quarta-feira, 6 de novembro de 2013

4ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.





4ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.

Ele sabia que iriam descobrir a América Latina? Ele sabia que iria haver uma moderna tecnologia e progresso como o de hoje? Segundo: não se poderá igualar-se o mundo do primeiro século com o do século XXI, ao ler o que foi escrito há dois mil anos atrás como se estivéssemos lendo o jornal do Estado de São Paulo. Aqui estamos diante de duas culturas completamente diferentes: a dos evangelistas, primeiro século, e o que lemos hoje com cultura diferente à daquele tempo e língua diferente. Portanto, devemos ter muito cuidado ao interpretar relatos históricos e teológicos dos evangelhos. Ele escreveu para formar e não para informar. Não é um noticiário cronometrado e nem a biografia de Jesus. São relatos genuinamente teológico-etiológicos, os quais contêm nos evangelhos. Depois Jesus falava aramaico e não sabia falar grego e nem latim. Tudo foi passado para o grego e deste para a vulgata; desta para as demais línguas. Está vendo como é difícil entender as páginas difíceis da Bíblia? Ademais Jesus nunca escreveu nada. Os teólogos e exegéticos só sabem um décimo sobre Jesus.
Com essa dramatização que João relata da paixão, Jesus entrou na História e o cristianismo se estendeu a todo canto do mundo. Não se pode ler a Bíblia, os evangelhos anulando a historicidade de cada escritor, bem como ausentar-se da cultura da época e a historicidade do cristianismo. Ignorar-se da história dos mártires dos cristãos do primeiro séculos até o começo do século IV, pelo poder romano, não poderá acontecer uma coisa desta. Antes o cristianismo era clandestino e perseguido. Depois do século IV, houve a não perseguição aos cristãos a partir do rei Constantino; acabou-se a clandestinidade e a perseguição aos cristãos pelo poder romano.
Havia três tipos de castigo romano: “A fustigácio, a verberácio e a flagelácio.” A flagelácio [flagelação] era com chicotadas. Essa havia dois tipos: a simples e a bárbara, esta havia na ponta do chicote pedaços de ossos com pontas agudas de animais ou de metais, para rasgar a carne do condenado. Jesus foi flagelado assim barbaramente. Só que o evangelista João colocou essa flagelação no meio da sentença para dramatizar, pois, somente depois de ter feito a sentença de morte ao condenado é que o poder romano, no caso Pilatos, mandara flagelar a Jesus. A verbácio era o suplício com varas. A fustigácio era chicotada, mas sem colocar nada nas pontas do chicote. “A coroação de espinho é mais uma zombaria do que mesmo coroa de espinhos.” Na Palestina não havia esse tipo de planta espinhenta. Também os evangelhos não relatam que Jesus foi crucificado com a coroa de espinho como a gente ver nas imagens esculpidas por artistas. Isso foi imaginação dos artistas que esculpiu a imagem de Jesus como vemos hoje e com uma frauda em volta dele. Jesus foi despido por completo pregado na

terça-feira, 5 de novembro de 2013

3ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.





3ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.
Não se esqueça que o evangelho de João foi escrito nos anos noventa a cem e tudo já havia acontecido com Jesus. Jesus já havia morrido a mais de cinquenta anos, quando João escreveu o seu evangelho. João baseou-se no testemunho das comunidades que de boca em boca anunciavam o evangelho. Muitos das testemunhas que conviveram com Jesus já haviam morrido. E esse anúncio do evangelho durou mais de sessenta anos sem que fosse escrito. Anunciaram de boca em boca sem ser escrito por muitos anos. Todo o diálogo narrado entre Jesus e Pilatos já estava acontecendo com os cristãos perante as autoridades romanas. É o que aparece entre Pilatos e Jesus. João coloca esse diálogo do julgamento de Jesus com Pilatos na boca de ambos como uma pastoral-catequética aos cristãos. [Na realidade não houve essa dramatização toda de Pilatos com Jesus]. Houve realmente algumas palavras acusatórias de Pilatos para Jesus no julgamento e, depois mandou flagelar, e, em seguida deu a sentença de morte de cruz. [Jesus permaneceu calado perante Pilatos]. O relato que se ler como está escrito é mais uma dramatização que o evangelista João faz como ponto eficaz na economia da fé e na vida dos cristãos. É um relato teológico fora de uma cronologia. Com os cristãos, realmente, houve esse diálogo perante as autoridades romanas, pois, eles não negaram a fé e deram testemunho, afirmando que Jesus era rei, que ele era o Senhor, o Messias, o Deus dos cristãos o Salvador do mundo e não César rei romano. Esse diálogo, como já falamos, aconteceu realmente com os cristãos, quando iam arrastados aos tribunais perante o rei Deocleciano, um dos carrascos, que queria acabar de vez com o cristianismo. Depois surgiu Nero, outro carrasco que na arena mandou matar vários cristãos comidos pelos leões.
Dentro do palácio do rei houve muitos súditos, funcionários do rei, que se tornaram cristãos. Os reis tinham súditos; os cristãos eram discípulos de Jesus e não aceitavam ser súditos do rei. Isso feria o poder romano a não aceitar esse tipo de doutrina a atitude dos cristãos. Todos teriam de ser súditos do rei, o que os cristãos não concordavam e por isso foram condenados, muitos deles à morte pela crucificação, pela espada, e pela flagelação. Aqui está explicado exegeticamente e teologicamente o diálogo de Pilatos com Jesus, que não se pode ser fundamentalista, pois, o evangelista escreveu teologia e não jornalismo ou notícia histórica de manchete. Ademais nenhum evangelista estava lá e com um gravador gravando tudo o que Jesus falava e ensinava, nos anos vinte, do anúncio do evangelho e na sentença de morte a Ele. Tudo foi escrito anos depois, a partir dos anos setenta a noventa juntamente com as comunidades.
Há uma coisa muito problemática aos leitores dos evangelhos da seguinte maneira: Primeiro lugar: “não sabemos o que imaginava o evangelista ao escrever o evangelho, pois, era uma cultura e costume diferente de hoje. Por exemplo:

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O JULGAMENTO DE JESUS.



                 O JULGAMENTO DE JESUS.
                  Honorato Ribeiro dos Santos.

Conforme estudo dos exegéticos afirmam que Jesus morreu nos anos trinta, no dia sete de abril. O julgamento de Jesus perante Pôncio Pilatos, que o evangelista João narra, é um difícil relato teológico. Porém, como história é um relato popular. No século vinte, houve um estudo aprofundado dessa narração da Paixão, morte e ressurreição pelos exegéticos e teólogos é que temos hoje com mais clareza, por causa do avanço e o progresso da teologia, e cristologia, hoje, está mais explícito, mais transparente do que cem anos atrás. A teologia de hoje é bem diferente da de cem anos atrás, pois ciência e teologia não poderão ser antagônicas. Hoje, graças a esses estudos avançados dos teólogos exegéticos não há mais controversas entre um e outro.
No século XIX, muitos afirmavam que Jesus era um “Mito”. [Uma figura hipotética]. Hoje, os teólogos juntos à ciência antropológica e física não há mais essa polêmica dos que afirmavam que Jesus era um “Mito.” No século XX, com profundo estudo da cristologia e a teologia chegou-nos a afirmação verossímil que Jesus não é um mito, mas um “Místico”, o Deus encarnado em Jesus Cristo.
Aqui iremos explicar teologicamente o julgamento da paixão de Jesus perante Pôncio Pilatos, baseado no evangelho de João.
Jesus diante de Pilatos: “Então a coorte, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o ataram.” [Jo 18, 12]. Aqui, narra como foi a prisão de Jesus pelos religiosos. [Anás e Caifás]. Que significa a palavra coorte? Significa um pelotão de duzentos soldados a seiscentos do exército romano. Mas não seria um exagero enorme de tantos soldados para prender um homem pacífico, bondoso, que sempre pregou a paz, o amor e a caridade!? Como podemos entender essa teologia de João? Parece-nos que ele usou, aqui, nesse relato breve, uma hipérbole. “Da casa de Caifás conduziram Jesus ao pretório. Era de manhã cedo”. Mas os judeus não entraram no pretório, para não se contaminarem e poderem comer a páscoa. [Pretório era a residência oficial do prefeito romano, onde ele julgava e dava a sentença de morte de cruz ao acusado]. Era lei judaica que proibia aos judeus a não entrar no pretório para não se contaminar com a imundície pagã.
Saiu, por isso, Pilatos para ter com eles, e perguntou: “Que acusação trazeis contra este homem?” Responderam-lhe: “Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti.” Disse, então, Pilatos: “Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei.” Responderam os judeus: “Não nos é permitido matar ninguém”. Assim se cumpriu a palavra com a qual Jesus indicou de que gênero de morte havia de morrer. [Jo 18, 28-32].

