QUEM FOI CULPADO PELA CONDENAÇÃO DE JESUS?
Há dois mil anos atrás, que a história conta a barbaridade que
cometeram contra Jesus Cristo condenando-o à morte de cruz. Quem foi os
culpados e por que julgaram como um homem perigoso? Há muitas respostas que os
exegéticos, teólogos e historiadores apontam quem foi os culpados. Iremos
relatar pormenorizadamente a resposta de cada um e qual dela é a verdadeira.
Muitos afirmam que Jesus não foi processado, pois a condenação foi
muito rápida; e num processo não poderia ser executado sem nenhuma
possibilidade de uma auto defesa do condenado e nem com tanta rapidez que fora.
Nem os evangelistas souberam afirmar se foi legal a condenação de Jesus ou se
houve um processo. Por que não souberam? Porque eles receberam pela tradição
oral de boca em boca, que se foi consolidando até que foram escritos.
Havia, na lei romana, a leges demagestates e a extraleges que se
aplicava de duas maneiras: aplicadas aos cidadãos romanos e aos não romanos,
que podiam ser estudada e observada; e havia a auto defesa da parte do
condenado. O que não aconteceu no julgamento de Jesus.
Primeira resposta: afirmam que os religiosos do judaísmo, o clero, pertencentes
ao sinédrio, uns não gostavam da atitude de Jesus e tinham ódio dele. Outros, por
interesse político, também, o perseguia e outros achavam que estavam prestando
um excelente serviço a Deus condenando-o. Por isso forjaram um processo falso
perante Pilatos, até com ameaças a denunciá-lo perante César. Segunda resposta:
afirmam que os romanos intrigaram os judeus, a fim de que o levassem à condenação,
pois, Jesus era para o império romano uma ameaça muito grande ao dize-se rei de
Israel. Terceira resposta: Pilatos por sete vezes saiu para dizer aos judeus
que não achou nenhum mal que Jesus cometesse para ser condenado. Sua mulher,
também, pediu a Pilatos para não o condenar, pois, tivera um sonho afirmando
sua inocência. Então Pilatos pega uma bacia e lavou as mãos e disse: “Sou
inocente do sangue desse homem”. [Como pode Pilatos citar este trecho do Deuteranômio,
se ele era pagão?] O povo respondeu: “Que o sangue dele caia sobre nós e nossos
filhos;” Judas arrependido joga o dinheiro no chão dizendo: “Pequei contra o
sangue inocente”.
Existiu um grande historiador, no século III, Por nome de Tertuliano,
que afirmou, categoricamente, que Pilatos e sua esposa converteram ao
cristianismo e as igrejas Cotas afirmaram a santidade de Pilatos e o
canonizaram. Por tanto, Pilatos não foi o culpado pela condenação de Jesus à
morte de cruz. Quarta resposta: a Igreja afirma que os únicos culpados foram os
romanos, historicamente, por motivos políticos. No livro do apocalipse relata a
Besta fera, o dragão [figura de Nero, rei de Roma] matando e perseguindo todos
que afirmavam que Jesus era o único senhor. Quinta afirmação: a Igreja
católica, teologicamente, afirma que todos nós somos culpados pela morte de
Jesus, pois, ele se deu sua própria vida pelos pecados da humanidade. Mas
vários historiadores afirmam: “Se o cristianismo surgiu depois da morte de Jesus,
como poderá ser os cristãos culpados pela morte de Dele?” Sexta afirmação: os
romanos não tiveram culpa nenhuma, pois, não houve uma sentença formal. Por que
não? Porque qualquer sentença não poderá ser tão rápida como foi a de Jesus e
sem que houvesse uma auto defesa. [Naquela época não havia advogado, mas o réu
poderia fazer a auto defesa]. Começou meia noite e terminou às três horas da
tarde. Muito rápida. Muitos exegetas afirmam que não foi legal e nem oficial o
processo condenatório contra Jesus. Jesus não era cidadão romano. Paulo era cidadão
romano foi por isso que os religiosos não o condenaram à sua morte. Paulo foi
morto pelo poder romano em Roma pelo imperador Nero, nos anos sessenta.
Os evangelistas não condenaram os romanos, pois, sentiram que o coração
de Pilatos viu em Jesus a sua inocência; [relatos dos evangelhos sinóticos]; mas
afirmam ter sido os representantes religiosos, o clero, o sinédrio dos judeus
os únicos culpados da condenação a Jesus.
Lucas relata, no seu evangelho, que Maria e seu esposo José foram à
Belém se apresentar ao senso, obedecendo ao poder governamental romano. Essa
afirmação é a mais lógica, no sentido histórico da condenação a Jesus isentando
os romanos de não serem culpados da morte de Jesus. De todas as afirmações a
mais verdadeira é que, realmente, foram os judeus. E até hoje eles afirmam e
não negam que foram eles que condenaram a Jesus à morte de cruz. [Não os
judeus, mas o clero judaico].
