,
que sabe que um dia irá morrer e enterrado numa terra fria para os germes
consumirem. Ainda há um grande mistério para o homem saber, que seja ele o mais
culto: Que dia vai morrer, onde vai morrer e de que vai morrer. Só sabe que vai
morrer e não leva nada daqui, senão as suas loucuras e talvez as suas belas
obras de caridade, de amor e perdão. Mas essa linda estória se transformou numa
verdadeira História da Humanidade. Ela é minha, sua, de todos sem exceção. A
maioria conhece essa história de um pai bondoso, compreensivo, misericordioso
para com o filho rebelde. Não digo que ele seja rebelde, digo que essa personagem
é a personificação de todos os jovens de ontem, de hoje e do porvir. Não há
idade de ser uma personificação, não. Sobretudo nesse mundo materialista,
consumista e sexo-alista e dominado pelo vício das drogas e da carne. Os pré-conceitos
são vividos desde o útero da mãe; se se for educado num pré-conceito do pai
dessa história, será revivido e acolhido na casa paternal com festa.
Quem é esse jovem esbanjador da
herança desse pai tão rico? Há, entretanto, várias diversidades e alternativas
no mundo de hoje. Uns recebem do pai a herança da inteligência e se diplomam em
faculdade e tornam-se eloquentes oradores, parlamentares e depois se corrompem,
perdendo a moral, que o pai lhe deu gratuitamente, pois este pai é um pai
gratuito. Outros, em outras áreas são assassinos natos de si e da sociedade.
Outros negam a riqueza da natureza, não agradecem o ar que respiram, a água que
mata as suas sedes, a saúde, etc. Sabe o que a história quer nos dizer? Que
todo ser humano é esbanjador, e só reconhece a riqueza esbanjada do Pai, quando
está numa situação qual Jó: perde tudo, entra em depressão, acaba o poder e a
riqueza. Aí volta à casa do pai a pedir-lhe perdão; se caso tenha um coração
aberto para pedir-lhe perdão! Pródigos, somos todos carregados do veneno do
pecado mortal. Sim, porque somos como o outro irmão arrogante, materialista,
prepotente e só sabe valorizar o que é material, mas o amor, o perdão, a vida
espiritual, jamais! O ódio ao irmão esbanjador ele se enche de inveja e vai
reclamar o pai. Quantas vezes nós reclamamos desse pai, porque outrem tem
saúde, riqueza, oportunidade, vive numa mordomia e cheio de fama e fás e nós
excluídos, pobres sem eira e sem beira! Nunca se alegra e se contenta com o que
tem. E o pai convida para participar do grande banquete de seu Reino. Será que
ele aceitou alegremente participar daquela festa que o pai ofereceu ao irmão
rebelde? A história não afirma, só há o convite e a explicação do amor e o
perdão. Eis o ponto eficaz dessa história real e perfeita: “O amor e o perdão”.
Quem vive o amor e o perdão conhece a si mesmo, sabe amar e perdoar, pois eu
não posso orar a Deus se não conheço a mim mesmo. Quem sou? Sou pródigo ou não?
Pródigo é o que reconhece os seus erros e pede perdão, se converte a cai nos
braços desse Pai misericordioso que o chamamos de Deus. Como a nossa mãe já nos
gerou pecadores, somos todos pródigos e Deus é o Pai misericordioso que nos
ama, mesmo sendo esbanjadores de sua imensa riqueza gratuita. “Se me
perguntarem quem é este Pai misericordioso, não sei responder; mas se não me
perguntarem, eu sei que é Ele”. Para mim, esse jovem rebelde está bem perto de
cada um de nós, e as manchetes anunciam toda hora, aqui, e no mundo
cibernético. Há, entretanto, os fãs dos esbanjadores e outros contras, mas não
deixam um e outro de serem esbanjadores do Pai misericordioso.
Pilatos perante o Deus encarnado
perguntou-lhe: O que é verdade? Este homem que se tornou o dono, o autor dessa
História, ficou calado. E você, caro leitor, sabe o que é verdade? Você estudou
filosofia, teologia para saber o que é verdade? Quem é superior a Lei? O Juiz
aplica a lei sobre o infrator, e nisso, ele age como deus não sendo Deus. A lei
se torna justa e misericordiosa buscando a verdade e destruindo a mentira e o
poder esbanjador. Somos pródigos arrependidos, quando voltamos a não ser mais
esbanjadores e reconhecermos os erros que cometemos perante a justiça. O justo
não precisa de Lei; os injustos detestam a lei e a quem aplica com retidão, é
forte como Sansão, o juiz do povo hebreu. Esta é a força de Sansão: Juiz forte
e decisivo para julgar com retidão.
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