2ª PÁGINA DO JULGAMENTO DE JESUS.



2ª PÁGINA DO JULGAMENTO DE JESUS.

Agora, iremos explicar teologicamente o diálogo de Pilatos com Jesus e Pilatos com os judeus. Os romanos tiraram o poder dos judeus a condenar à morte de cruz e pela espada. Os judeus só podiam condenar à morte de alguém por blasfêmias com lapidação, enforcamento e sufocação. Como Jesus não cometeu nenhuma blasfêmia eles levaram a Pilatos para dar a sentença capital pela morte de cruz. Jesus não poderia morrer tombado, isto é, apedrejado e tombado morto no chão. Quando diz: “Assim se cumpriu a palavra...” Que palavra é essa? Existe uma passagem no livro do Deuteronômio que diz: “... pois aquele que é pendurado num madeiro é um objeto de maldição divina”. [Deut 21, 23]. Por isso os judeus levaram Jesus para ser crucificado como maldito e malfeitor. Sem querer eles fizeram Jesus subir ao Calvário, suspenso numa cruz. [Quando me suspender, saberão quem sou]. Subir ressuscitado; subir ao céu na ascensão. Eis a Glória de Deus. Aquele que eles consideravam maldito e malfeitor foi imolado como cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, isto é, da humanidade como cordeiro pascal. [Eis a verdadeira páscoa]. Justamente era essa a verdadeira páscoa condenando Jesus à morte de cruz; e se transformou no holocausto verdadeiro como o cordeiro imolado para a expiação de todos nós pecadores. Naquela mesma hora, que Jesus estava sendo imolado, como cordeiro de Deus, na cruz, os judeus estavam abatendo o cordeiro como holocausto para expiação dos pecados. [João Batista, ao ver Jesus passar disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”]. “Aqui houve a verdadeira páscoa: “do chão à cruz; da cruz à ressurreição; da ressurreição à ascensão.”
O relato do evangelho de João é teológico o diálogo de Jesus com Pilatos, pois, Jesus falava aramaico e Pilatos falava latim. Não havia intérprete naquela época. E como o relato afirma literalmente esse diálogo? O diálogo é relato popular e histórico. João vai além da história; [metafísica] ele sai da história da paixão e faz teologia. O relato é verdadeiro em si tratando de teologia e historicidade dos mártires cristãos, que sofriam grandes perseguições e eram arrastados e levados perante as autoridades romanas. Nisso há a narração histórica, mas ascendente teológico-etiológico todo diálogo entre Jesus e Pilatos. Com esse relato teológico João faz uma dramatização nesse diálogo e coloca na boca de Jesus e de Pilatos. Toda fala de Jesus e de Pilatos foram os cristãos que disseram perante as autoridades, afirmando que Jesus era o senhor rei e salvador do mundo. O único senhor e rei e eles eram seus discípulos e não súditos do rei romano. O diálogo é teológico e não histórico como se ler ao pé da letra. O relato histórico dos cristãos perante as autoridades romanas, João encaixa tudo na Paixão de Jesus. [Alta teologia]. Mas na realidade, João faz toda uma dramatização. Mas como narração teológica é verdadeira essa dramatização e cristológica.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

22 CURSO DE TEOLOGIA.





[22º CURSO DE TEOLOGIA].


