sexta-feira, 13 de setembro de 2013

QUEM FOI CULPADO PELA CONDENAÇÃO DE JESUS?





QUEM FOI CULPADO PELA CONDENAÇÃO DE JESUS?

Há dois mil anos atrás, que a história conta a barbaridade que cometeram contra Jesus Cristo condenando-o à morte de cruz. Quem foi os culpados e por que julgaram como um homem perigoso? Há muitas respostas que os exegéticos, teólogos e historiadores apontam quem foi os culpados. Iremos relatar pormenorizadamente a resposta de cada um e qual dela é a verdadeira.
Muitos afirmam que Jesus não foi processado, pois a condenação foi muito rápida; e num processo não poderia ser executado sem nenhuma possibilidade de uma auto defesa do condenado e nem com tanta rapidez que fora. Nem os evangelistas souberam afirmar se foi legal a condenação de Jesus ou se houve um processo. Por que não souberam? Porque eles receberam pela tradição oral de boca em boca, que se foi consolidando até que foram escritos.
Havia, na lei romana, a leges demagestates e a extraleges que se aplicava de duas maneiras: aplicadas aos cidadãos romanos e aos não romanos, que podiam ser estudada e observada; e havia a auto defesa da parte do condenado. O que não aconteceu no julgamento de Jesus.
Primeira resposta: afirmam que os religiosos do judaísmo, o clero, pertencentes ao sinédrio, uns não gostavam da atitude de Jesus e tinham ódio dele. Outros, por interesse político, também, o perseguia e outros achavam que estavam prestando um excelente serviço a Deus condenando-o. Por isso forjaram um processo falso perante Pilatos, até com ameaças a denunciá-lo perante César. Segunda resposta: afirmam que os romanos intrigaram os judeus, a fim de que o levassem à condenação, pois, Jesus era para o império romano uma ameaça muito grande ao dize-se rei de Israel. Terceira resposta: Pilatos por sete vezes saiu para dizer aos judeus que não achou nenhum mal que Jesus cometesse para ser condenado. Sua mulher, também, pediu a Pilatos para não o condenar, pois, tivera um sonho afirmando sua inocência. Então Pilatos pega uma bacia e lavou as mãos e disse: “Sou inocente do sangue desse homem”. [Como pode Pilatos citar este trecho do Deuteranômio, se ele era pagão?] O povo respondeu: “Que o sangue dele caia sobre nós e nossos filhos;” Judas arrependido joga o dinheiro no chão dizendo: “Pequei contra o sangue inocente”.
Existiu um grande historiador, no século III, Por nome de Tertuliano, que afirmou, categoricamente, que Pilatos e sua esposa converteram ao cristianismo e as igrejas Cotas afirmaram a santidade de Pilatos e o canonizaram. Por tanto, Pilatos não foi o culpado pela condenação de Jesus à morte de cruz. Quarta resposta: a Igreja afirma que os únicos culpados foram os romanos, historicamente, por motivos políticos. No livro do apocalipse relata a Besta fera, o dragão [figura de Nero, rei de Roma] matando e perseguindo todos que afirmavam que Jesus era o único senhor. Quinta afirmação: a Igreja católica, teologicamente, afirma que todos nós somos culpados pela morte de Jesus, pois, ele se deu sua própria vida pelos pecados da humanidade. Mas vários historiadores afirmam: “Se o cristianismo surgiu depois da morte de Jesus, como poderá ser os cristãos culpados pela morte de Dele?” Sexta afirmação: os romanos não tiveram culpa nenhuma, pois, não houve uma sentença formal. Por que não? Porque qualquer sentença não poderá ser tão rápida como foi a de Jesus e sem que houvesse uma auto defesa. [Naquela época não havia advogado, mas o réu poderia fazer a auto defesa]. Começou meia noite e terminou às três horas da tarde. Muito rápida. Muitos exegetas afirmam que não foi legal e nem oficial o processo condenatório contra Jesus. Jesus não era cidadão romano. Paulo era cidadão romano foi por isso que os religiosos não o condenaram à sua morte. Paulo foi morto pelo poder romano em Roma pelo imperador Nero, nos anos sessenta.
Os evangelistas não condenaram os romanos, pois, sentiram que o coração de Pilatos viu em Jesus a sua inocência; [relatos dos evangelhos sinóticos]; mas afirmam ter sido os representantes religiosos, o clero, o sinédrio dos judeus os únicos culpados da condenação a Jesus.
Lucas relata, no seu evangelho, que Maria e seu esposo José foram à Belém se apresentar ao senso, obedecendo ao poder governamental romano. Essa afirmação é a mais lógica, no sentido histórico da condenação a Jesus isentando os romanos de não serem culpados da morte de Jesus. De todas as afirmações a mais verdadeira é que, realmente, foram os judeus. E até hoje eles afirmam e não negam que foram eles que condenaram a Jesus à morte de cruz. [Não os judeus, mas o clero judaico].
