O outro lado da mente.
Décima segunda. Final do romance.
Quanto ao clima e fenômenos da natureza são iguais ao nosso Planeta
Terra como: temporal, vendavais, terremotos, maremotos, raios, mas estão prevenidos.
O estudo de meteorologia é muito eficaz e perfeito. Temos como exemplo aqui, o
Japão. Lá é mais ainda sofisticado do que o nosso Brasil por ter uma tecnologia
mais avançada e nisso eles estão mais adiantados do que nós.
Um dos jovens estudantes de medicina me perguntou sobre a vida dos
jovens no namoro se é diferente de sexualidade daqui ou se é proibido, ou seja,
beijar como nós ou é amoral?
-A educação é bem diferente quanto ao sexo. Primeiro o sexo lá é
sagrado, só se usa no casamento. O beijo é o símbolo do amor, da alegria e da
paz. Todos se beijam e são beijados. Quando alguém se encontra com um amigo,
parente de ambos os sexos se beija na boca e abraçam; longe da sexualidade e
perto do amor e da fraternidade. Se beija homem a homem, mulher a mulher sem
nenhum acanhamento ou falta de respeito, pelo contrário, é uma cultura
religiosa e cívica; é uma prova de amizade e de amor. [Segundo alguns exegetas
e historiadores da cristologia, afirmam que Jesus beijava a Maria Madalena na
sua boca. Era prova de amor sacrossanto]. A cultura daquele povo é invejável se
comparando por nossa cultura aqui. Até mesmos as crianças se beijam amiguinho a
amiguinho e amiguinhas. É uma cultura de valores que não existe entre nós. Há
em alguns países daqui essa cultura do beijo na boca. Cada povo com sua
cultura. O ser humano já nasceu para amar e receber afeto do outro e dar afeto
ao outro. Por não sermos educados, criamos um tabu arcaico que vem de longas
datas e talvez longos séculos. O machismo é uma pedra de tropeço para aceitar
essa cultura de beijar uns aos outros principalmente homem a homem; que seja na
face, testa, e na boca.
Outro jovem levantou a mão e me deu sinal que iria me fazer uma pergunta...
Eu lhe afirmei, Sim. Pode perguntar.
-É sobre como evitar filhos o casal? Como é o planejamento familiar lá?
Poderá ter os filhos que quiserem? Aqui há muitos processos de planejamento
familiar. E lá, como é?
-Sua pergunta foi providencial, muito boa, pois, lá há aparelhos que a
mulher sabe quando está fértil ou não. Após a menstruação, ela usa esse
aparelho que indica a fertilidade e esterilidade como também, pode-se escolher
o sexo da criança que almeja ter. Os métodos daqui sobre controle familiar, lá
não existem. Como por exemplo: remédio para não ter mais filhos, camisinha para
não se engravidar ou evitar a Aid, o HIV. Não é necessário, pois, o aparelho
acusa a fertilidade da mulher e assim há um controle e planejamento familiar. Quem
não quer ter filhos, poderá não tê-los. Cada família possui esse aparelho de
controle. Os jovens não se usam camisinha ou outro tipo de remédio ou ligação
de trompa ou outro tipo de impedir a gravidez. Lá, todas as pessoas são probas,
pois, já recebem, através da boa educação de seus pais, a verdadeira cidadania
e o respeito ao corpo do outro ou da outra. A honra, a ética, a moral, o brio
fazem parte da cultura daquele povo. Lá não há homoxessualismo e nem
lesbianismo. É um verdadeiro humano em perfeição. O respeito ao ser humano e à natureza
é como se fosse ouro ou uma pedra preciosa; tudo é sagrado e venerado. São
alegres e felizes todos sem exceção. Eu costumo a dizer que o justo não precisa
de lei para que ele possa obedecer ou viver o que não se pode violar. Não. O
justo já vive à justiça. É a pessoa viver com perfeição, embora sendo pecador,
mas por origem. Mas, jamais o justo cometerá violação das leis humanas e
divina. É exatamente a vida praticada e vivida pelos habitantes daquele
planeta. A nossa história da humanidade mostra que aqui houve muitas pessoas
cheias de virtudes e eram tidas como justas ou justos, principalmente com a
história do cristianismo. Há opróbrio, mas como sendo pessoa humana em
perfeição a ser perfeito. Mas é erro comum não sendo vivido; sempre corrigido
quando se nota que errou.
Vou contar uma coisa para vocês: Eu sofria de mal de parkinson há muito
anos. Lá fui curado da tremulação das minhas mãos. Eu solava chorinhos no
cavaquinho e solo de violão tocando músicas clássicas e popular. Mas por causa
da doença não mais toquei como antes. Ao acometer o mal de parkinson não
consegui mais tocar em público dando shows. Voltei a tocar, pois os médicos de
lá me curaram. Sabendo que eu era músico de violão, os meus amigos brasileiros
me levaram a um clube onde exibiam peças de drama, filmes e concertos musicais.
Levaram-me até lá e fui apresentado como violonista. Entregaram-me um violão
lindo cheio de madrepérolas e bordado a ouro ao derredor do bojo e cravelhas de
ouro bem como as tarraxas. Fiquei de boca aberta, pois, os meus olhos nunca
tinham visto em toda a minha vida um instrumento tão lindo, bem trabalhado como
aquele que estava em minhas mãos. Subi no palco, sentei numa cadeira bem
confortável, coloquei o violão na posição correta e me concentrei. Olhei para a plateia, e, confesso, nunca vi
tanta gente e num silêncio enorme. Todos olhando para mim. Comecei a tocar som
de carrilhões. Senti uma firmeza e tranquilidade enorme na execução. Solei
limpinho como se eu fosse o Dilermando Reis. Quando acabei de tocar, ouvi
aplausos e a plateia toda em pé e me saudava com as mãos. Agradeci em
português, pois não aprendi a língua deles. Depois eu solei Abismo de Rosas, Noite
de Lua, Uma valsa e Dois Amores, e o choro Odion. Vi uma coisa jamais vista.