No evangelho de Mateus Jesus faz uma fortíssima crítica aos fariseus e letrados. Diz o texto: “Os escribas e fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés. Cadeira de Moisés, isto é, os ensinamentos da lei mosaica. Agora não há mais cátedra de Moisés, pois foi destruída por Jesus nos trazendo a Boa Nova. Ele agora é o novo Moisés com o novo ensinamento do “amai uns aos outros como eu vos amei.” Jesus aconselha os apóstolos dizendo-lhes: Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem”. [Mt. 23, 1-3]. Jesus está nos instruindo para ouvir a palavra e por em prática, mesmo sendo ensinado por alguém que não viva. Há muitos que pregam a palavra de Deus e não vivem o que ensinam. Jesus chama esse tipo de pregadores de “hipócrita”. “Fazem todas as ações para serem vistos pelos homens, por isso trazem largas faixas nos seus mantos. Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas.” [Mt. 23, 5-6]. Essa crítica não é somente para os judeus, escribas e fariseus, e religiosos, mas também é para os representantes do clero também: “Papa, cardeais, bispos, arcebispos, padres”, usam as mesmas franjas da monarquia romana. Esse tipo de vestes clericais foi criticado pela “Reforma”. Há, também, muitos pregadores de hoje que busca status sociais [como diz o padre Zezinho: “padres cantores que cantam músicas de louvor, mas não há mensagem evangélica como catequese e ensinamentos de valores ensinados e deixados por Jesus”], a se transformarem em ídolos e gostam de serem aplaudidos pelos homens. [Ao envés de pregadores são artistas aparecendo nas TVs e capas de revistas famosas]. Jesus nunca se exibiu procurando status, pelo contrário; quando realizava um milagre ele pedia para não dizer a ninguém.
Mateus é o evangelho da justiça. Para ele só Deus é pai, Jesus é o único Senhor e Mestre; e todos os cristãos são irmãos. Nesse discurso de Jesus ele faz uma forte censura contra os escribas e fariseus: “Ai de vós escribas e fariseus, porque fechais o Reino de Deus para os homens; [Quantos escândalos hoje dos representantes de igrejas!] Sois hipócritas porque fazem longas orações nas casas das viúvas e exploram delas; vocês são cegos guias de cegos, pois, dão mais valores ao ouro e a prata do que as coisas sagradas: o altar e o templo. Jesus curou muitos cegos e até de nascença, mas esse tipo de cura de muitos cegos que se assemelham como os escribas e fariseus é difícil  Jesus curá-los. São pessoas fechadas no seu egoísmo. Hoje as igrejas estão cheias desses tipos de fariseus e escribas, que exploram o povo com dízimos altíssimos e ficam ricos às custas de um povo simples e ignorantes. Atraem muitos adeptos com promessas falsas de fazerem milagres patológicos e curas psicológicas com auto-sugestões. “Percorreis mares e terras para fazer um prosélito”. [Aqui existe uma figura de exagero que se chama hipérbole]. É claro e impossível alguém andar mares e toda terra atrás de um adepto de sua religião. São muitos este tipo de gente que sai de porta em porta e cidades e cidades atrás de um adepto à sua igreja. [Prosélito é o indivíduo que abraça uma doutrina]. “Filtrais um mosquito e engolis um camelo.” Os judeus tinha o costume de colocar um pano na boca da vasilha para filtrar o vinho. Aqui entra uma figura que se chama hipérbole: Engolis um camelo, isto é, praticam coisas absurdas ofendendo a Deus, entretanto, a limpeza interior eles não têm preocupação. Há muita gente que se diz cristã e gastam enorme dinheiro em salão de beleza, mas o interior é como um sepulcro caiado e dentro a podridão de defunto. [Essa crítica também é para esses vaidosos, vaidosas]. Nesse discurso Jesus profetiza a escatologia de Jerusalém. De fato aconteceu nos anos setenta. Tudo foi arrasado e destruído. Acabou o clero, fariseus, escribas e saduceus e o Templo e os holocausto. É bom que se leia esse discurso de Jesus. [Mt 23, 1-38]. É claro que Mateus escreveu esse relato nos anos 85, e não nos anos 20 da pregação de Jesus. Jesus faz sete acusações pesadíssimas aos escribas e fariseus. Sete é o símbolo da plenitude. Jesus chamou-os de raça de víboras. [Víbora é serpente venenosa e figura do pecado]. João Batista também os chamou. “Vede, eu vos envio profetas, sábios, doutores”. “Matareis e crucificareis uns e açoitareis outros, nas vossas sinagogas”. Bem, agora iremos fazer uma exegese dessa perícope. Primeiro os judeus não tinham poderes de crucificar ninguém, pois esse poder era somente dos romanos. Açoites nas sinagogas sempre os judeus faziam aos desobedientes à lei mosaica. “Para que caia sobre vós todo o sangue de Abel, o justo, [Abel não era judeu], até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias. A quem matastes entre o templo e o altar. ”Em verdade vos digo: todos esses crimes pesam sobre essa raça.” [Mt 23, 33-36]. Quem é esse Zacarias? Zacarias filho de Baraquias não foi assassinado no altar. O outro Zacarias que escreveu um dos livros do Antigo Testamento, também não foi assassinado. Que Zacarias é esse que Mateus relata? Mateus faz teologia e etiologia; não está preocupado com quem é ou não Zacarias. O que ele relata aconteceu e pagaram um preço altíssimo. Talvez seja Zacarias filho do sacerdote Jojada, é o mais provável, que o livro das Crônicas fala que o rei Joás mandou matá-lo. [IICr 24, 20-22]. Veja como é difícil a interpretação dos relatos bíblicos. Se não fizer ou não souber fazer exegese não irá entender nada, pois, Mateus faz um midraxe um colorido tirado do livro II Crônicas e bota na boca de Jesus. O redator desta perícope pôs o nome errado, colocando Zacarias filho de Baraquias ao envés de filho de Jojada que foi morto apedrejado a mando do rei Joás. Leia os livros: [II crônicas 24, 20-22]; [Gênesis 4, 8]; [Is 8, 1-2]; [Lc 11, 51]; [Mt 23, 33-36].  “Todos esses crimes pesam sobre essa raça”. Que raça Mateus está falando? A dos judeus? Nem todos os judeus foram culpados da morte de Jesus e nem a dos cristãos. Quem condenou a Jesus a morte de cruz foram os religiosos do alto clero. A lei romana era quem dava a sentença de morte de cruz, os judeus, não. Aqui nessa perícope que diz: “Vede, eu vos envio profetas, sábios, doutores.” Mateus está falando de quem irá enviar? Explicando esse relato temos a resposta: Esse “Eu” é a “sabedoria”. Mateus está afirmando que a sabedoria é Jesus. Aqui ele faz uma verdadeira catequese aos cristãos convertidos. Certamente Mateus escreveu o que havia já acontecido a destruição de Jerusalém.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

