domingo, 21 de junho de 2015

O MESTRE DOS MESTRES.



O HOMEM DA DE NAZARÉ.
TEXTO DE Honorato Ribeiro dos Santos.

Quem foi esse Homem que se tornou famoso na história da humanidade? Como era a sua fisionomia, a cor dos seus olhos, sua altura, sua cor, seus cabelos, que cor era? Onde morava, e sua casa como era? Um palácio como a dos reis? E por que o chamam de rei se ele não morava em palácio, não usava coroa e não era rico? Não é uma controvérsia em chamá-lo de rei? Rei mora em palácio luxuoso e é um forte político e não anda no meio de pobre, excluídos, doentes e famintos. O homem de Nazaré morava na zona rural, pois Nazaré fazia parte da Galileia. Seus discursos atraíram gente de toda região e todas as camadas sociais; ricos, pobres, prostitutas, ébrios, cobradores de impostos, tidos como ladrões; aleijados, leprosos, cegos, coxos, e pessoas excluídas da sociedade política, social e religiosa. Ele escolheu essas pessoas para resgatar a dignidade de ser humano e transformá-los em pessoas perfeitas e justas. Um dos maiores ensinamentos dele são as Bem Aventuranças, ou Sermão da Montanha, que começa no capítulo cinco e vai até o capítulo sete. É uma verdadeira biografia sua vida, não de vida do reino deste mundo, mas de vida do Reino dos céus. E este Reino que ele anunciou, há três palavras essenciais: “Amar, perdoar e fazer justiça”. Numas das suas parábolas, ele encaixa estas três coisas essenciais: a do filho pródigo, a do samaritano e a do rico avarento. Nesta última ele não dá o nome do rico, mas do pobre ele dá: “O pobre Lázaro”.  A primeira ele nos apresenta uma metáfora, que representa cada um de nós, que recebe a riqueza celestial para ser perfeito, nega; prefere viver à imperfeição. Com o dinheiro ilícito que ele recebe do pai misericordioso, o filho gasta tudo na urgia, vida sexual desregrada, esbanjando o que recebeu gratuitamente até se transformou num grande miserável: figura de um esbanjador, que usa a riqueza indevida e castiga a si mesmo, fica na miséria e se arrepende. Que maravilhosa parábola de um grande ensinamento para aprender a amar, perdoar e viver como justo! A segunda parábola ele cria uma história da humanidade: O justo e o pecador. O justo é chamado de samaritano. O pecador há três personagens: O primeiro é o assaltante ladrão; os outros dois são religiosos: o sacerdote e o levita. Estes dois são mais pecadores, pois representam homens da lei e violam; o outro é um ladrão, que talvez não conhecesse a lei e por circunstância de ser excluído da vida social, vivia a roubar. A última é a vítima, um judeu e inimigo do samaritano. Aí, então, entram as três coisas mais importantes nessa narração: o amor, o perdão e a justiça a se transformarem em misericórdia.
Não há diferença entre os personagens dessa história com a história política, religiosa e social de hoje. A última parábola ele conta a má riqueza de um avarento a viver na opulência e não ser misericordioso, como fora o samaritano, para com o pobre Lázaro. Primeiro: Quem é esse rico avarento? São muitos no mundo de hoje em várias camadas sociais. E quem é esse pobre Lázaro? Representa milhares de famintos e excluídos no mundo inteiro. Veja o que está acontecendo de tanta gente fugindo de seu país e enfrentando perigo de morrer no mar, com o objetivo de procurar refúgio em outros países em busca de uma vida melhor nos países ricos. Já morreram muita gente e transformou o mar em cemitério humano.
O Homem de Nazaré, um Deus encarnado numa mulher santa para nos ensinar a viver como ele viveu. Ele não ensinou a anunciar o seu nome sem viver os valores da sua perfeição. Segui-lo é bem diferente de ser propagador de seu nome sem viver o que ele fora em toda sua vida. Alguém disse: “Eu admiro Jesus Cristo, mas os cristãos não; porque não se parece com ele.” Disse a pura verdade. É como disse São Paulo: Tu, que ensinas os outros...  - Aqui ele dá uma reticência – não te ensina a ti mesmo! O que Paulo queria dizer mais sobre estes que apresentam ser o dono da verdade e não são justos! A América Latina está cheia destes que pregam, falam mais de mil vezes o nome do Homem de Nazaré. Entretanto, não vivem como ele viveu nem ensinam a viver perfeitos como o Pai do céu. Adulteram tudo das bem aventuranças e fogem da perfeição a que foram chamados. Fogem de ser o bom samaritano para agirem como o rico a desprezar tantos Lázaros excluídos e transformados como trapos humanos. Lembro-me da poesia de Carlos Drummond de Andrade: “E agora, José?” E a poesia de Manoel Bandeira: O BICHO. Ambas falam dos excluídos pelos que dizem ser cristãos e outros a representar como sendo pastores do Homem de Nazaré. Ele sofre ainda os cravos da cruz ao ver tantas hipocrisias! Quem sou eu? Escrevi e me pergunto: Quem sou eu nesta história do Homem de Nazaré? (...).

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