quinta-feira, 19 de maio de 2016

O HOMEM DESCONHECIDO E RADICAL.




ELE FOI RADICAL E SUBVERSIVO.
Crônica de Honorato Ribeiro dos Santos.
Ele morava numa cidade pequena, na zona rural. Cresceu entre os seus e como operário viveu; continuou sendo operário diferente e bem deferente para com todos. Convidou um grupo de jovens e se tornou um grande professor. Era um grande peripatético que, enquanto caminhava com seus amigos, ele ensinava a viver em outra direção bem radical. Sua fama espalhou-se por todos os cantos e multidões aglomeraram para ouvir os seus ensinamentos.  A sua maneira de viver e de ensinar era bem diferente de todos os mestres de sua época, pois os seus ensinamentos eram de uma vida trinitária com uma única verdade de todos terem um único Pai, que ele o chamava de Abba, e todos  pertencerem a uma só família sem dicotomia, sem  ideias antagônicas e somente um Senhor: Abba. Ele derrubou os pilares de hipocrisia, as barreiras de preconceitos, os tabus, as tradições arcaicas; e começou um novo êxodo de libertação.
O senhor era o nome dos reis que se diziam divinos, mas viviam em palácios e os demais eram seus súditos e escravos. Ele nasceu entre um povo que era considerado da família “Anauim”, que desprezava as riquezas e acúmulo de bens materiais. Viveu como pobre no meio dos pobres. Assim ele conviveu como pobres e no meio dos que vivia na pobreza, na miséria, inteira exclusão social e religiosa. Ele amava e vivia dando valor e humanizando os excluídos, por exemplo as prostitutas, os ébrios, ladrões, leprosos e outros milhares de condenados que não tinham uma vida digna de um ser humano. Por isso foi visto como um subversivo, um radical e que seus ensinamentos era de um revolucionário, que não agradava aos que viviam no topo da pirâmide e respeitados como doutores e sábios. O cetro e o cerne de seus ensinamentos se baseavam em três pilares: Amor, perdão e justiça. Com a prática dessa pedra fundamental, ele formou-se uma única sociedade política e religiosa: Todos são iguais em direito e com os mesmos valores éticos e moral. Não há distinção entre raças e credo; um só caminho e uma só verdade. Porque ensinou a união com base no amor, condenaram-no à morte mais brutal: a do Gólgata. Já passaram mais de XX séculos e muitos se alvoroçam em segui-lo, mas muito de longe, pois terão de viver com os três pilares: Amor, perdão e justiça; mas se tornaram difícil ao homem aceitar viver essa vida, esses ensinamentos radicais. Ele disse uma dura verdade que não é palavra filosófica: “Creio em um só Deus;” Ele e eu somos as mesmas pessoas; quem me vê, vê-lo-á em espírito e em verdade. Quem quiser aprender e viver os meus ensinamentos eis o caminho: “Quem amar mais seu pai, sua mãe, seus irmãos, seus amigos, suas pertenças, suas terras, o ouro e a prata mais do que a mim, estão longe de mim, mesmo que me chamam e proclamam o meu nome, pois o meu nome se chama: AMOR”.
Como é difícil hoje seguir os ensinamentos desse taumaturgo! Muitos apregoam a teologia da prosperidade usando o seu nome! Mas lhes faltam o viver como Ele viveu e ensinou. Como é difícil viver como o Homem de Nazaré! Mas houve um convertido que afirmou: “Viver para mim é Cristo, morrer para mim é lucro”.

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