POESIA AO DIA DOS PROFESSORES.

POESIA AO DIA DOS PROFESSORES

Parabéns ao dia dos professores (as)., Parabéns a todos os mestres de ensino. Para eles eu faço uma ingênua poesia:

Professor, me ensine a ler,
pois sou pobre do sertão
não conheço o A B C.
mas eu voto na eleição.
e escolho sem saber.
confirmo com o dedo no botão.

Professor, eu tenho olhos,
Mas sou cego na leitura,
Professor, as vistas é curta
Nas ponho alguém na prefeitura
Mas o dinheiro alguém furta,
Pois é minha e sua caricatura.

Professor, pra que o saber?
você estudou, tanto tanto!
pra ganhar como um gari!?
Pra que derramar tanto pranto
Se dos tronos não quer lhe ouvir!
Melhor sê camelô de vender santo.

Ganha mais que o professor
aqui nesse País tão rico e colossal!
onde o professor não tem valor
melhor fritar ovos pondo o avental
num hotel cinco estrela no exterior.
ou ser pescado lá no pantanal.

Mesmo assim, professor, parabenizo
mesmo não sabendo ler dou-lhe valor
Minha mãe sempre me orientava:
"Que um professor é pai, mãe e avô,
é mais do que um deputado, prefeito,
e todos os cientistas que ele ensinou".

O mundo, professor, foi sempre assim:
Veja a história do grande Mestre e Senhor
 Que nos ensinou os valores de vida plena,
mas o mataram como homem violador
do sábado e da lei moisaca: mas vão pagar na geena.
Todos que não souberam lhe dar valor.

Parabéns, professor! professora!
Um forte abraço com o ósculo do Cristo Mestre e Senhor.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

ESTÃO ADULTERANDO O CRISTIANISMO.






ESTÃO ADULTERANDO O CRISTIANISMO.

