O JULGAMENTO DE JESUS.
Honorato Ribeiro dos Santos.
Conforme estudo dos exegéticos
afirmam que Jesus morreu nos anos trinta, no dia sete de abril. O julgamento de
Jesus perante Pôncio Pilatos, que o evangelista João narra, é um difícil relato
teológico. Porém, como história é um relato popular. No século vinte, houve um
estudo aprofundado dessa narração da Paixão, morte e ressurreição pelos
exegéticos e teólogos é que temos hoje com mais clareza, por causa do avanço e
o progresso da teologia, e cristologia, hoje, está mais explícito, mais
transparente do que cem anos atrás. A teologia de hoje é bem diferente da de
cem anos atrás, pois ciência e teologia não poderão ser antagônicas. Hoje, graças
a esses estudos avançados dos teólogos exegéticos não há mais controversas
entre um e outro.
No século XIX, muitos afirmavam
que Jesus era um “Mito”. [Uma figura hipotética]. Hoje, os teólogos juntos à
ciência antropológica e física não há mais essa polêmica dos que afirmavam que
Jesus era um “Mito.” No século XX, com profundo estudo da cristologia e a
teologia chegou-nos a afirmação verossímil que Jesus não é um mito, mas um
“Místico”, o Deus encarnado em
Jesus Cristo.
Aqui iremos explicar teologicamente
o julgamento da paixão de Jesus perante Pôncio Pilatos, baseado no evangelho de
João.
Jesus diante de Pilatos: “Então a
coorte, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o ataram.” [Jo 18,
12]. Aqui, narra como foi a prisão de Jesus pelos religiosos. [Anás e Caifás].
Que significa a palavra coorte? Significa um pelotão de duzentos soldados a
seiscentos do exército romano. Mas não seria um exagero enorme de tantos
soldados para prender um homem pacífico, bondoso, que sempre pregou a paz, o amor
e a caridade!? Como podemos entender essa teologia de João? Parece-nos que ele
usou, aqui, nesse relato breve, uma hipérbole. “Da casa de Caifás conduziram
Jesus ao pretório. Era de manhã cedo”. Mas os judeus não entraram no pretório,
para não se contaminarem e poderem comer a páscoa. [Pretório era a residência
oficial do prefeito romano, onde ele julgava e dava a sentença de morte de cruz
ao acusado]. Era lei judaica que proibia aos judeus a não entrar no pretório
para não se contaminar com a imundície pagã.
Saiu, por isso, Pilatos para ter
com eles, e perguntou: “Que acusação trazeis contra este homem?”
Responderam-lhe: “Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti.”
Disse, então, Pilatos: “Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei.”
Responderam os judeus: “Não nos é permitido matar ninguém”. Assim se cumpriu a
palavra com a qual Jesus indicou de que gênero de morte havia de morrer. [Jo
18, 28-32].
Nenhum comentário:
Postar um comentário