O HOMEM DE NAZARÉ.
Crônica
de Honorato Ribeiro dos Santos.
Antes do
século primeiro de nossa era, o povo hebreu e outros povos já esperavam por um
Messias libertador da humanidade. Os profetas anunciavam-no, os saltérios
também. Ele veio, mas não pelo poder dos homens, contudo, como relatam Lucas e
Mateus, ele nasceu de uma virgem sem sexo humano.
No tempo do
império Romano, o homem que nasceu numa cidade paupérrima, Nazaré, duma família
que desprezava o acúmulo de riqueza e de bens materiais, chamada de “Anauim”,
cresceu trabalhando como carpinteiro, o homem de Nazaré por nome Jesus. A sua
vida oculta só apareceu, quando completou trinta anos de idade. Procurou ser
discípulo Dele pobres pescadores e saiu anunciando o reino de Deus. A sua fama
se estendeu em toda
Palestina e desafiou os doutores da lei e, com nova exegese
aboliu o Deus dos judeus que ensinavam a vingança do dente por dente olho por
olho. Começou anunciar a sua palavra de libertação afirmando que Ele e o Pai
eram um só e que todos são iguais sem exceção perante Deus. Ensinou a amar e
perdoar; ser perfeito e justo como o Pai do céu. Desafiou a natureza e seus
milagres arrebanharam multidões como um grande taumaturgo. Por causa de sua
doutrina de um Deus diferente e deferente, de amor, de solidariedade, de
partilha e caridade, foi condenado pelos religiosos com o poder do governador,
Pôncio Pilatos, à morte mais bárbara que era a de cruz.
Por não ter
pecado Ele destruiu a morte, ressuscitou e apareceu primeiro a Maria Madalena e
suas companheiras; e depois apareceu aos discípulos, apóstolos e mais de
quinhentas pessoas. Nas suas aparições aos apóstolos Ele comeu pão e peixe com
eles. Com a prova de sua ressurreição os seus seguidores creram Nele, na vida
eterna, e espalharam por toda Jerusalém, toda Palestina, na Grécia e em todo
império Romano a sua ressurreição. Por causa dessa doutrina de amar uns aos
outros, sendo o primeiro mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas e o
próximo como a ti mesmo, afirmava-se: Esta é a Lei e os profetas. A lei dos dez
mandamentos foi transformada em amar a Deus e o próximo. Por causa dessa lei
perfeita foram perseguidos, odiados e muitos foram mortos por afirmarem a
ressurreição dos mortos e a vida eterna. Jesus ensinou a filosofia de Platão: o
Logos, a ética, a moral e afirmava que ele era o caminho e a verdade. Essas
afirmações e vida uniram-se a teologia e a filosofia.
O famoso arqueólogo
e teólogo, Dr Rodrigo Pereira da silva, afirmou que a ciência não tem mais
dúvidas da ressurreição de Jesus. Pois, milhares de pessoas não poderiam
enfrentar tantas perseguições e mortes bárbaras para afirmar e confirmar que
Jesus ressuscitou. À troco de que eles sustentaram e afirmaram a ressurreição
de Jesus? Somente uma loucura coletiva poderia acontecer, mas isto é muito difícil.
O mais interessante é que esses cristãos dos séculos primeiro ao quinto não
enxergavam e nem deles anunciavam Jesus operador de milagres. Nem o apóstolo
Paulo, nas suas epístolas, afirma que
Jesus fez milagre, mas que Jesus ressuscitou como primissa para os cristãos.
Hoje, é muito difícil encontrar, no meio dos cristãos, alguns que não ver Jesus
o homem do milagre e sim o homem que ressuscitou e nos deu vida eterna. Há,
porém, seitas que criaram a teologia da prosperidade. Esta teologia apregoa milagres,
economia, mudança de vida econômica e esconde o maior milagre que é a
ressurreição dos mortos e a vida eterna. Essas seitas aboliram as
bem-aventuranças e de ser pobre como Jesus que pertencia à família de Anauim,
que desprezava a riqueza. Jesus pregou a economia da fé no Reino de Deus.
Perdoar os inimigos é fácil? Amar sem exceção é fácil? Onde estão os que dizem
ser cristão cumprindo o amor e o perdão? Aqui está a minha crônica quem foi o
homem de Nazaré. Vá e faça o mesmo qual o samaritano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário