segunda-feira, 4 de novembro de 2013

2ª PÁGINA DO JULGAMENTO DE JESUS.



2ª PÁGINA DO JULGAMENTO DE JESUS.

Agora, iremos explicar teologicamente o diálogo de Pilatos com Jesus e Pilatos com os judeus. Os romanos tiraram o poder dos judeus a condenar à morte de cruz e pela espada. Os judeus só podiam condenar à morte de alguém por blasfêmias com lapidação, enforcamento e sufocação. Como Jesus não cometeu nenhuma blasfêmia eles levaram a Pilatos para dar a sentença capital pela morte de cruz. Jesus não poderia morrer tombado, isto é, apedrejado e tombado morto no chão. Quando diz: “Assim se cumpriu a palavra...” Que palavra é essa? Existe uma passagem no livro do Deuteronômio que diz: “... pois aquele que é pendurado num madeiro é um objeto de maldição divina”. [Deut 21, 23]. Por isso os judeus levaram Jesus para ser crucificado como maldito e malfeitor. Sem querer eles fizeram Jesus subir ao Calvário, suspenso numa cruz. [Quando me suspender, saberão quem sou]. Subir ressuscitado; subir ao céu na ascensão. Eis a Glória de Deus. Aquele que eles consideravam maldito e malfeitor foi imolado como cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, isto é, da humanidade como cordeiro pascal. [Eis a verdadeira páscoa]. Justamente era essa a verdadeira páscoa condenando Jesus à morte de cruz; e se transformou no holocausto verdadeiro como o cordeiro imolado para a expiação de todos nós pecadores. Naquela mesma hora, que Jesus estava sendo imolado, como cordeiro de Deus, na cruz, os judeus estavam abatendo o cordeiro como holocausto para expiação dos pecados. [João Batista, ao ver Jesus passar disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”]. “Aqui houve a verdadeira páscoa: “do chão à cruz; da cruz à ressurreição; da ressurreição à ascensão.”
O relato do evangelho de João é teológico o diálogo de Jesus com Pilatos, pois, Jesus falava aramaico e Pilatos falava latim. Não havia intérprete naquela época. E como o relato afirma literalmente esse diálogo? O diálogo é relato popular e histórico. João vai além da história; [metafísica] ele sai da história da paixão e faz teologia. O relato é verdadeiro em si tratando de teologia e historicidade dos mártires cristãos, que sofriam grandes perseguições e eram arrastados e levados perante as autoridades romanas. Nisso há a narração histórica, mas ascendente teológico-etiológico todo diálogo entre Jesus e Pilatos. Com esse relato teológico João faz uma dramatização nesse diálogo e coloca na boca de Jesus e de Pilatos. Toda fala de Jesus e de Pilatos foram os cristãos que disseram perante as autoridades, afirmando que Jesus era o senhor rei e salvador do mundo. O único senhor e rei e eles eram seus discípulos e não súditos do rei romano. O diálogo é teológico e não histórico como se ler ao pé da letra. O relato histórico dos cristãos perante as autoridades romanas, João encaixa tudo na Paixão de Jesus. [Alta teologia]. Mas na realidade, João faz toda uma dramatização. Mas como narração teológica é verdadeira essa dramatização e cristológica.

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