Jesus nasceu de uma pobre mulher doméstica para ensinar os homens a viver como ele viveu. Escolheu pessoas simples para serem seus discípulos. Veio corrigir o seu povo com uma nova doutrina de Amor. Aboliu o dente por dente e ensinou a amar e perdoar. Por causa desses valores ensinados por ele é que os seus o rejeitaram. Ele abriu o maior leque universal: A Boa Nova, a “Rerum Novarum”, para o mundo inteiro aprender amar. Por causa dessa abertura, acusaram-no como malfeitor e o condenaram à morte de cruz. 
Agora, faço-lhes uma pergunta: Se Jesus vivesse somente a fazer milagres, contando parábolas, ensinando a orar, cantar salmos, louvores apologéticos, não mexesse com a cúpula religiosa e dos escribas e fariseus chamando-os de hipócritas, sepulcros caiados ele teria sido condenado à morte mais bárbara que foi a de cruz? Se ele não violasse a lei do sábado, dando prioridade mais ao ser humano de que o sábado, não violasse a lei de Moisés, o divórcio, ele teria sido pregado na cruz? Se ele não estivesse dado  tanto valor aos pobres chamando-lhes de bem-aventurados; e aos que fossem perseguidos, caluniados e mortos por causa do evangelho, ele seria condenado como fora? Bem, eu acredito que não. Mas ele foi morto não porque foi decretado ou destino marcado, como muitos pensam, que ele teria que morrer assim como morreu. Não. Condenaram à morte de cruz como um bandido, porque mexeu com muita gente da alta cúpula religiosa, o clero e dos que viviam da economia do Templo. Jesus predisse a destruição do templo, quando descobriu a grande corrupção do clero religioso. Ele acusou o alto clero que transformou a casa de Deus, o Templo, em covil de ladrões. Fez um forte discurso [eis o chicote] contra quem vivia da economia do Templo. Aí foi a gota dágua. E aconteceu tudo que Ele dissera, nos anos setenta. Tudo foi destruído; e até hoje não reconstruíram o Templo. Você sabia quantos empregados havia no Templo? Milhares de pessoas viviam da renda do Templo, e os soldados romanos viviam pela renda dele, o grande tesouro dos judeus e religiosos? Era o grande banco econômico. Agora, analise o porquê da condenação de Jesus à morte de cruz, se você estudou cristologia e historicidade do cristianismo. Para você analisar é preciso ter a visão cristológica e hermenêutica, senão vai ler ao pé da letra e dizer que tudo o que está brevemente relatado nos evangelhos foi Jesus que falou, pois estou lendo aqui. Mas os evangelistas não escreveram a biografia de Jesus e nem escreveram jornalismo e história da vida de Jesus. Os relatos são breves e foram escritos para formar e não para informar. Ninguém escreveu ao vivo com um gravador a relatar com precisão o que Jesus ensinou. Segundo os exegéticos e teólogos só conhecemos um décimo da vida de Jesus. Nove décimos são mistérios. Daí a dificuldade de o cristão entender o que está escrito nos evangelhos. O pior é que 90% leem como se estivessem lendo uma notícia jornalística.
Os evangelhos surgiram a partir dos anos setenta; quem conviveu com Jesus já havia morrido inclusive os apóstolos. 90% dos cristãos não têm uma formação teológica e nem catequética. Não receberam uma catequese de adulto; apenas seguem a tradição e o ritualismo. Aí está o grande perigo de adulterar o cristianismo por ler ao pé da letra e afirmar que foi desse jeito que Jesus ensinou. Nada foi ao vivo e nem gravaram nada do que Jesus ensinou e nem podia, pois gravador, celular, câmaras de gravar imagem e som não havia naquela época. Por isso, não poderá afirmar que tudo que está escrito foi Jesus quem falou. Nada foi escrito na língua de Jesus, mas na língua grega e nenhum evangelho foi escrito na terra de Jesus.
