Décima sétima parte.
Continua Mateus. “Guardai-vos de
fazer vossas boas obras diante dos homens para serdes vistos por eles. Do
contrário, não tereis recompensa junto do vosso Pai que está no céu.” Essas
boas obras perante a sociedade são dos que querem aparecer bonzinhos como fazem
os políticos para tirar proveito do dá lá dá cá. Aquele que dá esmola desse
tipo de recompensa, aqui na terra, ou lucro, não é a de Deus e sim as dos
homens. Há uma passagem no evangelho de Marcos que Jesus sentou-se diante do
cofre de esmola e observava como o povo deitava dinheiro nele; muitos ricos
depositavam grandes quantias. Chegando uma pobre viúva lançou duas pequenas
moedas, no valor de apenas um quadrante. [Quadrante era a quarta parte de uma
moeda romana, que não tinha muito valor, talvez fosse como uma notinha que só
dá para comprar um pão e uma xícara de leite]. Jesus chamou os seus discípulos
e disse-lhes: “Em verdade vos digo: esta pobre viúva deitou mais do que todos
os que lançaram no cofre, porque todos deitaram do que tinham em abundância; -
de seu supérfluo - esta, porém, pôs da sua indigência, tudo o que tinha para o
seu sustento.” Que belo exemplo deu esta pobre viúva, que os olhos de Jesus
brilharam contentes vendo a ação nobre e sem um pouco pensar em si mesmo o que
iria se alimentar ao voltar para sua casa! São Francisco de Assis agia assim,
não em templo de pedra, mas de carne e osso aos famintos. Quem de nós age como
essa pobre viúva para ofertar a Deus o último centavo que tem e ficar na
indigência? Pois a caridade não é mais do que amor. Esta pequena palavra
difícil para ser praticado por nós, principalmente nos dias de hoje do
consumismo e das competições financeiras; e muitas vezes na busca por bons
empregos salariais. [Continuação na próxima...]
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