Houve um semitismo muito forte da igreja sobre Judas. Até doutores como
Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, São João Crisóstomo, a até mesmo Lutero
afirmaram que o nome de Judas aparece como traidor [conto folclore, história da
Tradição] do Mestre, é muito forte em sentido teológico, pois, o nome Judas é
etimologicamente derivado de judeu. Judas é representante e de fato o é a
caricatura dos judeus. Traidores e culpados. Assim compreende-se que os judeus
foram os verdadeiros culpados. Há outros historiadores que afirmam que tanto
Pilatos quanto aos romanos e judeus são os únicos culpados pelas injustiças que
praticaram condenando a Jesus à morte de cruz. Eles se baseiam pelo castigo que
todos receberam pela barbaridade que cometeram contra um homem inocente que só
praticou o bem. Qual foi o castigo que receberam? Pilatos foi deposto no ano 36
e junto dele foi a queda de Caifás. No ano setenta, os romanos com seu poderoso
exército invadiram Jerusalém e a Judéia e acabaram com tudo: o Templo, as
sinagogas, o sinédrio, o clero. Os judeus se espalharam pelo mundo à fora, [a diáspora]
os que escaparam da matança. Na guerra da Alemanha, feita por Adolfo Hitler,
este mandou para o “Campo de Concentração” e eliminou em holocausto milhares de
judeus. Mas, com tantas perseguições a eles, não perderam a fé em javé, o Deus
de Abraão, Isac e Jacó. São as únicas religiões monoteístas que Deus, com a sua
misericórdia, protege: são o judaísmo e o catolicismo. Ambas sofrem explosão
interna e externa, mas não serão destruídas, jamais.
Os Romanos pagaram caro, pois, caíram os Césares, no dia 04 de setembro
do ano 476, o Império Romano desapareceu para sempre. Aqui está a verdadeira
história que afirmam, através de estudo profundo dos exegetas, teólogos e
historiadores cristologicamente narrando os acontecimentos da Paixão e morte de
Jesus Cristo citando e afirmando quem foram os verdadeiros culpados. Mas a
resposta exata é a primeira e a quinta. Uma teologicamente e a outra porque os
religiosos judeus acharam que estivessem agindo na defesa de Deus. Eles
tinham-no como um impostor que criou uma doutrina falsa e contrária a deles,
isto é, ao judaísmo. E até hoje eles, os judeus, não convenceram que Jesus é o
Messias tão esperado por eles. Nem todos os judeus, mas sim o clero, o
sinédrio, pois, muitos judeus se converteram ao cristianismo. O próprio Jesus e
os apóstolos eram judeus. E para você que é cristão? Quem foram os verdadeiros
culpados da morte de Jesus? A primeira resposta ou a quinta?
Teologicamente todos nós que não vivemos os valores deixados por Jesus
Cristo. Nos evangelhos citam que o sinédrio convocou a coorte para prender
Jesus. Seria impossível, pois, sendo Jesus um homem pacífico, que só fez o bem,
precisaria de seiscentos soldados para o prender? Ou duzentos soldados armados?
É que coorte era um pelotão de soldados romanos de 600 soldados e o mínimo era
de 200. O que o evangelista quis dizer com isso? Não seria um exagero? Aqui ele
faz teologia, não história e nem jornalismo. Como também poderá crer que Pedro
puxou de uma espada e cortou a orelha de um dos guardas? Jesus acabara de
realizar a santa ceia e deixar que um discípulo andasse armado de espada? Se
Pedro estava armado, e os demais, não estavam também? Como podemos entender o
que o evangelista quis dizer com esse relato? Parece-nos que ele usou de uma
figura hiperbólica citando a coorte. De outra maneira ele usou o anonimato e
depois, pela tradição, usou-se o nominativo de Pedro. Os sinóticos afirmam que
um dos companheiros de Jesus puxou a espada. Não se sabe quem fora esse
companheiro, talvez fosse um dos discípulos. Na realidade é mais uma
dramatização do evangelista do que mesmo fato acontecido.
Pergunta-se: Houve um processo legal ou um linchamento popular? Por que
essa pergunta? Primeiro, pela história, o sinédrio não poderia se reunir na
calada da noite para condenar ou processar ninguém. Segundo, a lei romana,
também, não poderia à noite realizar processo a ninguém e tão rápido como foi
sem uma auto defesa pela parte de Jesus, que será legal se o fizesse. Nos
sinóticos relatam um Pilatos defensor de Jesus. Em João relata um Pilatos
curioso politicamente para saber quem seria Jesus; se realmente era perigoso
para as autoridades romanas ou apenas um pobre coitado. Aqui está uma exegese
profunda para ir às claras desse assunto difícil de ser esclarecido. Para você,
quem foram os culpados pela morte de Jesus Cristo? Há muitas citações do Antigo
Testamento que os quatro evangelhos relatam fazendo-se um paralelismo e
colocando na boca de Jesus: Salmo 40, 21, 19; Zac 11, 12-13; Sal 21, 2. Leia as
citações para tirar sua dúvida.
Honorato Ribeiro dos Santos.
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