O EU SOU EU DE CORPO E ALMA.
Crônica de Honorato Ribeiro dos
Santos.
O eu que sou, que penso, que ajo,
que amo o outro, pedaço de mim, imortal como o meu “eu”. Não somos diferentes e
nem estranhos, basta “crer”. Se eu creio que sou eu que penso, creio em outro
ser Supremo que me fez assim eternamente sem que me separe dos meus ossos e de
minha carne. Assim como os meus ossos não poderão se separar da minha carne, esta
não poderá sobre-existir sem o sangue que corre em minhas veias, pelo cor-ação
que impulsa o meu”eu” que sou, agora, hoje e o
amanhã na espera do porvir para partir numa vertical para o infinito “Cosmo” que me criou
sendo eu igual à sua semelhança: Ele,
o “Logos” o “Trinitário”, e como primícia
faço parte de sua mística de um corpo inteiro que, como um corpo visível,
tocável, em sua transubstanciação, dá-me o alimento a meu eu que sou a fazer parte dessa mística.
Como penso, como ajo, como vivo
em mim mesmo, o “eu” que sou eternamente, não preciso tomar “cicuta” para provar
que sou eu, aqui e lá; como o sou aqui,
sou lá o mesmo eu, sem separação dos meus
ossos e a minha carne renovada e perfeita do eu que sou agora: que
penso, que ajo e que sou livre de
pensar, de criar e de afirmar que o meu eu, sou eu mesmo e não haverá substituto de meu todo, pois sou “eu” insubstituível, como um corpo
não poderá permanecer no mesmo espaço de outro corpo, sou eu no meu próprio
espaço.
Mas preciso conhecer-me primeiro
e que o meu eu que sou, sei quem o sou para depois saber quem é o outro, meu
semelhante, e aquele que me criou à sua semelhança. O eu da minha existência,
desde o ventre de minha mãe, gratuitamente recebi um espírito como ainda sendo
embrião; assim a vida do meu eu transformou-se num ser humano inviolável. O eu
que sou, serei eternamente o mesmo eu de agora e para sempre serei eu. Como
ninguém pode entrar num rio duas vezes, assim, também, eu não posso nascer nem
biologicamente e nem espiritualmente duas vezes ou mais vezes, pois o eu que
sou, serei sempre até encontrar o meu lugar que está preparado para a minha
nobreza e primícia daquele que me gerou. Quem sou eu? Sou aquele que nasci, que
vivi, que sonhei, que realizei o sonho de crer Naquele que prenhe do Espírito,
deu-me a graça santificante de ser-me com Ele o “eu” que sou. A minha consciência do meu eu é tão mística
como é mistério o infinito, as galáxias,
os sois, a força do “Cosmos” que se
tornou a perfeição de toda a humanidade. Por isso “eu” o sou eu mesmo até
o porvir.
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