Vigésima quinta parte.
Mateus continua. “Nem todo aquele
que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a
vontade do meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, não
pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? E, no
entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus”!
Termina, aqui, Mateus, no seu evangelho, tudo o que nós devemos proceder
perante o Senhor Jesus como bom operário da misericórdia, isto é, bom pastor,
bom padre, caminhando sempre no meio do povo assistindo-os, libertando-os da
canga pesada, do fardo pesado e dar-lhe afeto, carinho socorrendo-os dos lobos
famintos, do individualismo, do materialismo e da escravidão operária e dos
excluídos do meio social sendo marginalizados pelos os que possuem riquezas e
poderes. Caminhem sempre pelo caminho que Jesus sempre passou e no meio dos
favelados, dos excluídos, e dos ébrios, cobradores de impostos tidos como
ladrões e no meio das prostitutas, gentes de má classe, pobres lascados sem
eira e sem beira em busca das ovelhas perdidas. Mas ele nos contou várias
parábolas e uma delas e a mais importante é a do samaritano. Nela ele
centraliza uma única coisa: a misericórdia; a caridade e o zelo àqueles que
estão estendidos gritando por nosso socorro. Vê o Cristo doente, faminto, nu,
sem abrigo, preso nos presídio. Mas para nós que não entendemos a missão de ser
cristão é uma controvérsia essa parábola do samaritano. Por que é uma
controvérsia para nós? Porque é estranho e sem compreensão, sem lógica, Jesus
afirmar ser um dessas personagens, principalmente um marginal que está na
cadeia! Ainda pensamos como os fariseus que melhor é respeitar o sábado, ir ao
templo rezar, pagar o dízimo e tudo estará cumprido ao agrado de Deus. Mas
Jesus vai mais adiante: Sem amar o irmão, é não saber quem é Deus. A Lei e os
profetas se encerram em um só mandamento: amar a Deus e ao próximo. Ninguém irá
a Deus sem amar o próximo. O mais profundo dessa parábola do samaritano é que o
samaritano, que cuidou do que estava caído como morto era seu inimigo, pois não
se davam um com o outro. Agora chegou a nossa parte: o que entendemos? Quem são
os nossos inimigos hoje? Temos vários, tanto na religião nossa, como a dos
outros; tanto na política nossa como na de outra política; dentro da própria
igreja temos inimigos e não nos abrimos para nos tornarmos amigos, pois
continuamos sendo o que não somos.
[Continuação na próxima...].
Nenhum comentário:
Postar um comentário