ELE FOI RADICAL E SUBVERSIVO.
Crônica
de Honorato Ribeiro dos Santos.
Ele morava
numa cidade pequena, na zona rural. Cresceu entre os seus e como operário
viveu; continuou sendo operário diferente e bem deferente para com todos.
Convidou um grupo de jovens e se tornou um grande professor. Era um grande peripatético
que, enquanto caminhava com seus amigos, ele ensinava a viver em outra direção
bem radical. Sua fama espalhou-se por todos os cantos e multidões aglomeraram
para ouvir os seus ensinamentos. A sua
maneira de viver e de ensinar era bem diferente de todos os mestres de sua
época, pois os seus ensinamentos eram de uma vida trinitária com uma única
verdade de todos terem um único Pai, que ele o chamava de Abba, e todos pertencerem a uma só família sem dicotomia,
sem ideias antagônicas e somente um
Senhor: Abba. Ele derrubou os pilares de hipocrisia, as barreiras de
preconceitos, os tabus, as tradições arcaicas; e começou um novo êxodo de
libertação.
O senhor era o
nome dos reis que se diziam divinos, mas viviam em palácios e os demais eram
seus súditos e escravos. Ele nasceu entre um povo que era considerado da
família “Anauim”, que desprezava as riquezas e acúmulo de bens materiais. Viveu
como pobre no meio dos pobres. Assim ele conviveu como pobres e no meio dos que
vivia na pobreza, na miséria, inteira exclusão social e religiosa. Ele amava e
vivia dando valor e humanizando os excluídos, por exemplo as prostitutas, os
ébrios, ladrões, leprosos e outros milhares de condenados que não tinham uma
vida digna de um ser humano. Por isso foi visto como um subversivo, um radical
e que seus ensinamentos era de um revolucionário, que não agradava aos que
viviam no topo da pirâmide e respeitados como doutores e sábios. O cetro e o
cerne de seus ensinamentos se baseavam em três pilares: Amor, perdão e justiça.
Com a prática dessa pedra fundamental, ele formou-se uma única sociedade
política e religiosa: Todos são iguais em direito e com os mesmos valores
éticos e moral. Não há distinção entre raças e credo; um só caminho e uma só
verdade. Porque ensinou a união com base no amor, condenaram-no à morte mais
brutal: a do Gólgata. Já passaram mais de XX séculos e muitos se alvoroçam em
segui-lo, mas muito de longe, pois terão de viver com os três pilares: Amor,
perdão e justiça; mas se tornaram difícil ao homem aceitar viver essa vida, esses
ensinamentos radicais. Ele disse uma dura verdade que não é palavra filosófica:
“Creio em um só Deus;” Ele e eu somos as mesmas pessoas; quem me vê, vê-lo-á em
espírito e em verdade.
Quem quiser aprender e viver os meus ensinamentos eis o
caminho: “Quem amar mais seu pai, sua mãe, seus irmãos, seus amigos, suas
pertenças, suas terras, o ouro e a prata mais do que a mim, estão longe de mim,
mesmo que me chamam e proclamam o meu nome, pois o meu nome se chama: AMOR”.
Como é difícil
hoje seguir os ensinamentos desse taumaturgo! Muitos apregoam a teologia da
prosperidade usando o seu nome! Mas lhes faltam o viver como Ele viveu e
ensinou. Como é difícil viver como o Homem de Nazaré! Mas houve um convertido
que afirmou: “Viver para mim é Cristo, morrer para mim é lucro”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário