4ª PARTE DO JULGAMENTO DE JESUS.
Ele sabia que iriam descobrir a
América Latina? Ele sabia que iria haver uma moderna tecnologia e progresso
como o de hoje? Segundo: não se poderá igualar-se o mundo do primeiro século
com o do século XXI, ao ler o que foi escrito há dois mil anos atrás como se
estivéssemos lendo o jornal do Estado de São Paulo. Aqui estamos diante de duas
culturas completamente diferentes: a dos evangelistas, primeiro século, e o que
lemos hoje com cultura diferente à daquele tempo e língua diferente. Portanto,
devemos ter muito cuidado ao interpretar relatos históricos e teológicos dos
evangelhos. Ele escreveu para formar e não para informar. Não é um noticiário
cronometrado e nem a biografia de Jesus. São relatos genuinamente
teológico-etiológicos, os quais contêm nos evangelhos. Depois Jesus falava
aramaico e não sabia falar grego e nem latim. Tudo foi passado para o grego e
deste para a vulgata; desta para as demais línguas. Está vendo como é difícil
entender as páginas difíceis da Bíblia? Ademais Jesus nunca escreveu nada. Os
teólogos e exegéticos só sabem um décimo sobre Jesus.
Com essa dramatização que João
relata da paixão, Jesus entrou na História e o cristianismo se estendeu a todo
canto do mundo. Não se pode ler a Bíblia, os evangelhos anulando a
historicidade de cada escritor, bem como ausentar-se da cultura da época e a
historicidade do cristianismo. Ignorar-se da história dos mártires dos cristãos
do primeiro séculos até o começo do século IV, pelo poder romano, não poderá
acontecer uma coisa desta. Antes o cristianismo era clandestino e perseguido.
Depois do século IV, houve a não perseguição aos cristãos a partir do rei
Constantino; acabou-se a clandestinidade e a perseguição aos cristãos pelo
poder romano.
Havia três tipos de castigo
romano: “A fustigácio, a verberácio e a flagelácio.” A flagelácio [flagelação]
era com chicotadas. Essa havia dois tipos: a simples e a bárbara, esta havia na
ponta do chicote pedaços de ossos com pontas agudas de animais ou de metais,
para rasgar a carne do condenado. Jesus foi flagelado assim barbaramente. Só
que o evangelista João colocou essa flagelação no meio da sentença para
dramatizar, pois, somente depois de ter feito a sentença de morte ao condenado
é que o poder romano, no caso Pilatos, mandara flagelar a Jesus. A verbácio era
o suplício com varas. A fustigácio era chicotada, mas sem colocar nada nas
pontas do chicote. “A coroação de espinho é mais uma zombaria do que mesmo
coroa de espinhos.” Na Palestina não havia esse tipo de planta espinhenta.
Também os evangelhos não relatam que Jesus foi crucificado com a coroa de
espinho como a gente ver nas imagens esculpidas por artistas. Isso foi
imaginação dos artistas que esculpiu a imagem de Jesus como vemos hoje e com
uma frauda em volta dele. Jesus foi despido por completo pregado na
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