Todos ficaram em pé e começaram a bailar do jeito deles no ritmo do choro.
Parece-me que eles não conheciam a nossa música em solo de violão. Outra coisa que vou lhes dizer. O violão
tinha outra afinação, embora tivesse as seis cordas. Quando eu subi no palco e
peguei no violão, vi que era outra afinação. Tive que afiná-lo do modo
brasileiro. Eu acho que foi exatamente a nossa afinação que encantaram a todos
eles da plateia. Desci, mas não mais houve aplausos e nem fizeram de mim um
ícone. Essa é a educação deles: a igualdade, admiração e valores, sim. Não há
entre eles valor individual, mas coletivo. Cada artista faz-se feliz com os
olhos dos outros. O olhar deles é sempre alegre e encantador. A alegria é,
mormente, para si fazer feliz e aos outros. É muito importante para eles
viverem em paz consigo mesmo e fazendo o outro viver feliz. A arte do belo é
como a arte do universo. O luar, a brisa fresca, os cânticos dos pássaros, a
harmonia da natureza, o espaço azulado ou nublado e a chuva que cai, eles agradecem
ao criador numa espécie de oração. Eles vivem a espiritualidade e procuram, no
dia a dia, a si aperfeiçoar cada vez mais. Tanto na vida espiritual como na
vida biológica como um ser de corpo e alma. Aperfeiçoam na tecnologia e estudam
sempre buscando aquilo que ainda para eles é mistério para a ciência. Acreditam
na existência da eternidade, como uma transformação perfeita do ser humano de
corpo e alma em outro planeta, ou seja, o paraíso celestial, a morada com Jesus
Cristo e perfeito como ele. Acreditam que existe uma vida eterna e não haverá
mais sofrimento e nem morte. A morte para eles é causa da imperfeição. Com esse
pensamento e com essa doutrina e disciplina da purificação e da perfeição é que
eles vivem alegres sem que a paz seja isenta em cada um, naquele planeta, onde
tive a felicidade de presenciar e conviver uns meses com aquele povo deferente
e bem diferente de nós do Planeta Terra. É obvio que existem países civilizados
onde o povo é mais feliz do que os nossos dos Países de Terceiro Mundo. Não há
tanta miséria como aqui no Brasil. São mais avançados e muito mais educados e
respeitam mais o ser humano. Dá inveja em todos nós, cá habitantes dos países
pobres e subdesenvolvidos. Há muita pobreza e muita miséria; muita fome, muita
falta de saúde e de assistência médica e muito analfabetismo no nosso Terceiro
Mundo. Por essa razão é que há muito assalto e criminalidade, ao lado de muita
impunidade. O nosso sistema político bem como a nossa crença em Deus em sendo
cristão, ainda é muito pobre, e vulnerável; ainda vivemos a desejar, pois, para
ter fé é preciso crer sem duvidar. A dúvida já é o ponto franco da existência
da vida eterna e de ser perfeito. E sem essa verdade doutrinária que o Mestre
implantou em cada coração, se transforma numa fé e crença vulnerável. Poucos
são os que vivem essa experiência do Mestre para viver como ele viveu perfeito
como o Pai do céu. Aqui eu estou explicando, não gostaria de falar nesse
assunto religioso, mas em comparação com o Planeta, cujo Planeta o povo vive
essa realidade, essa experiência da perfeição, diferente do nosso e de nossa
vida. Mormente o que se tange nessa questão de perfeição a gente percebe que somos
bem distante deles e de que fomos chamados à perfeição. E sem viver a
espiritualidade é impossível chegar à perfeição. Toda a humanidade foi chamada
para ser perfeito, mesmo herdando o erro dos primeiros viventes. Nesse ínterim,
aceitamos o convite a nós feito pelo Mestre de nos aperfeiçoar no dia a dia,
enquanto vivermos como peregrinos aqui nesse Planeta Terra. Acredito que haverá
uma transformação, mesmo lenta, para que esse Planeta Terra volte a ser o
verdadeiro paraíso. A tecnologia está avançando bastante, mas ainda é
paupérrima em se comparando com o Planeta em que eu estive. Não obstante, tenho
certeza que chegará o dia do homem desse planeta, respeitar na íntegra o ser
humano e amar o universo e a terra como objeto sagrado. Mas só chegará a
acontecer essa transformação com a educação e cultura. Já existem países
caminhando nessa direção, nesse rumo dos valores da ética do “ethos” e da
moral. Como exemplo há os países do Primeiro Mundo como o Canadá, Nova
Zelândia, Suíça. Esses países estão se transformando através da educação e
cultura. Chegaremos lá nessa direção de aperfeiçoamento humanístico. E teremos
uma sociedade justa e perfeita. Que este livro não seja uma utopia minha, mas
uma realidade a ser conquistada e transformada. Somente assim possamos viver em
paz com a paz perenemente em cada coração. Que seja, realmente, o ethos, o
Adam, o verdadeiro coração do nosso Planeta. Ah, esqueci-me de lhes dizer que
eles me ofertaram o violão e deixaram que eu pudesse trazê-lo. Esse foi o maior
presente que ganhei em toda minha vida, pois, as cordas do violão são banhadas a
ouro. O violão é uma maravilha de som. Vou mostrá-lo para Caetano Veloso.
FIM.
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