Bem, agora, vou relatar com cuidado, o que me parece lógico, porque estão adulterando o cristianismo. Jesus jamais ensinou a ninguém orar, cantar, louvar, chorar emocionado indo às igrejas gritar o seu nome: “Jesus, Jesus, cuide de minha dor, do meu problema econômico, financeiro; eu te amo, Jesus, venha logo e me cure! É isso que a gente vê de quem se diz cristão. Cura do corpo biológico, e a alma espiritual, não. Muitos assumem a ser guias de cristãos para lhes garantir um emprego e ficar rico, o que Jesus nunca ensinou e nem viveu. Esse tipo de oração é carnal sem o espírito ligado à conversão e a perfeição do que fomos chamados. A oração deva ser com invocação do Espírito Santo e não oração patológica que se transforma em fetichismo, longe de agradar a Jesus. Veja como viveu São Francisco de Assis, irmã Dulce e muitos santos. Um grande exemplo bíblico é a vida de São Paulo apóstolo. Leia os Atos dos Apóstolos e veja como viveram os cristãos, como foi a morte do diácono Estêvão, de João Batista, que teve a coragem de dizer para o rei Herodes, que ele tinha cometido um grande pecado possuindo a sua própria cunhada, esposa de seu irmão Filipe, como sua esposa, deixando a sua própria esposa rainha. Aí está o protesto contra o divórcio. Mas os cristãos, hoje e sempre, largam por brincadeira a sua esposa e se divorcia. Outros saem de sua igreja e vão para outra, porque ela condena o divórcio. Abandonam a fé e a obediência da igreja e se casa outra vez na nova igreja onde se fez prosélito. Mas foi essa uma das causas da condenação de Jesus. “Quem Deus uniu não separe o homem”. “Ai de vós que sois ricos”. Escolha: ou Deus ou o dinheiro”.
Muitos se dizem cristãos, mas não veem o Jesus faminto, o Jesus com sede, o Jesus despido, o Jesus sem moradia, o Jesus enfermo e no cárcere. O fanatismo cresce dia a dia e enchendo as igrejas de falsos cristãos a orar como papagaio sem fazer sequer uma avaliação do que significa ser cristão ou agradar a Deus. Veja o que disse Santo Agostinho: “Noverim me, noverim te. Significa: “Se eu me conhecesse, conhecer-te-ia”. Aí está a solução de quem quer ser cristão. Primeiro conhecer a si mesmo, para depois conhecer o Cristo e os valores que ele deixou para ser perfeito como o foi. Pelo que vejo estão transformando Jesus num médico e assistencialista em lugar dos médicos; e a igreja a se transformar em hospital ao invés de fiéis fá-los-ás em enfermos e pacientes. Isso é deveras atitude de um cristão? Onde está o profetismo? Muitas crianças morrem de fome por dia no Brasil e os cristãos enchendo as igrejas para orar, louvar e cantar como se essa ação agradasse a Deus. As letras das músicas, tanto de um lado como de outro, são letras apologéticas sem sentido nenhum de doutrinar ou de catequizar aquele que ouve a mudar-se de vida. É preciso uma mudança radical e parece-nos que o papa Francisco vai começar da raiz. Ele já deu o exemplo. Não é na igreja que se encontra com o Cristo, mas nas periferias em busca dos excluídos e marginalizados. Foi isso a vida de Jesus, sempre ao lado dos mais pobres e excluídos; dos ébrios, prostitutas sem valor nenhum no meio social, político e religioso. Para o judaísmo, toda pessoa que tivesse defeito físico: aleijado, cego, coxo, leproso, lunático era tido como excomungado, excluído do meio social e religioso. A mulher não tinha valor nenhum nem os pobres e as crianças. Jesus mostrou que o sábado não era mais importante de que essas pessoas excluídas. Primeiro encontro de Jesus com a samaritana quebrou toda estrutura religiosa e social daquele tempo; sua ressurreição ele apareceu primeiro a Maria Madalena.
