MARIA DE NAZARÉ.
Texto de Honorato Ribeiro dos Santos.
No pequeno povoado da Galileia, nasceu uma criança pobre de pais
religiosos que ensinaram a filha, desde sua terra idade, a se dedicar toda a
sua vida contemplando e louvando a Deus. Assim cresceu Maria, serena, alegre,
dedicada aos fazeres da casa ajudando a sua mãe. Todos daquele pequeno povoado
admiravam aquela jovem menina por ser sempre servidora e com sorriso alegre
saudava todos sem exceção com a saudação de quem era judia verdadeira filha de
Deus. Sempre estava a orar e ler a Sagrada Escritura, bem como os salmos. Seus
pais acompanhavam-na com olhos fitos e admirados da sabedoria da filha a querer
mais se aperfeiçoar nas coisas tangentes de santidade e de pureza diante de
Deus. Maria era a mais lida jovem de Nazaré. Os jovens daquele lugarejo sentiam
atraídos pela beleza, pela simplicidade e humildade de Maria. Mas ela não era
para ser escolhida a ser noiva e se casar com um daqueles jovens adolescentes
como ela. José, um jovem do mesmo povoado, simples operário e dedicado bastante
a adorar a Deus em espírito e reto aos mandamentos da Torá. Encantou-se por
Maria e pediu aos pais dela para se esposar de Maria. Os pais de Maria
conheciam bem o jovem José e consentiram o noivado. Conforme a tradição os pais
de Maria se chamavam Ana e Joaquim os quais já conheciam o comportamento
daquele justo jovem operário e ficaram alegres. Era o costume e cultura dos
judeus, que ao noivar-se era considerado como um casamento. Era uma aliança
matrimonial. Nenhum poderia violar a aliança do noivado ou praticar adultério.
Um belo dia, Maria estando em oração, entrou um jovem vestido com uma
veste branca que iluminou todo o quarto onde ela estava a orar. Ficou
assustada, mas o jovem a tranqüilizou e lhe disse: “Venho lhe comunicar que
suas orações agradaram a Deus e você, entre todas as mulheres de Israel, foi
escolhida para dar à luz o Messias. Aquele que todos esperam para resgatar
Israel e todo o povo. Maria respondeu ao jovem: Eu sou apenas noiva de José.
Não casamos ainda e ele não me conhece e nem eu a ele. Somos virgens e justos
aos olhos de Deus. Maria, não importa, respondeu o jovem, pois para Deus não há
obstáculo ou coisas impossível perante o seu poder. Você já se acha grávida
nesse momento do filho de Deus. Maria, emocionada, e os olhos cheios de
lágrimas, disse para o jovem: Bendito seja, meu Senhor, que me escolheu sendo
uma simples jovem para ser a mãe do filho de Deus! Ao dizer essas palavras, o
jovem desapareceu de sua frente.
O noivo José, passara alguns meses no campo trabalhando, quando foi à
casa de Maria tratar logo do casamento. Mas ao chegar, viu que ela estava
grávida e se espantou. Maria foi ao seu encontro, abraçou-o e fitou os seus
olhos, viu lágrimas rolando e descendo placidamente até caírem no chão. Apertou
a mão de Maria e se afastou. Maria, porém, ficou em silêncio profundo, todavia
confiou em Deus que mandaria alguma mensagem para José e ele iria compreender e
voltaria para seus braços. Pelo caminho dizia José consigo mesmo: Não creio que
Maria seja infiel para comigo! Não acredito, mas ela está grávida!... De quem,
meu Deus! Ajuda-me a não fazer juízo temerário contra Maria, pois sei que ela é
virgem e pura! José deitou e não conseguiu dormir. Naquele momento o seu quarto
ficou iluminado e veio uma voz e disse-lhe: Calma, José, não se perturba, pois
a sua querida noiva Maria, irá dar à luz o Messias. Quando a criança nascer
você coloque o nome nele de Jesus. Vá dormir sossegado. Amanhã, volte lá e
acerte o casamento com ela e sejam felizes.
José ajoelhou-se, baixou a cabeça em sentido de oração e agradecimento
a Deus. Amanheceu, o sol brilhando mais lindo e diferente de céu azul. José
dirigiu-se à casa de Maria e entrando disse-lhe: Salve, ó minha santa Senhora, sempre
serei seu servo e guarda zelador dessa
linda e santa Mulher e bendita entre todas de Israel, pois, do céu veio-me a
voz daquele que sempre é verdadeiro para quem é justo diante de seus olhos. Sei
que você está grávida do Santo Espírito de Deus que desceu sobre minha santa e
bendita esposa. Amanhã iremos nos casar, e esse menino será sempre o meu Deus e
Senhor. José abraçou a sua noiva e chorou de alegria; agora as lágrimas foram
bem diferentes: lágrimas de satisfação e de euforia, pois a sua alma encheu-se
de júbilo ao saber que a sua querida Maria foi escolhida para ser a mãe do tão
esperado Emanuel, o Messias. José casou-se com Maria e viveram alegremente como
dois justos santos e perfeitos perante Deus.
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