segunda-feira, 30 de maio de 2016

O NATURAL E O SOBRENATURAL




 FÉ E A RAZÃO.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.

São duas coisas harmônicas, inseparáveis, irmãs gêmeas no útero que são: a fé e a razão. Mas a fé não poderá ser a razão e nem, a razão poderá ser fé, porém, as duas se unem para a crença de quem crer sem ver; e vendo não tem dúvida de que ela se chama: Amor. Quem ama ver sem tocar, sem apalpar, pois, vê com os olhos internos da alma espiritual. Quando alguém afirma que ele está com a razão, vêm as questões a sabatinar-lhe, até que chega a voz da justiça e da verdade. Essa razão houve uma fé enorme e segura de não perder a fé de que ele tem razão e ninguém poderá lhe condenar.
Assim como um pássaro não poderá viver sem uma das asas; e que não poderá viver sem voar, assim também é a fé, que precisa viver com a razão. E o que seria, então, da fé sem a razão de afirmar-se que tem fé? É querer o pássaro voar somente com uma asa; é impossível, assim será também aquele que tem fé sem a razão, pois não poderá subornar quem lhe deu o dom. Mas o que significa ter fé sem razão? Significa que a pessoa tem uma fé cega, imaginária sem conhecimento nenhum daquilo que se crer. Crer é a ação do agir natural e do agir sobrenatural. O natural é quem tem o dom de ser um grande artista, de ser famoso, de ter status na mídia e nas manchetes, contudo o seu mundo é o natural. O sobrenatural, que é a razão da graça doada a ele de receber o dom gratuitamente de ser um grande artista, ele não age com amor e justiça, principalmente a comer o pão com manteiga sozinho. É natural a sua fé sem ligar no Divino que é o sobrenatural; ele é gratuito e dá o dom à alguém que não pediu e recebeu sem agradecer-lhe. Quando recebeu, transformou-se num avaro. Em sendo, come o pão com manteiga e se esquece de tantos Lázaros à sua porta almejando uma migalha a cair da mesa e que ele possa matar sua fome. Agora, fui claro e bem profundo em dizer que a fé sem a razão é como um pássaro que não poderá voar porque lhe falta a outra asa. Então, diremos que a fé e a razão devam ser como foi a vida do Santo de Assis, que renunciou tudo desse mundo a praticar a fé com a razão; a fé natural e sobrenatural: “Onde houver ódio que eu leve  o amor”. “Servir e não ser servido; amando sem ser amado, pois é dando que se recebe para a vida eterna”.
“O que é que sou sem Jesus”? É uma canção bonita, mas faltam-lhe os ingredientes para o fabrico do pão a ser enviada para tantos Lázaros por este mundo afora! O mais importante da fé cristã é a sabedoria da história do cristianismo, pois, sem saber como viveram os cristãos primitivos, após a ressurreição de Jesus, é ter uma fé ingênua, pois lhe falta a razão de ter fé; contudo a nossa fé com razão seja involuntária, mas tem base na pedra fundamental que é Aquele que viveu o tempo todo servindo e sem ser servido. Fé e razão são construídas na caridade e no amor. Quem fez esta frase deva ser um grande sábio da fé natural e sobrenatural: “Seja como o sândalo que perfuma o machado que o fere”. A fé e a razão é o amor e o perdão. 

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