Os apóstolos seguindo a tradição e costumes afastaram as crianças de Jesus. Ele os repreendeu dizendo-lhes: “Deixai as criancinhas virem a mim, porque delas é o Reino dos céus”. Será que os cristãos entendem o que significa essas palavras de Jesus para com as crianças? As crianças estão bem cuidadas, pensadas pelos cristãos? Não. Eles dão mais valor indo à igreja, cantar, louvar e falar o nome de Jesus milhares de vezes sem sentido doutrinário nenhum do que ser o bom samaritano. Quantas crianças vivem drogadas e abandonadas sem nenhum valor de ser gente; sem nenhuma assistência; outras se jogam à prostituição para não morrer de fome e exploradas pelos que possuem dinheiro, o seu deus. Mas passam ao lado do  estendido à beira da estrada e não o assiste como o samaritano e enchem a igreja ouvindo emocionadas as letras de músicas que louvam o nome de Jesus com coros apologéticos onde a nave da igreja fica repleta dos que não assumem como cristão. Ir à igreja é salutar ação, mas ao sair precisa a ação natural e sobrenatural. Tem que ser e agir como o bom samaritano.
Jesus contou duas parábolas que é a sua biografia e a do cristão: “A parábola do samaritano e a do filho pródigo.” A primeira mostra que a caridade está em primeiro lugar: cuidar dos enfermos e dos excluídos. A segunda mostra que Deus é pai misericordioso que preocupa muito com os filhos pródigos. Quem quer ser cristão deva preocupar-se com os necessitados e excluídos. Ser servidor e nunca ser servido. Esses são as verdadeiras igrejas de Cristo. “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. Pedro está representando a humanidade nos valores sagrados de ser cada um a Igreja de Cristo. Igreja, templo do Espírito Santo e não igreja de pedra feita pelas mãos dos homens. Quando Paulo fala às igrejas de Coríntios, Gálatas, Efésios etc, fala às comunidades e não construções de pedra. Igreja é uma palavra grega que significa: chamado para fora. Aí está porque o papa fala para os padres saírem da sacristia e irem ao encontro do povo nas periferias levar o Cristo ressuscitado e ensinando os valores deixados por Ele. E todos os cristãos deverão viver solidários como irmãos em Cristo. Que as homilias não sejam dogmáticas, mas de um profetismo que incomodam os que andam nas trevas.
Terão de assumir a vida de cristão. Enxergando Jesus naquelas pessoas excluídas e famintas. Cristão que se cala perante os políticos corruptos e dos violadores da ética e da moral a cambalear nas cátedras dos poderes políticos, não poderá ser chamado de cristão e nem assumir o presbiterato. Que cristão é esse que o culto é mais importante de que cuidar dos necessitados como o samaritano?
São muitos os excluídos de todas as classes sociais. Finalizando quero deixar bem claro que o cristão se completa na igreja vivendo em comunhão fazendo parte das celebrações eucarísticas sem deixar de ser um bom samaritano. Viver a vida em ação, em obras; praticar a vida natural e a sobre natural. Ser cristão anunciando a Boa nova, transformando o mundo em Reino dos céus.