Houve um semitismo muito forte da igreja sobre Judas. Até doutores como Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, São João Crisóstomo, a até mesmo Lutero afirmaram que o nome de Judas aparece como traidor [conto folclore, história da Tradição] do Mestre, é muito forte em sentido teológico, pois, o nome Judas é etimologicamente derivado de judeu. Judas é representante e de fato o é a caricatura dos judeus. Traidores e culpados. Assim compreende-se que os judeus foram os verdadeiros culpados. Há outros historiadores que afirmam que tanto Pilatos quanto aos romanos e judeus são os únicos culpados pelas injustiças que praticaram condenando a Jesus à morte de cruz. Eles se baseiam pelo castigo que todos receberam pela barbaridade que cometeram contra um homem inocente que só praticou o bem. Qual foi o castigo que receberam? Pilatos foi deposto no ano 36 e junto dele foi a queda de Caifás. No ano setenta, os romanos com seu poderoso exército invadiram Jerusalém e a Judéia e acabaram com tudo: o Templo, as sinagogas, o sinédrio, o clero. Os judeus se espalharam pelo mundo à fora, [a diáspora] os que escaparam da matança. Na guerra da Alemanha, feita por Adolfo Hitler, este mandou para o “Campo de Concentração” e eliminou em holocausto milhares de judeus. Mas, com tantas perseguições a eles, não perderam a fé em javé, o Deus de Abraão, Isac e Jacó. São as únicas religiões monoteístas que Deus, com a sua misericórdia, protege: são o judaísmo e o catolicismo. Ambas sofrem explosão interna e externa, mas não serão destruídas, jamais.
Os Romanos pagaram caro, pois, caíram os Césares, no dia 04 de setembro do ano 476, o Império Romano desapareceu para sempre. Aqui está a verdadeira história que afirmam, através de estudo profundo dos exegetas, teólogos e historiadores cristologicamente narrando os acontecimentos da Paixão e morte de Jesus Cristo citando e afirmando quem foram os verdadeiros culpados. Mas a resposta exata é a primeira e a quinta. Uma teologicamente e a outra porque os religiosos judeus acharam que estivessem agindo na defesa de Deus. Eles tinham-no como um impostor que criou uma doutrina falsa e contrária a deles, isto é, ao judaísmo. E até hoje eles, os judeus, não convenceram que Jesus é o Messias tão esperado por eles. Nem todos os judeus, mas sim o clero, o sinédrio, pois, muitos judeus se converteram ao cristianismo. O próprio Jesus e os apóstolos eram judeus. E para você que é cristão? Quem foram os verdadeiros culpados da morte de Jesus? A primeira resposta ou a quinta?
Teologicamente todos nós que não vivemos os valores deixados por Jesus Cristo. Nos evangelhos citam que o sinédrio convocou a coorte para prender Jesus. Seria impossível, pois, sendo Jesus um homem pacífico, que só fez o bem, precisaria de seiscentos soldados para o prender? Ou duzentos soldados armados? É que coorte era um pelotão de soldados romanos de 600 soldados e o mínimo era de 200. O que o evangelista quis dizer com isso? Não seria um exagero? Aqui ele faz teologia, não história e nem jornalismo. Como também poderá crer que Pedro puxou de uma espada e cortou a orelha de um dos guardas? Jesus acabara de realizar a santa ceia e deixar que um discípulo andasse armado de espada? Se Pedro estava armado, e os demais, não estavam também? Como podemos entender o que o evangelista quis dizer com esse relato? Parece-nos que ele usou de uma figura hiperbólica citando a coorte. De outra maneira ele usou o anonimato e depois, pela tradição, usou-se o nominativo de Pedro. Os sinóticos afirmam que um dos companheiros de Jesus puxou a espada. Não se sabe quem fora esse companheiro, talvez fosse um dos discípulos. Na realidade é mais uma dramatização do evangelista do que mesmo fato acontecido.
Pergunta-se: Houve um processo legal ou um linchamento popular? Por que essa pergunta? Primeiro, pela história, o sinédrio não poderia se reunir na calada da noite para condenar ou processar ninguém. Segundo, a lei romana, também, não poderia à noite realizar processo a ninguém e tão rápido como foi sem uma auto defesa pela parte de Jesus, que será legal se o fizesse. Nos sinóticos relatam um Pilatos defensor de Jesus. Em João relata um Pilatos curioso politicamente para saber quem seria Jesus; se realmente era perigoso para as autoridades romanas ou apenas um pobre coitado. Aqui está uma exegese profunda para ir às claras desse assunto difícil de ser esclarecido. Para você, quem foram os culpados pela morte de Jesus Cristo? Há muitas citações do Antigo Testamento que os quatro evangelhos relatam fazendo-se um paralelismo e colocando na boca de Jesus: Salmo 40, 21, 19; Zac 11, 12-13; Sal 21, 2.   Leia as citações para tirar sua dúvida.

Honorato Ribeiro dos Santos.

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